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Rodin

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Rodin
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A Time Out diz

O estimável Jacques Doillon assina aqui um dos filmes mais portentosamente chatos já feitos sobre artistas e arte, um longo, monocórdico e entediante cliché de quase duas horas (que mais parecem ser quatro) sobre o labor criativo,
 os dilemas e as relações íntimas de Rodin, na altura em que ele estava a esculpir uma controversa estátua de Balzac e andava às turras com a sua assistente e amante, Camille Claudel.

O canastrão Vincent
 Lindon, um dos piores e mais convencidos actores franceses, interpreta Rodin em estilo mumblecore e mesmo quem souber francês terá dificuldade em perceber o que ele está a dizer. Iza Higelin, no papel de Camille Claudel, parece uma aluna do primeiro ano do Conservatório sem a menor vocação para representar, mas a quem foi dado um papel importante num filme de destaque.

Rodin é uma fita exasperante e profundamente verbosa, monótona e sob anestesia
geral das emoções, pior que o mais convencional telefilme, maçudamente académica, que envergonharia até o mais modesto tarefeiro do tempo do cinéma de papa. Como antídoto a esta poderosa estopada, recomenda-se Camille Claudel, de Bruno Nuytten (1988), que tem Gérard Depardieu e Isabelle Adjani bem vivos em vez de empalhados nos papéis de Rodin e Camille Claudel, e mais drama e paixão em cinco minutos do que este em 120.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Geoff Andrew

Elenco e equipa

  • Realização:Jacques Doillon
  • Argumento:Jacques Doillon
  • Elenco:
    • Vincent Lindon
    • Izïa Higelin
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