Desde que se juntou à equipa da Time Out Lisboa, em 2009, Luís Filipe Rodrigues editou as páginas de Noite, Música e Filmes, e assinou artigos em todas as restantes. Estudou cinema, fez rádio, leva o dia a ouvir música e ainda passa um discos de vez em quando.
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Oktober Festa e outros concertos a não perder em Lisboa esta semana
Todas as semanas, quase todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda. Siga as nossas dicas e sugestões. Não se vai arrepender. Recomendado: Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa
Nick Cave e outros concertos em Lisboa em Outubro
É aquela altura do ano em que as temperaturas começam a baixar, as folhas desatam a cair e os concertos se sucedem. O Verão que nos perdoe, mas nada se compara a ver uns concertos em Lisboa em Outubro (e no resto do Outono). De preferência, dentro de uma boa sala. E com melhores músicos em palco. Como Nick Cave & The Bad Seeds. Ou o trio Pulverize The Sound, de Peter Evans. Ou a luminária Mabe Fratti. Mas também portugueses como Samuel Úria, José Pinhal Post Mortem Experience, os Moonspell ou os Pop Dell'Arte, a tocarem o clássico de 1987, Free Pop, de fio a pavio. Recomendado: Coisas para fazer em Lisboa este mês
Programa das festas para Outubro em Lisboa
O que não falta em Lisboa são sítios para dançar até o sol nascer. Antes disso, pode sempre aquecer os ânimos num bonito bar lisboeta, explorar tudo o que é novidade ou quem sabe fazer um aquecimento caseiro com os vinis recentemente adquiridos. O programa das festas para este mês de Outubro vai da noite ao dia e vice-versa, com festas que apelam aos amantes das electrónicas, mas não só. O importante é sair, aproveitar a noite na cidade. E beber muita água, se não quiser acordar de rastos no dia a seguir. Recomendado: MIL e outros concertos em Lisboa em Setembro
MIL e outros concertos em Lisboa em Setembro
Setembro é um mês muito peculiar. Por um lado, queimam-se os últimos cartuchos do Verão. Por outro, é a altura da rentrée, dos regressos às rotinas e aos palcos. O que se traduz numa agenda musical recheada de concertos. O mês começa com o primeiro de dois concertos de Ney Matogrosso em Lisboa e o regresso da Festa do Avante! e continua forte, com concertos de The Tallest Man on Earth, Ben Frost ou Rodrigo Amarante. Mais perto do fim do mês há ainda festivais como o Ano Q, o MIL, o Caixa Alfama. Estes são os concertos a não perder em Lisboa em Setembro. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana
Os melhores concertos que vimos nos festivais deste Verão
O Verão está a chegar ao fim. Está bem que os festivais não acabam com ele (há cerca de duas dezenas no Outono), mas o ritmo vai abrandar e o mediatismo e quantidade de nomes confirmados começa finalmente a diminuir. E, já com o Luna Fest, o Festival F e a Festa do Avante! no retrovisor, a equipa da Time Out Portugal decidiu fazer o balanço dos melhores concertos que viu ao longo destes três meses. Entre centenas de bandas e artistas ouvidos, de norte a sul do país, em pequenos e grandes festivais, estes destacaram-se. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa no que resta de 2024
LCD Soundsystem e mais concertos a não perder no MEO Kalorama
O último grande festival de Verão europeu realiza-se em Lisboa pelo terceiro ano consecutivo, entre quinta-feira, 29 de Agosto, e sábado, 31. Dezenas de artistas vão passar pelo Parque da Bela Vista no final do mês, e não vai dar para ver tudo. E a Time Out está aqui para o ajudar a decidir o que vale mesmo a pena ver ao vivo. Dos cabeças de cartaz Massive Attack, LCD Soundsystem e Burna Boy aos artistas portugueses que merecem mais o nosso tempo e atenção do que a maior parte dos estrangeiros (mesmo que os cachês não o reflictam), passando por cartas fora do baralho como DJ Python, estas são as actuações a não perder no MEO Kalorama. Recomendado: Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa
Dez concertos a não perder no Vodafone Paredes de Coura
O icónico festival minhoto é um dos mais belos do país. E, passadas três décadas, mantém-se fiel às suas origens, apostando sobretudo – mas não só – na música de guitarras e de corte alternativo. Entre 14 e 17 de Agosto, velhos figurões indie como Sleater-Kinney (15), Cat Power (16) Slowdive, Superchunk e The Jesus and Mary Chain (todos a 17) vão cruzar-se, em Paredes de Coura, com novos e genuínos talentos, como Bar Italia, Hotline TNT ou Wednesday, entre outros. Mas há também um par de colossos do hip-hop chamados Killer Mike e André 3000 (que vai tocar o álbum New Blue Sun, no primeiro dia desta edição) no cartaz. E uns quantos DJs e produtores de electrónica, para prolongar a festa pela noite dentro. Eis os concertos a não perder. Recomendado: Dez coisas para fazer em Paredes de Coura para lá do festival
‘Star Wars Outlaws’ e outros videojogos que vão marcar este Verão
