Quis ser médica, modelo (comprovam-no os desfiles na rua que fazia aos cinco anos) e até uma estrela da pop. Depois, cresceu e percebeu que era a escrever que ia traçar o seu caminho. Queria formar-se em jornalismo, mas acabou licenciada em Estudos de Cultura e Comunicação pela FLUL, onde ganhou um gosto especial pela arte e cultura. Em 2023, à boleia de um estágio, caiu de pára-quedas na Time Out e por cá continua (enquanto ninguém a mandar embora). Actua em várias frentes, não dispensa um almoço num restaurante acabado de abrir ou a ida a uma loja por estrear, mas é ao teatro que ela gosta de ir. Ora vai à ópera, ora vai a uma daquelas peças conceptuais em que não percebe nada. Houvesse tempo, por ela, ia ver tudo.

Beatriz Magalhães

Beatriz Magalhães

Jornalista

Articles (28)

As melhores peças de teatro em Lisboa para ver em Agosto

As melhores peças de teatro em Lisboa para ver em Agosto

Em Lisboa, não faltam opções para ir ao teatro, muitas delas com preços bem apetecíveis (olá, dia do espectador). Algumas estão tão pouco tempo em cena que, a bem dizer, é preciso correr, que nunca se sabe se (e quando) são repostas. Entre companhias históricas e emergentes, encenadores e actores conhecidos e outros ainda a tentar conquistar lugar, encontra-se um generoso conjunto de peças de teatro. Abra a agenda, tome nota e tire bilhete. Se ficar na dúvida e não tiver tempo para ir a todas, é ir a uma agora e a outra depois, e pelo meio vai vendo como anda de compromissos. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa esta semana

‘Cabaré Constantino’ e mais peças de teatro para ver esta semana

‘Cabaré Constantino’ e mais peças de teatro para ver esta semana

Há teatro para rir, para chorar, para pensar e para ouvir. Há teatro para amar intensamente e para odiar de morte, e ainda teatro para gostar assim-assim. Para os mais melodiosos, o teatro de revista e o teatro musical. Ah, e não nos esqueçamos dos bailados e das danças contemporâneas. O que não falta são opções e, se não tem a certeza do que gosta mais, é escolher uma e depois logo se vê. Pode ser que se torne fã e fique com vontade de voltar. O pior que pode acontecer é ter de esperar pelas recomendações da próxima semana. Até lá, fique com estas. São as melhores peças de teatro para ver no Porto. Recomendado: Coisas grátis para fazer no Porto 

‘Madrinhas de Guerra’ e mais peças de teatro para ver esta semana

‘Madrinhas de Guerra’ e mais peças de teatro para ver esta semana

Não precisa de procurar mais por peças de teatro para ver esta semana. Aproveite que a agenda de Lisboa tem muitos e bons motivos para se render às maravilhas do teatro e garanta o seu lugar na plateia. Não precisa de ir a todas, mas vale a pena arriscar. Se houver indecisão, é ver uma agora e outra depois. Só não pode é encostar-se à sombra da bananeira: algumas carreiras são curtas e esgotam rápido. Outras são longas e esgotam na mesma. Considere-se avisado. Recomendado: As melhores peças de teatro em Lisboa para ver em Julho

25 ideias de coisas para fazer na Costa da Caparica

25 ideias de coisas para fazer na Costa da Caparica

Andar de skate no paredão como se estivesse na Califórnia, comer uma bola de berlim da Panicova, jantar num restaurante que parece uma piscina, espreguiçar-se ao sol, ou acampar durante uns dias. A Costa da Caparica é a nossa praia. Destino de férias, de fins-de-semana, de finais de tarde. O lugar de que nos lembramos sempre que os termómetros passam os 25 graus. Voltámos a trazer areia para dentro do carro, a dizer “a água está boa” com os dentes a bater e a ficar até mais tarde na praia para evitar o trânsito. Aqui, deixamos-lhe 25 ideias de coisas para fazer na Costa da Caparica. Recomendado: Há mais paraísos perto de Lisboa para explorar  

