Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa

Articles (261)

Do cinema à gastronomia, estes são os rostos da Lisboa Negra

Do cinema à gastronomia, estes são os rostos da Lisboa Negra

Lisboa é de todos aqueles que a fazem e de todos aqueles que a vivem. É sítio de convergência, encontro, mistura e simbiose entre pessoas de culturas e lugares diferentes e que aqui encontram espaço para serem tudo aquilo a que aspiram. Durante os últimos quatro anos, contámos as histórias de vários elementos da comunidade negra e demos-lhes espaço para que partilhassem a sua visão da cidade e do mundo. São do teatro, do cinema, da música, da moda, da gastronomia e do desporto. São a nossa Lisboa negra. Recomendado: 25 coisas incríveis para fazer em Lisboa (para moradores e turistas)   
As melhores esplanadas em Lisboa

As melhores esplanadas em Lisboa

Numa cidade que se faz maioritariamente de sol, é normal que não faltem esplanadas. Olhemos à volta e apreciemos a quantidade de lugares sentados ao ar livre onde podemos beber um copo ou petiscar. Ainda assim, apontamos-lhe as melhores esplanadas em Lisboa para os dias de calor – ou até para os dias mais frios, afinal não há quiosque, restaurante ou bar que não se saiba precaver. Mais escondidas ou com mais animação, para refeições completas em família ou uns copos depois do trabalho, é nestas esplanadas que gostamos de estar. Recomendado: As melhores esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica
Os melhores restaurantes de peixe em Lisboa

Os melhores restaurantes de peixe em Lisboa

Restaurantes de peixe em Lisboa? A resposta mais imediata talvez aponte para as mesas à beira‑mar (em Cascais há várias), mas também no centro da cidade se come bom peixe fresco, na grelha ou no tacho. Seja em restaurantes em que as bancas se parecem às dos mercados, carregadas de peixes; seja nos mais tradicionais, em que o peixe também faz parte dos pratos do dia. Nestes restaurantes de peixe em Lisboa e nos arredores há boas esplanadas (algumas para comer mesmo com o pé na areia), mas acima de tudo peixe sempre fresco.  Recomendado: Os melhores restaurantes baratos em Lisboa  
Sete restaurantes em Campolide para comer e beber com agrado

Sete restaurantes em Campolide para comer e beber com agrado

Não é dos maiores bairros da cidade, mas nem por isso faltam opções para comer. Talvez não seja a escolha mais óbvia na altura de decidir onde reservar mesa, porém poderá sair surpreendido – nem boas esplanadas faltam por aqui. Campolide é casa de comida tradicional portuguesa, mas também há boas carnes e até aos pratos mais frescos e contemporâneos, sem nunca esquecer, obviamente, o frango assado (olá, Valenciana!). Nestes sete restaurantes em Campolide não vai sair desiludido. E o mais certo é querer voltar. Não se esqueça é de reservar. Sendo uma zona tão bem servida de transportes, o mais seguro é deixar o carro em casa. Recomendado: Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros
Os melhores restaurantes baratos em Lisboa

Os melhores restaurantes baratos em Lisboa

Não há como evitar o elefante na sala: está caro sair em Lisboa e comer fora já foi mais barato. São vários os motivos que explicam a subida de preços, mas a verdade é que fica cada vez mais difícil acompanhar. Felizmente, restam uns quantos achados que cumprem os requisitos quando o prato chega à mesa mas também quando chega a hora de pedir a conta. Entre tascas, petiscos e cozinha do mundo, a garantia é que nestes restaurantes baratos em Lisboa, a conta nunca vai sair pesada. São os melhores restaurantes para comer muito e pagar pouco. Em alguns até consegue fazer a festa por menos de dez euros (embora para essa categoria tenhamos mais algumas sugestões). Recomendado: Porque é que os restaurantes estão caros?  
O melhor da agenda na gastronomia

O melhor da agenda na gastronomia

Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e, para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa, eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos, festas que celebram a diversidade de sabores e prémios para o que de melhor se faz por cá. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
As melhores esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica

