Quis ser muita coisa, mas depois cresceu e percebeu que era a escrever que ia traçar o seu caminho. Licenciou-se em Estudos de Cultura e Comunicação, na Faculdade de Letras, onde ganhou um gosto especial pela arte e cultura. Em 2023, à boleia de um estágio, chegou à Time Out, meio com o qual continua a colaborar hoje. Sempre actuou em várias frentes, ora ia a lojas acabadas de abrir, ora a peças de teatro. Agora, dedica-se a conhecer novos restaurantes, que é como quem diz a comer.

Beatriz Magalhães

Beatriz Magalhães

Jornalista

Articles (58)

Dez cabazes para oferecer este Natal

Dez cabazes para oferecer este Natal

Nem sempre é fácil escolher ou saber o que oferecer a alguém, mesmo que conheçamos todos os seus gostos. Ou porque queremos dar alguma coisa diferente, ou porque já esgotámos todas as ideias. Um cabaz, mesmo que não surpreenda, será certamente de alguma utilidade. E é como se fossem várias prendas numa só. Doces e enchidos, vinho e azeite, chocolates e bolos, licores e conservas. Escolhemos estes cabazes para oferecer no Natal e quase que apostamos que os vai querer também para si. São várias as opções, para todos os gostos e carteiras.  Recomendado: 11 escapadinhas para fazer este Natal
Os melhores sítios para jantares de Natal em grupo em Lisboa

Os melhores sítios para jantares de Natal em grupo em Lisboa

“Nesse dia não consigo, já tenho um jantar. Não, no outro também não, tenho outro jantar.” Eis-nos chegados à época dos reencontros, dos jantares de grupo e do tétris na agenda para conseguir encaixar tudo. Jantares com os amigos do costume, com os amigos que só vemos nesta altura do ano, com os colegas de trabalho, com os primos… E podíamos continuar. Felizmente, não faltam em Lisboa restaurantes com menus de grupo especiais a pensar no Natal. Acredite em nós: são perfeitos para aquele jantar que ainda está por marcar.  Recomendado: Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa
Os melhores restaurantes para o dia de Natal em Lisboa

Os melhores restaurantes para o dia de Natal em Lisboa

O Natal é sinónimo de momentos em família e de uma barrigada de boa comida. Até aqui, tudo bem. O pior é que isto também significa passar horas e horas de roda dos tachos e das panelas, a preparar o bacalhau, o cabrito, o polvo, o borrego e, claro, os doces. Já para não falar em tudo o que vem antes – compras, logística... Para quem quer tirar uma folga da cozinha, ou ter um dia de Natal diferente, sugerimos uma reserva num destes restaurantes para uma festa fora de casa.  Recomendado: Os melhores sítios para jantares de Natal em grupo em Lisboa
Os melhores espaços para eventos privados em Lisboa

Os melhores espaços para eventos privados em Lisboa

Está farto de ir jantar sempre aos mesmos sítios, mas não tem espaço suficiente em casa para juntar a família toda ou os amigos? Não há problema. Nem sequer precisa de ter ideias originais na calha, porque esta lista serve mesmo para não ter de pensar mais. Aqui, tanto vai encontrar colectividades alfacinhas como restaurantes mais sofisticados – depois a escolha é sua. Quer seja para um casamento, aniversário, jantar de amigos, team building ou uma simples reunião do seu clube de leitura, fique com estes espaços para alugar em Lisboa. Recomendado: Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa
15 esplanadas para dias frios em Lisboa

15 esplanadas para dias frios em Lisboa

O frio e a chuva chegaram, mas se é dos que aprecia um bom final de tarde numa esplanada, não se apoquente, sabemos de umas quantas esplanadas onde é seguro abancar, mesmo que a meteorologia ameace gelar-lhe a mãos ou deixá-lo de rabo molhado. Esplanadas não são só coisa de Verão – por isso é que existem coberturas, aquecedores e mantas. No que depender deles, vai sempre encontrar um lugar aconchegante (ou, neste caso, 15) para se deixar estar. Por isso, vista – temporariamente – o casaco e prepare-se para tirá-lo assim que chegar a uma destas esplanadas quentes em Lisboa. Recomendado: Aqui, é mais bolos: as melhores pastelarias em Lisboa
Gastar calorias sem gastar dinheiro? É nos ginásios ao ar livre em Lisboa

