Teresa Cristina
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As rodas de samba do coração de Teresa Cristina

Cantora elenca suas rodas favoritas, do Terreiro de Crioulo, em Realengo, à Roda do Candongueiro, em Niterói

Bruno Calixto
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Luiz Antonio Simas, historiador e pesquisador brasileiro, define as rodas de samba como espaços de encantamento do ser no mundo, onde a cultura popular se manifesta de forma espontânea e coletiva. Ou seja, para Simas, a roda de samba não é apenas um evento musical, mas um território onde a alegria, a interação social e a expressão cultural se encontram. Ávida frequentadora das rodas da cidade, a cantora Teresa Cristina é daquelas que quando chega na roda, canta, berra, samba, revira, se transmuta.

“É das rodas de samba que muitos cariocas como eu conseguem transmutar em momentos como esse, com tantas mazelas de uma cidade que já foi maravilhosa em sua essência”, diz Teresa, que compartilha com a Time Out suas dez rodas do coração. Ainhhhhh!!!!

As rodas de samba do coração de Teresa Cristina

Há quase 15 anos, o Terreiro de Crioulo ocupa uma espécie de quintal no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio, sempre com lotação esgotada. Sempre celebrando nomes importantes do samba carioca.

O projeto Terreiro de Mangueira, mesmo tendo atravessado uma pandemia, sobreviveu. É formado por amigos que se conheceram através do samba, principalmente no subúrbio carioca, e hoje se consideram uma família. Com o desejo de escutar e cantar sambas pouco executados no cenário, o grupo resolveu botar pra frente um sonho antigo.

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Uma das rodas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro, com mais de 20 anos, ponto de encontro informal de amigos músicos, realizado todas as segundas-feiras no Clube Renascença, no Andaraí, Zona Norte da cidade. Começou com o cantor e compositor Moacyr Luz reunindo um grupo de amigos e compositores para uma roda de samba totalmente informal no Renascença, conhecido como Rena.

Roda de Samba do Balaio Bom, na Praça Tiradentes, tem música, feira de gastronomia, artesanato e moda. Nada mais carioca que uma roda de samba composta por grandes nomes da nova geração do samba. A energia lá no alto, clima de descontração.

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A Roda de Samba Fruta do Pé acontece todo terceiro sábado do mês. A maior parte do público é composta de pessoas negras, o que faz jus ao propósito do Centro Cultural Negro, no bairro de Inhoaíba, zona Oeste. Cada edição recebe um convidado ou tema diferente. Já receberam grandes compositores e sambistas, como Cleber Augusto, Marquinho PQD, Zé Roberto, Zé Luiz do Império, Ph Mocidade, Áurea Martins, Andréia Caffé, Zeca do Trombone, Marcelinho Moreira, Jorge Nei, entre outros. Quem faz a abertura da roda são as Sementes do Fruta, grupo composto por alunos e músicos formados no Fruta do Pé.

Patrimônio Cultural do Rio, a Gloriosa Roda de Samba, há quase duas décadas de pé, mantém viva a tradição do samba raiz, reunindo artistas e admiradores na Praça Edson Côrtes todo terceiro domingo do mês. Acontece colada à também tradicional Feira da Glória, às 15h00, na Praça Marechal Deodoro. A roda resgatou a alegria dos sambas de partido alto memoráveis que combinam com o ambiente charmoso e histórico da Glória. Hoje, é um ponto turístico e cultural que aquece, inclusive, o fluxo econômico do bairro.

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Idealizado pela percussionista e produtora cultural, Giselle Sorriso, o Pagode da Gigi nasceu observando a necessidade do resgate ao samba dentro das comunidades, um pagode novo na linha dos antigos, firmado na palma da mão. Com o slogan "Dá Vila Aliança para o mundo", o Pagode da Gigi segue sua caminhada defendendo a bandeira do samba pela cidade do Rio de Janeiro, quinzenalmente aos domingos, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), Gamboa.

Uma roda de samba tradicional de Niterói, considerada patrimônio cultural da cidade, com mais de 30 anos de existência. Ela é conhecida por seu ambiente acolhedor e por reunir grandes sambistas. Atualmente, a roda acontece no Candongueiro, em Maria Paula, e também promove eventos em outros locais, como o Mercado Municipal de Niterói, com entrada gratuita.

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A única fora do Rio (Teresa pode), uma homenagem a Aracy de Almeida (1914-1988), destacando compositores eternizados em sua voz, como Noel Rosa, que a considerava sua melhor intérprete. Criado em 2002 na região metropolitana de São Paulo, o coletivo realiza regularmente rodas de samba e diversas atividades socioculturais em sua sede, além de manter um bloco.

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