O Verão trouxe consigo um dos videojogos mais aguardados do ano. Ou melhor, a expansão mais aguardada do ano: Elden Ring – Shadow of the Erdtree, disponível desde 21 de Junho. Desde então, mais nenhum lançamento fez correr tanta tinta. Tivemos umas quantas boas surpresas em Julho – como The Legend of Heroes: Trails Through Daybreak ou Dungeons of Hinterberg – mas nada com o mesmo mediatismo que o título da FromSofware. Só vamos voltar a ver algo parecido no final do mês, quando a Ubisoft editar ‘Star Wars Outlaws’, a sua grande aposta para 2024; a que se vai seguir, nem duas semanas depois, Astro Bot, o próximo exclusivo da PlayStation 5, desenvolvido pelo Team Asobi. São os jogos de vídeo que vão marcar este Verão. Recomendado: Os videojogos estão a tentar ser mais inclusivos. O Access prova-o
MEO Kalorama e outros concertos em Lisboa em Agosto
Entra Agosto e a oferta cultural em Lisboa definha, com a população autóctone refugiada no Algarve e noutras paragens. A música ao vivo também não abunda, apesar de haver uns quantos espectáculos que valem a pena, de talentos locais mas não só; em festivais citadinos e fora deles. Do mediático rapper Travis Scott aos grandes nomes internacionais convocados para o Jazz em Agosto e outras propostas pontuais, como as actuações dos norte-americanos Snõõper e Sheer Mag na Zé dos Bois, estes são os concertos a não perder em Lisboa em Agosto. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana
Cervejas há muitas: os principais estilos e tipos de cerveja artesanal
Cervejas há muitas. Há milhares de marcas e receitas espalhadas pelo mundo, e só os estilos e tipos de cerveja são mais de 100, uns com pequenas e outros com enormes diferenças entre si. Seria ingrato, e em última análise inconsequente, estar aqui a enumerá-los todos, mas é preciso separar o trigo do joio. Ou da cevada. Basicamente, há duas grandes famílias de cerveja: as ales, de alta fermentação, que usam determinadas leveduras (como Saccharomyces cerevisiae), e as lagers, de baixa fermentação, que usam outras leveduras (normalmente Saccharomyces pastorianus) – no entanto, há ales que usam leveduras de lagers e vice-versa. E ainda há cervejas de fermentação espontânea, como as lambics, que não se inserem em nenhuma das duas categorias. Confuso? Continue a ler que já passa. Recomendado: As melhores esplanadas em Lisboa
Os melhores sítios para beber cerveja artesanal em Lisboa
A cerveja artesanal demorou a impor-se em Lisboa, mas hoje já não vivemos sem ela. E cada vez menos gente encara o consumo como uma moda, mas antes como uma evolução natural da nossa relação com a cerveja. Não é por acaso que cada vez mais negócios têm pelo menos uma marca e duas ou três variedades de cerveja artesanal por onde escolher. E depois há os sítios especializados, onde as pessoas vão quando querem mesmo provar um bom néctar de cevada. Desde restaurantes a brewpubs, bares ou lojas, estes são os melhores sítios para beber cerveja artesanal. Recomendado: Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer
Karol G e outros concertos em Lisboa em Julho
Há muitos festivais a lutarem pela nossa atenção durante o mês de Julho – na cidade, mas não só. Os maiores trazem veteranos de peso e artistas emergentes a Lisboa e arredores, dos Pearl Jam ao rapper 21 Savage, passando pelos Air e Patti Smith. Mas também há grandes espectáculos em nome próprio, incluindo um par de datas de Karol G, uma das mais populares cantoras do reggaetón e da música urbana latina de agora, na MEO Arena. Para quem não gosta de confusões, há concertos mais pequenos, como a reunião de Cansei de Ser Sexy no Lisboa Ao Vivo. É só escolher. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana
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MEO Kalorama
O último grande festival do Verão europeu tem argumentos de peso para nos levar ao Parque da Bela Vista pelo terceiro ano consecutivo. A começar pelos reunidos LCD Soundsystem e a adição de The Postal Service + Death Cab For Cutie, dois projectos de Ben Gibbard, que estão a comemorar os 20 anos de um par de clássicos indie. Não chega? Massive Attack, Sam Smith, Filipe Sambado, Glockenwise, The Kills, Jungle, Ana Moura, Yves Tumor, Soulwax e mais 40 bandas e artistas também vão passar pelo antigo recinto do Rock in Rio Lisboa entre quinta-feira, 29, e sábado, 31. Os horários dos concertos 29 de Agosto Palco MEO17.15 Mulleca XIII18.25 Ana Lua Caiano20.15 Massive Attack23.10 Sam Smith Palco San Miguel17.40 Monobloc19.10 Gossip22.00 Loyle Carner00.40 Peggy Gou Palco Lisboa18.00 Filipe Catto19.25 Vagabon22.00 Jalen Ngonda00.45 Filipe Sambado Palco Panorama17.00 Yizhaq19.00 Ketiov21.00 Kiddy Smile23.30 Cheriii 30 de Agosto Palco MEO17.00 Vilson18.35 Olivia Dean20.45 Jungle00.00 LCD Soundsystem Palco San Miguel17.45 Emmy Curl19.40 The Kills22.05 The Postal Service + Death Cab For Cutie01.35 Folamour (A/V) Palco Lisboa17.00 Unsafe Space Garden18.20 Glockenwise20.00 English Teacher23.00 Nation of Language00.30 Ezra Collective Palco Panorama17.00 Noia19.30 Merve22.00 CC:DISCO!00.30 Cormac 31 de Agosto Palco MEO17.00 Br!sa18.00 Cláudia Pascoal19.45 Ana Moura22.00 Raye00.30 Burna Boy Palco San Miguel17.15 Fabiana Palladino18.50 Luiza Lian20.55 dEUS23.30 Overmono01.50 Soulwax Palco Lisboa
CA Vilar de Mouros
