Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras.
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O melhor da agenda na gastronomia
Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa, eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos com nomes bem conhecidos da gastronomia mundial, e festas que celebram a diversidade de sabores. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em seis eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Descobertas do ano – dez grandes vinhos até 15€
The 38 coolest neighbourhoods in the world
In 2024, what exactly makes a neighbourhood cool? Craft breweries, natty wine bars and street art are well and good, but the world’s best, most exciting and downright fun neighbourhoods are much more than identikit ‘hipster hubs’. They’re places that reflect the very best of their cities – its culture, community spirit, nightlife, food and drink – all condensed in one vibey, walkable district. To create our annual ranking, we went straight to the experts – our global team of on-the-ground writers and editors – and asked them what the coolest neighbourhood in their city is right now, and why. Then we narrowed down the selection and ranked the list using the insight and expertise of Time Out’s global editors, who vetted each neighbourhood against criteria including food, drink, arts, culture, street life, community and one-of-a-kind local flavour. The result? A list that celebrates the most unique and exciting pockets of our cities – and all their quirks. Yes, you’ll find some of those international hallmarks of ‘cool’. But in every neighbourhood on this list there’s something you won’t find anywhere else. Ever been to a photography museum that moonlights as a jazz club? Or a brewery with a library of Russian literature? How about a festival dedicated to fluff? When communities fiercely support and rally around their local businesses, even the most eccentric ideas can become a reality. And that, in our eyes, is what makes a neighbourhood truly cool. From formerly overlooked sub
As melhores festas de aniversário para crianças em Lisboa (e arredores)
Os miúdos deliram com os anos e os pais gostam de lhes fazer as vontades, claro. Mas bem sabemos a pressão que pode ser encontrar o sítio certo para fazer uma festa infantil. Em parques e museus, com animação e insufláveis, há muito por onde escolher (tanto quanto as imensas coisas que há para fazer em Lisboa). Tudo depende da disponibilidade, da paciência e do número de zeros na conta bancária dos pais – nesta lista encontra os melhores sítios onde fazer festas de aniversário para crianças em Lisboa, à medida de todos. Afinal, eles esperam 365 dias pela chegada deste dia (o único momento capaz de rivalizar com o aniversário deve ser o Natal...), as expectativas estão ao rubro e o melhor presente que lhes pode dar é uma festa inesquecível. Recomendado: Grandes guias para pequenos aventureiros
14 paragens obrigatórias no Príncipe Real
Eleito pela segunda vez em sete anos um dos bairros mais cool do planeta, o Príncipe Real é daqueles lugares onde os níveis de FOMO (a sigla inglesa que significa “fear of missing out”, uma espécie de sensação de estar a perder qualquer coisa incrível) atingem valores elevadíssimos. Um bairro que se vai adaptando às mudanças sem perder a identidade e o carisma. Hoje, tem uma vibe cada vez mais contemporânea e cosmopolita, com lugares como a Praça das Flores, que lhe dão uma nova vida e sempre boa onda. Se o percorrer de uma ponta à outra, vai cruzar-se com restaurantes onde a comida fala por si, bares com bebidas para todos e lojas de onde nem lhe vai apetecer sair (pelo menos, sem um saco na mão). E, fora de quatro paredes, hprogramação cultural e mercados, que costumam abancar aos fins-de-semana no irresistível Jardim do Príncipe Real. Mas o melhor é espreitar o roteiro que preparámos para si. Estas são as 14 paragens obrigatórias no Príncipe Real. Recomendado: O melhor do Príncipe Real para as crianças