As melhores esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica

Há areais e marés para todos os gostos, destinos clássicos e paragens menos óbvias na Costa da Caparica, uma zona que tem vindo a crescer muito nos últimos anos. São 15 quilómetros de costa e muitas praias por onde escolher. Mas e na hora de matar a fome ou beber um copo? Fica perdido, sem saber para onde se virar e como distinguir os bons restaurantes das armadilhas para turistas e veraneantes? Estamos cá para ajudar. Reunimos 14 esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica, dos que o servem mesmo em cima da areia, aos que se afastam ligeiramente das ondas para servir brunches a qualquer hora do dia, peixe fresco, petiscos, sushi ou até boas pizzas. Recomendado: As melhores praias na Costa da Caparica
Os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa

Os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa

Do Minho ao Algarve, do interior ao litoral – não é preciso sair de Lisboa para experimentar os melhores sabores da cozinha portuguesa. Açordas, bacalhaus, rissóis e pataniscas. Entremeadas, croquetes, cozidos e empadões – o que não falta nestes restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa são especialidades do país inteiro. E temos de tudo, dos restaurantes com toalhas de papel e travessas de inox aos pratos criativos onde a tradição está, ainda assim, bem vincada. Verdade seja dita, é a melhor comida de conforto que alguém pode querer. Troque as fusões e a comida do mundo por um destes pratos com sabor a Portugal. Recomendado: 🍽️ Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Os melhores novos brunches em Lisboa

Os melhores novos brunches em Lisboa

Adivinha quem voltou? Não é que a moda tivesse alguma vez desaparecido, mas nos últimos tempos temos assistido à multiplicação de brunches nas suas variadas formas. São cada vez mais uma refeição para toda a hora e longe vão os tempos em que se resumiam a ovos e panquecas. Demos a volta ao mundo à volta da mesa do pequeno-almoço e estes foram os novos brunches em Lisboa que descobrimos. Dos lugares mais instagramáveis a pequenos segredos – ainda –, há uma dezena de novidades na cidade. O ideal, é escolher e reservar mesa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa
The 32 best restaurants in Lisbon

The 32 best restaurants in Lisbon

As well as having an endless number of things to do, museums to visit, bars to try, and fado music to weep along to (we’re drawing on personal experience here), Lisbon has a truly incredible food scene (one of the city’s restaurants even made our list of the world’s best steaks). And of course, there’s also Time Out Market Lisboa, where you’ll find some of the city’s most exciting dishes all under one roof.  Our team of local experts has compiled this list to give you an insider look into what’s really worth eating in Lisbon. It doesn’t matter if it’s an experimental Michelin-starred fine dining restaurant, a traditional seafood joint serving up classic dishes, an excellent pizzeria or a sensational sushi spot – if it’s exceptional, it’s on this list. Hungry? You soon will be…RECOMMENDED🫛 The best vegetarian restaurants in Lisbon⭐️ The best Michelin-starred restaurants in Lisbon🪩 The best clubs in Lisbon🛍️ The best shopping in Lisbon This guide was written by the editorial team at Time Out Lisbon. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines.
A prova superada de André Cruz

A prova superada de André Cruz

Chef ou cozinheiro?Eu sou cozinheiro e vou ser cozinheiro a vida toda, mas neste momento sou chef de cozinha porque ocupo essa posição. Mas, por exemplo, em casa sou cozinheiro, não sou chef [risos].  Actividade favorita quando não estás a cozinhar?Apicultura. O melhor prato tipicamente português?Há tantos e as pessoas lá fora conhecem tão poucos. Cabidela, cozida à portuguesa, peixe grelhado... Diria cabidela porque não sei se gosto mais de fazer ou de comer, mas tem que ser com galinha caseira. Livro de cozinha favorito?Cozinha Tradicional Portuguesa, da Maria de Lourdes Modesto. Sem dúvida. Se tiveres amigos de fora em Lisboa, onde é que os levas a jantar?A casa. O que é que não suportas comer?Iscas. Já provei todas. Há sempre alguém que diz: “É porque ainda não provaste a minha”. E eu faço o esforço e provo, mas é impossível. Não consigo. Acho que é trauma da escola. De resto, como tudo: miolos, rins, moelas... Para quem é que gostarias de cozinhar?Não tenho essa coisa. Olha, hoje vou cozinhar para uma pessoa que entra um bocadinho dentro da pergunta e que é o engenheiro Bento dos Santos. Era miúdo e andava nesta coisa de ser cozinheiro ou não, e ele tinha uns programas na RTP em que falava de produto. Falava do pão, do azeite, de variadíssimas coisas. O programa e a maneira como ele falava fascinavam-me. Mas nunca dei por mim a pensar, eh pá, gostava de cozinhar para esta pessoa. Se calhar um Alain Ducasse, gostava muito.  E o que prepararias?Pratos portugueses, sem dúvi
Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

