Percebeu que gostava de escrever sobre comida quando, por um acaso do destino, se viu a descrever minuciosamente, para um romance histórico, o sumptuoso banquete que um dia Napoleão comera. A partir daí, o mundo da gastronomia abriu-se sem preconceitos, devorando e descrevendo assados, guisados, estufados e ensopados; enumerando queijos; provando cegamente vinhos, azeites e especiarias; cozinhando em hotéis para desconhecidos; orientando palestras em feiras gastronómicas sobre tascas e restaurantes fine dining e comendo como um abade (o de Priscos, claro, seu conterrâneo). Há dez anos que escreve sobre comida, restaurantes (e outras coisas) na Time Out. Primeiro na revista de Lisboa, como editora de Comer & Beber e, desde 2017, na revista do Porto. É directora adjunta desde 2019.

Mariana Morais Pinheiro

Mariana Morais Pinheiro

Directora Adjunta, Porto

Articles (209)

Os restaurantes no Douro que valem a viagem

Os restaurantes no Douro que valem a viagem

Cabrito assado no forno a lenha, bochechas de porco bísaro, saladas de tomate coração de boi (quando é tempo dele), arroz de salpicão ou arroz de costela à lavrador, alheiras reinterpretadas à luz das novas tendências, tartes de amêndoa ou tartes de cereja de Resende. Do restaurante mais tradicional, onde se faz o mesmo prato da mesma forma há mais de 30 anos, ao espaço mais vanguardista, comandado por chefs com estrelas Michelin no currículo, a gastronomia duriense é rica e bem tratada. Andámos pela região vinhateira a meter a colher nos pratos dos melhores restaurantes no Douro, porque tão importante quanto os vinhos que aqui se fazem é a comida que os acompanha. Recomendado: 🍇 As melhores quintas e hotéis com programas de enoturismo no Douro
As melhores quintas e hotéis com programas de enoturismo no Douro

As melhores quintas e hotéis com programas de enoturismo no Douro

"Um poema geológico. A beleza absoluta." As palavras são de Miguel Torga, sobre a região que o viu nascer, e não podiam ser mais merecidas ou verdadeiras. O Douro é a primeira e mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo e, em 2001, foi considerada pela UNESCO como Património da Humanidade. Desde então, espalhadas pelas arribas durienses há cada vez mais quintas e alojamentos com propostas tentadoras. Umas são clássicas como manda a tradição, outras mais modernas e com designs arrojados. Umas apostam nos tesouros que guardam nas suas adegas e outras em soalheiros piqueniques no meio das vinhas. Corremos este pedaço de paraíso de lés a lés para lhe dizer onde dormir, comer, passear e brindar à sua saúde. Recomendado:🍇 As melhores coisas para fazer no Douro
Quintas no Douro com programas especiais de vindimas

Quintas no Douro com programas especiais de vindimas

Chegou a época mais especial e aguardada no Douro, para a qual se trabalhou o ano inteiro. De uma beleza que não passa de prazo, o Douro merece pelo menos uma visita por ano e a época das vindimas é a melhor altura para o fazer. A azáfama é grande no corte dos cachos, no encher das cestas com uvas e na pisa a pé nos grande lagares de granito, tudo isto enquanto o rio segue a sua vida lá em baixo e os socalcos preenchem a vista, numa paisagem que é Património Mundial da UNESCO. No mês mais agitado do calendário para uma quinta vinhateira, há várias a abrir as portas a quem quiser ver e participar no trabalho das vindimas. Em jeito de incentivo para uma escapadinha, descubra os programas especiais desta época. Recomendado: 🍇 As melhores quintas e hotéis com programas de enoturismo no Douro
Ei-las: as melhores francesinhas no Porto

Ei-las: as melhores francesinhas no Porto

Com ou sem ovo, com molho picante ou adocicado, com bife bem ou mal passado. Criada há 70 anos, a famosa francesinha é a estrela da cidade e todas as casas lhe dão um toque especial. Há quem prefira a tradicional, com carne assada ou com um bom bife de vaca no seu recheio e, claro, com os enchidos da melhor qualidade lá pelo meio. No entanto, há cada vez mais adeptos das variações – das francesinhas vegetarianas, às que optam pela carne de frango, das que são finalizadas em forno a lenha às que adicionam camarões ao prato.  E se de um lado temos os eternos puritanos, defensores da francesinha original, há também muitos outros fãs sedentos de inovação. Desta feita, fica difícil, muito difícil eleger a melhor francesinha da cidade. É uma tarefa árdua e ingrata (para não dizer impossível) e susceptível de criar grandes discussões à mesa. Cientes do risco que corremos, estas são, na nossa humilde opinião, as melhores francesinhas do Porto neste momento. Bom apetite. Recomendado: As 12 melhores tascas no Porto
Seis livrarias infantis que tem de conhecer no Porto

Seis livrarias infantis que tem de conhecer no Porto

Nem sempre é fácil arranjar uma forma divertida de entreter os miúdos, sobretudo quando a ideia é afastá-los de todo o tipo de ecrãs que parecem dominar a vida adulta. A pensar nisso, e sabendo que ler é um hábito que se incute desde cedo, preparamos-lhe esta lista com seis livrarias no Porto, que estão repletas de boas propostas para os mais novos. Em qualquer uma delas, encontra o encanto das palavras simples, lado a lado com a energia da ilustração. Há ainda tempo para contar e ouvir histórias, entre outras actividades para toda a família. Recomendado: Os melhores museus para crianças no Porto
As melhores praias no Porto e arredores