Gastar calorias sem gastar dinheiro? É nos ginásios ao ar livre em Lisboa

Equipamentos de fitness municipais, paredões, espaços verdes e amplos... Enfim, há uma variedade de locais onde pode compensar os excessos calóricos. Nestes ginásios ao ar livre em Lisboa, e não só, pode aventurar-se num treino solitário ou com uma grupeta de amigos – e sem gastar um tostão. E não, não é ginástica de reformado. É de bem informado (depois de ler este artigo de uma ponta à outra, claro). Deixe-se de desculpas e dê à perna, aos braços e ao corpo no geral, que o sedentarismo está fora de moda. Recomendado: Os melhores sítios para correr em Lisboa
Os 25 cafés imperdíveis em Lisboa

Os 25 cafés imperdíveis em Lisboa

Ir ao café é um hábito bem português, ainda que ao longo dos anos os cafés se tenham transformado: acompanharam os tempos, vestiram outras modas e até ritmos de além-fronteiras. Seja para tomar o pequeno-almoço – e não falta em muitos deles uma boa amostra de pastelaria –, lanchar com a família, trabalhar, encontrar amigos ou mostrar tudo isto nas redes sociais, encontrámos 25 cafés em Lisboa onde gostará de se sentar. Há clássicos que nos acompanham desde sempre, mas também novos que abraçam as tendências e o café de especialidade. Recomendado: Aqui é mais bolos: as melhores pastelarias em Lisboa
Os melhores sítios para correr em Lisboa

Os melhores sítios para correr em Lisboa

Matas, parques e jardins ou zonas ribeirinhas. Em Lisboa (e arredores), não faltam opções para se pôr a mexer – e, dependendo das horas, sem qualquer confusão, afinal a ideia é relaxar também. Basta escolher o cenário mais apelativo e o piso mais adequado para começar, ou continuar, a correr na cidade. São mais de 20 sítios, do Parque Eduardo VII e do Monsanto ao Paredão de Cascais e ao Passeio Marítimo de Algés. Portanto, decore as paragens que se seguem, salte do sofá e dê corda aos sapatos. Boas corridas. Recomendado: Coisas grátis para fazer em Lisboa
Aqui é mais bolos: as melhores pastelarias em Lisboa

Aqui é mais bolos: as melhores pastelarias em Lisboa

Bolos, pastéis, jesuítas, éclairs, madalenas, folhados... A lista podia continuar mais duas ou três linhas que nós ficaríamos aqui, a salivar, em frente ao ecrã. A pastelaria é talvez das melhores coisas da cultura urbana e gastronómica portuguesa (nem vale a pena negar) e muitas casas com fabrico próprio são verdadeiras tentações para os mais gulosos. Portanto, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, aproveite o pequeno-almoço, o lanche ou qualquer hora do dia para ir experimentar as especialidades destas 25 pastelarias com fabrico próprio em Lisboa. Prepare-se para sair de barriga cheia. Recomendado: Os 25 cafés imperdíveis em Lisboa
Os melhores rooftops em Lisboa

Os melhores rooftops em Lisboa

A palavra rooftop pode ainda não ser reconhecida pelo dicionário Priberam, mas quem ciranda por Lisboa sabe bem pronunciar este estrangeirismo – e mesmo que não saiba, estamos aqui para dar uma ajuda. Os bares em rooftops já fazem parte do vocabulário alfacinha. São lugares altos por natureza, com bebidas e petiscos por inerência, vistas desafogadas e, por vezes, ambientes festivos. Perca o medo das alturas (nós já perdemos há muito tempo) e suba até um destes terraços com bar, ideais pra reunir amigos ao pôr-do-sol e pela noite fora. Esta é a lista dos melhores rooftops em Lisboa. Recomendado: Sete bares speakeasy em Lisboa
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades multiplicam-se de tal forma que, quando descobrimos os restaurantes que abriram nos últimos meses, já temos novas mesas à nossa espera. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há lugar para a alta-cozinha, para aproximações às culinárias asiáticas, a Marrocos, a Espanha, e até à Palestina, estéticas inspiradoras e, claro, para a moda das sandes e dos smash burgers, sem esquecer a comida portuguesa de autor. Preparámos um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não fique desactualizado e faça uma reserva – tem muito por onde escolher.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa

Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa

Todas as razões são boas para reencontros, festas e jantares de grupo, seja com a família, amigos ou colegas de trabalho. Não há plano melhor do que juntar toda a gente à mesa – mesmo que seja difícil agradar a todos. Além dos restaurantes tradicionais ou dos novos que têm aparecido na cidade com espaço para muitos comensais, apontamos-lhe vários restaurantes para a ocasião (alguns com menus especiais que facilitam a vida na hora da escolha). Se está à procura de restaurantes para jantares de grupo em Lisboa, não vá mais longe. Recomendado: Os melhores restaurantes em Lisboa

Listings and reviews (1)

Monsanto Fest

Monsanto Fest

A 7.ª edição do Monsanto Fest assinala os 90 anos do Parque Florestal do Monsanto e, durante quatro dias, tem planeados passeios, piqueniques e concertos. Este ano, o festival junta as Juntas de Freguesia de Alcântara, Benfica, Campolide e da Ajuda e acontece em vários lugares, como na pista de radiomodelismo de Monsanto, onde tomam lugar os concertos, actuações musicais e ainda a transmissão do jogo de Portugal contra França para o Euro 2024. A entrada custa 5€ e inclui uma bebida. Abaixo, encontra toda a programação do festival.  O cartaz e os horários  4 de Julho, quinta-feira18.00 DJ Sun Set20.30 Califlow22.30 Tributo Popular 5 de Julho, sexta-feira 12.30 Piquenique15.00 Green Talent Monsanto18.00 Passeio Nocturno no Monsanto20.00 Transmissão em directo do jogo Portugal-França22.00 Monsanto Hip Hop Sessions com DJ Big, Sam The Kid, Phoenix RDC e XEG 6 de Julho, sábado09.30 Open Day Desportivo no Miradouro dos Montes Claros10.00 Passeio Cultural com Guia Famílias "90 anos de Monsanto" no Instituto Superior de Agronomia15.00 Foto-papper Família na pista de radiomodelismo17.00 Lisboa on Top – Subida à Torre do Galo18.00 Roda de Samba20.00 Tributo a Radiohead22.00 Prata da Casa00.00 Noise Dolls Club 7 de Julho, domingo09.30 Monsanto Run Fest 12.00 Mega Piquenique no Parque de Merendas da Vila Guiné 16.00 Pagode in Paradise 18.00 Tributo a Mamonas Assassinas21.00 O Pagode do Elias   Como chegar Se é da música que vai à procura em Monsanto, saiba que há várias formas de chegar

News (563)

Tiramisù de Biscoff? E de Nutella? A Misú tem e faz por encomenda

Tiramisù de Biscoff? E de Nutella? A Misú tem e faz por encomenda

Sonia Acqua cresceu a comer tiramisù. Não só porque é italiana, mas também porque a senhora que tomava conta dela em pequena  – a quem Sonia apelidava de “avó” – fazia muito tiramisù. “Todos os aniversários ela fazia um para cada um dos membros da minha família. Até tinha marcadas as datas no calendário. Eu ansiava por esses dias, porque era a melhor coisa do mundo”, recorda, em conversa com a Time Out. Foi por isso que quando Sonia deixou o trabalho de escritório para começar um negócio de sobremesas escolheu o tiramisù. Afinal de contas, já sabia a receita de cor, só faltava mesmo um nome. Acabou por ficar Misú, simples e eficaz.  “Sempre gostei de cozinhar e fazer bolos e sobremesas, mas no início deste ano comecei a pensar em fazê-lo mais a sério. Recebia bom feedback das pessoas que comiam as minhas sobremesas e pensei ‘se não o fizer agora, então quando?’. E foi então que comecei o negócio”, explica a confeiteira autodidacta, que vive em Lisboa há quatro anos. Esta foi uma das razões que a levou a desenvolver um negócio próprio. A outra foi motivada pelas visitas a restaurantes italianos da cidade, onde provou alguns tiramisùs. “Provei uns que não eram bons. O problema é que, às vezes, fazem-no de uma maneira diferente. Não usam os palitos Savoiardi, às vezes usam a bolacha Maria, e o sabor fica diferente. Ou então fica demasiado líquido, ou molham demasiado os palitos no café… Tudo isso faz a diferença.” Rita ChantreTiramisù clássico Para Sonia, os ingredientes de or
Nesta mercearia gourmet, até o gelado e o cheesecake levam caviar

