Quis ser muita coisa, mas depois cresceu e percebeu que era a escrever que ia traçar o seu caminho. Licenciou-se em Estudos de Cultura e Comunicação, na Faculdade de Letras, onde ganhou um gosto especial pela arte e cultura. Em 2023, à boleia de um estágio, chegou à Time Out, meio com o qual continua a colaborar hoje. Sempre actuou em várias frentes, ora ia a lojas acabadas de abrir, ora a peças de teatro. Agora, dedica-se a conhecer novos restaurantes, que é como quem diz a comer.

Beatriz Magalhães

Beatriz Magalhães

Jornalista

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Os melhores rooftops em Lisboa

Os melhores rooftops em Lisboa

A palavra rooftop pode ainda não ser reconhecida pelo dicionário Priberam, mas quem ciranda por Lisboa sabe bem pronunciar este estrangeirismo – e mesmo que não saiba, estamos aqui para dar uma ajuda. Os bares em rooftops já fazem parte do vocabulário alfacinha. São lugares altos por natureza, com bebidas e petiscos por inerência, vistas desafogadas e, por vezes, ambientes festivos. Perca o medo das alturas (nós já perdemos há muito tempo) e suba até um destes terraços com bar, ideais pra reunir amigos ao pôr-do-sol e pela noite fora. Esta é a lista dos melhores rooftops em Lisboa. Recomendado: Sete bares speakeasy em Lisboa
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades multiplicam-se de tal forma que, quando descobrimos os restaurantes que abriram nos últimos meses, já temos novas mesas à nossa espera. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há lugar para a alta-cozinha, para aproximações às culinárias asiáticas, a Marrocos, a Espanha, e até à Palestina, estéticas inspiradoras e, claro, para a moda das sandes e dos smash burgers, sem esquecer a comida portuguesa de autor. Preparámos um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não fique desactualizado e faça uma reserva – tem muito por onde escolher.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa

Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa

Todas as razões são boas para reencontros, festas e jantares de grupo, seja com a família, amigos ou colegas de trabalho. Não há plano melhor do que juntar toda a gente à mesa – mesmo que seja difícil agradar a todos. Além dos restaurantes tradicionais ou dos novos que têm aparecido na cidade com espaço para muitos comensais, apontamos-lhe vários restaurantes para a ocasião (alguns com menus especiais que facilitam a vida na hora da escolha). Se está à procura de restaurantes para jantares de grupo em Lisboa, não vá mais longe. Recomendado: Os melhores restaurantes em Lisboa
Smash burgers: seis sítios onde comer os hambúrgueres da moda (e ser feliz)

Smash burgers: seis sítios onde comer os hambúrgueres da moda (e ser feliz)

Quem diria que um hambúrguer com duas fatias de carne esmagadas na chapa (e que existe nos EUA pelo menos desde o século passado) causaria tamanha loucura? Pois bem, aqui estamos, a febre dos smash burgers é real – e, ao que parece, não vai abrandar. Os restaurantes proliferam pela cidade e vão todos beber à mesma fonte: uma carta curta, assente no monoproduto, uma vibe cool (que se traduz em muito inox) e simplicidade acima de tudo. Fomos prová-los e, muitos hambúrgueres comidos depois, dizemos-lhe quais são os melhores smash burgers em Lisboa. Recomendado: Seis sítios para comer sandes em Lisboa
Os melhores sítios para rechear a cesta de piquenique

Os melhores sítios para rechear a cesta de piquenique

Sabemos (e já lhe dissemos) quais são os melhores sítios para fazer piqueniques em Lisboa. Mas, se é daqueles que não gosta ou não tem tempo para encher o cesto de verga de iguarias, pode sempre optar por ir buscar a comida já pronta a um destes restaurantes. Junte a família, os amigos ou faça uma pequena escapadinha a dois para o meio do verde. O que não pode faltar é sombra... e boa comida. É só pegar no cesto, estender a toalha e praticar o ócio deitado na relva.  Recomendado: As melhores praias com Bandeira Azul perto de Lisboa
As melhores happy hours em Lisboa

