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JMJ. Lisboa chamou a si a multidão e deu-lhe uma cruz para carregar
“Como é que se vai para Belém?” Estamos na estação do Cais do Sodré, em frente aos ecrãs de chegadas e partidas, e quem nos atira a pergunta é uma freira italiana. “Temos de apanhar o comboio, mas ainda não é possível. Se quiserem, podem tentar ir de eléctrico”, respondemos, antes de explicar que, quando quiserem dirigir-se para a chamada Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII, vão ter de fazer o caminho inverso e apanhar novamente o metro. “Se calhar, é melhor irmos já para a Colina”, diz a freira. A sua colega acena que sim, e agradecem-nos, antes de atirar a toalha ao chão. O primeiro encontro da comunidade católica, vinda de todo o mundo, com a capital portuguesa – e o plano de mobilidade desenhado para a receber – revelou-se, no mínimo, atribulado esta terça-feira, 1 de Agosto, o primeiro de seis dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa. Não é apenas o vai-e-vem a desanimar as freiras. É a multidão compacta a tentar perceber como sair do sítio e que direcção tomar. Às viagens é preciso somar uma grande dose de paciência e auto-controlo. Cerca de meia hora antes, quando o relógio estava para bater as dez da manhã, uma jovem francesa, de bandeira sobre os ombros e bola anti-stress nas mãos, tinha tido um ataque de pânico na parte inferior da estação. Nessa altura, uma massa única de gente, feita de muitos corpos e muitas línguas, tentava subir da plataforma do metro. Mas o acesso ao controlo de entradas e saídas estava congestionado e a jovem, lavada em lágr

Fotogaleria: loucos são os outros
Há noites que ainda não aconteceram, mas sabemo-las especiais, sobretudo pelo que prometem, mas também pelas pessoas envolvidas. Foi o que aconteceu quando, no final de Abril, Alexandre Silva anunciou que ia ter como convidado do LOCO o chef japonês Zaiyu Hasegawa, do DEN, restaurante em Tóquio que ficou em primeiro lugar na lista do 50 Best Restaurants na Ásia e que tem ainda duas estrelas Michelin e uma estrela verde. Sem deixar que estes títulos pesassem, o encontro entre os chefs acontecia pouco depois, a 11 de Maio, motivado apenas pelo objectivo de passar um bom bocado. As expectativas cumpriam-se. “Se conheces o Alexandre Silva, conheces o Zaiyu”, dizia-nos um dia antes Koji Hanada, cozinheiro do DEN que acompanhou Zaiyu Hasegawa nesta vinda a Portugal e que serviu também como tradutor, já que Zaiyu fala apenas japonês, apesar de compreender algumas coisas em inglês. “Pensam da mesma forma”, garantia. Por coincidência, ou talvez não, nesse dia, ambos os chefs passavam uma mensagem nas t-shirts. Se na de Alexandre se exaltava a necessidade de se semear, na de Zaiyu declarava-se a vontade de ir pescar. “Eles não se preocupam apenas com os produtos, mas com os pescadores, os agricultores, os produtores. É preciso cuidar deles”, acrescentava ainda o jovem cozinheiro, com o aval de ambos. “O Zaiyu é um chef de quem me sinto perto. Tento ter a mesma filosofia. Eu conheci-o há dois dias, mas é um professor de há muitos anos, tenho lido o que diz, o que pensa e o que faz”, co
![Feira do Livro de Lisboa: um passeio no Parque [fotogaleria] Feira do Livro de Lisboa: um passeio no Parque [fotogaleria]](https://media.timeout.com/images/106011897/750/562/image.jpg)
Feira do Livro de Lisboa: um passeio no Parque [fotogaleria]
A Feira do Livro de Lisboa arrancou na quinta-feira, 25 de Maio, pelas 12.30. Passava pouco das 16.00 quando a visitámos. O sol ainda estava alto, a abençoar o regresso às datas pré-pandemia – o ano passado decorreu, pela última vez, entre Agosto e Setembro. Além das esplanadas e dos pontos de leitura, onde encontrámos vários leitores a ler ou só a descansar da romaria, havia vários passeantes, desde famílias com crianças até leitores solitários com uma missão muito importante: encontrar os livros do dia e os melhores descontos nas obras dos seus autores preferidos, claro. Entre as bancas antigas e as novas, há algumas novidades dignas de nota, como uma audiolivraria no espaço do grupo LeYA, que funciona por QR code, ou um selo nos livros do grupo Penguin para que a geração dos booktokers consiga encontrar facilmente as obras em voga. Se ainda não teve oportunidade de ver a feira com os seus próprios olhos, espreite a nossa fotogaleria, que estará em constante actualização até 11 de Junho. Talvez se inspire a sair de casa para ver as vistas, gastar o ordenado numa pilha de livros novinha em folha ou aproveitar a programação paralela. Ao todo, estão previstos mais de 2350 eventos. Parque Eduardo VII. 25 Mai-11 Jun, Seg-Qui 12.30-22.00, Sex e feriados 12.30-23.00, Sáb 11.00-23.00, Dom 11.00-22.00. Entrada livre Recomendado: Guia para não se perder na Feira do Livro de Lisboa