Carioca e botafoguense, a jornalista Lívia Breves está sempre pronta para conhecer um lugar novo ou bater ponto em um clássico da cidade. Adora harmonizar vinho branco com batata frita e pode ser vista na praia tranquila e na pista fervida; na roda de samba e no salão do restaurante estrelado. Muitas vezes, tudo em um mesmo dia.

Há mais de uma década escreve sobre gastronomia, arquitetura, design, moda, arte e viagem, e, nos últimos anos, esteve à frente da seção de lifestyle da Revista Ela, do jornal O Globo, para onde segue colaborando, além de ter seu próprio estúdio de conteúdo. Como editora da Time Out Rio de Janeiro, fará o que mais gosta: buscar novidades, avaliar experiências e contar boas histórias.

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Lívia Breves

Lívia Breves

Editora Time Out Rio de Janeiro

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As melhores exposições para ver em junho - e depois

As melhores exposições para ver em junho - e depois

O mês está marcado por uma série de aberturas de grandes exposições na cidade - incluindo a de fotos de Sebastião Salgado, a primeira após sua partida, no último 23 de maio. Ainda no universo da fotografia, a famosa World Press Photo chega ao Rio, trazendo histórias captadas por fotógrafos de 31 países. Aproveite a ótima temporada de arte no Rio, com algumas mostras que vão até 2026, para visitar os museus e galerias da cidade. Afinal, não é sempre que se tem, ao mesmo tempo, nomes tão potentes em cartaz. 

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Jurema

Jurema

Em uma ponta está o tradicional Beco do Rato, reduto do samba. Na outra, o Jurema, bar novato no roteiro carioca, mas que já garante casa (e rua) cheia. Localizado na rua Morais e Vale, via cheia de sobrados onde já moraram nomes como o ícone LGBTQIA+ Madame Satã (1900-1976), o poeta Manuel Bandeira (1886-1868) e a compositora Chiquinha Gonzaga (1847-1935), a casa, toda pintada em verde e branca, tem um cardápio baseado em clássicos da botecagem - mas que aparecem em versões atualizadas. Tem a barriga de porco curada e assada em caramelo de vinho tinto e tomilho (R$ 32), o rosbife fatiado com molho e tártaro (R$ 30), o cogumelo chamuscado com babaganoush de jiló e molho romesco (R$ 27), a coxinha de frango servida com coalhada (R$ 18), o enroladinho de salsicha empanado na folha de arroz com conserva de tomate verde e maionese picante (R$ 18, duas) e as croquetas de couve-flor com curry servidas com chutney de tomate (R$ 19, duas). Todas criações do chef Pedro Attayde, que investe nos ingredientes que encontra na Feira da Glória, ali ao lado.

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Renovados, Manouche e Rivalzinho retomam suas atividades

Renovados, Manouche e Rivalzinho retomam suas atividades

Junho chegou com boas surpresas para quem gosta de música e festa. O Manouche, espaço intimista e delicioso que funciona no subsolo da Casa Camolese, no Jockey Club, no Jardim Botânico, foi todo repaginado para voltar com tudo. Quem assinou a direção criativa dessa retomada da casa, famosa por suas cortinas de veludo e que já recebeu até Maria Bethânia, foi a cantora e cenógrafa Nina Becker, da Orquestra Imperial. Daryan DornellesAlice Caymmi faz show inédito no Manouche A agenda do mês está quente. Começa com Marcelo D2, em um show em formato jazzy, e segue com dois shows de herdeiros da história da MPB. Alice Caymmi faz um show inédito em homenagem à tia, Nana Caymmi, e Sofia Gilberto, neta de João Gilberto (1931-2019), faz sua estreia nos palcos com o show "Garota bossa nova". E ainda tem leitura de textos com Du Moscovis, encontros filosóficos com Viviane Mosé e muito mais. Onde: Rua Jardim Botânico, 983, Jardim Botânico   Em outra ponta da cidade, no Centro, o Rivalzinho, que fica anexo ao Teatro Rival Petrobras, e foi palco de muita festa boa, gratuita e aberta para todos, volta com uma agenda quente, de terça a sexta, das 17h às 22h. Perfeito para aquela esticadinha depois do trabalho. E, como já diz o slogan, "O que acontece no Rivalzinho, fica no Rivalzinho". No bar, as promoções estão garantidas: tem balde com 5 cervejas + batata frita por R$ 65 e dose dupla de caipirinha por R$ 22. DivulgaçãoRivalzinho retoma às atividades São rodas de samba, shows e festas par
Balcão 201: o novo bistrôbar carioca que você precisa conhecer