As melhores happy hours em Lisboa

Beber um copo ao fim do dia, depois do trabalho, pode muito bem ser aquela rotina que de precisávamos e não sabíamos. É aí que entram as happy hours, a desculpa perfeita. Nestas horas felizes, não só as imperiais passam a custar menos, também os cocktails caem para metade do preço. Escolhendo bem, ainda encontra petiscos, como ostras ou tacos, com preços reduzidos para tornar a vida nas esplanadas na cidade ainda mais bela – pensando bem, é experiência que não têm preço (especialmente nos dias quentes de Verão). É tempo de correr as happy hours de Lisboa.  Recomendado: Os bares no Bairro Alto que precisa de conhecer
Os melhores sítios para fazer piqueniques em Lisboa

Os melhores sítios para fazer piqueniques em Lisboa

Para fazer um bom piquenique, não precisa de sair da cidade. Ainda que, por vezes, pareça difícil, há vários sítios onde pode estender a toalha, relaxar, ler um livro e comer e beber ao som dos passarinhos (e alguns não podiam estar mais no centro). De mini-florestas a relvados junto ao rio ou miradouros inspiradores, encontrámos os melhores parques e jardins para fazer piqueniques em Lisboa. E se for daqueles que não quer ter preocupações (nem trabalho), há cafés e restaurantes que lhe preparam fazem a papinha toda – ou seja, uma cesta pensada para piqueniques.  Recomendado: Os melhores parques de campismo para dormir sob as estrelas
As melhores piscinas low cost em Lisboa (e arredores)

As melhores piscinas low cost em Lisboa (e arredores)

Gosta de dar um bom mergulho na piscina, mas recusa-se a esvaziar a carteira? Depois de explorar as melhores piscinas em Lisboa (e arredores), partimos em busca de mergulhos mais económicos, daqueles que refrescam as ideias e o corpinho sem dar cabo da conta bancária. Umas têm mais afluência, até porque são maiores, mas há opções para todos. Prepare o saco com os essenciais (fato de banho, toalha e óculos de mergulho) e vá meter água para uma destas piscinas baratas em Lisboa e arredores, sem comprometer o orçamento do Verão inteiro.  Recomendado: As melhores piscinas em Lisboa (e arredores)
Piscinas municipais em Lisboa para dar umas braçadas à sombra

Piscinas municipais em Lisboa para dar umas braçadas à sombra

Se gosta de nadar, mas odeia o ruído dos banhistas e a sensação de se transformar num panado assim que se vê com areia da cabeça aos pés, as piscinas municipais podem ser uma excelente alternativa. Há tanques de competição, mas também de aprendizagem para os miúdos ou para os menos dados à mariposa. Já para não falar das muitas modalidades que pode começar a praticar, desde a clássica hidroginástica ao aquafitness. Reunimos as melhores piscinas municipais em Lisboa, quer pelo preço reduzido quer pela diversidade de oferta de actividades. Agora é consigo. Recomendado: As melhores piscinas em Lisboa (e arredores)
As melhores piscinas em Lisboa (e arredores)

As melhores piscinas em Lisboa (e arredores)

Eis uma receita infalível para evitar filas, pôr-se a salvo das alforrecas, refrescar as ideias e apanhar o tão desejado sol sem ter de levar com ondas ou tempestades de areia. Falamos das melhores piscinas em Lisboa. Muitas delas são verdadeiros oásis instalados em alguns dos melhores hotéis da cidade, como o Sheraton. Está à espera do quê para vestir o fato de banho, agarrar na toalha e dar um mergulho? Se acabar por se entusiasmar depois de uma tarde de descontracção, não perca o embalo. Aproveite e faça check-in. Recomendado: As melhores praias com Bandeira Azul perto de Lisboa
Dê um mergulho nestas piscinas oceânicas em Lisboa (e arredores)

Dê um mergulho nestas piscinas oceânicas em Lisboa (e arredores)