Durante muito tempo, os Queens of the Stone Age foram os únicos artistas confirmados para este CA Vilar de Mouros. Contudo, a menos de um mês do concerto, foram forçados a cancelar a viagem, por motivos de saúde. Entretanto, já havia mais algumas confirmações, todavia a organização ficou sem o seu principal trunfo – e sem tempo para arranjar substitutos à altura. Ainda assim, o mais antigo festival de Verão português resiste. O primeiro dia, 21, originalmente reservado para a banda de Josh Homme, tem agora um cartaz exclusivamente português e entrada livre. Amália Hoje, Delfins, GNR, The Legendary Tigerman e Fogo Frio são os músicos arregimentados. Nos três dias seguintes, passarão pelo festival grupos como The Cult, Soulfly (22), Die Antwoord, Crystal Fighters (23), The Darkness e The Libertines (24), entre outros. O cartaz completo 21 de AgostoAmália HojeDelfinsGNRThe Legendary TigermanFogo Frio 22 de AgostoThe CultXutos & PontapésSoulflyMoonspellRamp 23 de AgostoDie AntwoordOrnatos VioletaCrystal FightersCapitão FaustoSulfur Giant 24 de AgostoThe DarknessThe LibertinesThe WaterboysDavid FonsecaVapors of Morphine Ainda há bilhetes? Quanto custam? Ainda há bilhetes para todos os dias. Os ingressos diários custam 50€, enquanto o passe geral, que dá acesso aos quatro dias do festival e ao campismo, custa 95€. A que horas abrem as portas do recinto? Se precisa mesmo de saber, às 16.00. Mas, se chegar no pico do calor, hidrate-se. Há objectos proibidos? Claro. Segundo a organiz
Bons Sons
Depois de um ano de paragem, o Bons Sons prepara-se para voltar a encher a pequena aldeia de Cem Soldos de músicos e músicas portuguesas, entre 8 e 11 de Agosto – com a noite de quarta-feira, 7, reservada para a recepção aos campistas. Ana Lua Caiano, Club Makumba, Conferência Inferno, Gisela João, The Legendary Tigemran, Rafael Toral, Teresa Salgueiro, Unsafe Space Garden, Valete, Vaiapraia, MДQUIИД. ou a vencedora do Festival Termómetro 2023, Femme Falafel, são alguns dos nomes confirmados para esta edição. Destaca-se também o concerto musical Quis Saber Quem Sou, de Pedro Penim, com direcção musical de Filipe Sambado. Os horários dos espectáculos 7 de Agosto22.30 Hause Plants23.30 Hermanas Sisters 8 de Agosto14.30 Manuel Dordio15.30 Femme Falafel16.30 Diana Combo18.35 The Twist Connection19.40 Zarco20.45 Quis Saber Quem Sou23.00 Ganso00.00 Cláudia Pascoal01.15 Valete02.15 Sheri Vari 9 de Agosto14.30 Joana Guerra15.30 Malva16.30 Ambria Ardena18.20 Vaiapraia19.20 Estilhaços20.20 Solar Corona Elektrische Maschine21.30 Adiafa22.50 Gisela João00.10 Plasticine01.15 Club Makumba02.15 Mão na Anca 10 de Agosto14.30 Luísa Amaro15.30 Velhote do Carmo16.30 Fala Povo Fala19.00 emmy Curl20.00 Expresso Transatlântico21.10 Silk Nobre22.30 Edmundo Inácio23.50 Cara de Espelho01.10 Unsafe Space Garden02.10 Maria Callapez 11 de Agosto14.30 Rafael Toral15.35 Conferência Inferno16.30 A Azenha16.40 Coro da Cura18.45 Ana Lua Caiano19.50 Hélio Morais21.15 MДQUIИД.22.20 Teresa Salgueiro23.50 The Le
Sudoeste
A MEO ainda se chamava TMN quando começou a patrocinar – e se tornou quase indissociável – do Festival Sudoeste, em 2005. Esta relação de 18 anos chegou ao fim em 2023 e não foi encontrado um novo patrocinador entretanto. Sem uma marca à ilharga pela primeira vez em mais de duas décadas, e com um orçamento reduzido, entre 7 e 10 de Agosto, a Música Coração vai levar à Zambujeira do Mar o elenco mais entusiasmante que reuniu nesta década. Vai do afrobeat de Tems (7) ao trap de Don Toliver (8) e Lil Yachty (10), passando pelo funk brasileiro de Anitta (9). As cerejas no topo do bolo são os portugueses Da Weasel, que tocaram na primeira edição, em 1997, e se reuniram há um par de anos. Encerram o palco principal, a 10 de Agosto. Os horários dos espectáculos 7 de Agosto Palco SW20.00 Bárbara Bandeira22.00 Matuê00.00 Tems02.15 Martin Garrix Palco JD18.30 Soraia Tavares21.00 Gama WNTD23.00 Teezo Touchdown Palco After01.15 Shaka Lion03.00 DJ Dadda04.30 DubVision 8 de Agosto Palco SW20.00 Van Zee22.00 Rich the Kid00.00 Don Toliver01.45 Charlotte de Witte Palco JD18.30 Pikika21.00 Pérola23.00 Chico da Tina Palco After01.15 Red Bull FrancaMente03.00 Holly04.30 Lusu 9 de Agosto Palco SW19.15 Oxlade21.00 Richie Campbell23.00 Anitta01.30 Kura Palco JD18.00 Yang20.15 Brazy22.00 Blaya Palco After01.00 Cíntia03.00 Blazy04.30 ZenGxrl 10 de Agosto Palco SW19.15 Mizzy Miles21.15 Lil Yachty23.15 Da Weasel02.15 Alok Palco JD18.15 Azart20.15 SleepyThePrince22.15 Kappa Jotta Palco After01.15 Pedro
Travis Scott
Quem é Travis Scott? É uma das figuras mais mediáticas do hip-hop norte-americano. Nascido em Houston, no Texas, é rapper, cantor e produtor, mas não seria injusto pensar nele antes de mais como um curador. Desde a primeira mixtape, Owl Pharaoh (2013), que dezenas de outros artistas desfilam pelos seus discos. No último, Utopia, editado há um ano, são mais as faixas em que se escutam duas vozes além da sua – sete, ao todo – do que aquelas em que está sozinho – seis; tantas como aquelas em que há apenas um rapper ou cantor convidado. Não é raro encontrar tantos convidados num disco de hip-hop, mas poucos convocam nomes tão sonantes e díspares, de cantores indie ao cómico Dave Chapelle, passando pelos maiores figurões do trap, do r&b, até do reggaetón. Quem nunca ouviu a sua música conhece-o provavelmente pela relação com a ex-namorada Kylie Jenner, do clã Kardashian; ou pelo festival Astroworld, que organizou durante uns anos na sua cidade natal e acabou em tragédia, em Novembro de 2021, com uma dezena de mortos e milhares de feridos. É a primeira vez que vem a Portugal? Não. A estreia em Portugal aconteceu na MEO Arena, em 2018, durante o Super Bock Super Rock, pouco antes do lançamento de Astroworld. E voltou cá no ano passado, para um concerto no festival Rolling Loud, em Portimão. Pouco depois, lançou o álbum Utopia. Quando é que vamos voltar a vê-lo em Lisboa? Está quase. O rapper regressa à MEO Arena a 2 de Agosto, pelas 21.00. É o primeiro de três concertos consecutivos