No domingo, os brunches e almoços fartos, com folares e muitos ovos, não estão reservados a quem acredita em milagres. Apontamos-lhe as mesas que nem os ateus vão querer perder. Dos menus mais tradicionais, com cabrito, cordeiro ou borrego assado acabando nos folares, nos ovos e nas amêndoas, às reinterpretações mais livres, há várias opções, muitas delas perfeitas para um programa em família (com actividades também pensadas para os mais pequenos). Dê descanso à sua cozinha nesta quadra e escolha um destes cinco restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa.  Recomendado: Coisas para fazer no domingo de Páscoa em Lisboa

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Primeira gala do Guia Repsol Portugal

Primeira gala do Guia Repsol Portugal

O anúncio do regresso do Guia Repsol a Portugal foi feito em Espanha no ano passado e desde então que a marca se tem vindo a mostrar por cá, com as inspecções aos restaurantes a acontecer desde o Verão. O que é o Guia Repsol? É um mapa e guia gastronómico que nasceu em Espanha em 1979, quando a Internet não era ainda uma realidade, com o intuito de apontar os melhores restaurantes no país. Começou por se chamar La Guía del Viajero, também conhecido como Guía Campsa. Numa realidade bem distante da actual, sem redes sociais, trends e influencers, não tardou a que o Guia se destacasse, especialmente por desbravar caminhos até então desconhecidos num país tão diverso, premiando os restaurantes que mais se destacavam. Entre 2000 e 2007, a marca chegou a apostar em Portugal com uma edição própria, embora sem o mediatismo de Espanha. Depois disso, o Guia Repsol para Espanha ainda passou a incluir Portugal, mas só até 2015. Dez anos depois, a Repsol volta a apostar em Portugal, desta vez da mesma forma que faz em Espanha, com uma gala e um guia digital exclusivos.  Quando é que acontece a gala e que prémios são atribuídos? A primeira gala do Guia Repsol dedicada a Portugal está marcada já para o dia 7, segunda-feira, no Convento de São Francisco, em Santarém. Ao contrário do que costuma acontecer com grande parte das cerimónias de entrega de prémios, no dia da festa, os chefs e os restaurantes distinguidos saberão exactamente o que vão receber. É assim que acontece há anos em Espanha
Chefs On Fire

Chefs On Fire

O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo regressa à Fiartil, no Estoril, novamente para três dias de boa comida e concertos. Depois de Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, ter decidido apostar num dia extra no ano passado, o Chefs on Fire volta acontecer em dose tripla, de 20 a 22 de Setembro. Entre os chefs anunciados, destacam-se no cartaz aqueles que este ano brilharam na gala do Guia Michelin: Vítor Matos, que conquistou duas estrelas Michelin para o Antiqvvm e uma para o 2Monkeys; João Sá (uma estrela no Sála) e Rodrigo Castelo (uma estrela e estrela verde no Ó Balcão). Com uma estrela Michelin, estão também confirmados Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz) e Pedro Pena Bastos (Cura) – os três em estreia no festival onde todos os pratos preparados têm de passar pelo fogo. Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha são os cabeças de cartaz, encerrando, respectivamente, os três dias de evento. Bilhetes: quanto custam e onde comprar A entrada diária, que inclui cinco doses de comida e duas bebidas, tem o preço de 90€, enquanto bilhete para os três dias, com 15 doses de comida e 10 bebidas, custa 230€. O bilhete infantil custa 20€ por dia e inclui quatro doses de comida e bebidas ilimitadas na zona kids. Os bilhetes estão à venda online. Crianças até aos seis anos não pagam entrada. Quem cozinha o quê e quando Sexta-feira, dia 20 Mauricio Vale (Soi) Flatbread negro com leitão vietnamita e pickles de mexilhão fumado Luis Gaspar (Bri