Está calor, mas não faz mal. Há muitos lugares onde combater as altas temperaturas. É hora de se banhar de creme protector, estender a toalha na espreguiçadeira e deixar que o sol faça o seu trabalho, com intervalos marcados por mergulhos aquáticos. Mas não são uns mergulhos quaisquer. Estas são piscinas de água salgada: é essa, aliás, a maravilha das piscinas oceânicas – um fingimento de que estamos no mar, mas num ambiente controlado, sem areia e sem a agitação marítima das ondas. Tome nota e prepare-se para nadar sem preocupações nestas piscinas oceânicas em Lisboa e arredores. Recomendado: As melhores piscinas low cost em Lisboa (e arredores)
Guia para aproveitar a Feira do Livro de Lisboa ao máximo

Guia para aproveitar a Feira do Livro de Lisboa ao máximo

A Feira do Livro está de regresso ao Parque Eduardo VII até 16 de Junho. E esta edição traz novidades, como melhores acessibilidades para pessoas com mobilidade condicionada, uma nova praça verde e novas iniciativas ligadas à sustentabilidade (embora tenha perdido os show cookings). Ao todo, estão confirmadas 960 marcas editoriais, distribuídas por 350 pavilhões. Está de volta a programação das Bibliotecas de Lisboa (BLX), a ser dinamizada no renovado espaço da Câmara Municipal de Lisboa, e também os lançamentos de livros, as sessões de autógrafos e os concertos, às sextas-feiras, às 22.00. O melhor é aproveitar este guia para não se perder na Feira do Livro. Parque Eduardo VII. 4 Jun-22 Jun. Seg-Qui 12.00-22.00, Sex e vésperas de feriado 12.00-23.00, Sáb 10.00-23.00 e Dom e feriados 10.00-22.00. Entrada livre Recomendado: Gosta de livros? Descubra estes clubes de leitura em Lisboa

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Monsanto Fest

Monsanto Fest

A 7.ª edição do Monsanto Fest assinala os 90 anos do Parque Florestal do Monsanto e, durante quatro dias, tem planeados passeios, piqueniques e concertos. Este ano, o festival junta as Juntas de Freguesia de Alcântara, Benfica, Campolide e da Ajuda e acontece em vários lugares, como na pista de radiomodelismo de Monsanto, onde tomam lugar os concertos, actuações musicais e ainda a transmissão do jogo de Portugal contra França para o Euro 2024. A entrada custa 5€ e inclui uma bebida. Abaixo, encontra toda a programação do festival.  O cartaz e os horários  4 de Julho, quinta-feira18.00 DJ Sun Set20.30 Califlow22.30 Tributo Popular 5 de Julho, sexta-feira 12.30 Piquenique15.00 Green Talent Monsanto18.00 Passeio Nocturno no Monsanto20.00 Transmissão em directo do jogo Portugal-França22.00 Monsanto Hip Hop Sessions com DJ Big, Sam The Kid, Phoenix RDC e XEG 6 de Julho, sábado09.30 Open Day Desportivo no Miradouro dos Montes Claros10.00 Passeio Cultural com Guia Famílias "90 anos de Monsanto" no Instituto Superior de Agronomia15.00 Foto-papper Família na pista de radiomodelismo17.00 Lisboa on Top – Subida à Torre do Galo18.00 Roda de Samba20.00 Tributo a Radiohead22.00 Prata da Casa00.00 Noise Dolls Club 7 de Julho, domingo09.30 Monsanto Run Fest 12.00 Mega Piquenique no Parque de Merendas da Vila Guiné 16.00 Pagode in Paradise 18.00 Tributo a Mamonas Assassinas21.00 O Pagode do Elias   Como chegar Se é da música que vai à procura em Monsanto, saiba que há várias formas de chegar

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Café com alperce? Ou com pepino? É a especialidade do MAS, no Arco do Cego