As melhores praias no Porto e arredores

Está calor e quer ir dar um mergulho para refrescar? Nós dizemos-lhe onde estão as melhores praias no Porto e arredores. E como gostamos muito de si, contamos-lhe ainda algumas curiosidades pelo caminho sempre que a história assim o exija. Tudo para que tenha um belo dia passado na praia, estendido de perna ao sol. Caso precise de algum exercício depois de passar o dia deitado a bronzear, vá dar uma volta pelos melhores sítios para andar de bicicleta ou calce as sapatilhas e aventure-se pelos melhores sítios para correr da cidade.  Recomendado: As melhores esplanadas no Porto
Entre e desfrute: estas são as melhores livrarias do Porto

Entre e desfrute: estas são as melhores livrarias do Porto

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria". A frase é de Jorge Luís Borges, poeta e escritor argentino, autor de obras como A Biblioteca de Babel ou O Jardim de Veredas que se Bifurcam. Como queremos a sua felicidade, fizemos-lhe uma lista com as melhores livrarias e alfarrabistas no Porto, para que se sinta como se estivesse no Éden. Por aqui vai encontrar raridades, publicações especializadas, romances de todos os tipos e ainda muitos livros, repletos de bonitas ilustrações, para leitores de palmo e meio. Nunca mais vai poder dizer que não sabe o que fazer, mas com tanta recomendação o problema é saber por onde começar. Boas leituras! Recomendado: Descubra estas seis livrarias infantis no Porto  
Dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer

Dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer

A cena gastronómica do Porto é fervilhante – e não falamos apenas dos tachos com sopas reconfortantes ou das grandes panelas com arroz caldoso fumegante. Falamos dos espaços que todos os dias abrem no Grande Porto, com a missão de servir a melhor comida, feita com alma e coração, por mãos experientes. E há de tudo um pouco, para agradar a toda a gente. Dos restaurantes vanguardistas inspirados no receituário tradicional aos que apostam as fichas todas na comida de autor; dos espaços que preparam sandes portentosas aos que cozinham sob a influência asiática; por aqui vai encontrar dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer. Bom apetite. Recomendado: Os melhores brunches no Porto e arredores
Cinco novos sítios para comer sandes no Porto

Cinco novos sítios para comer sandes no Porto

Dos cachorrinhos, às bifanas e à sandes de rojão, no Porto estamos bem familiarizardos com as infinitas possibilidades que cabem dentro de duas fatias de pão. Outrora pensadas para um almoço rápido, recheadas daquilo que sobra no frigorífico, as sandes têm vindo a ganhar popularidade e estão a tomar o Porto de assalto. Inteiras ou divididas a meio; em focaccia, brioche ou sourdough; com recheios clássicos ou combinações improváveis; as sandes destas cinco casas portuenses prometem surpreendê-lo. Prepare os guardanapos e venha descobrir estes novos sítios para comer sandes no Porto. Recomendado: As melhores esplanadas no Porto
Olá, calor. Seis ideias para aproveitar o Verão no Porto

Olá, calor. Seis ideias para aproveitar o Verão no Porto

Se anda à procura de um plano fresquinho no Porto, que o ajude a enfrentar as altas temperaturas e aproveitar a cidade e tudo o que ela tem para oferecer, nada tema. Temos mar, piscinas, parques, jardins, gelados, cinema ao ar livre, marcas de swimwear e muitas ideias para sobreviver ao Verão no Porto em grande estilo. Não acredita? Veja as sugestões que lhe damos e agradeça depois. Se quiser celebrar mesmo em grande, então, dê uma vista de olhos a estes bares de praia ou vá até a um rooftop bonito beber um copo ao final da tarde.  Recomendado: As melhores esplanadas do Porto
As melhores piscinas do Porto e arredores

As melhores piscinas do Porto e arredores

Quando o calor aperta, só há uma coisa a fazer: submergir o corpo em água fresca e dar umas braçadas revigorantes. Se não é fã de areia, algas e muita confusão, temos a lista ideal para si, que reúne as melhores piscinas no Porto e arredores. Umas são públicas e bem bonitas; outras estão instaladas em hotéis de cinco estrelas e são um bom programa para um dia especial; e outras ficam a menos de uma hora do Porto e garantem paz e sossego para uns, e muita animação para outros. Aproveite o Verão ao máximo com estas sugestões. Recomendado: As melhores praias do Porto para este Verão  
Os 55 melhores restaurantes do Porto

Os 55 melhores restaurantes do Porto

O Porto é uma cidade que se reúne em torno da mesa, onde toda meia dose dá para dois e ninguém nunca se levanta até a última migalha ser vertida. A cozinha da cidade é um reflexo da sua gente: frontal e afectiva; sem afectações, mas exigente. Entre tripas e francesinhas, os portuenses tendem a discutir (às vezes alto!) sobre o que acreditam ser melhor e pior, mas conseguem acabar sempre a brindar como amigos a empunhar finos nas mãos. Nos últimos anos, a cena gastronómica tem-se transformado rapidamente, como reflexo de uma cidade cada vez mais aberta ao mundo – e que conquista mais e mais turistas a cada Verão. De restaurantes de cozinhas internacionais a bares de vinhos modernos, de muitas casas tradicionais a chefs que querem mostrar que é possível elevar a gastronomia local a novos patamares, o Porto tem a mesa posta. É puxar uma cadeira e sentar-se num destes restaurantes.  Recomendado: Quem é quem? Os espaços e os restaurantes que vai encontrar no Time Out Market Porto

Listings and reviews (75)

Mercado Loft Store

Mercado Loft Store

Dedicada à decoração de interiores, esta loja – com produtos vintage e contemporâneos que chegam de várias partes do mundo – também tem um ateliê de arquitectura e design. Aqui dentro há peças artesanais, outras restauradas e outras até que podem ser personalizadas. E vão dos móveis, às bicicletas, passando por jardins suspensos, loiças, têxteis ou papelaria. Tem muito por onde escolher.
Clérigos Tower

