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Elas estão por toda parte, são as estrelas dos mares e também nas redes sociais. As baleias jubarte não param de encantar o Brasil, sobretudo no mês de julho, quando passam pelo Rio de Janeiro a caminho das águas quentes de Abrolhos, na Bahia, para “namorar”. De uns anos para cá, o turismo de observação só tem crescido em função disso, com embarcações de diferentes tamanhos e formatos abarrotadas de curiosos para ver as gigantes dos oceanos.
No Rio, o espetáculo vem ocorrendo na Barra, onde Carlos Benício, o Falcão (@Falcao2tour), já levou cerca de dezenas pessoas para alto-mar em busca delas. É seu primeiro ano de avistamento de jubartes. Ele é dono de três barcos pequenos, com capacidade para dez pessoas, que sai da praia dos Amores em direção às Ilhas Tijuca e Cagarras, onde o show acontece. Na volta, uma passagem pela Praia Vermelha. O passeio dura em média quatro horas, e sai por R$ 380 por cabeça, incluindo água gelada e mate.
"O salto é o momento mais aguardado", diz o fotógrafo Ari Kaye, que fez uma incursão pelos mares com Falcão e registrou o balé que as baleias vêm fazendo em sua passagem pelo Rio. “Uma linda solitária deu um show particular para minhas lentes. Simplesmente Indescritível. O clique mais lindo da minha vida. O sonho de todo fotógrafo é registrar essas gigantes no ar, com uma composição linda, de tirar o fôlego. Imagens que levarei para sempre na minha vida.”
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Fora da capital, as cidades da Região dos Lagos já estão mais acostumadas a receber esta nobre visitante dos oceanos. O maior CEP delas é Arraial do Cabo, onde aas águas límpidas facilitam a observação dessas lindezas. E elas não passam sozinhas. Na mesma sintonia, as jubartes dão seu espetáculo rodeadas de mais de 250 golfinhos. Outro registro de Ari Kaye, o fotógrafo dos mares. “Quando elas saltam é uma espécie de renovação, uma sensação incrível. Espero que todas as pessoas possam curtir esse momento lindo da mãe natureza.”
O guia Juan Simas vem fazendo maior sucesso nas redes ao levar grupos de 30 a 40/dia para ver baleias em Arraial do Cabo. Nascido e criado em Arraial, ele já foi pescador, virou empresário do setor turístico, comprou um skunna e montou uma agência turística. Há quatro anos, realiza o sonho de multidões que fazem fila para entrar em sua embarcação diariamente. A saída é 10h, da Praia dos Anjos, sentido Ilha do Farol, onde a movimentação das baleias é maior. Depois, faz duas paradas para mergulho e ou banho: praias do Farol e do Forno, conhecidas pela beleza da água azul de doer os olhos.
Sai por R$ 160 por pessoa, mediante reserva em mymento.com.br/don-juan-tour/donjuantour?u=8118236. A duração média é de 4h. Crianças de 0 a 4 não pagam e as de 5 a 9 pagam meia. Juan vende bebidas e espetinhos a bordo.

Na badalada Búzios, também dá para ver baleias. Jorge Lucas Trindade (@jorgetrind) é um dos guias mais requisitados, porque leva os tripulantes por entre R$ 100 e R$ 150 por pessoa.
São dois pontos de embarque, em barcos maiores de dois andares saindo da Praia dos Anjos. O passeio também dura em torno de quatro horas quatro, “dependendo das condições do mar tá”.
Mas tudo tem regras, e elas precisam ser cumpridas: “hoje em dia, como o barco pertence a uma reserva extrativista, o ICMBio só permite agora um passeio por dia.” A capacidade é para até 40 turistas por vez.

Para quem ficar na dúvida, a grande diferença entre as duas cidades, Trindade explica:
“Búzios a gente não tem tanto avistamento de baleia quanto Arraial do Cabo, mas Arraial é a rota mesmo. Cabo Frio também, mas bem menos. Arraial é uma coisa realmente impressionante. São três meses. Se você sentar na praia, pode ver baleia, entendeu. Mas esse tipo de turismo só vem ganhando força de dois anos para cá, a despeito do fato de as baleias sempre terem passado diante de nós.”
Atenção para não fazer feio: É fundamental que a observação das baleias seja feita de forma responsável e respeitando as normas de proteção ambiental, evitando o molestamento dos animais. As baleias jubarte migram para águas mais quentes da costa brasileira para se reproduzir, e a Região dos Lagos é um ponto importante nessa rota migratória. A temporada vai de maio a setembro, com picos em junho e julho.
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