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Café nunca é demais? Está aí a Lisbon Coffee Week

Café nunca é demais? Está aí a Lisbon Coffee Week

Lisboa é a cidade das bicas e do cafezinho a qualquer hora, mas também já é a cidade dos bons cafés de especialidade e isso é motivo de celebração na segunda edição da Lisbon Coffee Week. Até domingo, dia 25, multiplicam-se as provas guiadas, os workshops, as festas, as conversas e os encontros em cafés. Eis uma boa oportunidade para ficar a par do que de melhor se tem feito na área por cá.  A partida é dada esta segunda-feira no Liberty Café, em Santos, às 19.00 com um bingo que promete durar e animar noite dentro – a inscrição é gratuita e para acompanhar à um menu pensado para ocasião, vinho e café.  Com curadoria Tasteology, responsável também pela Porto Coffee Week e outras experiências à volta do café, a programação é vasta, pensada tanto para profissionais da área como para curiosos e apreciadores. Esta terça, por exemplo, há um workshop de bebidas de Verão com café e alternativas vegetais no Casa Casa Cafe, em Arroios – ainda há lugares e o custo de participação (30€) inclui a degustação das bebidas, bem como todo o material de apoio. Já na quarta, baristas e artistas são convidados a competir no Latte Art Throwdown. Afinal, quem é que domina a arte de desenhar com café? “Com 16 participantes a competir frente a frente num formato de eliminação directa, este campeonato desafia a consistência, a criatividade e o sangue-frio dos melhores artistas de latte do país”, lê-se na descrição do evento. “Ao longo de quatro rondas intensas, os concorrentes terão de replicar padrõ
Congresso de Cozinha abre-se ainda mais e põe a saúde no centro do debate

Congresso de Cozinha abre-se ainda mais e põe a saúde no centro do debate

Duas décadas depois de ter começado a olhar para a indústria, o Congresso de Cozinha está maior e mais aberto também. É um momento de diálogo e reflexão para todos os que trabalham na área da gastronomia e restauração, mas também de partilha entre todos os que se interessam por comida em todas as suas formas. Este ano, pela primeira vez, o evento acontece nos Jardins do Marquês, em Oeiras, nos dias 12 e 13 de Outubro. “Uma só saúde” é o tema escolhido.  “O Nirvana Studios [onde o Congresso tem acontecido] tem sido um sítio muito interessante, gostamos daquele contexto, mas agora vamos para os Jardins do Palácio Marquês de Pombal. Estamos muito expectantes e muito felizes. É um espaço histórico e ao ar livre que se alinha com o tema do evento”, disse Paulo Amado, fundador do Congresso e um dos grandes impulsionadores da gastronomia nacional, relevando que espera mais de 1700 pessoas por dia. Aberto ao público, mediante compra de bilhete (45€/um dia ou 65€/dois dias), são sempre muitas as conversas, onde há sempre espaço para diálogo com o público, com chefs portugueses e internacionais. Confirmados estão já nomes como Pablo Jesús Rivero, do Don Julio, em Buenos Aires, considerado no ano passado o melhor restaurante da América Latina pelo 50 Best Restaurants, além de Rodrigo Castelo (Ó Balcão, uma estrela Michelin e uma estrela verde), Diogo Formiga (Encanto, uma estrela Michelin e uma estrela verde), Louise Bourrat (Boubou’s), Pedro Pena Bastos, Lara Espírito Santo e George Mc
Depois das estrelas, as chaves. Portugal tem 55 hotéis com chaves Michelin