Nem tudo o que luz é novo. As melhores lojas de segunda mão em Lisboa

Nem tudo o que luz é novo. As melhores lojas de segunda mão em Lisboa

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como agora – não pela falta de aviso, mas pela urgência na mudança de hábitos. Comprar em segunda mão ou apostar em peças vintage não é só uma tendência de moda crescente, é mais do que isso – reflecte um comportamento mais amigo do ambiente. Recheie o armário nestas lojas de roupa em segunda mão em Lisboa e, quando fizer limpeza do armário, lembre-se que nem tudo é lixo e pode canalizar a sua imaginação para o upcycling – a chamada reutilização criativa que transforma peças ou produtos que já não usa ou em fim de vida em novos materiais. Recomendado: Lojas para comprar discos de vinil em Lisboa

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

A agenda não dá descanso, pelo menos no que diz respeito a novas lojas em Lisboa. Para que não perca o fio à meada na hora de renovar o armário, de repensar a decoração da sala ou até mesmo de pensar numa mudança de visual, damos-lhe um lamiré das inaugurações dos últimos meses. Há espaços que dão nova vida aos bairros, enquanto outros resgatam tesouros de outras épocas e até o desafiam a pôr as mãos na massa. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novidades. Recomendado: Da decoração à roupa, as lojas onde vai querer entrar na Lx Factory

Limpeza interior: experimente estes programas detox

Limpeza interior: experimente estes programas detox

O Verão ainda agora começou e há muito para aproveitar. Com o calor, nada melhor do que ingerir fruta e legumes em barda, sempre consciente das necessidades nutricionais do seu corpo. Se não sabe o que fazer à vida e não tem tempo para andar a cortar curgetes ou fazer sumos naturais para levar para a praia, nós ajudamos. Não é coisa para estar sempre a fazer e achar que anula os hidratos de carbono que comeu a mais, mas pode escolher um programa detox com entrega em Lisboa para nutrir o corpo e desmistificar essa ideia de que com um detox passa fome. Recomendado: Quatro brunches com direito a mergulhos na piscina

Antes que seja tarde: estas são as peças de teatro para ver nos próximos meses

Antes que seja tarde: estas são as peças de teatro para ver nos próximos meses

Não tenha dúvidas: a agenda da cidade está cheia de peças apetecíveis que surgem tanto pela mão de companhias já com provas dadas como à boleia de novos talentos. Para não ficar perdido no meio de tanta oferta, fomos à procura das peças de teatro e de todos os outros espectáculos performativos, desde dança a comédia, que não deve mesmo perder nos próximos meses em Lisboa. Alguns ficam apenas alguns dias em cena, outros esgotam num ápice. O que fazer? Apontar na agenda, comprar o bilhete e garantir o lugar.  Recomendado: As peças de teatro para ver esta semana em Lisboa

As peças de teatro no Porto para ver em Julho

As peças de teatro no Porto para ver em Julho

Se todas as semanas, a agenda é bem recheada, imagine todos os meses. Conseguir escolher é que é difícil. Há peças para todos os gostos e feitios e, em Junho, não é exceção. Quer seja no Teatro Nacional São João ou nos pólos do Teatro Municipal do Porto, no Sá da Bandeira ou, um bocadinho mais longe, no Theatro Circo e no CCVF, encontra aqui uma selecção de peças de teatro a não perder no Porto e arredores. Das maiores produções às mais pequenas, das mais consensuais às mais controversas, das mais conhecidas às mais desconhecidas, alguma haverá de lhe encher as medidas. Bom espectáculo!  Recomendado: Exposições a não perder no Porto

Os melhores sítios para comer caracóis em Lisboa

Os melhores sítios para comer caracóis em Lisboa

A época do petisco rastejante tende a começar em Maio, à boleia do calor. Daqui para a frente, e até que o sol pare de nos dourar a pele, muitos cafés, restaurantes e tascas da cidade informam-nos quase diariamente, para nossa alegria, que ali "há caracóis" com um papel branco na porta de entrada. É caso para pôr o guardanapo ao peito e pedir torradas com manteiga para a molhanga. Também é boa ideia mandar vir uma imperial para acompanhar. Então agora que os jogos do Euro 2024 estão a chegar – sem esquecer as dezenas de arraiais espalhados pela cidade, claro –, não há combinação melhor. Já sabe as regras, agora é só conferir esta lista dos melhores sítios para comer caracóis em Lisboa. Recomendado: As melhores esplanadas em Lisboa