Nesta mercearia gourmet, até o gelado e o cheesecake levam caviar

Otávio Melo formou-se em Londres. Lá, trabalhou no Nobu durante cinco anos, ao lado de Nakamura, chef executivo do restaurante naquela altura. Com ele, aprendeu tudo o que havia para saber sobre peixe. “Ele me deu a base. Eu não sabia cozinhar, não sabia nada. Aprendi tudo com ele”, conta à Time Out. Depois de Inglaterra, regressou a Portugal, onde passou pela cozinha do Altis Belém, do Feitoria e do Vila Joya. Hoje, encontramo-lo atrás do balcão do Gourmet House Caviar & Deli, na Avenida António Augusto de Aguiar. Há cerca de ano e meio, cansado de viver longe da capital, Otávio decidiu agarrar a oportunidade de liderar a cozinha do restaurante e mercearia gourmet, que abriu em Lisboa em 2022. O projecto nasceu em 1965 e está espalhado um pouco por todo o mundo. Além de Lisboa, o Gourmet House Caviar & Deli está presente em Londres, Vancouver, Los Angeles, Hong Kong e no Dubai, onde se apresenta como um restaurante de fine dining. DR / Gourmet House Caviar & DeliO chef Otávio Melo O caviar – produto estrela da casa – é importado de vários países como o Irão, a Polónia, a China, França, Roménia e Alemanha. Depois de chegar a Portugal, já totalmente preparado, é numa fábrica em Loures que o caviar é embalado, para ser, mais tarde, distribuído para restaurantes da cidade e para outros países na Europa. No espaço em São Sebastião, é possível comprá-lo em latas de diferentes tamanhos, de dez gramas ou até de um quilo. Há doze variedades, entre elas o Russian Oscietra, o Oscietr
De manhã, é café e à noite, bar de vinhos naturais. Bem-vindos ao TACT e ao After Hours

De manhã, é café e à noite, bar de vinhos naturais. Bem-vindos ao TACT e ao After Hours

TACT é um nome curto, mas carrega um significado importante. TACT vem da expressão em inglês “sense of tact”, ou seja, ter tacto. Neste caso, ter respeito pelos outros, pelos produtos e pela cidade. Assim o definem Viktoria Parfinskaia e Kirill Ivanov, o casal que abriu este exíguo estabelecimento. São russos, vieram de São Petersburgo há três anos e estão juntos há mais de dez. E sabiam, assim que chegaram a Lisboa, que queriam abrir um café. Bastou uma visita para assentarem numa antiga lavandaria, na pacata Rua Joaquim Casimiro, a menos de dez minutos a pé da Avenida Infante Santo.  “Começámos à procura de um espaço e quando chegámos aqui pela primeira vez ficámos muito surpreendidos. Este sítio estava fechado há cerca de 12 anos. Pensámos que seria um lugar fantástico para abrir um café por causa das janelas panorâmicas e da vista para a ponte. É óptimo”, conta Viktoria, engenheira no país natal. Foram precisas, por isso, poucas obras. Mantiveram o chão de mosaico e as paredes de mármore quinquagenários, e até o velho espelho da casa de banho. O balcão e as mesas de madeira foram compradas novas, já as cadeiras, os pratos e talheres quiseram-se antigos, ou seja, são vintage. Rita ChantreViktoria Parfinskaia e Kirill Ivanov, proprietários do TACT Rita Chantre O quadro que pintamos é simpático (comprovando-se na chegada ao local), mas o que torna o espaço verdadeiramente acolhedor é o cheiro a café que se difunde no ar. Kirill trabalha há quase 20 anos no sector da hosp
Café com alperce? Ou com pepino? É a especialidade do MAS, no Arco do Cego