Café com alperce? Ou com pepino? É a especialidade do MAS, no Arco do Cego

O café não tem de ser sempre a mesma coisa. Pode ser muito mais do que uma bebida com gelo, leite ou bebida vegetal. Pelo menos, essa é a filosofia de Sia Fung, a jovem por trás do MAS. Abriu em Março, na Avenida Duque de Ávila, com café de especialidade e brunch. Mas não se deixe enganar pela simples descrição, este sítio não é como todos os outros. As combinações de café irreverentes, pensadas ao detalhe, certamente impressionarão os mais cépticos. Não se preocupe, há também cold brews, macchiatos e espressos. Sia Fung veio para Lisboa, ainda antes da pandemia, para estudar gestão de marketing no ISCTE. Gostava da cidade, gostava do curso, mas não gostava muito do café que encontrava à venda. “Já quando andava no secundário adorava beber café. Então, quando vim para cá, explorei muitos sítios. Mas era difícil encontrar o meu café preferido”, recorda Sia, de 24 anos. Ora havia o Starbucks, ora havia cafés tradicionais, em que a especialidade era a bica. Rita ChantreO interior do MAS “Sou da China, vivia em Guangdong, onde a cultura do café é muito mais internacional. É interessante, porque os chineses não gostam muito do café que, aqui, é o mais tradicional. Há muito poucas pessoas a beber espresso – é muito raro. E, na Europa, isso é o que se bebe diariamente”, nota. Foi por isso que decidiu ter um negócio próprio, para mostrar o quão diverso o café de especialidade pode ser. Quando a covid-19 obrigou o mundo a entrar em quarentena, Sia regressou à China. Voltou a Portuga
No W You Coffee, o café é especial – e a barista também

No W You Coffee, o café é especial – e a barista também

Di Su não bebe qualquer café. “Ando sempre à procura de cafés de especialidade, em qualquer parte do mundo”, assegura à Time Out. Depois de fazer várias viagens ao Brasil, à Grécia e à China, de onde é natural, apercebeu-se que chegara a altura de ter o seu próprio espaço – um sonho que tinha desde criança, confessa. Além de apreciar a bebida, Di Su acredita que “o café é um sítio muito mágico, que liga as pessoas”. Essa foi uma das razões para abrir o W You Coffee. Em Maio, em Santos e, em Setembro, na zona de Roma-Areeiro. Mas a história deste negócio começa mais atrás. Na verdade, o W You Coffee na Rua do Poço dos Negros nasceu no lugar onde a empresária abrira o seu primeiro café, na pandemia. “Não tinha muita alma”, admite a proprietária (uma de três sócios), que faz parte do grupo Sigma, de empreendimentos imobiliários. Foi então que, no início deste ano, decidiu mudar a imagem do café com a ajuda do seu actual responsável, o brasileiro Francisco Artal. O nome, por exemplo, é hoje uma mensagem de boas-vindas, já que o 'W' significa "welcome". Rita ChantreW You Coffee na Rua do Poço dos Negros Rita Chantre “Gosto muito do campo. Tenho uma paixão por cavalos, então estou sempre no campo. O verde acaba por ser mais importante do que o azul, do que o mar, porque sou mais da montanha do que da praia. Foi daí que veio a inspiração”, explica, apontando que o musgo artificial numa das paredes pretende ainda aludir à ideia de um planeta futuro, onde, devido às condições host
Neste café-bar Iconico, mandam as madalenas e as memórias de infância

Neste café-bar Iconico, mandam as madalenas e as memórias de infância

“Madeleine de Proust” é uma expressão francesa que se refere a um fenómeno sensorial em que um determinado cheiro, sabor ou som nos remete para uma memória. A sua origem reside na obra Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, daí que a expressão tenha sido apelidada com o nome do autor. Depois de a personagem principal da história levar à boca uma colher de chá, em que havia mergulhado uma madalena, é invadida por uma recordação de infância. Clara Perrot e Nicolas Pignat estão familiarizados com a expressão (e não só porque são franceses). Também eles sabem como uma trinca neste pequeno bolo os pode transportar para outros tempos. “Costumava comer madalenas quando era pequena. Então pensámos em fazer o conceito à volta da ‘madeleine de Proust’. Queremos fazer coisas doces e saborosas, que trazem de volta boas lembranças de infância”, explica Clara, co-proprietária do Iconico, o novo café-bar que abriu perto de São Bento. Foi há quatro anos que a parisiense se mudou para Lisboa com Nicolas, em regime de trabalho remoto. A dada altura, a empresa do namorado tornou a exigir que os trabalhadores voltassem ao escritório, mas o casal queria continuar a viver cá, então Nicolas despediu-se. Disseram adeus às suas carreiras profissionais – ele no ramo imobiliário, ela na área da tecnologia – e começaram a pensar mais a sério em ter um café. Rita ChantreClara Perrot e Nicolas Pignat, o casal por trás do Iconico O facto de terem amigos em Lisboa com negócios próprios, como Olivia
Na Graça, este casal brasileiro tem uma “casinha” de café de especialidade e vinhos naturais

