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Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

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A nova vida do Fifty Seconds, agora com Rui Silvestre

A nova vida do Fifty Seconds, agora com Rui Silvestre

Cinquenta segundos – o tempo da viagem de elevador – é quanto basta para perceber que o Fifty Seconds mudou. Não que o restaurante tenha realmente mudado, mas entre as caras conhecidas são muitas as novas. No ar, sente-se a energia de um novo ciclo, encabeçado por Rui Silvestre, que vindo do Vistas, no Algarve, ocupou o lugar de Martín Berasategui e Filipe Carvalho. Como tinha prometido, o chef está bem presente na sala. Ora recebe quem chega, ora finaliza algum prato ou acompanha o serviço. Talvez não vá ser sempre assim, mas por agora Rui Silvestre quer garantir que o arranque do restaurante, na sua segunda semana de portas (re)abertas, não descarrila nem desilude – e as expectativas são muitas. Arlei LimaO menu arranca com um cocktail finalizado na mesa Quem já esteve no Fifty Seconds, que em Fevereiro viu a sua estrela Michelin renovada, ao contrário do Vistas, que com a saída de Rui Silvestre perdeu a distinção, continuará a sentir o conforto de ter Rui Monteiro como chefe de sala e Marc Pinto como escanção, mas reparará também que há novas pessoas a fazer daquela a sua casa, como é o caso de José Marta, que subiu do Algarve para Lisboa para estar ao lado do chef. O menu é apenas um e tem como nome uma data: 1497, o ano da partida da expedição de Vasco da Gama, em direcção à Índia. Quando falou com a Time Out, duas semanas antes de abrir o restaurante, Rui Silvestre já antevia o caminho: “A parte da junção das especiarias com os produtos do mar vai continuar. A maior p

Restaurantes com estrela Michelin em Lisboa

Restaurantes com estrela Michelin em Lisboa

As expectativas estavam altas, mas ninguém arriscava grandes previsões, já que a Michelin se tornou perita em dar o inesperado – e foi assim que aconteceu. Na primeira gala do guia Michelin dedicado em exclusivo a Portugal, Vítor Matos foi o nome que se destacou ao conquistar as duas estrelas Michelin para o Antiqvvm, no Porto, e ainda uma estrela para o 2 Monkeys, que abriu em Lisboa, e que conta também com Francisco Quintas na chefia. Numa cerimónia apresentada por Catarina Furtado no NAU Salgados Palace & Congress Center da Guia, em Albufeira, João Sá (Sála), Rodrigo Castelo (Ó Balcão) e Octávio Freitas (Desarma) também conquistaram uma estrela. Francisco Quintas com 25 anos tornou-se no mais jovem chef a receber uma estrela Michelin em Portugal. Com a entrada do 2 Monkeys e do Sála e o encerramento do Eneko Lisboa, há agora 17 restaurantes com estrela Michelin em Lisboa. Recomendado: Opinião – O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres

As melhores happy hours em Lisboa

As melhores happy hours em Lisboa

Beber um copo ao fim do dia, depois do trabalho, pode tornar-se o hábito que precisamos e as happy hours são a desculpa perfeita. Nestas horas felizes, as imperiais passam a custar uma módica moedinha e os cocktails caem para metade do preço. Escolhendo bem, ainda encontra petiscos com preços reduzidos para acompanhar e esplanadas na cidade que não têm preço. É tempo de correr as happy hours em Lisboa.  Recomendado: 18 novas esplanadas em Lisboa para se por à fresca

Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Já foi mais fácil encontrar restaurantes em Lisboa até dez euros e a culpa não é só do turismo ou dos tempos difíceis que o sector atravessa depois de dois anos intermitentes, uma guerra na Europa e uma inflação. Na maior parte das vezes, a qualidade paga-se, mas ainda há excepções. Comer fora não tem de ser uma extravagância e na cidade existem verdadeiros achados. Pense num prato rico, em comida saborosa e atendimento simpático – às vezes até familiar. Para encher a barriga sem esvaziar a carteira, este barato não lhe vai sair caro. Corremos a cidade em busca de pechinchas gastronómicas e reunimos aqui 15 restaurantes baratos onde poderá ser feliz com uma nota vermelha.  Recomendado: Os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa

“Ir a um restaurante para não ver o chef é como ouvir os Rolling Stones sem o Mick Jagger”

“Ir a um restaurante para não ver o chef é como ouvir os Rolling Stones sem o Mick Jagger”