Clérigos Tower

What is it? This bell tower, which is over 75m tall and was completed in 1763, was designed by the architect Nicolau Nasoni. It’s one of Porto’s most prominent landmarks and is a must-visit for anyone coming to Porto. How many steps does the tower have? You’ll have to climb 225 steps to reach the top of the tower, but we promise the views from the top are worth it. When is the tower open? Torre dos Clérigos is normally open from 9am to 7pm, Monday to Sunday. Exceptions to this include: Easter, summer and the Christmas season, when it is open from 9am to 11pm; December 24 and 31, when it is open from 9am to 2pm; and December 25 and January 1, when it is open from 11am to 7pm. Last entry is always 30 minutes before closing. Do you need tickets to visit the tower? General admission is €8 and €5 for students aged 11 to 18. Children up to 10 years old go free. Tickets grant access to the tower and museum. Translated by Olivia Simpson
Snack-Bar Gazela

Snack-Bar Gazela

What is it? Snack-Bar Gazela is a no-frills spot that attracts a wide range of people for one simple reason: the food is just that good. What should I order? For over 50 years, Snack-Bar Gazela has been perfecting the art of making cachorrinhos (small hot dogs). The bread is thin and crispy, the linguiça sausages are high quality, and the cheese is melted to hold the fillings together. In the end, everything is brushed with butter and spicy sauce. When we say they’re popular spot, we mean it: on a normal day, 300 cachorrinhos are served. Best enjoyed when washed down with a couple of well-chilled beers. What are the prices like? This is the perfect place if you’re after cheap, delicious eats, with a cachorrinho setting you back just €4.50. Still hungry? Check out our list of the best restaurants in Porto. Translated by Olivia Simpson
Livraria Lello

Livraria Lello

What is it? Considered to be one of the most iconic bookstores in the world, Livraria Lello is situated in the heart of Porto on Rua das Carmelitas and is an important part of the city’s historical heritage. It features impressive neo-Gothic architecture, carved wood, gilded columns, and ornate ceilings and sells some 300,000 books a year. What is the J. K. Rowling connection? The Harry Potter author used to live in Porto, and is said to have been inspired by the city’s architecture. Climbing the ornate staircases in Livraria Lello, it’s easy to imagine you’re running late to a class in Hogwarts’ astronomy tower. How much does it cost? There is a three-tier ticket system, and the cost of all tickets can be redeemed against the purchase of books. The entry-level ticket is the silver, at €8; the next step up is the gold ticket (€15.95), which will buy you entry and a book from The Collection by Livraria Lello, the shop’s exclusive range; and the platinum ticket (€50) will get you priority entrance to the shop, as well as access to the Gemma Room. How long should I spend there? An hour should be enough time to browse the shelves and snap some pics of the gorgeous interiors. When is it open? The shop is open every day from 9am to 7.30pm and is closed on December 25, January 1, Easter Sunday, May 1 and June 24. Time Out tip The shop can get quite busy, so it’s best to visit at the end of the day to avoid crowds. Translated by Olivia Simpson
YesChef

YesChef

O YesChef é o novo festival gastronómico que tem como objectivo descobrir, de norte a sul do país, os novos talentos da gastronomia portuguesa. O evento percorrerá diversas localidades e, através de um circuito de eventos gastronómicos, vai dar a possibilidade a chefs, pasteleiros, sommeliers e barmans em ascensão, de mostrarem aquilo que valem. O primeiro evento aconteceu no dia 15 de Junho, mas o segundo está já marcado para dia 13 de Julho, também na Fábrica da Ramada - Instituto do Design, em Guimarães. O chef Hugo Alves, do restaurante Norma, que foi reconhecido com o Bib Gourmand do Guia Michelin, vai estar a apresentar “pratos que combinam a tradição portuguesa e a modernidade da cozinha contemporânea”.  Para os mais pequenos, haverá uma zona dedicada a crianças dos 4 aos 12 anos com comida feita a pensar neles. Os pratos servidos no evento terão o tamanho de petiscos e um custo de 6€ e poderão ser saboreados ao som de música ambiente ou durante palestras animadas. O bilhete diário custa 15€ e para os dois dias fica por 25€. As crianças pagam 8,50€. Podem ser comprados aqui.
Casa no Castanheiro

Casa no Castanheiro

Se procura silêncio, calma, esta casa no meio da natureza, rodeada de castanheiros, carvalhos e pedras cobertas de musgo, é o seu destino. Fica perto da aldeia de Valeflor, na Beira Alta, num vale entre Trancoso e Mêda, com vista para a Serra da Marofa. A Casa no Castanheiro, em funcionamento desde 2021, é um refúgio, um lugar para recarregar energias longe do bulício diário e citadino. Mas não é um refúgio qualquer. Esta casa especial é composta por uma estrutura modular, feita com madeira e cortiça, que abraça um castanheiro quase secular. O projecto arrojado fez com que o arquitecto João Mendes Ribeiro vencesse o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira de 2021 e fosse nomeado para o prémio de arquitectura contemporânea Mies Van der Rohe, que será revelado em Abril deste ano. Mas vamos aos pormenores. Não é um hotel, avisam, por isso não conte com serviço de quartos sempre à disposição. As visitas que receberá durante a sua estadia poderão ser de lebres e pássaros mais curiosos. Por ser pequena – a área total é de 25 metros quadrados – só tem um quarto, pelo que está aconselhada para dois adultos e uma criança, no máximo. Tem casa de banho com chuveiro, kitchenette, wi-fi e uma salamandra para aquecer os dias mais frios e encher as noites de romantismo.
Gavião Nature Village