Da decoração à roupa, as lojas onde vai querer entrar na Lx Factory

Da decoração à roupa, as lojas onde vai querer entrar na Lx Factory

No número 103 da Rua Rodrigues de Faria, passando para lá do portão, há uma rua inteira onde não falta nada. Na Lx Factory, além de cafés, restaurantes, uma galeria de arte e um mercado domingueiro, há lojas para todos os gostos, sobretudo desde que um dos edifícios viu o primeiro piso remodelado para receber novos espaços. Seja aquela peça que vai fazer um brilharete na sala lá de casa, um novo visual para chamar o Verão, um livro para ler nos tempos livres, ou um novo esfoliante ou creme de rosto, encontra de tudo, incluindo uma mão cheia de marcas portuguesas. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Os restaurantes a não perder na Lx Factory

Os restaurantes a não perder na Lx Factory

Em Alcântara, a Lx Factory tem tudo o que precisa, especialmente para ficar bem alimentado. Como no resto da cidade, há mesas obrigatórias – pratos para partilhar, doces que são uma tentação, e até um restaurante em que se atiram machados (ao alvo, claro). Mas há mais: espaços para ir às compras, para a casa e para vestir, uma galeria de arte, tanto fechada como a céu aberto, já que as instalações artísticas estão espalhadas um pouco por todo o recinto. Para comer, fique com estas recomendações de restaurantes, seja para lanchar, "brunchar", almoçar ou jantar.   Recomendado: Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

Listings and reviews (1)

Monsanto Fest

Monsanto Fest

A 7.ª edição do Monsanto Fest assinala os 90 anos do Parque Florestal do Monsanto e, durante quatro dias, tem planeados passeios, piqueniques e concertos. Este ano, o festival junta as Juntas de Freguesia de Alcântara, Benfica, Campolide e da Ajuda e acontece em vários lugares, como na pista de radiomodelismo de Monsanto, onde tomam lugar os concertos, actuações musicais e ainda a transmissão do jogo de Portugal contra França para o Euro 2024. A entrada custa 5€ e inclui uma bebida. Abaixo, encontra toda a programação do festival.  O cartaz e os horários  4 de Julho, quinta-feira18.00 DJ Sun Set20.30 Califlow22.30 Tributo Popular 5 de Julho, sexta-feira 12.30 Piquenique15.00 Green Talent Monsanto18.00 Passeio Nocturno no Monsanto20.00 Transmissão em directo do jogo Portugal-França22.00 Monsanto Hip Hop Sessions com DJ Big, Sam The Kid, Phoenix RDC e XEG 6 de Julho, sábado09.30 Open Day Desportivo no Miradouro dos Montes Claros10.00 Passeio Cultural com Guia Famílias "90 anos de Monsanto" no Instituto Superior de Agronomia15.00 Foto-papper Família na pista de radiomodelismo17.00 Lisboa on Top – Subida à Torre do Galo18.00 Roda de Samba20.00 Tributo a Radiohead22.00 Prata da Casa00.00 Noise Dolls Club 7 de Julho, domingo09.30 Monsanto Run Fest 12.00 Mega Piquenique no Parque de Merendas da Vila Guiné 16.00 Pagode in Paradise 18.00 Tributo a Mamonas Assassinas21.00 O Pagode do Elias   Como chegar Se é da música que vai à procura em Monsanto, saiba que há várias formas de chegar

News (294)