Na Graça, este casal brasileiro tem uma “casinha” de café de especialidade e vinhos naturais

Maria Clara Lima e Pedro Lima são duas partes de um todo. São um casal, sim, mas não é apenas o afecto (e outras tantas características pessoais) que os une. Há uma outra coisa, palpável, conhecida pelo seu cheiro e sabor intensos, pela sua cor escura, que junta os dois jovens brasileiros – o café. A paixão manifestou-se ainda Pedro vivia no Brasil. Uns anos depois, quando foi morar para Buenos Aires, consolidou-se por inteiro. Lá, fez um curso de barista e assim que veio para Portugal, há dois anos, soube que, um dia, gostaria de ter um café. Com Maria, que já cá estava há seis anos, abriu finalmente as portas do Vezo Coffee, em Maio, na Graça.  A conversa tornou-se mais séria por volta de Dezembro de 2024. Maria trabalhava como professora na Universidade Lusófona e Pedro como artista visual quando pensaram em ter uma marca online de café de filtro. Perceberam, no entanto, que gostariam de ter um contacto mais próximo com os clientes e decidiram procurar um espaço para o Vezo Coffee (para o qual se juntaram a uma terceira sócia). Através de conhecidos, chegaram à proprietária do número 111 da Rua da Graça, onde hoje se encontra um pequeno café, composto por cadeiras e mesas díspares, compradas em segunda mão ou construídas pelo casal, e decorado com arte nas paredes. Rita ChantreO Vezo Coffee “Foi a gente que fez tudo, com ajuda dos nossos amigos e um conhecido que tratou da parte eléctrica e aquilo que a gente não sabia fazer. Mas foi bem gratificante, porque todos os dia
Broas de milho, café com cheirinho e rock dos anos 80. É o Double Trouble

Broas de milho, café com cheirinho e rock dos anos 80. É o Double Trouble

Três amigos gostavam muito de café. Dois deles já tinham trabalhado juntos – no Milkees e no Copenhagen Coffee Lab – e o terceiro tinha experiência em cozinha, tendo trabalhado no canal de televisão 24Kitchen. E também gostavam muito de comer, e comer bem. “Sempre que a gente saía junto ou em conversas de amigos, a comida era sempre uma coisa muito pensada, muito valorizada”, recorda, à Time Out, Júlia Faustino. Com Rico Capucho e Thiago di Fonzo (os tais amigos), começou por fazer pop-ups para dar a conhecer alguns pratos. O café de especialidade veio depois, quando abriram o seu próprio espaço em Campo de Ourique, no Verão. Foi aí que os “bebes” passaram a destacar-se e os “comes”, feitos na casa, tornaram-se o acompanhamento. Os três vieram do Brasil, mas não chegaram todos ao mesmo tempo. Thiago vive cá há dez anos, enquanto Júlia e Rico estão em Lisboa há cerca de seis, sete anos. Após aventurarem-se no mundo dos pop-ups, o feedback positivo acabou por lhes dar o empurrão para começar, no ano passado, a procurar um espaço que pudesse acolher o seu projecto. “A gente começou a procurar o que tinha disponível. Por coincidência, eu vivia aqui próximo, então olhei muita coisa aqui em redor. Campo de Ourique não tinha muitas opções de café de especialidade, então foi interessante para a gente e, no final de contas, foi uma boa oportunidade”, conta Júlia. Rita Chantre Parte do mobiliário, como as mesas de madeira com tampo de mármore ou o chão de azulejos, já cá estavam, da
Com pequeno-almoço, almoço e brunch, o Soeurs quer ser um café de bairro