Gavião Nature Village

A poucos dias de celebrar o primeiro aniversário, o Gavião Nature Village, projecto que saiu das mãos de quatro amigos de infância, é um daqueles casos que chuta para canto o campismo lamacento e os banhos de água fria. Com 13 tendas glamping, bem equipadas e decoradas como se de um hotel se tratasse; e dez cork shelter, pequenas casinhas com capacidade para duas, quatro e oito pessoas, muito confortáveis e funcionais, promete facilitar o contacto com a natureza e tornar a experiência memorável. Além das casas/quartos de diferentes tipologias (a maior tem uma pequena sala de estar), possuem três tipos de tendas: para uma escapadinha romântica (vai poder dormir numa cama redonda); para umas férias em família (além da cama de casal, há um beliche); e para um convívio entre amigos (com quatro camas individuais). Todas instaladas sobre estrados de madeira e com mobiliário ecológico e sustentável. As tendas deste glamping de quatro estrelas perto de Portalegre são climatizadas, possuem televisão, casa de banho privativa, minibar, chaleira e outras comodidades. De manhã, um pequeno-almoço buffet espera por si. A seguir, é tempo de explorar o circuito wellness, com jacuzzi, banho turco e sauna.
Amor & Farinha

Amor & Farinha

É impossível não querer levar um exemplar de cada um dos pães que repousam na estante. E o mais provável é sair desta pequena padaria cheio de sacos nos braços. Pão de alecrim, pão de batata doce e coco, de arroz, de iogurte e arandos, com abóbora, canela e nozes, e de chia com sésamo tostado são alguns dos que poderá comprar aqui. Todos bons. Todos de fermentação lenta, agradavelmente tostados e crocantes. Também têm focaccias com tomate seco, cebola roxa, pimento, cogumelos e manjericão; empadas de legumes; bolos caseiros, como o muito guloso brownie de chocolate; e, mais recentemente, croissants, que é o que nos interessa hoje. São caseiros, feitos com massa mãe e doses generosas de manteiga, e levedam de um dia para o outro. Há-os simples (1,80€), com chocolate ou com manteiga de amendoim (ambos a 2€).
Brites

Brites

A lista de ingredientes para fazer estes croissants é longa, mas o mais importante é o tempo. “A Brites é uma padaria e pastelaria de fabrico artesanal, onde se opta pelo melhor processo e onde se respeita o tempo de cada produto. O tempo é, aliás, o ingrediente mais importante”, insiste Verónica Dias, a jovem padeira de 29 anos que abriu, em meados de Janeiro, este espaço onde pães, baguetes e bolos crescem ao seu próprio ritmo. “O pão e a viennoiserie, a pastelaria francesa, é toda de fermentação natural e longa. Faço bolas de Berlim, donuts e croissants franceses, por exemplo, que são a nossa imagem de marca. Levam 50% de manteiga”, conta. Mas não uma manteiga qualquer. A massa leva uma manteiga açoriana e no processo de laminação (que dá ao croissant o seu aspecto folhado), Verónica opta por uma manteiga francesa com 84% de gordura e extra seca. “Isto faz com que o croissant se torne mais amanteigado, leve e crocante”. O processo é moroso, complexo: exige três dias, da preparação à confecção. No primeiro faz-se a massa, no segundo lamina-se e no terceiro coze-se. Além dos croissants simples (1,50€), speculoos, toffee de chocolate, ganache e gianduia, que é uma mistura de chocolate e avelã, são alguns dos recheios (entre 2€ e 2,30€) que passam pelas vitrinas deste novo e tentador espaço.
Cantina de Ventozelo

Cantina de Ventozelo

Os National Geographic Traveller Hotel Awards elegeram, em Setembro passado, os 39 melhores hotéis em 2021 em todo o mundo. E há apenas um português na lista: a Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, que foi seleccionada como uma das três melhores escapadinhas gastronómicas. Na Cantina de Ventozelo, local onde antigamente eram servidas as refeições aos trabalhadores, agora servem-se pratos da autoria de Miguel Castro e Silva, que aposta no receituário regional e numa oferta “quilómetro zero”, ou seja, as ementas adaptam-se ao que a natureza fornece. É por isso que muitos dos produtos vêm das hortas da quinta, como a beterraba, o feijão-verde, as couves, as acelgas, o tomate coração de boi, os figos, os marmelos e o azeite. Quando algo lhes falta, como é o caso da carne maronesa, procuram produtores na proximidade, e sempre que é possível, trocam directamente os excedentes com os vizinhos. Se lhes fizer uma visita, conte com almoços ou jantares informais, onde serão servidos pratos de forno, como costela maronesa ou cachaço de porco bísaro, ou pratos de tacho, como feijoada ou rancho. Ao domingo há cabrito.
Naperon

Naperon

“Restaurante de aldeia. Menu sazonal. Produtos locais”. É assim que o Naperon se apresenta, o primeiro restaurante a solo de Hugo Nascimento, depois de longos e bons anos ao lado de Vítor Sobral em projectos como a Tasca da Esquina, em Lisboa. Em Setembro de 2019, o chef abalou com a família para Odeceixe, onde abriu este pequeno espaço despretensioso – só tem 30 lugares – nas Casas do Moinho, projecto turístico onde já costumava passar férias. Aqui servem dois menus de degustação que vão mudando quinzenalmente. Um tem seis momentos (60€) e o outro é servido em três tempos (38€). Anchova, batata doce, tomate, azeitona e coentros; cabeça de xara em bolo lêvedo; pudim de medronho com “farofa” de poejo; e chocolate, maracujá, noz e caramelo salgado são apenas algumas das criações com as quais Hugo já presenteou quem por lá passou.
Wine District