O segredo estava guardado e foi revelado esta quinta-feira no hotel Myriad, na Torre Vasco da Gama, onde fica o Fifty Seconds. Dias antes, entre preparações, Rui Silvestre falou com a Time Out sobre a pesada tarefa que tem em mãos: substituir Martín Berasategui, o chef espanhol com mais estrelas Michelin da Península Ibérica e que dava nome ao restaurante do Parque das Nações. Sem querer apagar os cinco anos de Berasategui no Fifty Seconds, diz-se preparado para começar uma nova história. Silvestre – que em 2015, quando tinha 29 anos, se tornou no mais jovem chef a conquistar uma estrela Michelin em Portugal, no Bon Bon, no Carvoeiro – promete uma nova experiência na cidade, com o seu cunho e uma grande presença também na sala. Está a prepará-la desde que anunciou a saída do Vistas no final do ano passado. Apesar de trazido uma equipa do restaurante algarvio, ressalva a importância de se manterem algumas caras conhecidas do Fifty Seconds, nomeadamente Rui Monteiro, chefe de sala, e Marc Pinto, sommelier.  Foi também no final do ano passado que se soube que o grupo Sana, que detém o Fifty Seconds, decidiu não renovar o contrato com Berasategui, levando também à saída de Filipe Carvalho, o chef executivo, que rumou entretanto ao Amorim Luxury Group. A aposta recai agora num nome nacional. No Vistas, restaurante de fine dining do resort de luxo Monte Rei, em Vila Nova de Cacela, Rui Silvestre conquistou a primeira estrela em 2019 e trabalhava, desde então, para a segunda, object

Dez restaurantes minhotos em Lisboa

Dez restaurantes minhotos em Lisboa

A restauração lisboeta é um viveiro de minhotos. A razão, de forma muito sintéctica, é esta: no grande êxodo rural, muitos foram os que viram na capital uma oportunidade de melhorar a vida, especialmente depois do 25 de Abril. Do Minho, trouxeram os saberes, as tradições e, acima de tudo, o receituário. Estes restaurantes minhotos em Lisboa sabem a casa, até para quem nunca pôs os pés no Minho (se é o seu caso, talvez esteja na altura de corrigir isso). p.s. — Como vai reparar pelas recomendações abaixo, são vários os restaurantes courenses na lista. Esta que vos escreve pede, desde já, desculpa. São as saudades de casa. Recomendado: Os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa

16 sítios para comprar bolos em Lisboa e ser feliz

16 sítios para comprar bolos em Lisboa e ser feliz

Quem disse que é preciso uma ocasião especial para comer um bolinho? Seja para levar para aquele jantar com amigos, para celebrar um aniversário ou outra data, um bolo é sempre uma boa ideia. Das alternativas mais clássicas, como o bolo de chocolate ou o bolo de bolacha, a outras mais arrojadas, como um "bolo feio" que anda por aí nas bocas do mundo, há vários sítios onde vale a pena comprar bolos em Lisboa – e o melhor de tudo é que nem todos precisam de ser encomendados com tempo. Basta aparecer na loja.  Recomendado: As melhores chocolatarias em Lisboa

Os restaurantes mais bonitos em Lisboa

Os restaurantes mais bonitos em Lisboa

É certo que a adjectivação não será consensual – quando é que é? –, mas arriscamos, ainda assim, a apontar alguns dos restaurantes mais bonitos em Lisboa. Mais discretos e harmoniosos, mais vistosos e pomposos, clássicos ou contemporâneos, não faltam lugares capazes de nos deixar de boca aberta. São cada vez mais, até. Um restaurante vale pela sua comida e o seu serviço, mas o ambiente consegue ser também um factor determinante na hora de escolher ou recomendar um restaurante a alguém. Foi o que aqui tentamos fazer, sabendo que há mais restaurantes bonitos em Lisboa por apontar. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

11 restaurantes escondidos em Lisboa para uma refeição discreta

11 restaurantes escondidos em Lisboa para uma refeição discreta

Escondidos por detrás de um espelho, no primeiro piso de um edifício banal, dentro de um centro comercial fantasma ou sem qualquer identificação à entrada. Há portas em Lisboa que escondem um bom restaurante japonês, restaurantes de fine dinning ou indianos clássicos. Não tenha medo de entrar num beco sem saída sem nenhum traseunte. Provavelmente é lá que vai encontrar o melhor sítio para almoçar ou jantar. Na lista que se segue dizemos-lhe alguns dos restaurantes escondidos em Lisboa que vale a pena procurar, para uma refeição longe de olhares indiscretos.  Recomendado: Dez restaurantes para um jantar a dois em Lisboa

