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Como se tornar um grande chef? Ian Baiocchi e Felipe Schaedler contarão tudo em evento no Rio

O goiano e o catarinense são destaques na programação da primeira edição do Fórum de Líderes na Gastronomia (FOLGA), na Marina da Glória, dia 10 de junho

Bruno Calixto
Escrito por
Bruno Calixto
Editor Time Out Rio de Janeiro
Como se tornar um grande chef? Ian Baiocchi e Felipe Schaedler contam em evento no Rio, em breve
Divulgação | Como se tornar um grande chef? Ian Baiocchi e Felipe Schaedler contam em evento no Rio, em breve
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Quais devem ser os pré-requisitos para sair do anonimato e se tornar um grande chef no Brasil? Se for para seguir a paleta de Ian Baiocchi e Felipe Schaedler, eles mesmos contarão pessoalmente em breve, durante agenda do SindRio na capital fluminense.

O goiano Ian Baiocchi está, literalmente, no topo da gastronomia brasileira. Um de seus restaurantes mais conhecidos, o Grá Bistrô, encontra-se na cobertura do Órion Business e Health Complex, um espigão de 191 metros de altura que também abriga uma unidade do hospital Albert Einstein, entre outros empreendimentos. Existem prédios mais altos no país. Inaugurado em 2022, o One Tower, por exemplo, em Balneário Camboriú, tem 290 metros de altura. O status de restaurante mais alto dentro de um prédio comercial, no entanto, ainda pertence ao Grá Bistrô.

goiano Ian Baiocchi
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Felipe Schaedler é do Sul, mas foi no estado do Amazonas que aprendeu a real cozinha brasileira, hoje também difundida em São Paulo. No encontro mediado pela jornalista Maria Vargas, ele conta como se mudou com a família de Santa Catarina, para o interior do Amazonas ainda na adolescência, quando a família montou uma pizzaria. “Tinha mesas com toalhas de pano e cerveja no balde com gelo, o que fazia do restaurante o mais sofisticado da cidade”, recorda Schaedler. Em Manaus, seus pais montaram o Banzeiro, onde ele despontou como chef. Em 2019, o restaurante ganhou uma filial em São Paulo, onde o cozinheiro vive desde então. “Dizem que os paulistanos não gostam de peixe de água doce, mas posso garantir que isso não é verdade”, diz ele, acrescentando que a filial é um tremendo sucesso.

O Fórum de Líderes na Gastronomia (FOLGA) será no dia 10 de junho, organizado pelo SindRio, o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro das 9h às 19h30, na Marina da Glória. Serão dois palcos. O maior, reservado para palestras e painéis, com capacidade para 350 pessoas. O menor, destinado a bate-papos sobre o dia a dia da gestão, reunirá cerca de 40 visitantes. Para não associados, o ingresso custa R$ 389 (faça sua inscrição e confira a programação completa em sindrio.com.br). 

Em funcionamento desde 2018, o Órion Business e Health Complex é quase todo cercado por amplos janelões, que escancaram uma das melhores vistas de Goiânia. Com mais de 500 metros quadrados, o restaurante serve entradas como croquete de cordeiro com compotas de tomate e molho aiöli com alho-poró e pratos principais como filet mignon ao poivre. “Era para ser o melhor restaurante do grupo, mas a clientela não deixou”, admite Baiocchi. Explica-se: por motivos óbvios, o Grá Bistrô se converteu em um ponto turístico concorrido, onde a maioria das pessoas vai, principalmente, para ver e ser vista e para tirar selfies – e não para ser surpreendida pela comida de Baiocchi. 

Felipe Schaedler é do Sul, mas foi no estado do Amazonas que aprendeu a real cozinha brasileira
DivulgaçãoFelipe Schaedler é do Sul, mas foi no estado do Amazonas que aprendeu a real cozinha brasileira

O primeiro restaurante de  Ian Baiocchi, o Íz, significa paladar, em húngaro –, abriu as portas em 2015. “Resolvi apostar em uma proposta gastronômica mais sofisticada, algo que não existia em Goiânia”, recorda o chef de 35 anos. O segundo restaurante, o 1929 Trattoria Moderna, foi inaugurado em 2017 . Presta tributo à avó materna do chef, a dona Colombina — que nasceu em 1929 e morreu um ano antes do restaurante abrir as portas. Baiocchi também é sócio do Enttres Cocina de Mezcla, restaurante voltado para a culinária latino-americana; da sorveteria ALata; do japonês Famu; e do Fuller, no Flamboyant Shopping. Para este ano está prevista a inauguração de um restaurante catalão, o Lunya, no rooftop do World Trade Center goiano. 

Baiocchi formou-se em gastronomia no SENAC em São Paulo. Na cidade, foi estagiário no D.O.M., de Alex Atala, e fez parte da brigada do extinto Eñe e do Maní. Certo dia, durante a temporada no restaurante de Helena Rizzo, a chef lhe perguntou se ele tinha alguma ideia de prato com pequi, um dos símbolos da culinária goiana. Havia exemplares do fruto na cozinha e o então governador de Goiás, Marconi Perillo, estava comendo no Maní. Baiocchi tinha. Chamado à mesa no final da refeição, foi convidado para assumir o comando do Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás. Ele só assumiu o cargo, no entanto, depois de uma temporada na Europa, onde estagiou no Mugaritz e no El Celler de Can Roca, na Espanha.

Tomara que pegue e tenha mais.

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