Depois das estrelas, as chaves. Portugal tem 55 hotéis com chaves Michelin

Dois anos depois de a Michelin ter apostado em Portugal, com o apoio do Turismo de Portugal, para que o país passasse a ter a sua própria gala para as estrelas Michelin na restauração, chegou a vez de também os hotéis nacionais serem premiados – e desta vez não ficaram por entregar as distinções máximas, nem os Açores foram deixados de fora. As três chaves, que apontam a excelência e hotéis verdadeiramente únicos no mundo, foram entregues ao Vila Vita Parc, em Porches, e ao Penha Longa, em Sintra. Portugal tem ainda 13 hotéis com duas chaves, entre os quais o Ritz, em Lisboa, ou o Six Senses Douro Valley, em Lamego, e 40 com uma chave. Matthew Shaw “Os restaurantes são destinos, mas o que acontece antes ou depois da refeição? Dormimos em algum lado”, começa por contextualizar Elizabeth Boucher, directora de relações externas do Guia Michelin, numa pequena cerimónia que aconteceu esta quinta-feira no MAAT, explicando que o Guia Michelin quer ajudar-nos a “encontrar o sítio perfeito para dormir”. “Queremos fazer o que fazemos melhor, combinando os melhores lugares para ficar e para comer.” À semelhança dos restaurantes, também os hotéis são visitados por inspectores da Michelin, anónimos e especializados. “Alguns são especialistas em restaurantes e outros em hotéis, alguns em ambos”, atesta a francesa Elizabeth Boucher. Sobre as distinções, a responsável do guia admite, entre risos: “Não fomos muito criativos aqui. Temos uma, duas e três chaves”. “Podíamos ser mais inovadores
Kureiji: uma taberna japonesa com groove e boa comida

Kureiji: uma taberna japonesa com groove e boa comida

Boa comida, boa música e bom ambiente. A receita não é nova, apesar de nem sempre funcionar, tantas vezes por se cortar em algum lado. No novo Kureiji, porém, parece estar tudo alinhado. Atrás do balcão – e é o balcão o centro de tudo, tal como numa taberna japonesa –, está João Francisco Duarte. Quem o viu no Soão, como o sócio Diogo Esteves o viu tantas vezes, percebe que o chef está como um peixe na água. O izakaya, no Cais Sodré, só abriu depois de uma viagem dos dois ao Japão, tal é o investimento da dupla em provar que o Kureiji não é só mais um restaurante japonês em Lisboa. Rita ChantreDiogo Esteves e João Francisco Duarte Pouco antes das 20.00, num dia de semana, existe rebuliço. A música dá o tom e os lugares vão ficando ocupados em menos de nada. Tem sido assim desde que abriram no final de Fevereiro no lugar do comobå, actualmente na Rua da Boavista, não muito longe daqui. O contraste é absoluto. O brunch e a calmaria matinal deram lugar à agitação nocturna e aos petiscos japoneses, sushi e sashimi incluídos.  A ideia partiu de Diogo Esteves, que já tinha sido sócio do Izakaya de Tiago Penão em Cascais. “Eu andava à procura de um espaço aqui no Cais do Sodré porque sabia que queria vir para Lisboa e o dono do comobå disse-me para vir ao Independente conhecer os donos porque eles não sabiam o que fazer aqui”, conta Diogo, revelando que todo o food and beverage do hotel é agora da sua responsabilidade, começando desde logo pelos pequenos-almoços. É por isso, expli
A Lota Sea & Fire fechou. Novo restaurante abre ainda este ano

A Lota Sea & Fire fechou. Novo restaurante abre ainda este ano

Depois de algumas mudanças ao conceito inicial, o grupo Paradigma, que detém restaurantes como o Canalha ou o Ofício, decidiu fechar a Lota Sea & Fire, inicialmente baptizada como Lota d’Ávila. No mesmo espaço, nascerá um novo projecto. “Basicamente, a Lota foi um conceito que começou pensado de uma forma, com um chef, que era o Vasco Lello, e que acabou por não correr como se pretendia”, começa por dizer à Time Out Diogo Figueiredo, fundador e CEO do grupo Paradigma Creative and Hospitality Group.  O restaurante tinha aberto em 2022 no lugar do extinto Rabo d’Pêxe e posicionava-se como uma marisqueira moderna, mas depressa se percebeu que o caminho não seria por ali (e não apenas devido à saída do chef Vasco Lello, pouco tempo após a abertura). No ano passado, ainda se tentou alterar o nome e o conceito, seguindo um pouco da receita de sucesso do Ofício, de Hugo Candeias, não se revelando suficiente. “Houve esse momento, mas não deixando de ser Lota”, aponta. O objectivo agora é fazer nascer um novo restaurante. Francisco Romão Pereira Diogo Figueiredo explica que tal só não foi possível fazer até agora porque foi necessário “priorizar outras aberturas”. “Ficou em autopilot, antes de nos debruçarmos a sério sobre isso, O objectivo desde o início era reformular, pensar tudo de raiz. É o que estamos agora a fazer”, acrescenta. “Só agora é que conseguimos ter tempo efectivamente para nos dedicarmos ao espaço como ele merece porque é um espaço bom, no centro da cidade.” Sobre
Depois do MasterChef, Pedro Almeida lança-se em jantares pop-up pelo país