Teatro Camões reabre com peças de Sharon Eyal, Johan Inger e George Balanchine

Teatro Camões reabre com peças de Sharon Eyal, Johan Inger e George Balanchine

Em Outubro, a Companhia Nacional de Bailado (CNB) regressa a casa – que é como quem diz ao Teatro Camões – para apresentar novos espectáculos. A temporada 2024/2025 da CNB, ainda desenhada por Carlos Prado, director artístico até ao final de Agosto, ao qual sucede Fernando Duarte, conta com produções de Sharon Eyal, Johan Inger, Iratxe Ansa – Igor Bacovich e George Balanchine.  Tal como estava previsto, o teatro no Parque das Nações, sede da CNB, que esteve encerrado desde Janeiro devido às obras de requalificação no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, reabre em Outubro. A nova programação foi conhecida na passada quinta-feira e foi delineada pelo anterior director artístico. Contudo, esta está sujeita a modificações por Fernando Duarte que, a partir de 2 de Setembro, inicia funções na direcção da companhia.  A 17 de Outubro, estreiam duas obras de Sharon Eyal e da dupla Iratxe Ansa – Igor Bacovich, que entram pela primeira vez para o repertório da CNB. The Look tem assinatura da primeira coreógrafa, que nas suas obras costuma explorar as relações entre o colectivo e a individualidade, ou entre o orgânico e o artificial. Supernova, da dupla composta por Iratxe Ansa e Igor Bacovich, tal como as suas outras criações, assenta numa linguagem coreográfica baseada num método desenvolvido pela dupla.  Antes, dia 4 de Outubro, a convite do Centro Cultural Olga Cadaval, a CNB apresenta Cantata, de Mauro Bigonzetti. O bailado, criado a partir de um encontro entre músico

Nesta pizzaria, cozinha-se com as mãos, come-se com as mãos e fala-se com as mãos

Nesta pizzaria, cozinha-se com as mãos, come-se com as mãos e fala-se com as mãos

À entrada, quem nos recebe é Francisca, de 14 anos, filha da proprietária. Numa esquina, no pacato Largo da Paz, na Ajuda, o espaço não é muito grande. As paredes estão pintadas de verde, o tecto é trabalhado e as grandes portadas brancas das janelas estão abertas, deixando que a luz do dia invada o restaurante. É acolhedor e familiar, tal como uma casa deve ser. Da sua cozinha para o Manápula, Rita Alambre quis trazer o ambiente de casa, onde recebe amigos e família para comer. Aqui, a única diferença é que consegue sentar mais gente e tem um forno napolitano para fazer pizzas. Com trufa, presunto, pesto de pistáchio, ou alcachofras, Rita convida-nos a comê-las com as mãos, como deve ser. Rita vive neste bairro há cerca de 15 anos. Tem 54 anos, é terapeuta, profissão que adora, mas a paixão pela cozinha levou-a a entrar no mundo da restauração. Em 2010, não muito longe daqui, em Belém, chegou a ter um negócio de wraps chamado Mr. Wrap, mas acabou por não resistir devido à crise. Mesmo assim, a vontade de ter um restaurante persistiu. “Eu sempre fiquei com o bichinho porque eu gosto, dá-me um prazer enorme receber pessoas, dar-lhes de comer e ver a cara delas no fim a acharem que estava tudo ótimo, é uma coisa que eu gosto muito de fazer”, conta Rita. Quando a proprietária viu o espaço disponível, arriscou e, em Março, abriu a pizzaria. E porquê pizzas? Simples. Além de adorar pizza, que podia comer todos os dias se pudesse, confessa, “é uma coisa super democrática, em termos