Super Bock Super Rock
O Super Bock Super Rock volta a instalar-se na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, entre quinta-feira, 18 de Julho, e sábado, 20, com quase tanto hip-hop como rock na ementa. Måneskin, 21 Savage e Stormzy são os cabeças de cartaz do primeiro, do segundo e do terceiro dia, respectivamente. Destaca-se ainda a celebração dos dez anos do álbum Pesar o Sol, que os Capitão Fausto vão tocar de fio a pavio a 18 de Julho. E a reunião dos históricos Mind Da Gap, no último dia. A distribuição dos concertos 18 de Julho Palco Super BockMåneskinNina KravizTom MorelloRoyal BloodAlice Merton Palco Pull&BearCapitão FaustoWill Butler + Sister SquaresMarc Rebillet Palco SomersbyVictoriaAnna PriorNew Max 19 de Julho Palco Super Bock21 SavageBlack CoffeeSlow JMahalia Palco Pull&BearAminéMabelKenny Mason Palco SomersbyChromeoYen SungGryffin 20 de Julho Palco Super BockStormzyMind Da GapFisherVulfpeck Palco Pull&BearD4vdAnna CalviHause Plants Palco SomersbyPartiboi69Diana OliveraKneecap A que horas abrem as portas do recinto? Se precisa mesmo de saber, às 16.00. Mas, se chegar no pico do calor, hidrate-se. O recinto fecha às 04.00. Quanto custam os bilhetes? Ainda há? Há pois. E para todos os dias. Os bilhetes diários custam 72€. Ou 154€, se quiser ver os concertos no chamado golden circle. O acesso ao campismo tem um custo de 14€ por noite. Há ainda passes de três dias, com acesso ao campismo, à venda por 164€ (ou 174€ nos dias do festival). Quem não quiser acampar, poupa 10€. Por outro lado, es
Karol G
Quem é Karol G? Basicamente, a primeira mulher a chegar ao primeiro lugar do top norte-americano com um álbum cantado em espanhol. Mañana Será Bonito, o tal disco, saiu em Fevereiro do ano passado e, desde então, lançou mais uma mixtape, ganhou três Grammy Latinos, incluindo o de Álbum do Ano, e foi nomeada para um Grammy. Como é que convenceu os gringos a ouvi-la cantar em espanhol? O mérito não é todo dela. A verdade é que cada vez mais pessoas falam espanhol nos Estados Unidos. E, de acordo com os últimos censos, nalguns dos mais populosos estados do país, a maior parte da população já se identifica como latina. É natural, por isso, que cada vez mais artistas cantem em espanhol – e tenham público. Mas atenção: Mañana Será Bonito é mesmo especial. Ao longo das suas 17 canções, ouvimos a cantora colombiana a reunir os pedaços de um coração partido, enquanto reformula o reggaetón, colando-o a outros ritmos caribenhos e da América Latina. Com alguns dos mais requisitados produtores de música urbana ao seu lado – incluindo Tainy, habitual co-conspirador de Bad Bunny e um dos responsáveis pela reinvenção e reapreciação do reggaetón desde o final da década passada. E acompanhada pelas vozes de Shakira, Bad Gyal, Sean Paul e muitos outros. Quando é que se estreia em Lisboa, mesmo? No domingo, 7 de Julho, vamos ouvir as suas canções em Portugal pela primeira vez. A actuação começa às 19.30, as portas devem abrir uma hora antes, e não está anunciado nenhum nome para a
POSTMODERNIST GAMES: Dead Club
Primeira sessão dos Postmodernist Games da editora Russian Library no Desterro. O programa gira em torno de Glitterbug, derradeira obra completada por Derek Jarman, compilando filmes em Super 8 datados de 1971 a 1986 e capturados em jeito de diário visual. A sua exibição será acompanhada por uma instalação de vídeo de Marisa Tristão e Sebastião Bizarro, DJ sets de João Castro com Isabela Abate, e de Astrea, performances de Bruno Humberto e de Pedro Henrique, e um concerto dos Dead Club. O duo de Violeta Luz e João Silveira acaba de editar o single "I Need It", com uma versão da "Space Oddity" de David Bowie no lado B, e tem um novo EP na calha para o Outono. A sua música é um lânguido exorcismo synth-punk, com tanto de assombrado como de sedutor.
Lisboa Games Week
Três anos depois da última edição física, o Lisboa Games Week volta a ocupar os pavilhões da FIL, no Parque das Nações, entre 17 e 20 de Novembro. Ao longo destes quatro dias, no maior evento de videojogos do país, vai ser possível experimentar e conhecer novos títulos e plataformas de jogos, desde consolas e simuladores de realidade virtual a computadores e telemóveis; mas também experimentar máquinas de arcada vintage e consolas retro. Os e-sports voltam a ser um dos principais focos da programação, com várias competições a disputarem-se no recinto. Continua também a haver espaço para o cosplay e a cultura pop, com espectáculos de wrestling, bancas de artistas independentes, merchandising e sessões de autógrafos. Há ainda conferências e uma aposta no serviço educativo, para levar os videojogos ao maior número de pessoas. E o maior número de pessoas à FIL.