Depois do MasterChef, Pedro Almeida lança-se em jantares pop-up pelo país

Chegou ao concurso da RTP1 inscrito por uma amiga quando a cozinha era ainda só uma forma de receber em casa e, semana após semana, acabou por se revelar um dos favoritos do MasterChef Portugal. Pedro Almeida acabou em segundo lugar numa final bem renhida com Maria Inês. A semanas de voar para San Sebastián, para o curso no Basque Culinary Center, lançou o Bizarro, uma série de jantares pop-up. O próximo acontece já neste sábado, dia 10, no Clube Lusitano, na Penha de França. Há ainda planos para o Algarve e para o Porto. Três meses depois de o programa ter terminado (na televisão porque as gravações acabaram bem antes), Pedro não esconde ainda as suas hesitações. “Estou um bocadinho no limbo”, diz à Time Out. “Se vamos longe lá dentro, depois quando saímos ficamos na dúvida sobre o que fazer a seguir, se devemos ou não mudar de área”, continua, lembrando sempre ter trabalhado como designer. “O que eu fazia de cozinha, fazia sempre em casa, nunca pensei sequer entrar num programa de televisão, de todo.” No MasterChef, porém, não passou despercebido e não lhe faltaram elogios dos três chefs mentores – Rui Paula, Pedro Pena Bastos e Juliana Penteado. “No design, não há um feedback imediato. Ou seja, nós fazemos uma coisa e apresentamos ao cliente, que diz se gosta ou não. Recebemos o ok e no fim vai para a rua e não sabemos mais nada. A cozinha traz-me aquilo que eu realmente passei a gostar e a admirar, que é o facto de haver um reconhecimento imediato, as pessoas provam e diz
Tascando: está de volta o concurso que vai eleger as melhores tascas em Lisboa e no Porto

Tascando: está de volta o concurso que vai eleger as melhores tascas em Lisboa e no Porto

Depois de uma primeira edição que encheu de cor algumas tascas de Lisboa e do Porto, o Tascando, um concurso que começou no Brasil há mais de duas décadas com o nome “Comida di Buteco" – vai ter uma segunda edição a arrancar já nesta sexta-feira, dia 9. O número de tascas em competição duplicou. A premissa é simples: cada tasca a concurso propõe um prato que seja amostra do restaurante e os clientes no fim da refeição votam num formulário simples, que pede também a avaliação do ambiente, do espaço e até da temperatura da bebida servida. A maior ponderação, porém, está mesmo no prato. No ano passado, curiosamente, as melhores tascas ficaram todas no Porto, ficando em primeiro lugar a Adega S. Pedro, em Campanhã, com uns ovos rotos.  Seguiram-se a Casa Pereira (com iscas de fígado) e a Tasquinha Rebelo (com bacalhau à Gomes de Sá), em segundo e terceiro lugar, respectivamente. A Tasquinha dos Guindais, ainda no Porto e com umas sardinhas assadas com salada, ficou em quarto lugar e só então é que Lisboa aparece com a Imperial de Campo de Ourique, que serviu uma chanfana.  “Na edição do ano passado, tivemos nove mil votos, dá cerca de 200 votos por tasca”, revela numa apresentação à imprensa Miguel Moreira, coordenador do concurso, contando que na edição que agora arranca o número de restaurantes duplicou nas duas cidades, provando o que defende ser o sucesso da iniciativa.  Na luta pelo título de melhor tasca está, assim, 40 restaurantes em Lisboa e 40 no Porto, quase nenhum rep
Grupo espanhol Rodilla compra A Padaria Portuguesa