Wine District

Este restaurante e wine bar, inaugurado em meados do mês no Chiado, não podia ter aberto as portas em melhor altura. Agora que Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo fez questão de frisar que os países do Sul gastam tudo em álcool e mulheres, este é, decididamente, o local ideal para vir esbanjar o seu ordenado (no bom vinho que vendem, entenda-se). Mas deixemo-nos de brincadeiras. Quem olha para a fachada do número 44 da Rua Ivens não imagina que para lá da montra de vidro se estende um espaço bem versátil, com um balcão com 36 lugares feito de madeira de carvalho americano e francês (o mesmo de que são feitas as barricas onde estagia o vinho), uma mezzanine resguardada com mesas e sofás, uma esplanada interior e ainda uma antiga cisterna do tempo do Marquês que, em breve, vai ser usada como sala de provas de vinho e para workshops. “Os proprietários deste espaço são donos da Quinta de São Sebastião, uma marca de vinhos de Arruda dos Vinhos, e queriam criar um espaço onde ele pudesse ser apreciado. E como para se beber vinho, também é preciso comer, surgiu este projecto”, explica Júlio Fernandes, um dos responsáveis, juntamente com Tomás Marinho. Na carta há, sobretudo, petiscos. Uns em conserva, como o povo com azeitonas e picles (9€), as sardinhas com cebolinhas e menjericão (5,90€) ou a moxama de atum com laranja e amêndoa (10€), e outros em cima de tábuas. Os presuntos Pata Negra DOP com 40 meses de cura, e os queijos da Serra DOP são os que mais brilham na ement

News (460)

HOST Douro junta chefs, sommeliers e gente da hotelaria para debater hospitalidade

HOST Douro junta chefs, sommeliers e gente da hotelaria para debater hospitalidade

Setembro é um mês agitado para os lados do Alto Douro Vinhateiro. Além das vindimas que acontecem um pouco por todas as quintas, animando os socalcos num vaivém de gente, tractores e cestos de uvas, a região prepara-se para acolher o HOST Douro, a primeira edição de um evento dedicado à hospitalidade, que tem como objectivo reflectir sobre os desafios do sector, bem como promover a região e valorizar a arte de saber fazer e receber. Assim, entre os dias 14 e 15 de Setembro, o Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, será palco de conversas, experiências gastronómicas e várias mesas redondas. E há nomes bem sonantes que se vão fazer ouvir por aqui, ligados ao mundo da gastronomia e da hotelaria. Do empresário Rui Sanches, CEO do grupo de restauração Plateform; a Kristell Monot, directora de vinhos do Mugaritz, restaurante espanhol com duas estrelas Michelin; passando ainda por Elsa Yranzo, food designer, directora de arte e curadora em Barcelona, cujo trabalho explora a alimentação como um acto simbólico, social, estético e até político. “O nosso objectivo é gerar experiências que transformem, movam, desafiem e gerem novas formas de se relacionar com o mundo por meio da comida”, explica no seu site oficial. ©Marco DuarteRui Paula será um dos chefs presentes Quanto aos chefs, a lista também está bem recheada e junta Rui Paula, Pedro Lemos, Vasco Coelho Santos e Óscar Geadas – todos premiados com estrelas Michelin e com restaurantes no Douro – a quintas e restaurantes icónicos da
Fomos ao Matriarca, o novo mega projecto enogastronómico no coração do Porto

Fomos ao Matriarca, o novo mega projecto enogastronómico no coração do Porto

Cerca de 500 anos depois da formalização da mais antiga aliança diplomática do mundo – a luso-britânica, estabelecida pelo Tratado de Windsor a 9 de Maio de 1386, onde se firmava um acordo de paz, amizade e de assistência mútua entre os dois países – a família Symington criava uma outra, mas por via do matrimónio. No final do século XIX, Andrew James Symington, o primeiro desta família produtora de vinho do Porto a estabelecer-se em Portugal, dava o nó com Beatriz Leitão Carvalhosa Atkinson. O mais recente projecto enogastronómico do grupo Symington Family Estates, no centro do Porto, inaugurado este Verão e baptizado de Matriarca, é em sua homenagem. “Focamos sempre muito da nossa história no Andrew James, no vinho e na sua produção. Mas agora quisemos dar protagonismo à Beatriz que era uma pessoa muito sociável, que adorava juntar pessoas em redor da mesa, com bons vinhos e boa comida”, conta, em entrevista à Time Out, Vicky Symington, membro da quinta geração da família e gestora de marketing de enoturismo. O grupo, que detém marcas como a Graham’s e a Cockburn’s, com caves de envelhecimento em Vila Nova de Gaia, quis aproximar-se dos portuenses. “Gaia é um espaço, sobretudo, para visitas e provas. Não recebemos tantos locais quanto gostaríamos. É um espaço mais educativo e queríamos algo mais virado para o lifestyle, que atraísse os dois públicos. Queremos os turistas, claro, mas sobretudo chegar aos portuenses”. Tal como o vinho que produzem há vários séculos e que vai e
Tudo Dubon para si. A nova chocolataria artesanal e cocktail bar em Cedofeita já abriu

Tudo Dubon para si. A nova chocolataria artesanal e cocktail bar em Cedofeita já abriu