Sortidos MIL
Ainda falta mais de meio ano para a próxima edição do MIL. Mas, para assinalar o início das candidaturas de artistas para o festival de 2020, o Musicbox decidiu fazer uma espécie de MIL em ponto pequeno, com artistas emergentes do continente europeu. A primeira a subir ao palco, no sábado, será a harpista portuguesa Carolina Caramujo (na foto), que se encontra a gravar o primeiro álbum a solo, com lançamento previsto para Novembro. Segue-se a cantora e compositora indie catalã Núria Graham, que editou em 2017 o disco Does it Ring a Bell? por El Segell del Primavera. Depois é a vez de GENTS, duo dinamarquês de synthpop romântica e nostalgica, cujo novo álgum Humam Connection, deve sair a 11 de Outubro. O último concerto da noite é o de Kukla, cantora eslovena de turbo-pop. Depois há Dj sets de Dinamarca, que apesar do nome é chileno e vive na Suécia, e do português Progressivu.
Built To Spill
Os Built to Spill ajudaram a definir e a expandir o som do indie rock americano nos anos 90. Liderados por Douglas G. Martsch, cantor, herói da guitarra, principal compositor e único membro permanente do grupo ao longo das décadas, gravaram temas que se tornaram clássicos da canção eléctrica americana e álbuns que mais parecem monumentos, cuja influência foi quase imediata e se continua a sentir. Discos como There’s Nothing Wrong With Love (1993) um disco de indie-pop de guitarras, áspero, conciso e com o coração na lapela, sem o qual os primeiros (e bons) trabalhos dos Death Cab For Cutie nunca teriam existido. Ou Perfect From Now On (1997), o terceiro álbum e o primeiro com o selo da multinacional Warner, com as suas canções paisagísticas e cordilheiras de guitarras que se confundiam com o mapa americano e nas quais escutávamos pontos de contacto com o que os contemporâneos Modest Mouse estavam a fazer. Ou Keep It Like A Secret (1999), o terceiro clássico consecutivo e combinação quase perfeita entre a abordagem mais directa do disco de 1993 com a epicidade do seu sucessor. É precisamente Keep It Like A Secret que ouviremos esta quarta-feira na Zé dos Bois, Um segredo mal guardado depois dos concertos de Oruã e Shaolin Soccer. Doug Martsch e companhia têm celebrado ao vivo os 20 anos do disco, e um dia antes de actuarem no NOS Primavera Sound trazem a Lisboa os segredos mal guardados que são as suas canções. Não faltará nenhuma. Desde clássicos indie efusivos como “The Plan
Ciclo Maternidade
Vários artistas da Maternidade vão desfilar pelo palco do Auditório Municipal António Silva, no Cacém, entre sexta-feira e sábado: Filipe Sambado, Bejaflor, Catarina Branco, Aurora Pinho e Vaiapraia. O convite partiu do teatromosca, mas a promotora teve “carta branca” para fazer o que quisesse, garante o cantor e compositor Filipe Sambado. “Optámos por ter só concertos de bandas associadas à Maternidade porque nunca tocámos no Cacém. Nenhum de nós”, diz Rodrigo Araújo, vulgo Vaiapraia, outro dos mentores da agência. Desde finais de 2014 que a promotora Maternidade dá música a Lisboa e ao resto do país. Além de agenciar cantores como Luís Severo, Filipe Sambado e Vaiapraia, entre outros, teve durante muito tempo uma mensalidade nas Damas, onde deu a conhecer inúmeros e bons músicos independentes portugueses (chegou recentemente ao fim), e ao longo dos anos trouxe várias bandas estrangeiras a Portugal, em muitos casos pela primeira vez. No Ciclo Maternidade deste fim-de-semana, os concertos começam às quatro da tarde de sexta-feira, na estação ferroviária do Rossio, onde vai actuar a cantora/ compositora indie Catarina Branco, que editou o primeiro EP, ‘Tá Sol, este ano. O cantor e produtor de pop caseirinha e electrónica Bejaflor, que se estreou com um belo disco homónimo no ano passado, é o segundo a tocar, a partir das nove no Auditório Municipal António Silva. A noite termina com Filipe Sambado (na foto). “Naquele belo formato solo, muito comunicativo, de guitarra ao peito
News (556)
Mayra Andrade: “Sentia cada vez mais necessidade de voltar ao ninho”
Mayra Andrade estava cansada, “grávida e ainda a promover o [álbum] Manga”, de 2019. “Tive uma gravidez muito activa, profissionalmente. Com concertos até aos sete meses e outros projectos, nomeadamente uma peça de dança contemporânea”, recorda. “Sentia cada vez mais necessidade de voltar a uma espécie de ninho, de ventre, musicalmente. Queria estar sentada porque me doíam as costas, descalça porque me doíam os pés, e pôr-me a nu para o público. E apercebi-me de que nunca tinha feito uma turnê só com voz e violão, quando, na verdade, esse é o meu elemento natural. É como nascem as canções.” Foi assim que, em 2022, começou a ganhar forma reEncanto, a digressão documentada agora, num álbum homónimo e retrospectivo com edição marcada para esta sexta-feira, 11 de Outubro. Na altura, Mayra Andrade não imaginava que aquele “regresso ao ninho” viria a traduzir-se num disco. A ideia era fazer apenas quatro concertos intimistas antes de a filha nascer – no CCB (Lisboa), na Casa da Música (Porto), no Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) e no Convento de São Francisco (Coimbra) – “e acabou. Não ia haver mais nada”, garante. “Não sabia a dimensão que ia ganhar.” Faz uma pausa. “Sabia que havia de ser algo especial, porque acho que todos os momentos de verdade na música são especiais. Mas não imaginava que íamos ter salas cheias para nos ouvir só com voz e violão.” Nem que as pessoas ficassem tão entusiasmadas e emocionadas com o formato. “Por isso, eu e o meu agente decidimos marcar mais
B Fachada dá concerto gratuito na Oktober Festa de Marvila e Cabo Ruivo
