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Na última sexta-feira, dia 3, Jotapê, rapper que vem de uma longa trajetória nas batalhas de rima, lançou seu álbum com produção musical de Papatinho, um dos maiores produtores do Brasil. Intitulado ‘‘Até a última rima’’, no projeto o paulista versa com os rappers Emicida, L7nnon, Lezin e Major RD, além de uma música com Lulu Santos.
Em entrevista, Jotapê falou sobre como suas vivências nas batalhas de rima influenciaram seu álbum e sua vida. "Se não fossem as batalhas de rima não tinha álbum. Também não tinha Papatinho, já que viramos parceiros e decidimos fazer um álbum após ganhar uma batalha em que a premiação era uma produção de disco", conta ele, frisando que tudo nasce nas batalhas. "Também não haveria Emicida no álbum, porque a identificação que sempre tive vem desse lugar. Falando de uma parte mais técnica, as batalhas te obrigam a pensar, e acho que consigo trazer isso para as minhas músicas".

O disco tem 14 faixas e aborda temas como racismo, identidade, afetividade e heranças. A ideia é transformar as suas vivências em arte. As músicas são inspiradas em personagens, experiências e referências pessoais do artista, não se limitando à crítica social, mas passando em sentimentos e dilemas reais do cantor. Em um álbum tão especial, as expectativas são grandes. "Sempre tento ser o mais pé no chão possível com a minha carreira, mas confesso que dessa vez está um pouco difícil não sonhar grande. Acho que a principal expectativa é a de que que as pessoas entendam a proposta do que o álbum quer passar. No dia da audição, senti que essa mensagem foi entregue", conta.
Já na carreira, Jotapê espera que o álbum seja o primeiro passo de mudança de realidade para sua família e quem está junto no trabalho. "E espero fazer muitos shows, cantar em muitos lugares do Brasil e, quem sabe, uma tour", finaliza.
No dia 19, o cantor estreia em solo carioca seu novo álbum, tocando no festival de música Alma, no RioCentro.