Com pequeno-almoço, almoço e brunch, o Soeurs quer ser um café de bairro

Estamos no Comadre. Não, não nos enganámos. Sabemos que o restaurante speakeasy, que fica ao lado da antiga casa do Elefante Branco, na Rua Luciano Cordeiro, não é novidade – aliás, a Time Out veio cá aquando da sua abertura. Estamos aqui novamente, não por causa do Comadre, mas sim porque o longo corredor na entrada do espaço, que antes servia de caminho para chegar à porta do armário espelhado que dá acesso ao restaurante e bar, tornou-se, em Julho, um café. Melissa Domingues e Meguy Pereira são como irmãs (afinal, conhecem-se desde os cinco anos). Melissa trabalhou na área de vendas em Paris, depois mudou-se para Berlim, onde se ficou pela música. Meguy fez a escola de cozinha também em Paris e, há 18 anos, veio para Lisboa, onde passou por restaurantes como o Belcanto e o Mini Bar e hotéis como o Sheraton, para depois fazer consultoria de brunch. Melissa chegou há oito anos, esteve desde essa altura ligada à restauração, até que os astros se alinharam e reencontrou a amiga Meguy. Abriram então o Comadre, sonho que já vinha da infância. Rita ChantreMelissa Domingues e Meguy Pereira Mas como boas “irmãs” que são, sabem o quão sozinho um filho único se pode sentir, por isso quiseram dar ao seu primogénito o Soeurs (irmãs em francês). “Sabíamos que o ponto de partida seria o restaurante, mas sabíamos que queríamos mais espaços no futuro. O Comadre completa-nos imenso, no sentido de ser um espaço de noite, intimista, para amigos. É um espaço que se identifica connosco, somos
Prometem ser feios e imperfeitos, mas saborosos. São os smash burgers do Ugly

Prometem ser feios e imperfeitos, mas saborosos. São os smash burgers do Ugly

“Ugly” em português significa feio. Não é, por isso, um adjectivo que tendamos a utilizar quando queremos descrever algo que é bom ou algo de que gostamos. Aliás, a palavra costuma ser usada, naturalmente, como um insulto. Então, porque razão chamar Ugly a um restaurante? João Guedes de Sousa, um dos proprietários, explica: “O nome Ugly nasce de um hambúrguer verdadeiro ser feio. É feio porque é um hambúrguer real, autêntico e exige trabalho artesanal. É feito com ingredientes frescos e de muita qualidade. Não é de fábrica, não é de plástico e, por isso, vai ser sempre imperfeito.” Explicação dada, resta-nos entrar no restaurante em Santos e provar estes smash burgers para perceber o que nos trazem de novo. É segunda-feira à tarde e estamos junto à Avenida Dom Carlos I. As obras do metro de Lisboa continuam a decorrer e, ao aproximar-se a hora de ponta, o trânsito começa a ficar cada vez mais congestionado. Não só circulam mais carros na estrada, como mais pessoas pelos passeios, à medida que dão por terminado o dia de trabalho ou as aulas. É aqui mesmo, no centro deste rebuliço citadino, mais precisamente no 9A da Calçada do Marquês de Abrantes, que encontramos o Ugly – restaurante de smash burgers que abriu em Julho. Rita Chantre De portas abertas (ou melhor dizendo escancaradas) para a rua, o espaço afigura-se tal como imaginámos: o pé-direito é alto e os tectos, que foram reconstruídos, têm ar de estarem inacabados; o inox salta à vista nos balcões, nos bancos e ainda n
É café, cowork e casa de projectos comunitários. É o Elevada e fica em Arroios