O Chiado Studio mudou-se. Agora, tem um head spa e uma casa com jardim

O Chiado Studio mudou-se. Agora, tem um head spa e uma casa com jardim

O Chiado Studio abriu em 2016 no número oito da Rua Ivens. Pelas mãos de Cláudio Pacheco, o estúdio focado em serviços de cabelo nunca quis ser um mero salão de cabeleireiro, procurando trazer novos tratamentos e proporcionar uma experiência personalizada aos clientes. Entretanto, em Junho, mudou de morada. Continua no Chiado, mas agora na Rua Duques de Bragança, onde nasceu um espaço dedicado ao head spa, uma das novidades deste Chiado Studio 2.0.  Há oito anos, Cláudio fundou o próprio estúdio, mas pode dizer-se que até foi sem querer. Em conversa com um amigo, que costumava fazer investimentos imobiliários, Cláudio pediu, em tom de brincadeira, um espaço onde pudesse abrir um salão de cabeleireiro. Passado uns meses, tinha um plano de negócios à frente e uma proposta de sociedade. Mesmo sem planear, Cláudio sempre soube que o que realmente queria fazer na vida era lavar cabeças e cortar cabelos. “A minha mãe e a minha tia são cabeleireiras e a minha mãe quase deu à luz no salão, rebentaram-lhe as águas a meio de um dia de trabalho”, conta, entre risos, durante uma visita ao Chiado Studio. DRCláudio Pacheco do Chiado Studio No estúdio, um dos focos sempre foi o corte e a coloração, sendo que o Chiado Studio também tem a própria marca de extensões de cabelo, a CS Hair, desenvolvida depois da pandemia. Quando entramos, deparamo-nos com uma primeira área dedicada aos serviços de corte e coloração. Depois de percorrer o corredor, chegamos a uma segunda área, onde, habitualmen

No Tivoli, há mais de 1000 balões para ver. Mas só duram oito horas

No Tivoli, há mais de 1000 balões para ver. Mas só duram oito horas

Quem disse que um teatro serve apenas para nos sentarmos de olhos postos no palco? Nos seus primórdios, estas salas podem ter sido concebidas unicamente para desempenhar essa função, mas um teatro é, acima de tudo, um lugar de exposição, não só de pessoas, mas também de coisas. Pelo menos na visão de Flávia Junqueira, razão pela qual quis imortalizá-lo. Através do projecto Theatros, a artista corre teatros do mundo inteiro para enchê-los de balões. Chegam a ser milhares de cada vez e o resultado costuma ser apresentado em fotografia. No próximo sábado, Flávia vem instalar os seus balões no Tivoli e, pela primeira vez, deixa-nos entrar para ver. Mas só durante oito horas.  Flávia Junqueira nasceu em São Paulo, onde vive e trabalha hoje em dia. É formada no curso de Artes Plásticas da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), ao qual se seguiram um mestrado em Poéticas Visuais, na Universidade de São Paulo (USP), e um doutoramento em Artes Visuais, no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Desde pequena que sempre gostou de pintar e de desenhar e, apesar de ainda ter frequentado Direito na faculdade, logo percebeu que queria ser artista. O seu trabalho, que inclui fotografia e instalação, é, em grande parte, inspirado pelas temáticas associadas à infância e ao lúdico e, por isso, há elementos que se destacam, como é o caso de carrosséis, bolhas de sabão ou figuras animadas. Já os balões ganharam uma casa no teatro. DR'Theatros' no Teatro Colón em Bo

Neste festival, há guerra, amor e música de Maria Bethânia

Neste festival, há guerra, amor e música de Maria Bethânia

A nova edição do Try Better, Fail Better chega esta sexta-feira e este sábado, 26 e 27 de Julho, ao Teatro Taborda. O espaço da Costa do Castelo acolhe quatro projectos, entre o teatro e a dança, que são apresentados ao longo dos dois dias. Os trabalhos seleccionados são o resultado de uma residência artística no Taborda e podem ser vistos, em ambas as datas, entre as 17.00 e as 22.30. De Terra e Sangue, com encenação e interpretação de Jade Cambournac, leva a cabo uma reflexão acerca do conflito entre Israel e a Palestina e acerca dos dois povos, articulando elementos textuais, imagéticos, físicos e musicais. Graus Diferentes é uma peça de dança criada por Sara Vujadinovic. Em palco, os quatro intérpretes dançam em torno da ideia e do objectivo que movem uma coreografia. Mara Nunes assina Mais Amor, que segue a história de duas pessoas que, acompanhados de ambientes sonoros electrónicos, se apaixonam, mas que não veem o amor da mesma forma. Por fim, a compositora e cantora brasileira Camila Masiso protagoniza Masiso canta Bethânia, em que explora a obra de Maria Bethânia. A sua performance conta com a presença de mais dois músicos. Este ano, o festival teve uma edição Lab Edition, em que foi possível assistir aos ensaios dos projectos, a 12 e 19 de Julho.   Voltando à programação, na sexta-feira, depois de apresentadas as peças, há uma conversa entre os criadores e o público e um DJ set da dupla performativa L.S.D., que junta o conceito de estátua viva à música. Já no sábado