Quem não marisca não petisca: as melhores marisqueiras em Lisboa

Quem não marisca não petisca: as melhores marisqueiras em Lisboa

Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar. Tudo bem rematado com uma toalhita com aroma de limão, um prego do lombo – a mais tradicional sobremesa de marisqueira – e uma cerveja a estalar. Recomendado: Os melhores restaurantes de peixe em Lisboa

Miguel Rocha Vieira: “Tive medo de ter a carreira em risco, mas o meu nome ficou intacto”

Miguel Rocha Vieira: “Tive medo de ter a carreira em risco, mas o meu nome ficou intacto”

Miguel Rocha Vieira mudou-se para Lisboa em 2022, desafiado pelo grupo Lean Man de Bernardo Delgado, para assumir a chefia de um projecto que prometia dar nova vida à Doca da Marinha, na frente ribeirinha junto à Estação Sul e Sueste. Abriu primeiro os três quiosques e só depois o restaurante, o Anfíbio, de onde acabou dispensado cerca de meio ano depois, no final de 2023, para surpresa de todos, incluindo do próprio, tendo sido substituído por Olivier da Costa. Rocha Vieira virou a página com um desafio ainda maior em mãos. Ao lado de Pierre-Olivier Petit, antigo director de Operações e de F&B (Food and Beverage) do hotel The Oitavos, em Cascais, e, nos últimos cinco anos, no grupo InterContinental, o chef vai redefinir e criar todos os conceitos gastronómicos dos hotéis tutelados pela AHM – Ace Hospitality Management, empresa de gestão hoteleira que pertence ao Grupo Mercan, detentor das unidades hoteleiras. Em causa, estão, por agora, oito unidades, seis das quais no Porto: Arts Hotel Porto; Casa da Companhia; Fontinha Hotel; Renaissance Porto Lapa Hotel; Sé Catedral Hotel Porto; e Four Points By Sheraton Matosinhos. Sob a sua alçada, ficarão ainda a Casa Das Lérias, em Amarante, e o Hilton Garden Inn, em Évora. Tornar os restaurantes um destino para além do hotel, servindo as cidades onde se inserem e as suas pessoas, é o principal objectivo, criando diferentes marcas e conceitos, “de qualidade e a preço justo”, garante Miguel Rocha Vieira, cheio de ideias. Pode haver um

Os melhores sítios para jantares de grupo em Lisboa

Os melhores sítios para jantares de grupo em Lisboa

Vamos lá cambada, mas não é para andarmos todos à molhada. Todas as razões são boas para reencontros, para festas, para jantares de grupo, com a família, amigos ou colegas de trabalho. Juntemo-nos à mesa que não há melhor. Além disso, opções é coisa que não falta. Seja nos restaurantes da moda ou nos clássicos de sempre, há menus de grupo que nos facilitam a vida na hora da escolha. À procura de restaurantes para jantares de grupo em Lisboa? Então veja este roteiro e reserve uma mesa.  Recomendado: Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

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FeelViana Hotel

FeelViana Hotel

O mar fica de um lado, o rio do outro e a montanha é a paisagem de fundo. No novo hotel de Viana do Castelo, há tanto de aventura e desporto, como de tranquilidade e paz. Parece antagónico, mas é mesmo verdade. No FeelViana Hotel, apetece tanto pegar numa bicicleta, ou numa prancha, como ficar na sala, ou no quarto, a ler uma revista. É o melhor dos dois mundos. As praias do Norte têm fama de serem frias e estarem sempre na mira do vento, mas há quem veja nisso uma mais-valia. Para qualquer praticante de kitesurf ou windsurf, a Praia do Cabedelo não é desconhecida. “É uma das melhores”, diz-nos José Sampaio, o CEO do hotel. E sabe do que fala: sempre passou férias na zona para poder exactamente aproveitar o que a praia lhe oferece. Natural de Guimarães, José Sampaio percebeu o potencial da zona e daquele espaço em específico, um pinhal com acesso à praia, mas também perto do rio, da montanha e do centro de Viana do Castelo. “Há melhor?” Na zona não havia, de facto, nada do género e no país, com estas condições, provavelmente também não. Não é de estranhar por isso que desde que abriu portas em Maio, este hotel tenha tido sempre uma taxa de ocupação acima da média na região.