Parecem jóias. Pequenas meias-luas cheias recheadas que lembram rubis e esmeraldas. Perfeitamente alinhados atrás de uma vitrina imaculada, um exército de delicados bombons – que se derretem na boca em contacto com a língua – dão as boas-vindas a quem entra na Dubon, a chocolataria artesanal e cocktail bar, pela qual o Porto esperou meses a fio. Há-os com recheios de whiskey, hortelã-pimenta, ganache de café, cassis (também conhecida como groselha preta), framboesa ou caramelo salgado, entre muitos outros, que, todos os dias, resultam da inspiração e criatividade de Keren Barnea, a chef pasteleira e mentora do projecto. “Escolho a dedo e com cuidado todos os ingredientes que uso na confecção dos meus chocolates. Vêm um pouco de todo o mundo e as receitas são todas minhas, assim como os blends que aqui faço”, conta Keren, acrescentando que tudo “é original e tem muitas variações. Para cada chocolate há uma técnica específica”. Desta feita, o chocolate com o qual trabalha vem todo de França, de diferentes plantações, assim como muitas das frutas desidratadas. Os frutos secos, por sua vez, chegam-lhe de diversos países: as avelãs são de Piemonte, no norte de Itália; os pistáchios tanto podem vir da Sicília como ter origem iraniana; e as amêndoas são espanholas. “Quanto às especiarias e algumas infusões, é a minha mãe que as traz do Médio Oriente quando me vem visitar”, sorri. ©MMPDubon Keren Barnea e Roy Bendahan, ele engenheiro de profissão e responsável por dar nome ao espaç
Esta semana há pratos do Uzbequistão para provar no Nani Bistrot

Esta semana há pratos do Uzbequistão para provar no Nani Bistrot

Plov, somsa e xix kebab dizem-lhe alguma coisa? Não? Então aqui está uma boa oportunidade para ficar mais esclarecido sobre estes sabores do mundo. Entre os dias 27 de Agosto e 1 de Setembro, dia em que se assinala o Dia da Independência do Uzbequistão, a cozinha uzbeque instala-se no Nani, o bistrô de inspiração georgiana e arménia na rua da Torrinha, em Cedofeita. Apesar de se debruçar sobre a comida destes dois países (no menu é possível encontrar pratos tradicionais como o khachapuri, um pastel aberto recheado com queijo; o khinkali, um pastel de massa cozida; ou o khorovats, o típico churrasco arménio), “o Nani sempre foi pensado como uma ponte de sabores entre o Cáucaso e esta parte do mundo. Durante uma semana, queremos abrir as portas ainda mais, desta vez em direcção à Ásia Central”, anunciam em comunicado. Assim, durante uma semana, vai poder provar a comida do Uzbequistão (país de um dos donos do restaurante), como o somsa, um pastel folhado recheado com carne e especiarias; o xix kebab, as espetadas de carne marinada e grelhada que nunca faltam sobre qualquer mesa uzbeque; e ainda o plov, o “prato nacional, aromático e cheio de camadas de sabor”. Três grandes embaixadores da cozinha deste país asiático. ©DRXix kebab, espetadas de carne marinada e grelhada “É uma gastronomia cheia de história e rituais. O plov, por exemplo, não é ‘só’ arroz com cenoura e carne. Em algumas regiões, serve-se em forma de pirâmide para mostrar frescura. E há um detalhe curioso: o anf
Já experimentou um bolo de arroz de pato? O Cibû tem. Isso e muitas novidades na carta

Já experimentou um bolo de arroz de pato? O Cibû tem. Isso e muitas novidades na carta

Uma ida a Leça da Palmeira à hora de almoço só pode significar uma coisa: peixe e marisco na brasa, preparados nos grelhadores a carvão que, por esta altura do ano, se instalam nas ruas – para serem devorados sobre toalhas de papel manchadas por gulosas pingas de gordura. Tudo isto é muito bom e faz parte do nosso ADN gastronómico, no entanto, não é segredo nenhum que esta localidade de Matosinhos se tem vindo a afirmar como destino gastronómico nos últimos anos, apostando noutros estilos de cozinha. Por causa da Casa de Chá da boa Nova do chef Rui Paula, com duas estrelas Michelin; por causa de dois grandes restaurantes vegetarianos, como o Fava Tonka e o Seiva; e de tantos outros que têm dado cartas na restauração por estes lados, como é o caso do Cibû, do chef Hugo Portela, que em Fevereiro entrou para a lista de restaurantes recomendados do Guia Michelin. Acontece que o Cibû tem uma nova carta e isso é sempre um motivo de alegria, já que tudo o que o chef traz para mesa é uma diversão. “A maior parte das pessoas que entram aqui ficam surpreendidas e gostam”, diz Hugo Portela, que preparou para esta época uma “carta mais leve e mais fresca”. “Se continuasse a preparar uma cabidela ou uma costela mendinha, como tinha antes no menu, as pessoas saíam daqui com vontade de dormir uma sesta”, ri, recostado na cadeira, já depois de ter terminado o serviço de almoço.    © MMPTártaro de atum patudo com maracujá e molho picante, do Cibû A cozinha de Hugo Portela é o que se poderia
30 anos de Cafeína. “Um restaurante como este é sempre um processo, está sempre em evolução”

30 anos de Cafeína. “Um restaurante como este é sempre um processo, está sempre em evolução”