Tanka Sapkota, um chef feliz e agradecido
Chef ou cozinheiro?Cozinheiro. A minha meditação é a cozinha. Actividade favorita quando não está a cozinhar?Jardinagem. As minhas casas têm sempre plantas. Domingo, para mim, é para tratar as plantas. Acho que nós viemos da terra e vamos voltar à terra e por isso quando tocamos nas plantas e na terra, chegamos a um sítio de proximidade connosco. O melhor prato tipicamente português?Gosto muito de peixe grelhado. Normalmente, gosto de bacalhau à lagareiro. Livro de cozinha favorito?O Il Cucchiaio d'Argento é a minha bíblia. É um livro sagrado para mim. Se tiver amigos de fora em Lisboa, onde é que os leva a jantar?A uma comida portuguesa, ao Solar dos Presuntos. O que é que não suporta comer?Fritos. Para quem é que gostaria de cozinhar?São dois. O escritor Paulo Coelho e o Eckhart Tolle, um líder espiritual. E o que é que prepararia?Um tajarin [uma massa fresca fina] com trufa. O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?Eu fiz esta pergunta ao Google e é o Come Prima que aparece, mas vou dizer o The Old House. Qual foi o prato que mais dores de cabeça lhe deu?Foi o prato que tem sido um sucesso, neste momento. É uma coisa simples, só que eu tenho forno de lenha e não sabia como trabalhar. É o creme de batata. Fiz muitos testes para chegar a este ponto. É um prato simples, mas deu muito trabalho. Programa de culinária favorito?Gosto de ver o Masterchef Austrália. Palavrão favorito quando se entorna o caldo?Não utilizo porque eu venho de uma cultura onde não se
Os melhores restaurantes japoneses e de sushi em Lisboa
A cozinha japonesa apareceu em Lisboa nos anos 1980 mas só nos anos 2000 atingiu o seu boom. Nos últimos anos a oferta de restaurantes tem crescido por toda a cidade, em parte por culpa dos buffets de sushi que democratizaram a relação dos portugueses com estas pecinhas de arroz e peixe cru. Nem tudo o que abriu, porém, tem a qualidade de matéria-prima desejada ou mãos que a saibam tratar como merece. E desengane-se se pensa que comida japonesa é só sushi. Na lista que se segue provamos-lhe que há muito mais a descobrir. São os melhores restaurantes japoneses e de sushi em Lisboa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)
Nove restaurantes vegetarianos em Lisboa
Para quem procura seguir uma dieta vegetariana ou uma alimentação flexitariana, são cada vez mais as opções na cidade – felizmente, encontram-se até nos restaurantes mais carnívoros. Eis nove restaurantes vegetarianos em Lisboa. E depois há ainda os restaurantes vegan, que também têm aberto em grande número e estão listados aqui (e só por isso não aparecem nesta selecção). Certo é que aqui, seja qual for o restaurante vegetariano que escolher, não vai encontrar nem vegetais cozidos sem sal, nem tofu grelhado sem graça ou aquela omelete de última hora servida com salada mista. Recomendado: Os melhores restaurantes vegan em Lisboa
Os melhores concertos que vimos nos festivais deste Verão
O Verão está a chegar ao fim. Está bem que os festivais não acabam com ele (há cerca de duas dezenas no Outono), mas o ritmo vai abrandar e o mediatismo e quantidade de nomes confirmados começa finalmente a diminuir. E, já com o Luna Fest, o Festival F e a Festa do Avante! no retrovisor, a equipa da Time Out Portugal decidiu fazer o balanço dos melhores concertos que viu ao longo destes três meses. Entre centenas de bandas e artistas ouvidos, de norte a sul do país, em pequenos e grandes festivais, estes destacaram-se. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa no que resta de 2024
“Na Gala Michelin, os espanhóis perguntavam quem era eu. Eu sou só a Noélia”