Café com alperce? Ou com pepino? É a especialidade do MAS, no Arco do Cego

O café não tem de ser sempre a mesma coisa. Pode ser muito mais do que uma bebida com gelo, leite ou bebida vegetal. Pelo menos, essa é a filosofia de Sia Fung, a jovem por trás do MAS. Abriu em Março, na Avenida Duque de Ávila, com café de especialidade e brunch. Mas não se deixe enganar pela simples descrição, este sítio não é como todos os outros. As combinações de café irreverentes, pensadas ao detalhe, certamente impressionarão os mais cépticos. Não se preocupe, há também cold brews, macchiatos e espressos. Sia Fung veio para Lisboa, ainda antes da pandemia, para estudar gestão de marketing no ISCTE. Gostava da cidade, gostava do curso, mas não gostava muito do café que encontrava à venda. “Já quando andava no secundário adorava beber café. Então, quando vim para cá, explorei muitos sítios. Mas era difícil encontrar o meu café preferido”, recorda Sia, de 24 anos. Ora havia o Starbucks, ora havia cafés tradicionais, em que a especialidade era a bica. Rita ChantreO interior do MAS “Sou da China, vivia em Guangdong, onde a cultura do café é muito mais internacional. É interessante, porque os chineses não gostam muito do café que, aqui, é o mais tradicional. Há muito poucas pessoas a beber espresso – é muito raro. E, na Europa, isso é o que se bebe diariamente”, nota. Foi por isso que decidiu ter um negócio próprio, para mostrar o quão diverso o café de especialidade pode ser. Quando a covid-19 obrigou o mundo a entrar em quarentena, Sia regressou à China. Voltou a Portuga
No W You Coffee, o café é especial – e a barista também

No W You Coffee, o café é especial – e a barista também

Di Su não bebe qualquer café. “Ando sempre à procura de cafés de especialidade, em qualquer parte do mundo”, assegura à Time Out. Depois de fazer várias viagens ao Brasil, à Grécia e à China, de onde é natural, apercebeu-se que chegara a altura de ter o seu próprio espaço – um sonho que tinha desde criança, confessa. Além de apreciar a bebida, Di Su acredita que “o café é um sítio muito mágico, que liga as pessoas”. Essa foi uma das razões para abrir o W You Coffee. Em Maio, em Santos e, em Setembro, na zona de Roma-Areeiro. Mas a história deste negócio começa mais atrás. Na verdade, o W You Coffee na Rua do Poço dos Negros nasceu no lugar onde a empresária abrira o seu primeiro café, na pandemia. “Não tinha muita alma”, admite a proprietária (uma de três sócios), que faz parte do grupo Sigma, de empreendimentos imobiliários. Foi então que, no início deste ano, decidiu mudar a imagem do café com a ajuda do seu actual responsável, o brasileiro Francisco Artal. O nome, por exemplo, é hoje uma mensagem de boas-vindas, já que o 'W' significa "welcome". Rita ChantreW You Coffee na Rua do Poço dos Negros Rita Chantre “Gosto muito do campo. Tenho uma paixão por cavalos, então estou sempre no campo. O verde acaba por ser mais importante do que o azul, do que o mar, porque sou mais da montanha do que da praia. Foi daí que veio a inspiração”, explica, apontando que o musgo artificial numa das paredes pretende ainda aludir à ideia de um planeta futuro, onde, devido às condições host
Neste café-bar Iconico, mandam as madalenas e as memórias de infância