Balcão 201: o novo bistrôbar carioca que você precisa conhecer

Uma das descrições que mais se encontra nos cardápios criados pelo chef João Paulo Frankenfeld é "da casa". Recém premiado por uma estrela Michelin pela Casa 201, seu restaurante exclusivamente de menu degustação, no Jardim Botânico, ele acaba de abrir o Balcão 201, um bistrôbar, com cardápio descontraído, na Dias Ferreira, no Leblon. Em comum, é claro, muitos ingredientes artesanais, feitos do zero por ele, a partir de muitas pesquisas e testes.  Alex WolochSteak Tartare com fritas "O DNA da minha cozinha, aquilo que só eu tenho, são tais produtos criados desde o zero por mim e minha equipe. Isso sempre me acompanhará, em todo o novo projeto que eu tiver", conta ele que acaba de criar um saquê.  Os queijos e embutidos estão lá, assim como os picles, o ketchup de cogumelos e a mostarda, todos feitos pelo chef e com referências tanto francesas quanto alemãs. Mas no Balcão 201, elas chegam em novas combinações e apresentações. Há petiscos como rollmops (conserva de peixe com picles, R$ 32, com três), boulette de peixe (R$ 36, com seis), terrine de Campagne com torradas (R$ 58) e croquete de pastrami com mostarda 201 (R$ 39, com dois), e ainda sanduíches, como o de pastrami defumado com mostarda, picles de cebola-roxa e alface crespa (R$ 68), o de linguiça 201 com queijo e mostarda 201 (R$ 49) e o de língua com molho de parmesão, aliche e alcaparra (R$ 39).  Alex WolochSanduíche de pastrami defumado Há também uma parte dedicada às porções para colocar no centro da mesa e div
O lugar perfeito para ficar em Búzios

O lugar perfeito para ficar em Búzios

Chegar em Búzios é sempre bom. Mas chegar ao Casas Brancas Hotel e Spa é ainda melhor. Um das primeiras hospedagens (foi fundada em 1974 quando só havia uma vila de pescadores) desse balneário encantador é também uma das mais especiais e luxuosas do Brasil (coleciona diversos prêmios: já foi eleito o melhor Boutique Hotel do país em 2023 pelo World Travel Awards e o melhor Hotel SPA da América Latina em 2025 pela Condé Nast Johansens de Excelência). É uma mistura de cultura e história local com muito conforto e beleza.  DivulgaçãoA entrada do Casas Brancas Com, atualmente, 33 acomodações de vários tamanhos e modelos, o hotel fica debruçado sobre o mar da Praia dos Ossos e tem uma vista absurda para ilhotas e veleiros que ancoram logo em frente - uma curiosidade: quando Búzios era apenas uma vila de pescadores, a casa, que fica no alto de uma colina, servia como farol para quem chegava pelo mar. Os quartos, assim como os ambientes comuns, são tão gostosos e lindamente decorados que é fácil perder a hora da praia e passar o dia dentro do hotel. Muitas das suítes, aliás, têm varanda, piscina, banheira e outras graças. Mesmo sendo difícil ter vontade de sair do quarto, ainda mais ao acordar, o café da manhã, preparado pela Aparecida e sua equipe, é imperdível - e também premiado pela Condé Nast como melhor da América Latina em 2024.  DivulgaçãoUma das suítes do Casas Brancas Depois do café, dá para passar o dia relaxando nas espreguiçadeiras, que ficam no pátio e debruçadas s
Entre a Glória e a Lapa, o bar Jurema conquista pela brasilidade

Entre a Glória e a Lapa, o bar Jurema conquista pela brasilidade

Em uma ponta está o tradicional Beco do Rato, reduto do samba. Na outra, o Jurema, bar novato no roteiro carioca, mas que já garante casa (e rua) cheia. Localizado na rua Morais e Vale, via cheia de sobrados onde já moraram nomes como o ícone LGBTQIA+ Madame Satã (1900-1976), o poeta Manuel Bandeira (1886-1868) e a compositora Chiquinha Gonzaga (1847-1935), a casa, toda pintada em verde e branca, tem um cardápio baseado em clássicos da botecagem - mas que aparecem em versões atualizadas. Tem a barriga de porco curada e assada em caramelo de vinho tinto e tomilho (R$ 32), o rosbife fatiado com molho e tártaro (R$ 30), o cogumelo chamuscado com babaganoush de jiló e molho romesco (R$ 27), a coxinha de frango servida com coalhada (R$ 18), o enroladinho de salsicha empanado na folha de arroz com conserva de tomate verde e maionese picante (R$ 18, duas) e as croquetas de couve-flor com curry servidas com chutney de tomate (R$ 19, duas). Todas criações do chef Pedro Attayde, que investe nos ingredientes que encontra na Feira da Glória, ali ao lado.  Divulgação "Fazemos uma homenagem às cores e aos sabores que encontramos quando passeamos entre as barracas. Uma grande variedade de legumes e verduras, diferentes tipos de feijões, especiarias e ervas aromáticas. Juntamos tudo isso aos produtos que fazemos na casa e montamos um cardápio divertido tanto para quem come quanto para quem faz", conta Pedro.Ainda há as sobremesas, como a rabanada com creme e espuma de café (R$ 18) e o brul
Habemus Pope: o restaurante italiano que é a cara do Rio