Quando em Fevereiro se ouviu o nome de Noélia Jerónimo na Gala Michelin, a ovação fez-se sentir e a chef não escondeu a emoção. O restaurante com o seu nome foi recomendado pelo Guia, mas o reconhecimento dos seus pares existe há muito tempo. Há quem lhe chame a chef dos chefs, embora Noélia se veja mais como uma mãe. É o amor que a move, garante. Pelos seus e pelo Algarve. Só por isso aceitou o desafio de abrir um novo restaurante, desta vez em Olhão. Chama-se Marina com Noélia e fica no Real Marina Hotel & Spa, em plena Marina de Olhão. É no Noélia que a chef se mantém, mas é o seu receituário que no novo espaço. Como é que um restaurante que está longe de qualquer centro mediático, e longe fisicamente, consegue ser conhecido por todos e consegue que as pessoas façam o desvio?Não sei, talvez se deva um bocadinho à minha paixão pela cozinha, pelas pessoas e pelo produto com que trabalho. Eu trabalho com um produto muito bom, trabalho com produtos muito frescos. Sou uma apaixonada pela ria, pelo mar, pela serra. Eu digo isto muitas vezes: eu cozinho a minha paisagem. E o que é a minha paisagem? É a ria, é o mar e nas costas tenho a serra, não nos podemos esquecer da serra. Vocês hoje comeram xerém a pensar na serra algarvia. E como é que é feito esse cruzamento? Muitas horas de estudo, muito amor, uma grande vontade de aprender, de crescer, de ir para a frente, fazer diferente, fazer bem, fazer melhor, dia após dia. [Quero] ser melhor amanhã do que aquilo que sou hoje. Este
Os melhores balcões em Lisboa
Para refeições rápidas ou experiências demoradas, os balcões são quase sempre os melhores lugares de um restaurante, pelo menos para aqueles que apreciam acompanhar tudo o que se passa do lado de lá. São também companhia certeira para quem se senta sozinho. Em Lisboa, os balcões ganharam fama a partir dos anos 1950, com a proliferação dos snack bars. Caíram em desuso e voltaram nos últimos anos, cada vez com mais pinta e cuidado, cada vez mais gastronómicos até. Das tascas a estrelas Michelin, nos melhores balcões de Lisboa nunca está sozinho, ainda que se esse for o desejo, ninguém se intrometerá. Recomendado: Os 130 melhores restaurantes em Lisboa
Restaurantes com área infantil em Lisboa para refeições felizes
Sair com os miúdos para comer fora pode ser uma grande dor de cabeça. Normalmente é assim: “Senta-te à mesa”, “pára quieto”, “fala baixo”, “cuidado com o copo”. Tudo para depois acabar naquela solução que jurámos que nunca utilizar: “Toma lá o telefone e fica sossegado”. Mas podemos condená-los por ainda não terem descoberto o prazer de nos prolongarmos à mesa? Lá chegarão. Enquanto não acontece, valham-nos estes restaurantes com área infantil em Lisboa (e arredores). Eles comem e brincam à vontade, enquanto nós aproveitamos a refeição descansada. Se tem crianças irrequietas em casa siga as nossas sugestões e descubra como sair para almoçar ou jantar fora não tem de ser um problema. Recomendado: Os 130 melhores restaurantes em Lisboa
Um roteiro pelos restaurantes em Sintra
Sabemos como é bela, elogiamos os seus encantos, mas contam-se pelas mãos as vezes em que lá vamos – e muito se deve ao boom de turistas, temos de admitir. Ainda assim, se há coisa da qual não abdicamos é de Sintra e dos seus recantos, da vila pitoresca à serra, sem esquecer os parques e jardins, os monumentos, o mar e as suas praias. Entre armadilhas para turistas que podem ir surgindo, ainda há restaurantes em Sintra de onde dificilmente sairá desiludido, de tascas a sítios de petiscos, restaurantes com estrela Michelin e mesas fartas em marisco. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)
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Chefs On Fire