Neste café-bar Iconico, mandam as madalenas e as memórias de infância

“Madeleine de Proust” é uma expressão francesa que se refere a um fenómeno sensorial em que um determinado cheiro, sabor ou som nos remete para uma memória. A sua origem reside na obra Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, daí que a expressão tenha sido apelidada com o nome do autor. Depois de a personagem principal da história levar à boca uma colher de chá, em que havia mergulhado uma madalena, é invadida por uma recordação de infância. Clara Perrot e Nicolas Pignat estão familiarizados com a expressão (e não só porque são franceses). Também eles sabem como uma trinca neste pequeno bolo os pode transportar para outros tempos. “Costumava comer madalenas quando era pequena. Então pensámos em fazer o conceito à volta da ‘madeleine de Proust’. Queremos fazer coisas doces e saborosas, que trazem de volta boas lembranças de infância”, explica Clara, co-proprietária do Iconico, o novo café-bar que abriu perto de São Bento. Foi há quatro anos que a parisiense se mudou para Lisboa com Nicolas, em regime de trabalho remoto. A dada altura, a empresa do namorado tornou a exigir que os trabalhadores voltassem ao escritório, mas o casal queria continuar a viver cá, então Nicolas despediu-se. Disseram adeus às suas carreiras profissionais – ele no ramo imobiliário, ela na área da tecnologia – e começaram a pensar mais a sério em ter um café. Rita ChantreClara Perrot e Nicolas Pignat, o casal por trás do Iconico O facto de terem amigos em Lisboa com negócios próprios, como Olivia
Na Graça, este casal brasileiro tem uma “casinha” de café de especialidade e vinhos naturais

Na Graça, este casal brasileiro tem uma “casinha” de café de especialidade e vinhos naturais

Maria Clara Lima e Pedro Lima são duas partes de um todo. São um casal, sim, mas não é apenas o afecto (e outras tantas características pessoais) que os une. Há uma outra coisa, palpável, conhecida pelo seu cheiro e sabor intensos, pela sua cor escura, que junta os dois jovens brasileiros – o café. A paixão manifestou-se ainda Pedro vivia no Brasil. Uns anos depois, quando foi morar para Buenos Aires, consolidou-se por inteiro. Lá, fez um curso de barista e assim que veio para Portugal, há dois anos, soube que, um dia, gostaria de ter um café. Com Maria, que já cá estava há seis anos, abriu finalmente as portas do Vezo Coffee, em Maio, na Graça.  A conversa tornou-se mais séria por volta de Dezembro de 2024. Maria trabalhava como professora na Universidade Lusófona e Pedro como artista visual quando pensaram em ter uma marca online de café de filtro. Perceberam, no entanto, que gostariam de ter um contacto mais próximo com os clientes e decidiram procurar um espaço para o Vezo Coffee (para o qual se juntaram a uma terceira sócia). Através de conhecidos, chegaram à proprietária do número 111 da Rua da Graça, onde hoje se encontra um pequeno café, composto por cadeiras e mesas díspares, compradas em segunda mão ou construídas pelo casal, e decorado com arte nas paredes. Rita ChantreO Vezo Coffee “Foi a gente que fez tudo, com ajuda dos nossos amigos e um conhecido que tratou da parte eléctrica e aquilo que a gente não sabia fazer. Mas foi bem gratificante, porque todos os dia
Broas de milho, café com cheirinho e rock dos anos 80. É o Double Trouble