A brisa marítima paira sobre a Foz, enchendo o ar de uma salinidade que se propaga por vários quilómetros. Passa meia hora do meio-dia e o sol começa a queimar impiedosamente. Na penumbra do Cafeína, instalado numa casa do século XIX, está-se bem. Dispersas pelas mesas, envoltas numa semiobscuridade reconfortante, habitués conversam animadamente enquanto se servem alguns dos pratos clássicos da cidade. Vasco Mourão está ao telefone, à janela, prestes a embarcar num almoço que lhe fará recordar os 30 anos de um dos mais conceituados restaurantes da cidade, que, nos anos 90, foi uma lufada de ar fresco na gastronomia portuense.  Apesar de hoje não ser possível falar de um sem o outro, este não foi o primeiro negócio do empresário fundador do Grupo Cafeína, que detém muitos outros restaurantes, todos na Foz (para que possa circular entre eles sempre a pé), como o Terra, o Portarossa, a Casa Vasco e o Lucrécia. Em 1989 abriu, então, o Praia da Luz, na praia com o mesmo nome, agitando a movida junto ao mar; depois seguiu-se o Café na Praça e ainda o bar na Praia de Gondarém. “Mas desesperava com a sazonalidade, no Inverno chovia imenso e, por isso, precisava de um negócio que funcionasse nessa época”, começa por recordar. “Até que apareceu esta casa para arrendar, que estava devoluta e em muito mau estado”.  Os anos 90 e um couvert morno e guloso Um pão de fermentação lenta, feito com farinhas moídas em mó de pedra, que chega à mesa morno e acompanhado de um patê de aves trufado e
“Qualquer preconceito, qualquer discriminação é um sinal de falta de desenvolvimento intelectual e emocional”

“Qualquer preconceito, qualquer discriminação é um sinal de falta de desenvolvimento intelectual e emocional”

Depois de mais de uma dezena de romances, de muitos contos e de muitos livros para crianças, agora temos literatura num formato completamente diferente. Os haikus, que são uma forma curta e incisiva de poesia japonesa, que obedece a uma estrutura silábica muito particular. Porquê esta mudança de registo?Este é um projecto muito curioso. Quando o meu editor lançou a versão em inglês, nos Estados Unidos, pela editora Penguin [Books], foi uma surpresa enorme. E várias pessoas do mundo do haiku disseram: “Isto não faz sentido nenhum”. E não foi por não obedecer às regras, porque eu cumpri as regras silábicas, mas porque disseram que os haikus têm a ver com a natureza e têm a ver com uma surpresa da natureza e do ser humano. Foi aí que pensei: “Não, eu vou casar duas tradições muito diferentes: o misticismo judaico e o haiku”. Porquê não? Porquê não ter uma aventura literária? E para mim funcionam muitíssimo bem. Em parte, porque o misticismo em todas as tradições – tradição judaica, cristã, budista, etc. –, envolve mistérios, envolve surpresas, revelações inesperadas. Então, o haiku foi uma opção completamente natural. Para mim, faz todo o sentido.  O haiku já era uma prática habitual na sua vida como escritor ou foi um terreno completamente novo que decidiu explorar?Eu já tinha algum conhecimento dos haikus do [Matsuo] Bashô, o mais conhecido poeta japonês, e sempre gostei desse aspecto rápido e de revelação dos haikus, em que a última frase, normalmente de cinco sílabas, nos de
Kiwa. O match perfeito para quem não vive sem matcha

Kiwa. O match perfeito para quem não vive sem matcha

A esplanada está cheia e há gente de várias nacionalidades, com mais ou menos malas, acabada de chegar ou pronta a abandonar o Porto. Encostados às paredes, aguardam pacientes o pedido feito lá dentro para poderem seguir viagem. O Kiwa Café abriu em meados de Outubro, numa perpendicular à rua da Firmeza, e especializou-se em servir matcha como deve ser, com uma preparação clássica do chá verde matcha, muito associado à cerimónia do chá japonesa, mas acolhendo no menu algumas variações mais refrescantes para os dias quentes de Verão. Joohyun Chin – ou Jacqueline, como é tratada pelos funcionários e clientes habituais – tem uma história parecida com a de muitos outros empreendedores que abrem negócios na cidade. Veio até ao Porto, apaixonou-se pelas ruas e pelas pessoas, e decidiu mudar-se para cá. “Estava a ficar muito caro estar sempre a regressar ao Porto”, ri, acrescentando que nasceu na Coreia do Sul, mas viveu grande parte da sua vida na Califórnia, nos Estados Unidos. Na bagagem trouxe o sonho de abrir um café só seu, que não tardou em pôr em prática. View this post on Instagram A post shared by Cafe Kiwa Porto (@cafe.kiwa.porto) “Sou uma grande entusiasta, mas não conseguia encontrar espaços na cidade com bons matchas, por isso, aqui, o matcha é a estrela”, explica. É de grau cerimonial, vem directamente da cidade de Kagoshima, no Japão, é biológico e está cheio de antioxidantes. Com ele preparam o chá na sua forma mais pu
O The Royal Cocktail Club está entre os 500 melhores bares do mundo

O The Royal Cocktail Club está entre os 500 melhores bares do mundo

O The Royal Cocktail Club soma e segue. Depois do seu head bartender Fernando Sousa ter sido considerado, em Maio, o melhor bartender nacional do ano na 10ª edição do World Class Portugal, o bar especializado em cocktails de autor, localizado na Baixa do Porto, tem mais um galardão para juntar ao palmarés. Ficou em 345.º lugar numa lista que reúne os 500 melhores bares do mundo. Do Porto, há ainda mais um premiado, o bar Torto, que ficou com a 413.ª posição. “Todos os anos costumamos aparecer neste ranking. É uma consequência do nosso trabalho, de tudo o que pomos em prática todos os dias, do nosso menu de bebidas à nossa hospitalidade”, diz à Time Out Miguel Camões, empresário do Sensorial Group, do qual o The Royal Cocktail Club faz parte. “Este já é o quarto ano em que aparecemos no Top 500 Bars. Na lista também está o Torto, mas o Terraplana foi, igualmente, destacado em edições anteriores. Quantos mais bares do Porto aparecerem, melhor. É sempre muito importante, tanto para a cidade como para a indústria”, remata, acrescentando que em 2024 ficaram em 236º lugar. Para Carlos Santiago, o gerente, este “sobe e desce” é natural e deve-se ao “aparecimento de novos espaços, sobretudo no mercado sul-americano e asiático”. No entanto, e apesar das movimentações na tabela, “é sempre bom estar nos 500 melhores bares a nível mundial. É um reconhecimento internacional, é bom saber que o nosso bar é falado lá fora”, diz.  Além Invicta, Portugal não está nada mal representado. Para já
As Garden Parties do Six Senses Douro Valley estão de regresso e vêm em dose dupla