O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo regressa à Fiartil, no Estoril, novamente para três dias de boa comida e concertos. Depois de Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, ter decidido apostar num dia extra no ano passado, o Chefs on Fire volta acontecer em dose tripla, de 20 a 22 de Setembro. Entre os chefs anunciados, destacam-se no cartaz aqueles que este ano brilharam na gala do Guia Michelin: Vítor Matos, que conquistou duas estrelas Michelin para o Antiqvvm e uma para o 2Monkeys; João Sá (uma estrela no Sála) e Rodrigo Castelo (uma estrela e estrela verde no Ó Balcão). Com uma estrela Michelin, estão também confirmados Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz) e Pedro Pena Bastos (Cura) – os três em estreia no festival onde todos os pratos preparados têm de passar pelo fogo. Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha são os cabeças de cartaz, encerrando, respectivamente, os três dias de evento. Bilhetes: quanto custam e onde comprar A entrada diária, que inclui cinco doses de comida e duas bebidas, tem o preço de 90€, enquanto bilhete para os três dias, com 15 doses de comida e 10 bebidas, custa 230€. O bilhete infantil custa 20€ por dia e inclui quatro doses de comida e bebidas ilimitadas na zona kids. Os bilhetes estão à venda online. Crianças até aos seis anos não pagam entrada. Quem cozinha o quê e quando Sexta-feira, dia 20 Mauricio Vale (Soi) Flatbread negro com leitão vietnamita e pickles de mexilhão fumado Luis Gaspar (Bri
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No Capsule, entre um bistrô e um Michelin, o produto português casa com o sabor ucraniano
A história começa na Ericeira, onde o sonho de Alex Horbenko de chefiar um restaurante ucraniano de fine dining foi ganhando forma. Dois anos depois, a ambição do chef ucraniano está mais perto de se cumprir com a abertura em Lisboa do Capsule Neo-Bistro. Em plena Baixa, o restaurante não tem só melhores condições e tamanho, como chega a um público mais diverso, que faltava na Ericeira. Na cozinha aberta para a sala, Horbenko ganhou um novo fôlego para as suas “experiências loucas”, muito à volta das fermentações, mas conseguiu sobretudo um espaço para dar palco à gastronomia do seu país, numa fusão com o produto e os sabores portugueses. Francisco Romão PereiraAlex Horbenko “Quando abrimos na Ericeira, se calhar não estávamos preparados e não tínhamos noção das dificuldades. As pessoas não nos entendiam”, recorda Alex Horbenko, que abriu o Capsule com o casal Tetiana Pidgurchenko e Oleksandr Kukhtenko, e que acabou por adaptar a ideia de um fine dining a um conceito mais descontraído, sem que se perdesse a assinatura, a técnica e as fermentações – e nascia assim o “neo bistro”. “Com um segundo espaço, pensámos em fazer uma coisa mais simples na Ericeira e Lisboa seria a grande oportunidade para mostrarmos o que podemos fazer”, explica, dando conta de que a morada do Oeste é agora casa de café de especialidade, servido também na capital. Francisco Romão Pereira À semelhança do que acontecia na Ericeira, e já com provas dadas, são duas as cartas, a de pequeno-almoço e brun
Em Rio de Mouro, a Quinta da Fonte Nova é um palácio de bem comer
O GPS marca a chegada ao destino, numa estrada pouco movimentada, em Rio de Mouro. De um lado, umas vivendas, do outro um muro alto e uma entrada feita à medida de carruagens, tal é a antiguidade. É preciso seguir mais uns metros e virar à direita num caminho estreito para se entrar na Quinta da Fonte Nova (ou Palácio Fonte Nova), hoje um bonito espaço de eventos e casa do 1743, um restaurante italiano de fine dining que quer valer por si, com consultadoria de Joachim Koerper, chef com uma estrela Michelin, e da mulher Cintia Koerper, chef pasteleira. Francisco Romão Pereira / Time Out “Estamos muito felizes por estar aqui e poder mostrar um pouquinho aos portugueses que também sabemos fazer cozinha italiana”, começa por dizer o chef alemão, que chegou a Lisboa há 20 anos para abrir o Eleven. “Nós já trabalhámos em Itália. Vamos muito a Itália de férias, amamos Itália e a cozinha italiana”, acrescenta, visivelmente entusiasmado com o desafio. “Foi amor à primeira vista, pelo espaço e pelas pessoas.” Koerper refere-se aos argentinos Franco Bordoni e Nicolás Lehmann. É deles a quinta, comprada durante a pandemia, quando ainda não viviam em Portugal. “Quando procurávamos na internet, vimos esta propriedade e a nossa filha disse que era a casa dos sonhos”, recorda Franco. Entre um momento e o outro, passaram-se cerca de três anos. A visão que projectaram ainda não está finalizada, quem sabe não venham até a criar um pequeno alojamento, mas se há coisa que o argentino ambiciona