White Exclusive Suites & Villas

White Exclusive Suites & Villas

Verdade seja dita: não há quaisquer fotos que façam justiça ao White Exclusive Suites & Villas. Constatamos isso mal entramos neste novo hotel da ilha de São Miguel. A porta abre-se para nos receber e a primeira coisa que salta à vista é o mar. Umas portas largas em vidro, numa parede de pedra antiga, são o cartão de boas-vindas. De tal forma que nem fazemos o check-in. Pousamos as malas para seguir o caminho do mar e descobrimos então um terraço de suspirar: uma piscina que parece abraçar o Atlântico, espreguiçadeiras e mais sofás. Há nove suites e uma villa, que tem um terraço próprio com um jacuzzi, também ele em cima do mar. Não há quartos iguais, mas todos eles são espaçosos, equipados com uma kitchenette e, mais importante, todos virados para o mar. Os quartos do primeiro andar têm todos varanda, os que ficam em baixo têm um terraço enorme. O nome não é por acaso: todo o hotel – instalado num antigo solar que, raza a história, era uma casa de férias integrada numa propriedade de produção vinícola – é branco.

Taquería Patrón

Taquería Patrón

Chama-se Taquería Patron e abriu em Julho no espaço do antigo Etílico, bar que ficou famoso nos últimos anos pelas festas gay. Carlos Mañe veio de propósito do México para assumir a cozinha da Taquería Patron e a carta é toda da sua responsabilidade e como o nome indica, os tacos são a especialidade. Há de porco, vaca, frango. Ou, devíamos dizer cochinita, lomitos e pollo? Os preços rondam os 8 euros para um prato com três tacos. 

Dolce CampoReal

Dolce CampoReal

Três restaurantes, um bar, um spa, uma piscina interior e outra exterior (com um jacuzzi de água aquecida), um campo de golfe, campos de ténis e de futebol, um espaço de actividades para os miúdos, quartos espaçosos e até apartamentos. Sim, estamos a falar de um hotel de grandes dimensões, propício até a alguma confusão, mas não se assuste já porque há espaço para tudo e todos. “Conseguimos conciliar tudo”, garante Patrícia Silva, marketing manager do hotel, explicando que é habitual receberem grupos durante a semana e casais e famílias ao fim-de-semana.

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Na Mouraria, o Ciclo vem ensinar-nos a ter calma, comendo e bebendo bem

Na Mouraria, o Ciclo vem ensinar-nos a ter calma, comendo e bebendo bem

Um ciclo pode tanto ser uma série de acontecimentos que se sucedem numa ordem determinada, como um conjunto de espectáculos sobre um mesmo tema ou até parte de um fenómeno periódico durante um certo espaço de tempo. São tudo definições do dicionário que se poderiam aplicar também, de alguma forma, ao trabalho de José Maria Neves e Cláudia Abreu da Silva no restaurante que abriram na Mouraria em Fevereiro. O Ciclo é modesto em tamanho, mas ambicioso na missão que se propõe a cumprir: acompanhar o ritmo da natureza e o que esta tem de melhor para dar, sem pressas ou atalhos, prezando sempre a qualidade. Arlei Lima Há quem diga que é preciso uma aldeia para educar uma criança, mas para abrir um restaurante quando não se tem uma rede de apoio também não é diferente, especialmente num momento tão competitivo. “Comecei isto sem um estojo de ferramentas e acabei isto sem um estojo de ferramentas, mas trouxe muita gente com estojo de ferramentas para ajudar”, conta José Maria Neves. E foi assim desde o início. “Nós sempre tivemos a ambição de ter o nosso espaço, mas não tínhamos capacidade financeira. Surgiu a boa vontade de um grande amigo da minha mãe, o tio Domingos”, continua. “Se não fosse ele, não teríamos chegado a esta fase.” Arlei Lima Quem pôde ir acompanhando um pouco do percurso nas redes sociais, sabe que Domingos não foi a única ajuda. Sucederam-se os amigos, tantos do meio gastronómico, que ajudaram o casal a transformar um escritório num pequeno bistrô, onde já co

