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Uma casa italiana. Mas uma que combina com o Rio. Tem o molho à bolonhesa cozido por oito horas, mas tem também a brisa do mar de Ipanema. Nesse pé lá e cá nasceu o Pope, mais uma ideia bem pensada pela dupla Edu Araújo e Jonas Aisengart (Chanchada, Quartinho, Dainer, Glorioso Sushi and counting).
"O Pope veio da vontade de fazer um restaurante italiano descomplicado e com alma — pratos bem executados, ambiente fresco e um serviço que acolhe. A gente queria uma casa que fosse jovem, viva, contemporânea, mas sem abrir mão das referências clássicas que tornam a cozinha italiana tão querida. Ele completa o nosso grupo trazendo uma elegância solar, com uma cozinha direta, sem afetação, num espaço que convida tanto para um almoço leve quanto para um jantar mais demorado. É o nosso olhar para a Itália", define Edu.
Com cardápio reformulado pelo chef paulista Matheus Zanchini, do ótimo e premiado Borgo Mooca, em São Paulo, um especialista em lenha e comida gostosa. Ele conta que a afetividade foi um fio condutor para pensar os pratos. "Tem o que faço de melhor: pasta fresca e forno a lenha, que se tornou a cocção básica do restaurante. Tudo passa por ali, até mesmo a bolonhesa tem as carnes seladas antes", conta ele, que está há oito meses vivendo no Rio.
Há entradas como carne cruda (R$ 74) com bolinhas de queijo cavalo e arancini carbonara (R$ 38), pizzas romanas, de massa fina (a portuguesa é ótima, R$ 64), pastas como os clássicos fettuccine Alfredo (R$ 64) e pappardelle à bolonhesa (R$ 68) e ainda a seleção Signatures, com carros-chefes dali, como a lasanha que tem duplo molho de grana padano (R$ 98) e o peixe assado com risoto verde e aspargos tostados (R$ 118). "Fazemos com o pescado do dia, com azeite de avelã e castanhas tostadas. Está sendo um sucesso. Assim como as âncoras do Pope, a lasanha de ossobuco e o tornedor com nhoque frito (R$ 106) que adoro", finaliza o chef.
O catolicismo vai além do nome (Pope é Papa em inglês) e a casa faz várias referências à religião: tem foto do primeiro papa, velas, banheiros que simulam confessionários, bustos que lembram o clima de Roma e por aí vai. Divertida e gostosa de estar, independente da crença. Às quartas tem trio de jazz e fica um clima ainda mais gostoso. Um convite a mais para curtir com drinques como o Brisa do Oriente (R$ 38), com vodca, suco de limão-siciliano e soda artesanal de capim-limão, ou Parma e Melone (R$ 38), que leva vodca, suco levemente picante de melão, sour mix e um crocante de parma. Em tempo, a torta siciliana (38) é perfeita para adoçar o fim de noite.
Onde: Rua Joana Angélica, 47, Ipanema