A Gleba já não é a mesma? “É melhor”, garante Diogo Amorim
Quando, há oito anos, Diogo Amorim abria a Gleba, em Alcântara, sabia ao que ia (ou o que queria), mas talvez não imaginasse que o pão de fermentação natural, feito à verdadeira moda antiga, ficasse tão em voga. A caminhar para o fim de 2024, Diogo Amorim conta encerrar o ano com 25 lojas – até Dezembro, a Gleba ainda vai ganhar moradas no Restelo, na Parede e no Saldanha – e uma facturação de 13 milhões de euros, o dobro do último ano. Só uma nova fábrica, já planeada, permitirá que a empresa continue a crescer e se possa expandir para lá da Grande Lisboa e, quem sabe, se internacionalize até. O fabrico artesanal, admite o CEO, há muito que não é uma realidade, “se como artesanal falarmos [de processos feitos] exclusivamente à mão, em pequena escala”. “Mas se artesanal significar realmente isso, então o nosso objectivo não é ser artesanais”, defende. Príncipe Real, Alvalade, Campo de Ourique, Telheiras, Cascais, Parque das Nações… A lista de bairros na Grande Lisboa onde a Gleba tem loja é vasta e só não vai aumentar consideravelmente como aconteceu nos últimos meses “porque a fábrica atingiu o limite da sua capacidade produtiva”. “Vamos aproveitar para estabilizar”, diz-nos Diogo, à mesa da mais recente padaria, na Avenida António Augusto de Aguiar, onde chamou também Juliana Penteado para ocupar uma montra com os seus doces delicados. Chamou-lhe Gleba 2.0, embora esse nome não surja em qualquer lado. “Queremos ser cautelosos para não passarmos por pretensiosos ou por revol
Miguel Rocha Vieira abre restaurante em Évora até ao final do ano
Em Janeiro, depois de uma saída atribulada da Doca da Marinha, Miguel Rocha Vieira anunciava uma mudança de vida, cheio de vontade e ideias. Na AHM – Ace Hospitality Management, empresa de gestão hoteleira que pertence ao Grupo Mercan, assumiu a responsabilidade de criar todos os conceitos gastronómicos dos hotéis tutelados. E assim o tem feito, um a um, tornando os restaurantes num destino para além do hotel, que serve as cidades, de Amarante a Beja. Vai ser em Évora, porém, que o chef assumirá um restaurante independente. Chama-se Forno da Telha, terá uma cozinha criativa, mas de base tradicional alentejana, e deverá abrir no último trimestre deste ano. “Vai ser o primeiro restaurante aberto de raiz completamente separado do hotel, que fica num edifício ao lado. Olhamos para o Forno da Telha como um restaurante de rua”, conta à Time Out, visivelmente entusiasmado. “É a primeira vez que trabalho no Alentejo, há muita coisa que não conhecia. É daqueles desafios que me dá muito gozo, estar a aprender, estar a descobrir coisas”, continua, destacando que tem feito “muita pesquisa”. “Tenho tentado comer onde posso e vou falando com as pessoas de uma certa idade para tentar perceber como se faziam as coisas e o porquê porque quero tentar trazer isso tudo à mesa, respeitando muito a tradição da comida alentejana.” Tem sido no Alentejo que Miguel Rocha Vieira tem passado muito do seu tempo, tendo em Agosto inaugurado o Chaparro Alentejano, inserido no Holiday INN Beja. “Achávamos
This European country won big at the World Culinary Awards