Grupo espanhol Rodilla compra A Padaria Portuguesa

A venda da cadeia de pastelarias, cuja primeira loja abriu em 2010, na Avenida João XXI, foi notícia em Dezembro. Cinco meses depois, a Lusa avança que A Padaria Portuguesa foi comprada pelos espanhóis do grupo Rodilla, num negócio cujos valores não foram revelados. Falta agora a aprovação da Autoridade da Concorrência. Em comunicado, citado pela Lusa, informa-se que “o Grupo Rodilla irá implementar um plano de crescimento para a cadeia portuguesa, com o objectivo de reforçar o seu carácter português e impulsionar a sua expansão internacional”. De recordar que A Padaria Portuguesa era, até agora, uma empresa familiar detida a 100% por Nuno Carvalho (CEO) e José Diogo Quintela (humorista, ex-Gato Fedorento). Actualmente, a marca conta com 84 lojas em Portugal, apenas seis a norte (cinco no Porto e uma em Matosinhos) e as restantes na Grande Lisboa. Conta ainda com duas fábricas de produção própria. Dos planos até 2028, estava previsto a abertura de mais quatro dezenas de lojas, criando 600 postos de trabalho. Na mesma nota de imprensa, citada pela agência Lusa, o grupo espanhol escreve que “irá concentrar-se em assegurar um período de transição cuidado, mantendo o foco na gestão das equipas e nas operações diárias da empresa”. A história do grupo remonta a 1939 quando Antonio Rodilla decidiu apostar num negócio de sandes em Madrid. Em 1972, abria os primeiros restaurantes e em 1995 a primeira franquia. Actualmente, o grupo detém mais de 150 restaurantes.   No site da Padaria P
No SEM, jantares com chefs internacionais cruzam cozinha e activismo

No SEM, jantares com chefs internacionais cruzam cozinha e activismo

Cozinhar também pode ser uma forma de activismo e a prova disso é o trabalho que Lara Espírito Santo e George McLeod têm vindo a desenvolver no SEM. Em Alfama, perto das Portas do Sol, no epicentro do turismo, a única pressão a que cedem é àquela que a sua consciencialização ambiental e política exerce. E é por isso que na hora de organizarem uma série de jantares especiais com chefs convidados continuam sem se desviarem do caminho. A partir de domingo e durante os próximos meses, virão a Lisboa os chefs Chantelle Nicholson, Matt Orlando, Doug McMaster e Johnny Drain para uma partilha especial na cozinha e menus irrepetíveis.  São colaborações que acabam por ser também um manifesto: pela sustentabilidade, pela criatividade consciente, por uma cozinha criativa, evolutiva e regenerativa, contra o desperdício e os modelos estabelecidos. O primeiro jantar acontece já neste domingo, dia 11, com a neozelandesa – nacionalidade também de George – Chantelle Nicholson, chef do Apricity, restaurante com uma estrela verde no Guia Michelin em Londres. Photograph: Jess Hand Conhecida por defender uma indústria mais justa e harmoniosa e por desenvolver um trabalho que combate o desperdício alimentar, promovendo uma cozinha assente nos vegetais, a chef partilhará um menu de nove pratos (95€). Os lugares, já se sabe, são limitados. A 1 de Junho, o convidado do SEM será o chef norte-americano Matt Orlando, conhecido pelo trabalho que desenvolveu nos últimos anos à frente do Amass, em Copenha
Bibs: o café de bairro que Leonor Godinho transformou (sem o mudar) numa casa de sandes

Bibs: o café de bairro que Leonor Godinho transformou (sem o mudar) numa casa de sandes

