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BÚZIOS - Uma peça esculpida por um discípulo de Da Vinci. O piso de terracota que vem de Marselha. Obras de arte de mais de 30 países. Cestaria quilombola e utensílios do banheiro importados de uma fábrica inglesa, os mesmo do Palácio de Buckingham e do hotel Ritz, de Paris. Tudo isso e muito mais compõem o acervo do hotel boutique Vila da Santa, no cantinho da Praia dos Ossos, em Búzios, onde o chique que aconhega, em vez de ostentar. Porque em sua essência consta cultura. A dez minutos de caminhada dali, a 74 Osteria, aos pés do Casas Brancas, primeiro hotel de luxo de Búzios, faz dois anos e preza pela gastronomia confortável. Entenda por isso, quentinha, com tudo bem fresco. No mais, é se jogar no Porto da Barra, onde fica o restaurante Casablanca de comida brasileira (picanha, feijoada…), ou então a Feirinha da Ferradura, nas noites de quinta e sábado, um programa buziano para fazer com ou sem crianças.

Traços de uma linda relação de amor entre o casal Bettina (carioca) e Pierre d'Archemont (francês), os ex-proprietários da Secrets de Famille, no Shopping da Gávea, o Vila da Santa vai fazer 10 anos, Fica colado à Capela de Sant'ana, por isso, este nome.
Uma ida a Búzios no inverno vale a pena para isso. O Vila da Santa é perfeito para praticar esportes náuticos (Quem disse que no inverno não pode?) e desfrutar da autêntica gastronomia buziana, com insumos locais. Antiga casa de pescador, um hotel assim é uma ótima pedida de inverno pois, além da praia mais vazia (tem acesso exclusivo para hóspedes), a variedade de atrações culturais é um motivo a mais para arrumar as malas e correr para lá. Um relógio de dupla face, originário de uma estação de trem da renomada marca Lepaute, na França, datado de 1940; a "Mulher com Máscara", criada pela talentosa artista local Ivonne R. em 2010, que capta a essência e a cultura de Búzios, e a porta de fazenda mineira, que pertenceu a Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil, são algumas das peças icônicas em destaque no imóvel dos anos 1940.

“São peças e obras de arte que refletem nossa paixão pela história e cultura de cada destino. Muitos dos itens escolhidos são provenientes da França e da Itália, regiões conhecidas por sua rica tradição artística”, diz Bettina.
A diária ali começa em R$ 1,2 mil e inclui café da manhã, duas piscinas (uma aquecida), spa (serviço à parte), sala de leitura e um verdadeiro museu de extremo bom gosto. Fora a qualidade dos produtos, que nada deixa a desejar. A primeira refeição do dia ali também é aberta a não hóspedes, R$ 168 (+ taxas), com uma variedade de opções frescas, de açaí a pratos quentes.

Na gastronomia, um capítulo à parte. chama atenção o ateliê onde são ensinadas receitas / histórias da moqueca caiçara e caipirinhas, sob a batuta do chef Fabiano Chaves, que toca o restaurante La Gare. O seu forte são os peixes e frutos do mar. Sob demanda, tem ateliê de moqueca e caipirinha, quando todo mundo põe a mão na massa e prepara o prato e o drinque junto (R$ 600, por pessoa).
No menu caiçara do La Gare, atenção para o peixe selado na crosta de castanhas (R$ 124) com risoto de limão siciliano ou até mesmo a moqueca de namorado (mesma do ateliê), servida para duas ou três pessoas (R$ 248). De quinta a sábado, tem música ao vivo à noite, na beira da piscina, em frente ao La Gare.


Entre idas e vindas a Portugal, o chef carioca Rodrigo Rodrigues (que passou por hotéis como Hilton e Emiliano) pratica culinária italiana na 74 Osteria - de frente para a Praia da Armação -, servindo de carne cruda com vinagrete de grana padano e emulsão de alho (R$ 74) ao clássico carbonara (R$ 79), incluindo opções mais quentinhas como parmegiana com espaguete e molho de burrata (R$ 96). Para acompanhar, taça de vinho por R$ 38.
Na Praça da Ferradura, tem feirinha nas noites de quinta e sábado, onde dá para levar seu vinho ou então comprar lá, em taça, para brindar a dezenas de barraquinhas de comida, ao som de DJ ou banda local. De empanada a paella, pode levar a cadeira de praia ou a canga e se jogar, sem sentir muito calor. Inverno é bom (também) para isso.