When you’re competing with countries from all over the world, claiming prizes in one category is challenging enough – let alone two! But that’s exactly what Portugal did at this year’s World Culinary Awards, which is back for its fifth edition. First up, Lisbon took home the prize for Europe’s Best Culinary City Destination. The city’s restaurant scene has seen a lot of changes in recent years, with spots like Izcalli and Boi-Cavalo closing their doors while new restaurants are popping up ridiculously fast – so fast that they compromise on quality. But you can still eat some darn good food in Lisbon, whether you’re a seafood obsessive, an old-fashioned meat head or a devoted vegan. The food scene here is stellar – check out our favourite restaurants – and the city is home to an impressive 17 Michelin-starred spaces. So we’re not surprised at the win! Rubbing shoulders with the likes of Barcelona, Copenhagen, London, Florence, Vienna and Paris is no easy feat. In a celebratory statement, Lisbon’s mayor Carlos Moedas said: ‘It’s an enormous honour to see Lisbon’s identity and traditions awarded for the first time in this sector, and to witness how innovation blends with these gastronomic traditions. This award acknowledges the quality that sets Lisbon’s cuisine apart and encourages all the professionals who keep it alive.’ Porto also won the award for Europe’s Best Emerging Culinary City Destination, beating the likes of Berlin, Batumi, Cannes and Dubrovnik, but that was far
Lisboa é o “melhor destino culinário da Europa”
Muito se tem escrito sobre o estado da restauração em Lisboa, entre restaurantes que fecham por falta de clientes como o Izcalli ou o Boi-Cavalo e outros que se multiplicam sem grandes regras ou qualidade, mas a verdade é que ainda se come muito bem por cá. Boas tascas de comida portuguesa, restaurantes do mundo de qualidade e 17 restaurantes com estrela Michelin parecem fazer de Lisboa o melhor destino culinário da Europa. O título foi atribuído esta quarta-feira nos World Culinary Awards, cuja cerimónia aconteceu no Dubai e que distinguiu também a cidade do Porto como melhor destino culinário emergente. Nesta categoria, Lisboa concorria com pesos pesados: Barcelona, Copenhaga, Florença, Londres, Paris e Viena. Em comunicado, Carlos Moedas congratula-se com o título conquistado. “É um enorme orgulho ver a identidade e tradições de Lisboa premiadas pela primeira vez neste sector e como a inovação se conjuga com estas tradições gastronómicas. É o reconhecimento da qualidade da gastronomia pela qual Lisboa tão bem se distingue e um prémio que incentiva todos os profissionais que a mantêm viva”, reage o presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “A economia local é cada vez mais um factor distintivo da cidade de Lisboa e a gastronomia contribui em muito para a qualidade do turismo de Lisboa”, acrescenta ainda. A capital portuguesa sucede assim a Paris, o destino vencedor na edição destes prémios em 2023. Esta foi a quinta edição dos World Culinary Awards, nascidos dos World Trav
Giola: os novos gelados da Praça das Flores não têm medo da concorrência
Querem marcar pela diferença, apostando na imagem, na decoração do espaço e no atendimento ao cliente, e é por isso que nascem seguros de que são distintos das gelatarias que já existem na cidade. Na Praça das Flores, a Giola é só a primeira morada da marca, cujos gelados são produzidos em casa, seguindo receitas italianas, mas com olho nos sabores portugueses e do mundo. Francisco Romão Pereira Luís Matoso e Maria Alvarez García, ele português e ela espanhola, teriam pouco em comum – se não tivessem ambos vivido em Madrid, se não partilhassem uma paixão por gelados e se não quisessem fazer qualquer coisa juntos. “Andávamos a pensar no que é que podíamos fazer e lembrámos-nos desta ideia”, conta-nos Luís, entusiasmado na loja, à medida que clientes vão entrando e escolhendo os seus gelados. “Atenção às pessoas”, diz, de forma sorrateira, para dentro do balcão, como que a alertar para que a nossa presença ali não tire o foco do essencial. “Percebemos que havia espaço para uma coisa um bocadinho diferente, mais premium e, sem ser pretensioso, num espaço mais agradável. A loja está concebida nesse sentido. Acreditamos que as pessoas se fidelizam através do produto, mas também do próprio espaço e da experiência que conseguimos proporcionar”, defende Luís, destacando os gelados à vista e não escondidos em cubas. “Somos dos poucos a fazer isso. Exige mais trabalho, mas é uma coisa mais transparente.” Francisco Romão Pereira Em tons sóbrios de madeira, são realmente as cores d