Habemus Pope: o restaurante italiano que é a cara do Rio

Uma casa italiana. Mas uma que combina com o Rio. Tem o molho à bolonhesa cozido por oito horas, mas tem também a brisa do mar de Ipanema. Nesse pé lá e cá nasceu o Pope, mais uma ideia bem pensada pela dupla Edu Araújo e Jonas Aisengart (Chanchada, Quartinho, Dainer, Glorioso Sushi and counting).  Vini Bordalo "O Pope veio da vontade de fazer um restaurante italiano descomplicado e com alma — pratos bem executados, ambiente fresco e um serviço que acolhe. A gente queria uma casa que fosse jovem, viva, contemporânea, mas sem abrir mão das referências clássicas que tornam a cozinha italiana tão querida. Ele completa o nosso grupo trazendo uma elegância solar, com uma cozinha direta, sem afetação, num espaço que convida tanto para um almoço leve quanto para um jantar mais demorado. É o nosso olhar para a Itália", define Edu. Vini Bordalo Com cardápio reformulado pelo chef paulista Matheus Zanchini, do ótimo e premiado Borgo Mooca, em São Paulo, um especialista em lenha e comida gostosa. Ele conta que a afetividade foi um fio condutor para pensar os pratos. "Tem o que faço de melhor: pasta fresca e forno a lenha, que se tornou a cocção básica do restaurante. Tudo passa por ali, até mesmo a bolonhesa tem as carnes seladas antes", conta ele, que está há oito meses vivendo no Rio.  Vini Bordalo Há entradas como carne cruda (R$ 74) com bolinhas de queijo cavalo e arancini carbonara (R$ 38), pizzas romanas, de massa fina (a portuguesa é ótima, R$ 64), pastas como os clássicos f
Cosmo Rio: o lifestyle carioca para vestir

Cosmo Rio: o lifestyle carioca para vestir

Algumas pessoas conseguem criar marcas que são puro suco de Rio de Janeiro. E a designer Lucia Hsu fez isso na Cosmo Rio, fundada em 2017 e focada, principalmente, em moda praia. Além das peças gostosas de vestir e que respeitam os corpos (os tamanhos vão do PP ao GGG), a label representa um lifestyle carioca, que vai da areia ao centro, do esporte à festa. Como diz o slogan, a Cosmo é "proudly made in Rio" e faz questão de deixar isso exposto em letras garrafais.   Divulgação Dos hits, como a estampa Orla e as peças de tule transparente, a Cosmo Rio nasceu focada no discurso do conforto como autoconfiança. Depois, abraçou também a estética de um estilo de vida bem carioca. "Nesses oito anos muita coisa se transformou. Começamos atendendo as problemáticas da mulher contemporânea e ampliamos para um discurso mais de lifestyle. Também deixamos de ser uma marca só de moda praia e criamos peças para o pós-praia", conta Lucia. "A mulher Cosmo é aquela que preza pelo bem-estar e pelos prazeres da vida. Que acorda e busca ter uma vida solar. Acho que o autocuidado é muito mais do que fazer um pilates e tomar café gelado. É sobre criar uma rotina que te traz alegria, conforto e autoconfiança", diz ela, que já fez collab com grifes como Melissa, Hering e C&A.  Divulgação A seguir, um papo com a Lúcia sobre suas inspirações e as delícias de viver no Rio.    Como a cidade aparece nas suas roupas?De muitas maneiras. Falamos sobre modelagens que amparam e acompanham o nosso movimento,
Sorvete sabor torrada? Conheça a Sorvetiño e entenda o hype