Mais um ano, mais uma Oktober Festa. O formato é o mesmo da edição anterior e de outros festivais com a chancela do Lisbon Beer Department, como o Ouro, Incenso e Birra, com músicos e DJs espalhados pelos bares e fábricas de cerveja artesanal da zona oriental da cidade – Dois Corvos, Fermentage e Musa, em Marvila; e a Oitava Colina, junto ao metro de Cabo Ruivo. E só se tem de pagar pelos comes e bebes. A animação começa pelas 14.30 de sábado, 12, na Fábrica Oitava Colina, com mais uma roda de samba do colectivo Gira. Ainda na sala da Avenida Infante D. Henrique, há um set de Technofoguete e Gardênia, depois das 16.00; um concerto de Candy Flip, às 19.30; e os DJs Ny.edith e VLOIID, num back-to-back, a partir das 21.30. Mas é em Marvila que se concentram os nomes mais sonantes. Como B Fachada, cantor e compositor determinante deste século em Portugal e o primeiro a subir ao palco da Musa de Marvila, às 18.30. Antes e depois do seu concerto, há DJ sets, respectivamente de FURIROSAS (isto é, Jüra e Luísa) e João Borsch. Mais tarde, pelas 22.30, tocam os Cortada, bando de pigfuckers lisboetas com um EP homónimo curto e grosso lançado há uns meses. Depois da meia-noite há um DJ set de Bateu Matou. Paralelamente, na vizinha Dois Corvos, o mais americano dos cantautores nacionais, Alek Rein, dá a ouvir as canções do recente Golden Montana. A sua folk psicadélica vai escutar-se a partir das 17.30, seguida das paisagens pop de Capital da Bulgária e das experiências pós-rock (e pó
Há 120 whiskies para provar e discos para ouvir no novo The Kissaten
The Kissaten tem vários argumentos a seu favor. No entanto, o que vai ser puxado para os títulos e servir de cartão de apresentação ao bar, aberto desde Setembro no hotel Locke de Santa Joana, é este: tem a maior selecção de whiskies do país, com cerca de 120 garrafas diferentes. Por agora. O número já é considerável, contudo, para os proprietários, ainda há margem para aumentar. “A ideia é a garrafeira estar sempre a evoluir e a crescer. Vamos chegar às 200 referências, talvez 250”, assegura Sophie Uddin, uma das sócias. Sophie e Paul Noble são também os responsáveis pelo conhecido bar Spiritland, aberto há uma década em Londres, e esta é a sua primeira incursão fora da capital inglesa. O convite partiu de um designer do grupo hoteleiro Heden, que costumava frequentar o Spiritland e, numa noite de copos, os convidou para colaborarem com o grupo. Este Verão, depois de alguns contratempos, abriram finalmente os primeiros bares em Lisboa, com diferentes conceitos. Este combina duas das suas maiores paixões: o whisky e a música. Na carta, minimalista, encontram-se os diferentes whiskies e whiskeys, organizados não pela sua idade ou região, mas pelo perfil de sabor – mais complexos, leves, frutados ou fumados. A maior parte das referências são escocesas, do Balvenie PortWood, com 21 anos (110€), ao mais modesto Johnnie Walker Black (11€), passando por um Lagavulin de 16 anos (22€). Há também muitos uísques japoneses, bem como bourbons e rye whiskeys americanos, além de algumas g
O ‘Baile de Peruca’ do colectivo ARCANA é um acto de resistência
“Vou-me sustentar de saia, vou-me sustentar de saia, vou-me sustentar de brinco, vou-me sustentar de colar, vou-me sustentar de anéis, eu vou-me sustentar. Com tudo o que eu tenho direito nesse mundo”, promete – com a voz trémula, a engolir as lágrimas –ALLiAN, tcp LAVA, pessoa não-binária e racializada do colectivo ARCANA, em “Vou-me Sustentar de Saia”. Um interlúdio magnético e raro momento de fragilidade em Baile de Peruca, disco urgente, acto de resistência, convite à festa e ao confronto, anúncio de “uma era para bichas e putas”. Questão de vida ou morte. O álbum foi apresentado em Julho no Passos Manuel (Porto), e ouve-se finalmente em Lisboa, esta quinta-feira, 3, no Musicbox, numa edição de “regresso às aulas” da festa IN.TRAVA, promovida pelo colectivo queer portuense. Baile de Peruca é o culminar de quatro anos de trabalho do cantor e produtor brasileiro ALLiAN, junto com o DJ e músico Bug Snapper (vulgo Rui Santos, também dos roqueiros Cat Soup), Nascalmas, artista multidisciplinar que participa numa das faixas e entretanto se juntou oficialmente ao colectivo; antigos membros como Ara Flama, Jayde ou Cyber Angel; e uma longa lista de convidados e co-conspiradores, que inclui nomes como Odete, Puta da Silva, Phaser, Leexo, Co$tanza ou PIPA DE MA$$A. “O Baile de Peruca é como um livro de diários para mim”, descreve ALLiAN. Mas estas histórias não só dele. “[Fazer] um álbum colectivo é complexo. É um apanh
Neste Listen Bar não se serve álcool
Certo dia, um amigo desafiou Lorelei Bandrovschi a passar um mês sem beber. Ela aceitou o repto. “Para minha grande surpresa, adorei. Mas percebi que faziam falta opções e condições para sair [à noite] que fossem tão divertidas e voltadas para quem não bebe como há para quem bebe”, recorda. Foi essa constatação que, em Outubro de 2018, a levou a começar o Listen Bar em Nova Iorque. E agora, passados mais de cinco anos, a trazer o conceito para Portugal. O Listen Bar lisboeta não vai ser exactamente igual ao nova-iorquino, porém. Enquanto nos Estados Unidos é um bar pop-up, em Portugal vai ser mais do que isso. “É a primeira vez que organizamos um fim-de-semana inteiro e não apenas uma festa. Como Lisboa é um destino turístico muito popular, quis mostrar que viajar sem beber álcool pode ser tão ou mais divertido e entusiasmante. Não há nada que não se possa fazer. Também é uma oportunidade para expandirmos a marca.” A primeira actividade programada pela publicitária romena, a viver entre Lisboa e Nova Iorque, é um jantar privado, com harmonização de bebidas não-alcoólicas, na sexta-feira. O chef Filipe Camacho, natural da Madeira, preparou um menu inspirado pela ilha e muito virado para o mar. Para acompanhar, há cocktails concebidos pelos bartenders do Ulysses, da Toca da Raposa, do restaurante Encanto e do bar The Monarch. Depois do jantar, a fadista Filipa Vieira dá um concerto. A manhã de sábado começa com uma palestra de Lorelei Bandrovschi, que vai ajudar as pessoas a en