Cantina Flores, ou a farmácia que deu lugar um restaurante mexicano na Praça das Flores
Foi durante muitos anos a morada da Farmácia Confiança e é com confiança que as norte-americanas, Mickey e Mindie Spencer, se propõem a conquistar a Praça das Flores. Depois de terem aberto no ano passado o bar Royal Vessel, a menos de 200 metros daqui, abriram a Cantina Flores, inspirada nas cantinas mexicanas que tão bem conhecem e das quais sentiam já falta. A proposta é servir comida de rua mexicana autêntica, sem fechar a porta à rua e à praça onde estão instaladas. Francisco Romão Pereira “Quando alguém nos perguntava do que é que sentíamos mais falta em Portugal, a nossa resposta era sempre a mesma: comida mexicana. E por isso há algum tempo que tínhamos a ideia de abrir um restaurante mexicano”, diz Mindie Spencer, ao lado da irmã gémea. Naturais de Austin, cresceram com o México “nas traseiras”, tendo uma delas vivido 20 anos em Guanajuato. As duas admitem que Lisboa já tem algumas opções neste sentido, mas não sentiam, até agora, que fosse “tão autêntico”. “Não é da forma que esperamos”, aponta Mickey. Quando perceberam que a farmácia tinha fechado e que aquele espaço estava para venda, não hesitaram e puseram os seus contactos a mexer. A Austin foram buscar o amigo e chef Daniel Brooks, que viajou até Lisboa para fazer o menu e treinar a equipa. “Ele não vive cá, mas veio e esteve dedicado a ensinar-nos tudo e está sempre disponível. Qualquer dia, vamos lá nós ter come ele”, acrescenta Mindie, que não quer que a Cantina Flores seja apenas mais um restaurante mexi
Munique aqui tão perto: Algés recebe festa da cerveja e da gastronomia alemã
Chega Outubro e com ele o Oktoberfest, que acontece em Munique até ao dia 6 de Outubro e que ganha múltiplos desdobramentos um pouco por todo o mundo, como acontece em Algés. Durante quatro dias, no Mercado de Algés, não vai faltar cerveja. É a terceira edição do Beerfest, que conta ainda com jogos tradicionais e gastronomia típicos da cultura alemã, além de música ao vivo. A entrada é livre. Entre os dias 3 e 6 de Outubro, terá oportunidade de degustar alguns pratos da cozinha alemã, onde estão incluídas opções vegetarianas e vegan. Destaque para o pernil, a salsicha e o cachorro alemão, o bretzel, o strudel de maçã ou os brigadeiros de rum. Como acompanhamento, terá a cerveja Super Bock, a oficial do evento. Nesta 3.ª edição do Beerfest, a animação está a cargo dos “Uzápressão”. E já desafios anunciados: “Aguenta a caneca”, o “Funky chicken dance” e o “Acerta na garrafa”. Mercado de Algés, Lisboa. 3-6 Out. Qui 12.00-00.00, Sex-Sáb 12.00-02.00, Dom 12.00.00. Entrada livre 🌍 Time Out Index Survey: como está a vida na sua cidade? Responda aqui + Iminente leva arte e música aos jardins do Palácio Pimenta
Príncipe Real é um dos bairros mais cool do mundo
Está fechado o ranking dos 38 bairros mais cool do mundo. Em conjunto com milhares de leitores e residentes, os jornalistas e especialistas locais da Time Out espalhados pelo globo escolheram Notre-Dame-du-Mont, em Marselha, para o topo da lista deste ano. Lisboa figura na oitava posição, com o Príncipe Real, e o Porto ocupa o 30.