É café, cowork e casa de projectos comunitários. É o Elevada e fica em Arroios

Jodie Stapleton estava a viver em Londres, onde trabalhava como consultora numa empresa de tecnologia, quando decidiu mudar de casa. Não quis mudar-se para outro quarteirão, nem para outra zona da cidade – Jodie quis mudar de país. De preferência para um lugar soalheiro, com um estilo de vida calmo e boa comida (entra aqui Portugal). A inglesa chegou durante a pandemia e, nos primeiros tempos, viveu em Lagos. Só depois é que rumou a norte e se estabeleceu em Lisboa. Foi aqui que o seu interesse por nutrição, bem-estar e pela busca da longevidade tomou forma e a levou a abrir as portas do Elevada. É espaço de coworking e café, procurando ser um ponto de encontro para todos aqueles que querem viver melhor. Quando é que Jodie se começou a interessar sobre temas como o bem-estar e a longevidade? Desde sempre? Quase. “Há muito tempo. Foram, provavelmente, 20 anos de estudo nos meus tempos livres – podcasts, livros, cursos. Mas, para mim, não tem a ver com viver até aos 200 anos. Tem a ver com o facto de haver doenças que provocam sofrimento, não ter energia durante o dia ou então não nos sentirmos nós mesmos, que são coisas evitáveis ou que podemos gerir ou minimizar através da nutrição”, acredita a inglesa de 48 anos, que inaugurou o Elevada no passado mês de Maio. Rita Chantre Depois de cerca de um ano de obras de remodelação, abriu no número 25C da Rua José Estêvão, em Arroios, e divide-se em três vertentes: cowork, café e espaço de eventos pensados para juntar a comunidade e
Há um novo clube em Lisboa. E serve-lhe cookies de Franuí, Kinder Bueno ou Biscoff

Há um novo clube em Lisboa. E serve-lhe cookies de Franuí, Kinder Bueno ou Biscoff

São bem redondas e crocantes, mas só por fora – por dentro, são macias e húmidas. Não são demasiado altas, quase a parecer um scone, mas também não são extra finas. Estão no intermédio ideal. Faz-se a massa, mete-se o recheio e é só no final, já depois de as bolachas saírem do forno, que as mãos de quem as fez lhes dão forma, de maneira a que as bolachas fiquem proporcionais umas às outras. Depois, elas chegam finalmente à montra do Cookie Club, uma das mais recentes novidades em Lisboa. A marca nasceu no Porto, há quatro anos, e em Junho abriu uma loja no Saldanha, em frente ao jardim do Arco do Cego. Em 2021, um casal australiano que estava a viver no Porto decidiu começar um negócio online de cookies – o Cookie Club. Nesse mesmo ano, abriu a primeira loja física na Rua de Cedofeita, no número 267, em frente ao restaurante Capim Dourado e ao lado do Bao’s Taiwanese Burger, ambos de João Winck. Foi assim, devido à curta distância entre os três espaços, que João ficou a conhecer o Cookie Club e se tornou também ele cliente e conhecido dos proprietários. Quando o casal decidiu regressar à Austrália, propôs ao empresário português que ficasse à frente do negócio e este aceitou. Rita ChantreA loja do Cookie Club em Lisboa “Nós mantivemos todas as receitas, mantivemos o mesmo padrão da loja, mas fizemos muitas melhorias de produção, no que toca a horários de abertura e divulgação para conseguirmos exponenciar a marca e a loja. Hoje em dia, principalmente no Porto, temos um suce
O Giro'Giro levou pinsas, cocktails e rodas de samba para o jardim do Campo Grande

O Giro'Giro levou pinsas, cocktails e rodas de samba para o jardim do Campo Grande

Se as paredes da Casa Raul Lino falassem, certamente, contariam muitas histórias. O antigo balneário, no jardim do Campo Grande, esteve abandonado durante quatro décadas até se ter tornado, há três anos, um gastrobar de conservas. As casas de banho e chuveiros deram lugar a uma sala acolhedora: com um chão composto por azulejos em azul e amarelo, a lembrar um piso de outros tempos; um balcão em mármore e, a condizer, várias mesas ao seu redor. Este mesmo chão por cá continua, tal como o balcão e as mesas – agora, dispostas de maneira diferente. Mas já não estamos num gastrobar de conservas – que entretanto fechou –, estamos antes no novo Giro’Giro. Ao ambiente descontraído e à música junta-se uma carta de inspiração italiana, com cocktails, saladas e pinsas.  As pinsas estilo romanas são, sem dúvida, o que mais se pede aqui. São sete no total e os sabores não têm nada que enganar – não falta a burrata, nem o presunto ou o manjericão. É de destacar a Giro’Giro (16€), que tem uma base de molho de tomate, como a maioria, e, por cima, burrata, presunto, tomate seco e rúcula; a diavola (14€), que leva mozzarella, pepperoni e manjericão; e a tunna (13€), com atum, cebola roxa, alcaparras e azeitonas (13€). Há também a bianca funghi (14€), com molho branco, mozzarella, cogumelos portobello e azeite trufado, e a pesto (12€), com o molho genovês, mozzarella e tomate seco. Rita ChantreZona interior do restaurante Para comer antes das pinsas (ou como acompanhamento), o menu inclui qua
Há uma “cidade” de smash burgers a nascer nos centros comerciais. Bem-vindos a Smashville