Era um típico café de bairro, com pães de deus e bolos de arroz nas vitrines, leites de chocolate e sumos alinhados, de seu nome Apolo XI, até que os seus proprietários decidiram que estava na altura da reforma. Na mesma altura, Leonor Godinho procurava um espaço para trazer de volta a sandes de pastrami que tanto sucesso fez quando chefiava a Musa da Bica. Calha que a chef conhecia o espaço e a família e a transição acabou por acontecer de forma rápida, natural e, mais do que isso, sem grandes mudanças no espaço, tal como já tinha feito na Vida de Tasca, em Alvalade. A Bibs abriu em Abril e já tem sido motivo de falatório. Rita Chantre “Eu quando descobri [o sítio para] a Vida de Tasca, na verdade, estava à procura de um espaço para a minha sandes de pastrami”, começa por contar Leonor Godinho, referindo-se ao restaurante que abriu no ano passado em Alvalade no lugar da antiga Casa Alberto. O nome é indicativo do que é: uma tasca para todos os dias com pratos a mudar diariamente, seguindo exactamente o mesmo espírito da vida anterior. “Descobri que estava à venda e recusei-me a transformar aquilo num espaço diferente”, revela. “Na altura, andava mesmo com imobiliárias ao barulho, até que um amigo disse-me que os tios iam sair aqui do café.” Rita Chantre O café fica numa esquina em Santos-O-Velho e, à primeira vista, nada mudou, nem mesmo as vitrines com a pastelaria tradicional (1,50€) ou o habitual leite de chocolate. “Este espaço é fantástico. Eu já conhecia e adorava,
At Parque Marechal Carmona, Chefs on Fire gains space for naps and swims

At Parque Marechal Carmona, Chefs on Fire gains space for naps and swims

The need to grow without losing its intimate vibe had been felt for some time, as Chefs on Fire gained more recognition and occupied an increasing space at Fiartil – the Estoril Handicraft Fair. Seven years later, the change is happening, and for September, on the 20th and 21st, a "Chefs on Fire 2.0" is already on the horizon. At Parque Marechal Carmona, the chefs will be more spread out, there will be new relaxation areas, direct access to Santa Marta beach, and new stages – one for industry-related talks in partnership with the Congress of Cooking, curated by Paulo Amado, another dedicated to artisans with curatorship by Vânia Rodrigues from the Matéria Project, and a third for photography, led by Arlindo Camacho. It will be a new Chefs on Fire, but its founder, Gonçalo Castel-Branco, assures that it won’t be drastically different. “Anyone who has followed this journey over the years will come to the same conclusion I did: we had outgrown that space. We were already spilling into the street in front, using the Congress Centre, and becoming bad neighbours,” explained Gonçalo at a casual lunch with the participating chefs, press, and partners. “Chefs on Fire had become too big for the place it was in,” he continued, assuring that steps are being taken to ensure the festival doesn’t turn into something else. The goal, he pointed out, is to “keep the same feeling everyone knows from Chefs on Fire,” meaning it will remain “a gathering of friends.” Arlei LimaGonçalo Castel-Branc
No Parque Marechal Carmona, o Chefs on Fire ganha espaço para sestas e mergulhos

No Parque Marechal Carmona, o Chefs on Fire ganha espaço para sestas e mergulhos

A necessidade de crescer, sem que se perdesse a intimidade, existia há algum tempo, à medida que o Chefs on Fire foi ganhando notoriedade e ocupando cada vez mais espaço na Fiartil – Feira de Artesanato do Estoril. Sete anos depois, a mudança acontece, e para Setembro, nos dias 20 e 21, antecipa-se já um “Chefs on Fire 2.0”. No Parque Marechal Carmona, os chefs estarão mais espaçados, haverá novas zonas de descanso, um acesso directo à praia de Santa de Marta, além de novos palcos – um para conversas viradas para a indústria em parceria com o Congresso de Cozinha e curadoria de Paulo Amado, outro dedicado aos artesãos com curadoria de Vânia Rodrigues, do Projecto Matéria, e mais um dedicado à fotografia, com orientação de Arlindo Camacho. Será um novo Chefs on Fire, mas Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, garante que não será assim tão diferente.  “Quem acompanhou este trajecto nos últimos anos vai chegar à mesma conclusão que eu, de que já tínhamos crescido demasiado para aquele espaço. Já estávamos a consumir a rua da frente, já íamos ao Centro de Congressos, já estávamos a ser maus vizinhos”, explicou Gonçalo, num almoço descontraído com os chefs participantes na edição deste ano, imprensa e parceiros. “O Chefs on Fire tornou-se um festival grande demais para o sítio onde estava”, continuou, garantindo que estão a ser dados os passos necessários para que o festival gastronómico não se torne noutra coisa. O objectivo, apontou, é “manter o feeling que todos conhecem do Ch