º lugar, com o Bonfim. Esta não é a primeira vez que o Príncipe Real brilha nesta lista global da Time Out. Estávamos em 2018 quando apontámos o bairro como o mais cool de Lisboa. Seis anos depois, aqui estamos novamente, prova de como esta zona da cidade continua única, adaptando-se à mudança, sem nunca perder a identidade. Mantém um charme clássico, bem lisboeta, mas tem vindo a ganhar cada vez mais uma vibe contemporânea e cosmopolita. Inevitavelmente, todos acabamos por lá ir parar – ou, pelo menos, assim o desejamos. Note-se, especialmente, o que está a acontecer na Praça das Flores, onde, por estes dias, todo o bairro parece ancorar. Há vida de manhã à noite, embora de formas muito diferentes. Se durante o dia o ritmo é um, ao final da tarde as esplanadas e os bancos do jardim enchem-se e sente-se, acima de tudo, uma boa onda. Gabriell Vieira Se é verdade que muita desta movimentação acontece à boleia da gentrificação e de uma comunidade estrangeira residente cada vez maior, é igualmente certo que as portas que outrora estavam fechadas são hoje casa de novos negócios. Só nos últimos meses abriu aqui a gelataria artesanal Giola, o mexicano Can
A reinvenção do chef Kiko Martins
Artigo originalmente publicado na edição de Verão 2024 da Time Out Lisboa Mudar de rumo – ou dar simplesmente uns passos atrás –, quando tudo parece correr bem, pode ser uma decisão arriscada, mas também de sobrevivência. Se Francisco Martins, ou Kiko, nada fizesse, os restaurantes que tem de portas abertas – O Talho, a Cevicheria, O Poke, O Boteco e o Las Dos Manos – continuariam seguramente a ter sucesso e o chef continuaria a ter a presença mediática que lhe conhecemos, mas, ao fim de tanto tempo, há mais caminhos para explorar – e até por provar. Aos 45 anos, o chef voltou para a cozinha a tempo inteiro, apurou a carta d’A Cevicheria, acaba de abrir em Campo de Ourique o LeBleu, um restaurante onde se mostra de forma mais depurada, e prepara-se ainda para abrir aquele que será o mais ambicioso dos seus projectos, um restaurante de fine dining a apontar às estrelas. “Eu quero ir jogar na primeira liga, quero criar um projecto para estar no mais alto nível”, diz-nos. Quem o ouve falar, sente a energia renovada. É fácil perceber que há um novo capítulo a iniciar-se na história de Kiko. E isso não significa uma ruptura com o passado, faz questão de frisar. “Nem diria que é uma mudança de linha”, afirma. “Estas frases de grandes rupturas com o passado só fazem sentido se o passado for mau, mas o meu passado não é mau. Estou super-contente com o meu passado, já fechei restaurantes, como muita gente, aprendi muito com os meus erros e acho que das coisas melhores da vida foi ter
Chefs on Fire returns in 2025, but only for two days
The smell of smoke hasn't faded, the photos are yet to be fully shared, and the digestion of so many delicious dishes is still underway - and yet, the 2025 edition of Chefs on Fire has already been announced. The gastronomic festival dedicated to fire cooking returns to a two-day format, scheduled for the 20th and 21st of September in Cascais. In the last two editions (2023 and 2024) Gonçalo Castel-Branco's festival had three days, always at Fiartil, but next year it will have two days again, possibly due to the various expansions Chefs on Fire has experienced. This year alone, there were pop-ups in Santarém and Aveiro, with a Madrid edition coming up on the 5th and 6th of October and another pop-up in Foz Côa (19th and 20th of October). Tickets for 2025 are now on sale, available at promotional prices for a limited time: €200 for two days (15 dishes and ten drinks) and €75 for one day (five dishes and two drinks). This year’s festival boasted an impressive line-up, featuring renowned chefs like João Sá (Sála), Rodrigo Castelo (Ó Balcão), Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz), Pedro Pena Bastos (Cura), and Vítor Matos (Antiqvvm, 2Monkeys). Also showcasing their talents were João Magalhães Correia (Bar Alimentar, Trickys), David Jesus (Mapa), Vítor Adão (Plano), Zé Paulo Rocha, the entire team from Velho Eurico, Leonor Godinho (A Vida de Tasca), and Louise Bourrat (Boubou’s). As for the concerts, Chefs on Fire came to an end with Bárbara Tinoco and Buba Espinho