O Lounge fecha no fim do ano. Até lá, dançaremos com lágrimas nos olhos
Um bocado de Lisboa perde-se todos os meses, todas as semanas, todos os dias. Ora é uma pessoa que é empurrada para fora da cidade, ora é um sítio histórico que fecha para dar lugar a mais um negócio sem raízes nem memória, igual a tantos outros. Esta segunda-feira, soubemos que vamos perder o Lounge no final do ano. Nas redes sociais do histórico bar, a gerência publicou a enésima variação de um história que estamos demasiado habituados a ler. Começa assim: “No final do ano e 25 anos depois, o Lounge despede-se do nº 1 da Rua da Moeda. Aos amigos, espectadores, clientes, técnicos artistas, músicos, DJs e todos os que nos têm acompanhado nesta viagem, obrigado!” “Acreditamos que a forma de oferecer uma programação eclética e abrangente contribuiu desde o início para a identidade do bairro e da cidade – sempre de portas abertas a todos, com sentido de inclusão e diversidade”, continua a missiva. “Não conseguimos ver renovado o contrato de aluguer do espaço que ocupamos. O tsunami do brilho postiço que tem inundado a cidade e divergências em relação aos interesses da senhoria põem fim a esta viagem. É humano, é negócio.” Inês Calado RosaLounge Bar “25 anos incríveis” O Lounge celebrou 25 anos a 4 de Maio, com artistas e os DJs da casa a darem-nos música. Porque a música, no Lounge, era sempre dada. Sem bilhetes nem entraves à entrada, a não ser quando não cabia ninguém lá dentro. O que aconteceu muitas vezes ao longo dos anos. E continuava a acontecer quase todos os fins de s
Alfama volta a ser uma caixinha de fado em Setembro
O Caixa Alfama entrou a pés juntos pelo outrora castiço, então já gentrificado e hoje apenas turístico bairro, em 2013. Na altura, aplaudimos a iniciativa e o arrojo da Música no Coração. A ideia de largar quase meia centena de artistas ou grupos num bairro não era nova – e a promotora já o fazia desde o tempo do Super Bock em Stock, na Avenida da Liberdade. Todavia, reproduzir o formato só com fadistas não ia ser fácil. E garantir o interesse do público, sem cair na monotonia, nem repetir sempre os mesmos artistas, de ano para ano, ainda mais difícil ia ser. No entanto, a organização conseguiu fazê-lo. Passados 11 anos, à beira da 12.ª edição, agendada para 27 e 28 de Setembro, o festival é uma referência da cidade. Ao longo da última década houve, no entanto, vários nomes repetidos. E algumas edições mais murchas. A dada altura, até o patrocinador original abandonou o projecto. Mas agora está de volta. E, além do nome original, o Caixa Alfama parece ter recuperado algum fulgor. Parte do mérito pertence a Camané. Dias antes da primeira edição, que o tinha no topo do cartaz, o jornalista e crítico musical Gonçalo Frota escrevia nestas páginas que ele era “a peça essencial deste festival”. Porque, continuava, “quando o fado era coisa de velhos para velhos, quando cheirava a memória longínqua (conservada artificialmente) dos tempos da telefonia, entre a museologia etnográfica, o chamariz para turistas e algum charme semi-clandestino, foi Camané quem se lhe entregou trazendo uma
Miguel Araújo celebra 20 anos de carreira na MEO Arena em 2025
Miguel Araújo, um dos mais bem-sucedidos músicos dos últimos anos em Portugal, celebra 20 anos de carreira em 2025. E assinala a data com (pelo menos) um par de concertos. Primeiro, a 30 de Outubro, sobe ao palco da Super Bock Arena, no Porto. E passados dois dias, a 1 de Novembro, estreia-se em nome próprio na MEO Arena. O cantor/compositor da Maia começou a carreira ao lado de Os Azeitonas, que se estrearam em 2005 com o disco Um Tanto ou Quanto Atarantado. Nos anos seguintes, acompanhado pela banda, escreveu êxitos como “Anda Comigo Ver Os Aviões”. Colaborou também com João Só no EP Não Entres Nesse Comboio Amor. O primeiro álbum a solo, Cinco Dias e Meio, chegou em 2012, acompanhado por mais um par de singles de sucesso, “Fizz Limão” e “Os Maridos Das Outras”. Paralelamente a este percurso solitário, ainda gravou mais um álbum de estúdio e outro ao vivo com Os Azeitonas, antes de se despedir da banda. Entre outros feitos, ao longo dos anos, tocou 49 vezes nos coliseus – incluindo em 28 concertos completamente esgotados com o cúmplice António Zambujo. A quinquagésima visita está marcada para 26 de Outubro, no Coliseu Porto Ageas. Não deverá, por isso, ter dificuldade em encher a MEO Arena (e ainda menos a Super Bock Arena) no próximo ano. Sobretudo num concerto especial, em que promete revisitar as canções mais conhecidas que escreveu ao longo destes 20 anos, com Rui Veloso, António Zambujo, Os Quatro e Meia e João Só como convidados. Os bilhetes custam entre 20€ e 60€ e j
The spirit of the late Sabotage comes alive at SMUP this October