Ovos estrelados e tangerinas. Não são para comer, são para decorar

Ovos estrelados e tangerinas. Não são para comer, são para decorar

Há cerca de dez anos criou um canal no Youtube, onde começou a partilhar um pouco da sua vida. Hoje, conta com mais de 84 mil subscritores. Na Faculdade de Belas-Artes, licenciou-se em pintura. Pelo caminho, percebeu que não se queria restringir a uma só coisa e, por isso, encontramo-la na fotografia, no vídeo, na pintura. Na cerâmica também. Em Novembro de 2023, Mariana Gomes lançou a eggs.pt, a sua marca de peças de cerâmica feitas à mão. Tem um gosto especial por ovos, especialmente estrelados, mas também vende canecas e castiçais em forma de tangerina. Este mês, espera-se um restock das canecas e, para breve, uma nova peça que nada tem a ver com cerâmica. Tal como ela, a eggs.pt não é feita de uma única matéria.  Antes de começar a vender as próprias peças, Mariana lançou uma colecção de prints a partir de serigrafias que fez quando ainda estava na faculdade, inspirada por uma viagem ao Japão. Foi precisamente na altura em que esteve na faculdade que a artista, de 25 anos, pôde experimentar várias coisas diferentes. Foi assim que a cerâmica entrou na sua vida. “Eu tirei pintura, mas nunca me imaginei como pintora ou artista plástica, então aproveitei o meu curso para experimentar áreas diferentes dentro das artes. A parte boa da faculdade é que me deu a oportunidade de experimentar imensas áreas diferentes, instalação, fotografia, vídeo e, depois, a cerâmica”, conta, durante uma visita ao estúdio, na zona de Alvalade. © Francisco Romão PereiraMariana Gomes da Eggs.pt Al

Greve vai afectar circulação de comboios durante dois dias

Greve vai afectar circulação de comboios durante dois dias

Nos dias 22 e 24 de Julho, os serviços da CP prevêem perturbações. Nestes dois dias, as greves duram 24 horas.  Convocadas pelos sindicatos ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SNAQ, SNTSF, STF e STMEFE, os comboios da Comboios de Portugal vão sofrer perturbações na circulação na próxima segunda e quarta-feira, 22 e 24 de Julho. As greves duram o dia todo.  Para quem já adquiriu bilhetes para viajar nos serviços Alfa Pendular, Intercidade, Internacional, Interregional e Regional, pode pedir o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou pode sempre trocá-lo, gratuitamente, para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.  Os bilhetes comprados na app CP ou na bilheteira online podem ser reembolsados ou trocados em myCP, mas apenas até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem do cliente. A troca ou reembolso dos bilhetes adquiridos na bilheteira deve ser feita na mesma. Se passar esse prazo, até dez dias depois de terminada a greve, o pedido de reembolso deve ser feito através do formulário de contacto online, basta juntar a digitalização do bilhete original.  Leia a edição de Verão da Time Out, já à venda + Piscina do Casal Vistoso reabre em Setembro  

Miso, chocolate branco ou matcha. As cookies da Bake Bros podem levar qualquer coisa

Miso, chocolate branco ou matcha. As cookies da Bake Bros podem levar qualquer coisa

