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Marcha do Orgulho LGBT
Fotografia: Ricardo LopesMarcha do Orgulho LGBT

Lisboa é a cidade eleita para acolher o EuroPride em 2025

O maior evento europeu de celebração do orgulho LGBTI+ chega a Lisboa em Junho de 2025, graças a uma candidatura que reuniu várias associações portuguesas.

Renata Lima Lobo
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Renata Lima Lobo
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A data está marcada. Entre 14 e 22 de Junho de 2025, Lisboa recebe o EuroPride, um evento histórico que há três décadas luta pela visibilidade e pelos direitos LGBTI+ na Europa. À semelhança do que acontece noutras cidades, o programa deverá incluir uma grande marcha e outras actividades que podem ir de conferências a teatro, filmes ou artes plásticas, em vários pontos da cidade.

Para o ano de 2025, foram apresentadas duas candidaturas para a realização do EuroPride, uma de Lisboa e outra de Magdeburg, cidade alemã que não reuniu tantos votos como a candidatura portuguesa, apresentada em conjunto pelas associações ILGA Portugal, Variações, rede ex aequo e AMPLOS. "Esta candidatura marca também uma mudança de paradigma naquilo que tem sido até agora a organização da celebração do Orgulho pan-europeia, em que um conjunto de associações parceiras locais une esforços desde o início para apresentar um projecto coeso que agregue as diferentes visões, formas de estar e de viver das nossas comunidades", lê-se num comunicado enviado pela ILGA Portugal. A associação sublinha ainda “a necessidade de ocupar o espaço público e de quebrar o silêncio a que tentam forçar as nossas identidades, os nossos corpos, as nossas famílias, os nossos direitos”, num ambiente de hostilidade que acreditam estar a crescer, em relação às pessoas LGBTI+.

A marcha do EuroPride começou em Londres, em 1992, mas parece haver ainda muita estrada para andar. Este ano, em Belgrado (Sérvia), cidade que acolheu o EuroPride em Setembro passado, a organização local – Belgrade Pride – foi confrontada, no final de Agosto, com um cancelamento da marcha pelo Presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić, apoiado pela Igreja Ortodoxa e por grupos nacionalistas, denunciou então a European Pride Organisers Association (EPOA), organização responsável pelo EuroPride, composta por várias entidades LGBTI+.

Uma medida posteriormente contrariada pela primeira-ministra Ana Brnabić, que autorizou a realização da marcha na data marcada. “Quando nossos membros votaram há três anos em Belgrado para acolher o EuroPride, sabíamos que haveria lutas e grande oposição. Mas é por isso que o EuroPride é tão importante e pode ter um efeito transformador numa cidade e na sua comunidade LGBTI+”, defendeu Kristine Garina, presidente da EPOA, a 18 de Setembro. E este sábado, dia em Lisboa foi anunciada a cidade do EuroPride 2025, Garina voltou ao tema: “Após o EuroPride deste ano na Sérvia, não há dúvida sobre a importância do EuroPride como veículo de mudança e progresso em toda a Europa."

Antes de rumar a Lisboa em 2025, o EuroPride irá passar por Valleta, em Malta (2023) e Tessalónica, na Grécia (2024).

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