Pedro Pena Bastos recebe Marlene Vieira para jantar especial no Cura

Pedro Pena Bastos recebe Marlene Vieira para jantar especial no Cura

Depois de já o ter recebido no seu restaurante, é a vez de Marlene Vieira entrar na cozinha de Pedro Pena Bastos. Os dois chefs vão partilhar o protagonismo no Cura num jantar que pretende também assinalar o Dia Internacional da Mulher. O encontro está marcado para a próxima sexta-feira, dia 15. “O Dia Internacional da Mulher é também uma homenagem a todas as mulheres que, à frente ou nos bastidores dos tachos, trazem o melhor da gastronomia portuguesa às mesas do país”, assinala em comunicado o chef, explicando que o restaurante do Ritz, com uma estrela Michelin, quis marcar o momento dando destaque a uma mulher que se tem vindo a afirmar como poucas no meio. “Quisemos assinalar o mês da mulher, e organizar um jantar no Cura quase todo no feminino”, acresenta ainda Pedro Pena Bastos.  ©Mariana Valle Lima À frente do Marlene, do Zunzum Gastrobar e ainda com um espaço no Time Out Market, Marlene Vieira levará a sua assinatura para um menu de degustação de dez momentos (275€) que ficará marcado pelo uso dos melhores produtos, como é recorrente tanto na cozinha de um como de outro chef. O resultado será um jantar de sabor português, vincado pela técnica e conhecimento de Marlene Vieira e Pedro Pena Bastos. Para garantir lugar, o ideal é fazer a reserva prévia (restaurants.lisbon@fourseasons.com). O último turno é às 21.30. À chegada, todos serão brindados com uma taça de champanhe. + Opinião – O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres + Maior guia gastronómico espanhol també

Maior guia gastronómico espanhol também vem para Portugal

Maior guia gastronómico espanhol também vem para Portugal

Se dúvidas existissem sobre o momento gastronómico que Portugal vive, o interesse da Repsol em apostar num guia exclusivo para Portugal, depois de também a Michelin o ter feito, é disso a maior prova. À semelhança do que acontece com a Michelin, o Guia Repsol premeia anualmente os melhores restaurantes do país, enquanto promove diferentes roteiros. A marca até já chegou a estar em Portugal, mas sem nunca ter conseguido grande destaque. O objectivo agora é fazer tudo tal como acontece em Espanha, com inspectores recrutados por cá e uma gala para celebrar o meio. A correr bem, em 2025 há festa. A novidade foi revelada esta semana, quando uma pequena comitiva portuguesa, encabeçada pelos chefs João Rodrigues (Canalha), Rodrigo Castelo (Ó Balcão) e Vasco Coelho Santos (Euskalduna), e da qual a Time Out fez parte, viajou para Cartagena, em Espanha, para assistir à cerimónia de entrega dos “sóis” (ou soles) aos restaurantes que se destacaram este ano – Begoña Rodrigo, do La Salita, restaurante em Valência com uma estrela Michelin, e que em Setembro fez parte do cartaz do Chefs on Fire, foi a grande vendedora ao conquistar o único três soles da noite, a distinção máxima. “O Guia faz 45 anos este ano e festejamos não só o facto de termos acompanhado a gastronomia ao longo deste tempo, mas também o momento muito bom que o meio atravessa. E isso eu acho que é internacional e que em Portugal acontecerá o mesmo”, começa por dizer María Ritter, directora do Guia Repsol, numa breve convers

Inspirada pelo Ofício e para ganhar nova vida, a Lota d’Ávila é agora a Lota Sea & Fire

Inspirada pelo Ofício e para ganhar nova vida, a Lota d’Ávila é agora a Lota Sea & Fire

Se mar e fogo são, à partida, contrastantes, na gastronomia não podiam combinar melhor. Hugo Candeias sabe-o bem, domina um e outro e ainda lhes consegue juntar uma pitada de animação. Essa é, pelo menos, a intenção na renovada Lota Sea & Fire, ex-Lota d’Ávila. O restaurante nasceu como uma marisqueira moderna, mas depressa se percebeu que o caminho não era por ali (e não foi apenas por causa da saída do chef Vasco Lello, pouco após a abertura). Seguindo a receita do Ofício, esta Lota é, agora, mais dinâmica e até gastronómica. Francisco Romão Pereira O problema de se pôr uma etiqueta a um restaurante é a possibilidade de comparações que isso pode imediatamente levantar. Se é uma marisqueira, apontam-se, logo, duas ou três que se conhecem e o caminho tende a ficar tortuoso ou, pelo menos, mais difícil. Foi o que aconteceu, de forma simples, à Lota d’Ávila, que abriu em Novembro de 2022. “A oferta que tínhamos era comparada com o Ramiro, com o Solar dos Presuntos, todos esses clássicos de Lisboa e quem aqui vinha dizia que [a Lota] era mais cara. Como é lógico, não temos a quantidade que nos permite negociar os preços de outra forma”, diz, de forma honesta, o chef. Hugo Candeias divide-se hoje entre a Lota Sea & Fire e o Ofício, à procura de que a primeira ganhe vida própria, como aconteceu no restaurante do Chiado, dos mesmos donos, o grupo Paradigma. “Em Junho, fizemos uma alteração de cartas para aquela que seria a Lota 2.0, mas já a pensar numa alteração futura e, durant