Ora são crocantes, ora são recheadas. Ora são grandes, ora são mini. Quando abrimos um pacote, comemos uma, mas num ápice chegamos à segunda, à terceira, ou à quarta. No fim, restam as migalhas e, se não tivermos cuidado, elas ficam em todo o lado. As bolachas da Bake Bros também são dessas que deixam migalhas. Os irmãos Francisco Ruah e Manuel Fonseca puseram mãos à obra para criar umas bolachas que, crocantes por fora e cremosas por dentro, querem-se ao estilo americano. O espaço no Saldanha abriu em Junho e no primeiro dia até fez fila à porta. Se Manuel, de 24 anos, trabalha em finanças, o irmão Francisco, de 30 anos, desde cedo que começou a trabalhar na área da hotelaria. De limpar o chão a organizar contas, sabe "fazer tudo", garante numa visita à Bake Bros. É, precisamente, Francisco que encontramos ao balcão. Desde o início, ficou decidido que ele seria a cara da marca, enquanto Manuel, que neste momento se encontra em Inglaterra a fazer um mestrado, se deixa ficar nos bastidores. Foi depois de Francisco viver nos EUA e em Inglaterra que surgiu a vontade de criar a marca. Há um ano e meio, o plano avançou. “Nós em Inglaterra temos a Ben’s Cookies e a Crème – duas marcas de referência em Londres –, e quando queres um doce, uma bolacha, é lá que vais. E nós gostamos muito daquilo, saímos de casa de propósito para ir buscar uma bolacha daquelas”, diz.  © Francisco Romão PereiraFrancisco Ruah da Bake Bros Na hora de trazer o conceito para Lisboa, os irmãos conduziram u

Caiu o pano sobre a Politécnica. “É uma tragédia”, para os Artistas Unidos e para a cidade

Caiu o pano sobre a Politécnica. “É uma tragédia”, para os Artistas Unidos e para a cidade

Não devia ser um dia normal no Teatro da Politécnica, mas nos últimos dias do passado mês, mês e meio, é como tem sido por aqui. A desmontar, a acartar, a rasgar, a embalar, e sobretudo a deixar. Esta terça-feira, o ritual repete-se. Há quem desmonte, acarte e embale. E, assim que se encaminham para o camião, que com o passar das horas se vai compondo, rapidamente as pessoas que aqui estão voltam para dentro, porque há mais para desmontar, para acartar, e para embalar. Mas, ao contrário do que aconteceu durante o último mês, esta terça-feira vê novas caras a fazer idas e voltas ao camião. Convidados pelos Artistas Unidos, amigos e conhecidos também dão uma ajuda. À entrada, muitos se sentam, talvez à espera do que fazer ou então apenas a ver quem passa. Para lá das portas, toda a gente está ocupada. Mesmo quem não sabe para onde se virar rapidamente arranja o que fazer.    A saída da Politécnica era sabida, mas esta tarde ela sente-se. No meio do alvoroço, ela sente-se no ar, nos semblantes das pessoas, materializa-se no barulho dos berbequins e no pó que se levanta. À entrada, uma televisão passa um vídeo sobre o despejo dos Artistas Unidos d’A Capital, em 2002; esse era lugar para onde esperavam voltar, findo o seu tempo na Politécnica. Mas, para já, não é o que irá acontecer. Para já, as caixas, os materiais, o que se quer guardar, segue para um armazém em Marvila, embora com a certeza de que nem tudo lá caberá. A questão impõe-se: como é que um teatro inteiro vai caber nu

Robert Wilson, Cucha Carvalheiro e Olga Roriz na nova temporada do São Luiz

Robert Wilson, Cucha Carvalheiro e Olga Roriz na nova temporada do São Luiz

No teatro, há Robert Wilson, Arthur Miller e Shakespeare. Na dança, Olga Roriz, Catarina Miranda e Matthieu Ehrlarcher. Na música, Lena d’Água, Samuel Úria e o regresso de Martim Sousa Tavares. Pelo meio, há o que pensar, o que ler e o que visitar. Na nova temporada do São Luiz Teatro Municipal, a par das peças de teatro, dos espectáculos de dança e de performance, há espaço para concertos, lançamentos de livros, ciclos de conversas e visitas guiadas. Para 2024/2025, mantém-se uma vontade de tornar o São Luiz um centro de cruzamento de diferentes disciplinas artísticas e de afirmar a sua centralidade no cenário artístico e cultural da cidade.  A partir de Setembro, tal como aconteceu com a anterior temporada, a nova programação do São Luiz desenha-se em torno de tudo o que cabe naquele teatro. E, segundo o director artístico, Miguel Loureiro, isto é uma vontade, mas também uma necessidade. “Eu gostava que isto fosse uma grande casa, central, no Chiado, em Lisboa. O meu impulso não é apenas de validação artística, tem a ver com os pergaminhos e com a história da casa, e tem a ver com as necessidades da cidade. Numa altura em que temos o Teatro Nacional D. Maria II ainda fechado, em regime de programa Odisseia, portanto com o seu espaço mãe fechado, e com o Teatro Nacional São Carlos a fechar, eu predisponho-me a colaborar tanto com a música como com o teatro, como com a dança”, diz à Time Out.  A programação responde assim às “contingências do momento actual – quem é que está