Broas de milho, café com cheirinho e rock dos anos 80. É o Double Trouble

Três amigos gostavam muito de café. Dois deles já tinham trabalhado juntos – no Milkees e no Copenhagen Coffee Lab – e o terceiro tinha experiência em cozinha, tendo trabalhado no canal de televisão 24Kitchen. E também gostavam muito de comer, e comer bem. “Sempre que a gente saía junto ou em conversas de amigos, a comida era sempre uma coisa muito pensada, muito valorizada”, recorda, à Time Out, Júlia Faustino. Com Rico Capucho e Thiago di Fonzo (os tais amigos), começou por fazer pop-ups para dar a conhecer alguns pratos. O café de especialidade veio depois, quando abriram o seu próprio espaço em Campo de Ourique, no Verão. Foi aí que os “bebes” passaram a destacar-se e os “comes”, feitos na casa, tornaram-se o acompanhamento. Os três vieram do Brasil, mas não chegaram todos ao mesmo tempo. Thiago vive cá há dez anos, enquanto Júlia e Rico estão em Lisboa há cerca de seis, sete anos. Após aventurarem-se no mundo dos pop-ups, o feedback positivo acabou por lhes dar o empurrão para começar, no ano passado, a procurar um espaço que pudesse acolher o seu projecto. “A gente começou a procurar o que tinha disponível. Por coincidência, eu vivia aqui próximo, então olhei muita coisa aqui em redor. Campo de Ourique não tinha muitas opções de café de especialidade, então foi interessante para a gente e, no final de contas, foi uma boa oportunidade”, conta Júlia. Rita Chantre Parte do mobiliário, como as mesas de madeira com tampo de mármore ou o chão de azulejos, já cá estavam, da
Com pequeno-almoço, almoço e brunch, o Soeurs quer ser um café de bairro

Com pequeno-almoço, almoço e brunch, o Soeurs quer ser um café de bairro

Estamos no Comadre. Não, não nos enganámos. Sabemos que o restaurante speakeasy, que fica ao lado da antiga casa do Elefante Branco, na Rua Luciano Cordeiro, não é novidade – aliás, a Time Out veio cá aquando da sua abertura. Estamos aqui novamente, não por causa do Comadre, mas sim porque o longo corredor na entrada do espaço, que antes servia de caminho para chegar à porta do armário espelhado que dá acesso ao restaurante e bar, tornou-se, em Julho, um café. Melissa Domingues e Meguy Pereira são como irmãs (afinal, conhecem-se desde os cinco anos). Melissa trabalhou na área de vendas em Paris, depois mudou-se para Berlim, onde se ficou pela música. Meguy fez a escola de cozinha também em Paris e, há 18 anos, veio para Lisboa, onde passou por restaurantes como o Belcanto e o Mini Bar e hotéis como o Sheraton, para depois fazer consultoria de brunch. Melissa chegou há oito anos, esteve desde essa altura ligada à restauração, até que os astros se alinharam e reencontrou a amiga Meguy. Abriram então o Comadre, sonho que já vinha da infância. Rita ChantreMelissa Domingues e Meguy Pereira Mas como boas “irmãs” que são, sabem o quão sozinho um filho único se pode sentir, por isso quiseram dar ao seu primogénito o Soeurs (irmãs em francês). “Sabíamos que o ponto de partida seria o restaurante, mas sabíamos que queríamos mais espaços no futuro. O Comadre completa-nos imenso, no sentido de ser um espaço de noite, intimista, para amigos. É um espaço que se identifica connosco, somos
Prometem ser feios e imperfeitos, mas saborosos. São os smash burgers do Ugly

Prometem ser feios e imperfeitos, mas saborosos. São os smash burgers do Ugly

“Ugly” em português significa feio. Não é, por isso, um adjectivo que tendamos a utilizar quando queremos descrever algo que é bom ou algo de que gostamos. Aliás, a palavra costuma ser usada, naturalmente, como um insulto. Então, porque razão chamar Ugly a um restaurante? João Guedes de Sousa, um dos proprietários, explica: “O nome Ugly nasce de um hambúrguer verdadeiro ser feio. É feio porque é um hambúrguer real, autêntico e exige trabalho artesanal. É feito com ingredientes frescos e de muita qualidade. Não é de fábrica, não é de plástico e, por isso, vai ser sempre imperfeito.” Explicação dada, resta-nos entrar no restaurante em Santos e provar estes smash burgers para perceber o que nos trazem de novo. É segunda-feira à tarde e estamos junto à Avenida Dom Carlos I. As obras do metro de Lisboa continuam a decorrer e, ao aproximar-se a hora de ponta, o trânsito começa a ficar cada vez mais congestionado. Não só circulam mais carros na estrada, como mais pessoas pelos passeios, à medida que dão por terminado o dia de trabalho ou as aulas. É aqui mesmo, no centro deste rebuliço citadino, mais precisamente no 9A da Calçada do Marquês de Abrantes, que encontramos o Ugly – restaurante de smash burgers que abriu em Julho. Rita Chantre De portas abertas (ou melhor dizendo escancaradas) para a rua, o espaço afigura-se tal como imaginámos: o pé-direito é alto e os tectos, que foram reconstruídos, têm ar de estarem inacabados; o inox salta à vista nos balcões, nos bancos e ainda n
É café, cowork e casa de projectos comunitários. É o Elevada e fica em Arroios