Sorvete sabor torrada? Conheça a Sorvetiño e entenda o hype

Tudo pode virar sabor de sorvete. Assim parece pensar Lucas Mariano, que criou a Sorvetiño, marca que tem como destaque os gelados na versão soft, bem cremosa e tirada na máquina. O de torrada (feito com pão de fermentação natural e manteiga queimada) é um dos que mais viralizou. E o de Sucrilhos é o sabor fixo da marca (base de leite e com o cereal caramelizado por cima). Caipirinha, mate com limão, bolo de cenoura... Todos tão diferentes quanto gostosos. Mas também há espaço para os clássicos, como chocolate, morango, avelã, queijo com goiabada e manga.  Divulgação Com endereço em Copacabana, a sorveteria faz uma lista de opções semanais que são servidas em uma casquinha artesanal e amanteigada, outro trunfo dali. Na casa, também há como comprar potes e pacotes da farofa de casquinha para levar e experimentar algumas novidades, como o lançamento da vez, um sanduíche de sorvete.  Divulgação A marca ainda faz algumas collabs, como a junto à Granado, em que preparou sabores inspirados nas fragrâncias. São bolas de sorbets de polpa de caju com toque de cardamomo (inspirado no perfume Époque Tropical), de geleia de morango com água de rosas (inspirado no Rosa Damascena) e muitos outros, que são vendidos na concept store da perfumaria, em Ipanema.  Onde? Av. Prado Júnior, 330, Copacabana.   Siga a Time Out no Instagram
Destilados da casa e atmosfera animada: conheça a Destilaria Maravilha

Destilados da casa e atmosfera animada: conheça a Destilaria Maravilha

Bebendo na fonte. Literalmente. Instalada em um casarão na Rua do Senado, no Centro, a Destilaria Maravilha produz cachaça, gin e vodca, tudo em um alambique instalado no salão, o balcão e os clientes. Dá para ficar à mesa observando os tonéis. Um cenário inédito para o carioca. Jean Benoit Crépon A carta de drinks é, claro, o trunfo dali. Vai dos mais leves, como o Gin Basil Smash, aos mais encorpados, como o Negroni, todos preparados com gim da casa. O Espresso Martini leva a vodca local e o Macunaíma, a cachaça (todos R$ 27). Mas o cardápio segue com mais de 15 opções, além das doses puras (R$ 12). Para acompanhar, crudo de atum, carpaccio de polvo, steak tartare e patê de Campagne. Divulgação O ambiente é mais um ponto alto. Digno de um "uau" e super instagramável, ele conta com peças garimpadas, tem um clima de centro da cidade combinado e cultura brasileira combinado a bustos, espelhos e castiçais. "Nosso estilo é neoclássico, tupiniquim, misturado com samba, fé e malemolência", definem os sócios, uma turma que também está à frente do Grupo Canastra. Jean Benoit Crépon Para completar, a agenda de DJs e shows é ótima, vai da roda de samba à pista, com a agenda sempre postada nas redes durante a semana. Jean Benoit Crépon Onde? Rua do Senado, 53, pertinho do Armazém do Senado e do Labuta, nesse ponto do Rio cada vez mais vivo e animado.   Siga a Time Out Rio de Janeiro no Instagram
Nova estrela no Rio: conheça o Oseille, a casa sofisticada de Thomas Troisgros

Nova estrela no Rio: conheça o Oseille, a casa sofisticada de Thomas Troisgros

O conceito de "fun dining" proposto pelo chef Thomas Troisgros para o Oseille, em Ipanema, deu certo. Aberto ano passado, o restaurante já recebe sua primeira estrela Michelin. Filho de Claude e neto de Pierre, o caçula do clã encontrou sua identidade ao combinar a alta gastronomia experimentada nos dez anos de Olympe com a descontração que sentiu comandando sua rede de hamburguerias. "O grande diferencial do Oseille (azedinha, em francês) é a atmosfera divertida, um ambiente acolhedor e descontraído onde se serve um menu degustação elaborado com técnica e sazonalidade", define o chef, e comemora. "Ficamos muito honrados com o reconhecimento tão rápido. A gente trabalha para entregar um serviço de excelência, mas é sempre uma feliz surpresa quando o reconhecimento vem".  Tomás Rangel Para isso, há um serviço impecável de menu degustação, mas há também trilha sonora escolhida na hora (e ele aceita sugestões), com rock, pop e afins, daquelas que faz tanto o serviço quanto os clientes darem uma dançadinha. Apesar de oferecer apenas 16 lugares, tudo é realmente descomplicado. E chegar nesse tom foi um dos aprendizados de Thomas durante sua trajetória em casas de perfis variados. "Para comer e beber bem não precisa ser algo formal ou sério. Por isso, criei o Oseille", diz.  Tomás Rangel São dois modelos de menu (5 e 7 tempos, R$ 490 e R$ 650, sem harmonização), servidos apenas no jantar. Os sabores passam por pesquisas de produto, foco na sazonalidade e técnicas bem aplicada