The alarm had sounded in 2019: Sabotage, which had established itself as a key player in Lisbon's underground scene since 2013, was set to close to make way for yet another hotel. The owners tried to find a new home but ultimately couldn’t withstand the pandemic. They shut down in 2020, and four years later, musicians and fans are still yearning for that concert space. With them in mind, one of the former owners, Carlos Costa, has decided to resurrect Sabotage, if only for one night, at SMUP. The venue wasn’t chosen by chance. Calmly and surely, the century-old Sociedade Musical União Parede has, over the past two and a half years, become one of the few places able to entice locals to hop on public transport and head out to the capital's peripheral municipalities for live music. Those arriving in Parede around dinner time may have crossed paths with Carlos from Sabotage at the restaurant Sociedade, which he runs with another partner on the ground floor of SMUP. DRThe Parkinsons Alongside Carlos, who will step away from the restaurant to greet guests in the main hall, and former resident DJ Nuno Rabino, ensuring the soundtrack remains true to the old days, The Parkinsons will also be returning to this out-of-doors Sabotage. The band, born from the ashes of Tédio Boys, who made waves in London in the early 2000s, graced the Cais do Sodré stage when it was barely a year old and returned several times to celebrate anniversaries and launch albums. They simply had to be part of t
Na antecâmara do MIL, 800 Gondomar, Cortada e Yung Xalana espalham o amor e soltam o rock no Musicbox
“Preferem uma doner box ou primeiro álbum de Black Midi? Só podem [ter] um para o resto da vida”, indaga Lourenço Dias, vulgo Yung Xalana, outrora de Panado, ainda de MEIA/FÉ. Lança o desafio no Instagram, num grupo onde estão também os Cortada (Bernardo Pereira, Daniel Fonseca, Lourenço Abecasis, Pedro Pimenta Almeida) e Rui Fonseca, baterista e vocalista dos 800 Gondomar. Estamos reunidos para falar do cartaz desta quinta-feira, 19 de Setembro, no Musicbox, que junta as três bandas. A entrevista começou pouco depois das 22.30, já com toda a gente despachada dos ensaios e de outros compromissos laborais, e não tardou a descambar. Esta data só foi confirmada há umas semanas, depois de se saber o cartaz do MIL. Entre os dois anúncios, Pedro Azevedo, o programador do Musicbox, fora questionado sobre a ausência de mais e violento rock no cartaz do festival. Na altura, apontou alguns nomes que lhe tinha custado deixar de fora. Ei-los aqui, uma semana mais cedo. Os reunidos 800 Gondomar a apresentar São Gunão, o início do segundo acto da sua história e o melhor capítulo que escreveram até ao momento. Os Cortada com um EP ainda fresco, tesão e tensão prensadas em três faixas; sem tempo a perder. E Yung Xalana a abrir o livro, no terceiro concerto em nome próprio pós-MEIA/FÉ. “Tudo provém do amor” “Doner box dá cinco a zero [a Black Midi]”, responde Daniel, que já acompanhou Vaiapraia ao vivo e hoje, além de ser um dos Cortada, toca com os dois Lourenços em MEIA/FÉ. A sua resposta é
O espírito do saudoso Sabotage materializa-se na SMUP em Outubro
O alarme havia soado em 2019: o Sabotage, que desde 2013 se tinha imposto como uma peça fundamental do mosaico underground lisboeta, ia ter de fechar para dar lugar a mais um hotel. Os donos ainda tentaram encontrar uma nova morada, mas não resistiram à pandemia. Fecharam em 2020 e, passados quatro anos, ainda há músicos e fãs a suspirar por aquela sala de concertos. A pensar neles, um dos velhos proprietários, Carlos Costa, decidiu ressuscitar o Sabotage, por uma noite, na SMUP. O local não foi escolhido por acaso. Calma e seguramente, a centenária Sociedade Musical União Parede impôs-se, nos últimos dois anos e meio, como um daqueles, poucos, espaços capazes de convencer os lisboetas a enfiar-se nos transportes e a rumar aos concelhos periféricos da capital para ouvir música. Quem tiver chegado à Parede a horas de jantar ter-se-á, possivelmente, cruzado com o Carlos do Sabotage no restaurante Sociedade, que dinamiza com outro sócio, no piso térreo da SMUP. DRThe Parkinsons Além de Carlos, que se vai ausentar do restaurante para receber quem entra no salão principal, e do antigo DJ residente, Nuno Rabino, a garantir que a banda sonora não destoa da que se ouvia dantes, também The Parkinsons regressam a este Sabotage fora de portas. A banda nascida das cinzas dos Tédio Boys, que fez estragos em Londres no início dos anos zero, subiu ao palco do Cais do Sodré quando ele ainda nem um ano tinha e voltou lá várias vezes, para celebrar aniversários e apresentar discos. Não podia
Pixies regressam a Portugal para mais um concerto no próximo ano
Os Pixies estão prestes a publicar um novo capítulo no cada vez mais longo segundo acto (ou será já o terceiro?) da sua carreira. The Night the Zombies Came, o décimo álbum da sua discografia e o quinto que lançam desde que se reuniram, há duas décadas, sai a 25 de Outubro. E é apresentado em Lisboa a 10 de Maio de 2025. De acordo com os americanos, o novo registo é enformado pelo “druidismo, centros comerciais apocalípticos, restaurantes temáticos medievais, formas poéticas do sec. XII, surf rock, gárgulas, monstros do pântano e o som seco e distintivo da bateria dos Fleetwood Mac de 70s”. É, também, o primeiro disco gravado com Emma Richardson. Conhecida pelo seu trabalho com os britânicos Band of Skulls, a nova baixista entrou há uns meses para o lugar de Paz Lenchantin, que estava com os Pixies desde 2013. É a quarta mulher a tocar as linhas de baixo que Kim Deal escreveu nas décadas de 1980 e 90. E vem com a banda a Portugal pela primeira vez no próximo ano. Teremos sempre os clássicos Já se encontram online quatro canções de The Night the Zombies Came, mais ou menos um terço do futuro disco, incluindo “Motoroller”, partilhada esta terça-feira, 17. A julgar por esta amostra, ainda não é agora que Black Francis, Joey Santiago e David Lovering fazem um trabalho à altura do que gravaram naqueles primeiros anos juntos. Mas pronto. Os Pixies fizeram mais e melhor em cinco anos do que a maior parte dos músicos faz numa vida inteira – Come On Pilgrim, 1987; Surfer Rosa, 198