Com duas estrelas no Antiqvvm e uma no 2 Monkeys, Vítor Matos domina Gala Michelin

Com duas estrelas no Antiqvvm e uma no 2 Monkeys, Vítor Matos domina Gala Michelin

As expectativas estavam altas, mas ninguém arriscava grandes previsões, já que a Michelin se tornou perita em dar o inesperado. Na primeira gala do guia Michelin dedicado em exclusivo a Portugal, Vítor Matos foi o nome que se destacou ao conquistar as duas estrelas Michelin para o Antiqvvm, no Porto, e ainda uma estrela para o 2 Monkeys, que abriu em Lisboa, e que conta também com Francisco Quintas na chefia. Numa cerimónia apresentada por Catarina Furtado no NAU Salgados Palace & Congress Center da Guia, em Albufeira, João Sá (Sála), Rodrigo Castelo (Ó Balcão) e Octávio Freitas (Desarma) também conquistaram uma estrela. Francisco Quintas com 25 anos torna-se assim no mais jovem chef a receber uma estrela Michelin em Portugal. Na segunda vez em que subiu ao palco, para receber a segunda estrela para o Antiqvvm, a única novidade nesta categoria, Vítor Matos destacou como o seu restaurante "é uma escola", feita por uma equipa jovem que se tem vindo a renovar, e com uma "cozinha delicada e com profundidade de sabor". O objectivo, disse, é fazer com que "as pessoas não se esqueçam da experiência" à mesa. Rodrigo Castelo não escondeu que há muito procurava a estrela e que o caminho agora faz-se “melhorando todos os dias com humildade”, soltando um “viva ao Ribatejo”. Já João Sá contou que passou um ano desde que perguntou à equipa se o que queriam era a estrela. Tinha apenas três condições para isso: se se divertissem a fazê-lo, se fossem felizes nesse caminho, “sem obsessões e se

Opinião: O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres

Opinião: O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres

A notícia é, à partida, boa, mas só esta terça-feira vamos perceber o que significa realmente Portugal ter um Guia Michelin exclusivo. Não é expectável que, de repente, chovam estrelas. A Michelin fez saber que um guia dedicado ao nosso país não seria sinónimo de um maior número de inspectores portugueses – e o que se sabe é que por agora serão apenas um ou dois. Entre as apostas e as perguntas sem respostas, há duas que se repetem até à exaustão. Teremos, finalmente, um restaurante a conquistar a terceira estrela? E será que é desta que uma mulher consegue a estrela? É sobre esta última que me debruço, não fosse ela feita quase sempre com uma mulher em vista, apesar de haver outras igualmente destacadas: Marlene Vieira.  É verdade que a chef abriu o Marlene, em Abril de 2022, com esse objectivo. No entanto, é justo acrescentar à pressão de manter um restaurante ao mais alto nível o peso de representar as mulheres num sector em que a paridade não existe? Quem aponta Marlene Vieira à estrela fá-lo por lhe reconhecer o trabalho, espera-se – mas a que custo? Há até quem diga que será a primeira mulher a receber uma estrela Michelin em Portugal, o que só demonstra esquecimento. Antes de a gastronomia ser moda e de os cozinheiros serem transformados em estrelas de rock, Ilda Vinagre conseguiu chamar à atenção do Guia com um restaurante na Terrugem, o Bolota – a chef acabaria por sair pouco antes da estrela, em 1992. No ano seguinte, Maria Alice Marto conseguiu o feito para o Tia A

No Convento das Bernardas, A Travessa deu lugar a um restaurante de cozinha francesa

No Convento das Bernardas, A Travessa deu lugar a um restaurante de cozinha francesa

Do passado, resta a história. O chef, também. Não é o chef de sempre, mas conheceu a vida anterior do que é hoje o No Convento. Era aqui que ficava A Travessa, que ia buscar o nome à Travessa das Inglesinhas, onde primeiro se estabeleceu em 1978. O novo nome, porém, não podia ser mais explícito. Quem conheceu o histórico A Travessa, que ali morava há duas décadas, reconhecerá o espaço, que ocupa uma das alas do Convento das Bernardas, mas perceberá que está mais sofisticado (nem por isso mais solene). O ambiente é escuro, iluminado apenas por velas. Em breve, quando os dias ficarem mais longos e quentes, a esplanada ocupará os clautros.  Arlei Lima Esta é a mais recente aposta do Reîa Collective, fundado por Emil Stefkov e Sacha Gielbaum, proprietário também da Casa Reîa, na Costa da Caparica, e do Black Trumpet, que abriu pouco antes deste No Convento. À semelhança do que acontece nesses restaurantes, também aqui Pedro Henrique Lima é o chef executivo, embora a cozinha do No Convento esteja entregue ao chef residente João de Oliveira, que transitou d’A Travessa. “É engraçado que alguns clientes entram e só depois de estarem sentados é que se apercebem que há alguma coisa diferente. Havia muita curiosidade também dos próprios moradores em conhecer o espaço”, conta João de Oliveira. “A verdade é que o espaço precisava de um refresh”, admite o chef, que trabalhou quase três anos na cozinha d’A Travessa. E é isso que lhe permite dizer que o prato de bacalhau se mantém desde en