Levanta-se o véu sobre o Alkantara Festival: da guerra na Palestina às baleias solitárias

Levanta-se o véu sobre o Alkantara Festival: da guerra na Palestina às baleias solitárias

O Alkantara Festival está de regresso entre 15 e 30 de Novembro. Os espectáculos de dança, teatro e performance serão apresentados em espaços como a Culturgest, a Biblioteca Palácio Galveias, o MAAT, o TBA e o São Luiz, anunciou esta segunda-feira a organização. A Noiva e o Boa Noite Cinderela, da artista brasileira Carolina Bianchi e do colectivo Cara de Cavalo, abre o festival na Culturgest. O espectáculo parte de histórias de violência contra mulheres, levando o público ao “abismo, um buraco no meio do deserto, um mergulho num copo de bebida de violação – uma descida ao inferno”, pode ler-se em comunicado. O espectáculo passou pela 77.ª edição do Festival de Avignon.  Também do Brasil, Francisco Thiago Cavalcanti apresenta no TBA 52blue. Sozinho em palco, o artista dança em torno da solidão, da saudade e da falta, com a ideia de uma baleia solitária em mente. No São Luiz Teatro Municipal, é Mamela Nyamza, coreógrafa sul-africana, que, pela primeira vez em Portugal, traz dança com Hatched Ensemble. Dez bailarinos, uma cantora de ópera e um instrumentista de música tradicional africana protagonizam um espectáculo de movimentos, imagens e sons inesperados.  Na Biblioteca Palácio Galveias, Querida Laila é uma instalação-performance, apresentada em conjunto com o Teatro Nacional D. Maria II, co-produtor e co-apresentador desta edição do festival, e que procura expressar e compreender o trauma do povo palestiniano. Basel Zaraa, artista palestiniano radicado no Reino Unido, cria

Antes do NOS Alive, os Arcade Fire fizeram a festa no Praia no Parque

Antes do NOS Alive, os Arcade Fire fizeram a festa no Praia no Parque

A um dia de actuarem no palco do NOS Alive 2024, os Arcade Fire passaram no Praia no Parque. O restaurante encheu e, durante algumas horas, os canadianos animaram a noite. Encabeçada pelo vocalista e compositor Win Butler, a banda vem actuar a Portugal pela terceira vez, nos últimos anos. Além de um concerto em nome próprio no Campo Pequeno em 2022, os Arcade Fire também já actuaram no Rock in Rio Lisboa (2014), em Paredes de Coura (2004 e 2018), e no Meo Kalorama (2023). No NOS Alive, também não é a primeira vez. Foi em 2016 que passaram pelo Passeio Marítimo de Algés. Esta quinta-feira, voltam a pisar este palco para celebrar os 20 anos do seu álbum de estreia – Funeral. Os meus amigos Win e Régine estão cá. pic.twitter.com/RD9MTHiACG — Francisco Mendes da Silva (@fmendesdasilva) July 10, 2024 Na véspera do concerto, decidiram dar um salto ao Praia no Parque, no Parque Eduardo VII, e não foi para comer. Desde o fim da tarde até à noite, Win Butler e Régine Chassagne estiveram a pôr música e rapidamente juntaram todas as pessoas que estavam no restaurante para uma actuação improvisada. Nas redes sociais, multiplicaram-se os vídeos do acontecimento, mostrando o ambiente animado que ali se instalou. Para os fãs de Arcade Fire, não é necessariamente surpreendente, já que numa das últimas vezes que a banda esteve cá, em 2014, Win Butler protagonizou um DJ set no Incógnito. pic.twitter.com/T3rk2SEhUK — Francisco Mendes da Silva (@fmendesdasilva) July 10, 2024 Os Arcade Fire s