É café, cowork e casa de projectos comunitários. É o Elevada e fica em Arroios

Jodie Stapleton estava a viver em Londres, onde trabalhava como consultora numa empresa de tecnologia, quando decidiu mudar de casa. Não quis mudar-se para outro quarteirão, nem para outra zona da cidade – Jodie quis mudar de país. De preferência para um lugar soalheiro, com um estilo de vida calmo e boa comida (entra aqui Portugal). A inglesa chegou durante a pandemia e, nos primeiros tempos, viveu em Lagos. Só depois é que rumou a norte e se estabeleceu em Lisboa. Foi aqui que o seu interesse por nutrição, bem-estar e pela busca da longevidade tomou forma e a levou a abrir as portas do Elevada. É espaço de coworking e café, procurando ser um ponto de encontro para todos aqueles que querem viver melhor. Quando é que Jodie se começou a interessar sobre temas como o bem-estar e a longevidade? Desde sempre? Quase. “Há muito tempo. Foram, provavelmente, 20 anos de estudo nos meus tempos livres – podcasts, livros, cursos. Mas, para mim, não tem a ver com viver até aos 200 anos. Tem a ver com o facto de haver doenças que provocam sofrimento, não ter energia durante o dia ou então não nos sentirmos nós mesmos, que são coisas evitáveis ou que podemos gerir ou minimizar através da nutrição”, acredita a inglesa de 48 anos, que inaugurou o Elevada no passado mês de Maio. Rita Chantre Depois de cerca de um ano de obras de remodelação, abriu no número 25C da Rua José Estêvão, em Arroios, e divide-se em três vertentes: cowork, café e espaço de eventos pensados para juntar a comunidade e
Há um novo clube em Lisboa. E serve-lhe cookies de Franuí, Kinder Bueno ou Biscoff

Há um novo clube em Lisboa. E serve-lhe cookies de Franuí, Kinder Bueno ou Biscoff

São bem redondas e crocantes, mas só por fora – por dentro, são macias e húmidas. Não são demasiado altas, quase a parecer um scone, mas também não são extra finas. Estão no intermédio ideal. Faz-se a massa, mete-se o recheio e é só no final, já depois de as bolachas saírem do forno, que as mãos de quem as fez lhes dão forma, de maneira a que as bolachas fiquem proporcionais umas às outras. Depois, elas chegam finalmente à montra do Cookie Club, uma das mais recentes novidades em Lisboa. A marca nasceu no Porto, há quatro anos, e em Junho abriu uma loja no Saldanha, em frente ao jardim do Arco do Cego. Em 2021, um casal australiano que estava a viver no Porto decidiu começar um negócio online de cookies – o Cookie Club. Nesse mesmo ano, abriu a primeira loja física na Rua de Cedofeita, no número 267, em frente ao restaurante Capim Dourado e ao lado do Bao’s Taiwanese Burger, ambos de João Winck. Foi assim, devido à curta distância entre os três espaços, que João ficou a conhecer o Cookie Club e se tornou também ele cliente e conhecido dos proprietários. Quando o casal decidiu regressar à Austrália, propôs ao empresário português que ficasse à frente do negócio e este aceitou. Rita ChantreA loja do Cookie Club em Lisboa “Nós mantivemos todas as receitas, mantivemos o mesmo padrão da loja, mas fizemos muitas melhorias de produção, no que toca a horários de abertura e divulgação para conseguirmos exponenciar a marca e a loja. Hoje em dia, principalmente no Porto, temos um suce