Há uma “cidade” de smash burgers a nascer nos centros comerciais. Bem-vindos a Smashville

Alguns podem nunca lá ter ido comer, mas é provável que ainda assim conheçam o nome Smashville. É através das redes sociais, sobretudo do TikTok, que a cadeia de smash burgers procura chamar a atenção do público mais jovem. E o algoritmo raramente falha, já que os vídeos, gravados nos restaurantes Smashville e seguindo tendências que circulam diariamente na plataforma, somam mais de 100 mil gostos. “Tem sido muito divertido. Os nossos cozinheiros são obviamente dois actores, mas há pessoas que vêm cá fazer TikToks à procura deles, a achar que os vão encontrar. E muitas vezes eles estão cá, de facto, a fazer TikToks”, conta, entre risos, Fernando Costa, um dos sócios por detrás da marca. Contudo, para os menos sortudos que lá forem e não encontrem os rostos dos vídeos, há todo um menu por descobrir: com hambúrgueres com queijo, bacon, ou de frango. Tal como aconteceu com outros restaurantes de smash burgers em Lisboa, a ideia para o Smashville surgiu depois de uma viagem fora de Portugal. Neste caso, a Itália. Foi lá que, há dois anos, os sócios de Fernando Costa – o irmão Duarte Costa e Francisco Guedes –, que também gerem a Poke House e a marca de calções de banho DCK (esta última juntamente com Fernando), provaram os famosos hambúrgueres esmagados na chapa e decidiram trazê-los para cá. “É algo muito melhor. A crocância, o queijo é mais derretido e como o hambúrguer é mais fininho, os sabores misturam-se mais… Sentiram que era incrível e que tínhamos rapidamente de abrir um
Myka: o gelado de iogurte grego artesanal chegou a Campo de Ourique

Myka: o gelado de iogurte grego artesanal chegou a Campo de Ourique

Em 2023, após uma viagem à Grécia, os espanhóis Natalia e Javier abriram um negócio de iogurte grego gelado em Madrid. A loja ficava abaixo da casa onde vivia Beatriz Costa. “Espreitava da janela para ver se já havia fila ou não para ir comer um iogurte grego”, recorda. Foi então que o amor por iogurte grego se tornou algo mais sério e Beatriz, juntamente com o marido, Eduardo Costa, propôs a Natalia e Javier trazer a marca para Portugal. Em Julho, cerca de um ano depois do início desta aventura, o Myka abriu em Campo de Ourique. Entre pepitas de chocolate e pistáchio granulado, são 30 os toppings à escolha, mas a estrela é mesmo o iogurte grego artesanal. Segundo Beatriz e Eduardo, o segredo do sucesso do Myka está nos ingredientes. “O iogurte leva leite pasteurizado, por isso é apto para grávidas; tem kefir de cabra, que tem imensos probióticos, é muito saudável e faz imensa diferença…”, começa por enumerar a responsável. E, claro, iogurte grego. “Não é um produto qualquer. Iogurtes gregos há muitos, mas normalmente os iogurtes que se vendem em Portugal são iogurtes estilo grego. Isto é um iogurte grego autêntico, tem um nível de gordura um bocadinho mais alto, o que faz com que o gelado fique muito mais cremoso”, acrescenta Eduardo, que tal como a companheira, era financeiro antes de tomar conta do franchising. Rita Chantre “Na altura, eu estava a viver na Suíça e a Beatriz em Madrid, e eu ia bastante a Madrid aos fins-de-semana. A loja abriu por baixo de casa da Beatriz