Henrique Sá Pessoa abre restaurante de marisco em Miami

Henrique Sá Pessoa abre restaurante de marisco em Miami

Foi nos Estados Unidos que estudou e tirou o curso de cozinha no Pennsylvania Institute of Culinary Arts e é aos Estados Unidos que o chef português regressa, desta vez para abrir um restaurante em Miami. Chama-se Sereia e já está a aceitar reservas. Com duas estrelas Michelin no Alma, em pleno Chiado, Henrique Sá Pessoa tem vindo a apostar nos últimos tempos na sua internacionalização, depois de ter aberto o ARCA em Amesterdão, em 2021, e o Joia em Londres, em 2023. Chiado, o restaurante que assina em Macau, também reabriu; e no Cairo, no Egipto, o chef foi ainda responsável por desenhar o conceito do Maré Social. A última novidade surge num país que conhece bem, os Estados Unidos, com um restaurante de marisco que abre a 1 de Março.  “Uma grande aventura em Miami”, anunciou o chef no Instagram. No site do restaurante localizado em Coconut Grove, lê-se que o Sereia “é um restaurante moderno, focado em marisco, inspirado na costa ibérica e nas viagens do chef Henrique Sá Pessoa e numa vida de experiência a trabalhar e a abrir alguns dos melhores restaurantes no mundo”. “O Sereia apresenta uma cozinha com profundidade, feita com os melhores ingredientes trabalhados com técnicas sofisticadas.” Apesar de as reservas já estarem abertas, a carta ainda não foi revelada, tendo sido divulgada apenas uma fotografia do que parece ser um arroz de carabineiro. Quem segue o trabalho do chef sabe que a costa é uma das suas grandes inspirações, sendo o menu “Costa a Costa” (185€) que serve

No Beato, nasceu um restaurante para aproximar Lisboa do país rural

No Beato, nasceu um restaurante para aproximar Lisboa do país rural

Idealizada antes da pandemia, a Praça acabou por nascer ao contrário do que seria suposto: primeiro veio a venda online de produtos de pequenos produtores; e só depois abriu um espaço ao público, no Hub Criativo do Beato, que tem vindo a crescer ao seu ritmo. Agora, quase três anos depois, ganhou um restaurante, onde em breve será possível comprar tudo o que vem para o prato. Chama-se Refeitório, numa referência à vida passada daquele lugar, de quando ali se fez a cantina dos trabalhadores da manutenção militar. DR À primeira vista, é isso mesmo que faz lembrar (embora não haja tabuleiros em parte alguma). Mas é só aparência. O que aqui se encontra é uma vida e um restaurante como há poucos na cidade. “O Refeitório é um pouco a alma da Praça”, afirma a responsável por este mega projecto, Cláudia Almeida e Silva. Apesar de estarem umbilicalmente ligados e de ficarem um à frente do outro, o Refeitório e a Praça estão geograficamente separados por uma esplanada e um espaço amplo, perfeito até para se largarem os miúdos à vontade. Depois de anos a trabalhar na área do retalho e da distribuição, Cláudia percebeu que havia uma lacuna, ou uma cadeia logística que acabava muitas vezes por afastar o consumidor dos produtores com menos possibilidades de chegarem às grandes superfícies. “Eu achei que o consumidor iria, cada vez mais, querer saber de onde é que vem o produto, preocupando-se mais com o que come, ficando mais selectivo”, explica. “Tendo nós produto tão bom no país, ele t

Câmara de Almada “não enviou qualquer ordem de despejo” aos restaurantes à beira-mar

Câmara de Almada “não enviou qualquer ordem de despejo” aos restaurantes à beira-mar