As Garden Parties do Six Senses Douro Valley estão de regresso e vêm em dose dupla

Haverá lá melhor coisa do que uma festa de Verão, com as suas noites amenas, rodopiando bons vinhos nos copos ao som de boa música e admirando um cenário maravilhoso, considerado Património Mundial da UNESCO? Quer tudo isto? Não está a pedir o impossível. A Garden Party by Six Senses Douro Valley está de regresso e este ano vem em dose dupla. A primeira festa estival acontece no próximo dia 26 de Julho e a segunda está marcada para finais de Agosto, no dia 30. No ano em que o mítico hotel de cinco estrelas no Douro celebra dez anos, na primeira festa cantar-se-ão os parabéns, com direito a bolo, brinde e fogo-de-artifício. “A nossa garden party é tão requisitada que, este ano, como festejamos um aniversário especial, optámos por fazer duas edições: uma assumidamente em modo festa de anos e a outra dedicada ao Verão”, diz, em comunicado, o director-geral do Six Senses Douro Valley, Oriol Juvé de Yebra. E acrescenta que esta é a oportunidade ideal para poderem “brindar com mais pessoas nestes dois dias”, que já conhecem ou querem conhecer melhor o universo Six Senses.  ©DRGarden Party no Six Senses Douro Valley As portas, em ambas as datas, abrem-se a hóspedes e a não hóspedes entre as 19.30 e a meia-noite, e pelos jardins do espaço, pela horta orgânica e pela nova greenhouse, estações com vários tipos de gastronomia vão estar a servir quem por lá aparecer. Adiantam ainda que no dia 26, três chefs, vindos de três outros Six Senses – Londres, Índia e Japão – vão pôr em prática
Arnaldo Azevedo fez um Restart e abriu um novo restaurante

Arnaldo Azevedo fez um Restart e abriu um novo restaurante

Arnaldo Azevedo trocou, ainda que por breves instantes, a vista para o mar intrépido – que vê todos os dias pelas janelas do Vila Foz Hotel & Spa, onde comanda os restaurantes Flor de Lis e Vila Foz, este com uma estrela Michelin –, pela aparente calma do rio Douro. Em Março deste ano, abraçou um novo projecto, completando assim uma mão cheia de restaurantes. O Restart by Vila Foz abriu no centro do Porto, ocupando a belíssima Maison Bleue na Rua da Restauração, e juntou-se aos restantes espaços do grupo: os dois do hotel de cinco estrelas; o Bistrô by Vila Foz, que abriu no Verão do ano passado no Mercado de Matosinhos; e, mais recentemente, o Taglio, inaugurado em Fevereiro, onde se servem pizzas romanas. O nome não foi escolhido ao acaso. Restart mistura restauração e arte – e a seguir à vista para o rio e para as caves de Gaia, que pode ser admirada na esplanada desafogada, as obras de arte que adornam o espaço são o que mais cativam o olhar. Entre pinturas e esculturas, a arte contemporânea floresce numa casa senhorial que acomoda também nove quartos que combinam design moderno e detalhes intemporais.    © DRRaviólis de rabo de boi com queijo da Serra Quanto ao restaurante, Arnaldo Azevedo revisita aqui alguns clássicos do Flor de Lis, como o arroz de robalo ou os filetes de polvo. “Como estamos mais centralizados, fazia sentido trabalhar mais o público estrangeiro, apresentando-lhe pratos como a pá de cordeiro, os croquetes de novilho ou a salada de polvo, que nos rem
Arrebita Famalicão: o festival gastronómico que reúne chefs de todo o país chegou ao norte

Arrebita Famalicão: o festival gastronómico que reúne chefs de todo o país chegou ao norte

Tem fome de festivais gastronómicos de Verão? Daqueles que apostam na descentralização, dão voz a projectos menos conhecidos e têm grandes nomes da nossa cozinha a preparar pratos apetitosos em locais improváveis? Ainda bem, porque temos uma boa novidade que lhe vai encher as medidas (e a barriga). O Arrebita Portugal, organizado pela Amuse Bouche FoodStorytellers, chega, pela primeira vez, mais a norte e instala-se em Famalicão nos dias 19 e 20 de Junho.  Entre as 12.00 e as 23.00, 30 chefs de todo o país vão estar no Mercado Municipal a mostrar o que valem e a interpretar a cozinha à sua maneira – honrando as raízes da cozinha portuguesa, apostando num receituário tradicional, ou fazendo uma abordagem mais criativa e vanguardista aos ingredientes. Da “serra ao litoral, da aldeia à cidade”, a organização promete “pratos deliciosos, provocadores e cada vez mais ligados à terra”. “O Arrebita Portugal foi um festival que nasceu na pandemia e para a pandemia. É um festival que, além de reunir vários chefs mais mediáticos, quer também dar voz a cozinheiros sem microfone, que têm projectos incríveis e que estão a abrir um pouco por todo o país”, apresenta à Time Out Ana Músico, o festival que organiza juntamente com o marido, Paulo Barata.  © DRArrebita Famalicão reúne chefs de todo o país Este festival gastronómico e itinerante arrancou em Portimão, em 2020, e, desde então, tem apontado a sua bússola para norte. Já passou por Idanha-a-Nova, onde aconteceu a segunda edição, e po