A Câmara Municipal de Almada (CMA), liderada por Inês de Medeiros, esclarece em comunicado que “não enviou qualquer ordem de despejo aos concessionários” das praias junto à vila da Costa da Caparica, e “informa que partilha da preocupação dos comerciantes, com quem tem vindo a reunir de modo a garantir a continuidade da oferta de restauração e demais serviços necessários à fruição e qualidade das nossas praias”.  O comunicado surge depois de o jornal Público ter noticiado que cerca de duas dezenas de restaurantes estariam em vias de perder os seus espaços, por verem os seus contratos de concessão chegarem ao fim como parte de um projecto de requalificação daquela zona. António Ramos, também conhecido por “O Barbas” com dois restaurantes com o mesmo nome, habituais locais de peregrinação para os adeptos do SL Benfica, encabeçou a onda de choque. E garantiu: “Estão a dar-me um prazo para ir embora”.  Nessa mesmo notícia, a autarquia revelava que iriam ser lançados concursos públicos “com a maior celeridade possível, estando igualmente em definição os termos que irão regular as futuras concessões”. Assegurada estava “a continuidade da oferta de restauração de qualidade nas praias da Costa de Caparica”. Almada aponta o dedo à CostaPolis Agora, numa nota de esclarecimento, a Câmara faz saber que “os 23 apoios de praia da Frente Urbana da Costa da Caparica são propriedade da Sociedade CostaPolis, que celebrou, em 2008, os respectivos contratos de uso e fruição dos equipamentos”. “E

No Allora, há um novo menu perfeito para almoçaradas de fim-de-semana

No Allora, há um novo menu perfeito para almoçaradas de fim-de-semana

O restaurante italiano do Epic Sana Marquês criou um menu especial perfeito para aquelas almoçaradas de fim-de-semana em que as horas passam e os pratos se multiplicam. A novidade chega com a recente mudança de chef na cozinha. Nuno Costa, que já estava no hotel de cinco estrelas, substituiu o italiano Francesco Francavilla, mas nem por isso se alterou a linha matriz do restaurante.  “É diferente, mas é um desafio e tudo o que é um desafio é bom. A cozinha italiana sempre esteve presente na minha cozinha, mas não era só a italiana. Agora, estou focado nisso”, conta, destacando o esforço que é dado na procura “por bons produtos italianos, boas matérias-primas”.  Foi assim que o restaurante italiano se apresentou desde o início. No entanto, há uma tentativa de abrir ainda mais a porta a quem vive na cidade com os novos menus (e há também um mais em conta para os almoços nos dias de semana com pastas frescas feitas ali). “É um menu de partilha em que as pessoas acabam por aproveitar para provarem sete pratos quase ao preço de um. Queremos dar essa experiência com um menu equilibrado a um bom preço”, explica o chef.  O menu em questão, disponível aos almoços de sábado, domingo e feriados, tem o preço de 30€ por pessoa e inclui três entradas, um prato principal e três sobremesas (bebidas não incluídas). A refeição começa, assim, com um arancini de cogumelos e guanciale, um carpaccio black angus com creme de parmesão, anchovas, pinhão, alcaparras e rúcula, além de um prato com char

“Barbas” em risco de perder restaurante na Costa da Caparica (e não é o único)

“Barbas” em risco de perder restaurante na Costa da Caparica (e não é o único)

É um dos restaurantes mais conhecidos da Costa da Caparica, muito por causa da sua devoção ao SL Benfica, e está, segundo o Público, em vias de ver os seus dias de glória chegarem ao fim, depois de a Câmara Municipal de Almada ter comunicado o fim da concessão. Em causa não está apenas O Barbas, mas “mais de duas dezenas de restaurantes” na mesma linha, avança o jornal. “O nome Barbas já é conhecido na Costa há 45 anos e agora, pelos vistos, estão a dar-me um prazo para ir embora”, reagiu ao Público António Ramos, também conhecido por “Barbas”, mostrando-se surpreendido pela ordem de despejo, depois de já ter investido mais de um milhão de euros nos seus dois restaurantes, praticamente lado a lado. O empresário recorda que esse investimento foi feito no seguimento de uma outra decisão da autarquia, que o obrigou a “mandar abaixo” o anterior restaurante como parte de um programa de requalificação da zona.  Em resposta ao mesmo jornal, a Câmara de Almada, liderada por Inês de Medeiros, revelou que vão ser lançados concursos públicos “com a maior celeridade possível, estando igualmente em definição os termos que irão regular as futuras concessões”. De acordo com a autarquia, não está em causa “a continuidade da oferta de restauração de qualidade nas praias da Costa de Caparica”. “Ninguém nos liga nenhuma” Neste momento, há vários restaurantes com providências cautelares contra o fim das concessões, motivo que tem adiado o lançamento do concurso. O advogado Paulo Edson Cunha, que