Percebeu que gostava de escrever sobre comida quando, por um acaso do destino, se viu a descrever minuciosamente, para um romance histórico, o sumptuoso banquete que um dia Napoleão comera. A partir daí, o mundo da gastronomia abriu-se sem preconceitos, devorando e descrevendo assados, guisados, estufados e ensopados; enumerando queijos; provando cegamente vinhos, azeites e especiarias; cozinhando em hotéis para desconhecidos; orientando palestras em feiras gastronómicas sobre tascas e restaurantes fine dining e comendo como um abade (o de Priscos, claro, seu conterrâneo). Há dez anos que escreve sobre comida, restaurantes (e outras coisas) na Time Out. Primeiro na revista de Lisboa, como editora de Comer & Beber e, desde 2017, na revista do Porto. É directora adjunta desde 2019.
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As melhores ideias para celebrar o Halloween no Porto
Por esta altura do ano, a questão que se (im)põe é “Doçura ou travessura?”. Embora não tenha raízes tão fortes como nos países anglo-saxónicos, o Halloween está a ganhar cada vez mais expressão por toda a cidade, seja nas montras das lojas, ou na agenda de eventos do mês, onde cabem actividades para todos os gostos. Se passa o ano inteiro à espera de um pretexto para planear a partida perfeita e dar vida às personagens dos seus filmes de terror favoritos, não precisa de esperar mais. Este ano, não faltam actividades para celebrar o Halloween no Porto. Recomendado: Os melhores filmes para ver no Halloween
As melhores coisas para fazer no Porto esta semana
Está a precisar de sair de casa durante umas horas e espairecer? Então preste atenção a esta lista com as melhores coisas para fazer no Porto esta semana. Quer seja antes ou depois do trabalho, durante a semana ou nos dias de descanso, há concertos, exposições e performances em vários locais da cidade. Escolha a programação ao seu gosto e vá dar um passeio pelas bonitas ruas do Porto. Para aproveitar bem o dia, sente-se à mesa num dos melhores restaurantes de comida tradicional. Mas se a cozinha portuguesa não for a sua praia, aposte, então, num dos dez novos restaurantes que há pela cidade. Recomendado: 45 coisas incríveis para fazer no Porto
As melhores coisas grátis para fazer este fim-de-semana no Porto
O fim-de-semana chegou, finalmente, e se não lhe apetece gastar dinheiro, não há problema, estamos aqui para ajudar. De concertos a exposições, passando por mercados e festivais de cinema e de arte urbana, a agenda cultural da cidade não pára e dá para todos os bolsos. Deixamos-lhe aqui tudo o que pode fazer no Porto este fim-de-semana, sem gastar um tostão. Se quiser preencher ainda mais os seus dias, pode também dar uma vista de olhos às melhores coisas grátis para fazer no Porto — incluindo uma visita aos parques e jardins da cidade —, ou admirar a arte que existe nas ruas. Não precisa de agradecer. Recomendado: As melhores coisas para fazer no Porto com chuva
As melhores coisas para fazer no Porto este fim-de-semana
Por entre as ruas estreitas e as casas coloridas, nos miradouros com vistas de cortar a respiração, nas galerias cheias de arte antiga e contemporânea, nas lojas para todos os gostos e carteiras, nos jardins e museus, ou nos restaurantes com comida tradicional ou do mundo – junto ao mar, à beira-rio ou no coração da Invicta –, há sempre muito para ver, fazer, comprar e provar no Porto, uma cidade ecléctica que consegue sempre surpreender. Nesta lista reunimos nove sugestões para que possa aproveitar os dias mais esperados da semana da melhor forma. Recomendado: As melhores coisas para fazer no Porto em Outubro
As exposições que não pode perder no Porto
A cena artística e cultural do Porto apresenta-se tão vibrante e diversa como sempre a conhecemos. Os museus e galerias da cidade continuam a apostar numa programação forte e multidisciplinar que promete atrair todo o tipo de públicos. Do trabalho de figuras emblemáticas da arquitectura portuguesa ao de ícones da fotografia internacional, há muito para explorar através das exposições que, actualmente, tomam conta da Invicta, em espaços de visita obrigatória como o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e a Casa São Roque. Com tanta variedade, vão faltar-lhe desculpas para não alinhar numa incursão cultural. Recomendado: Os melhores museus no Porto
O melhor do Time Out Market Porto em Outubro
Os dias de calor estão para trás das costas, mas isso não significa que a sua vida social e cultural tenha obrigatoriamente de abrandar. A melhor prova disso é a animada agenda do Time Out Market Porto para este mês. Entre novas propostas gastronómicas de influência asiática; pratos novos nos menus dos vários chefs; uma segunda edição do Urban Market — que reúne os trabalhos de designers, criadores e makers nacionais de diversas áreas — e concertos e DJ sets, há muito para aproveitar este mês de Outubro no Time Out Market Porto. Vá, divirta-se. Recomendado: As melhores coisas para fazer no Porto em Outubro
The 38 coolest neighbourhoods in the world
In 2024, what exactly makes a neighbourhood cool? Craft breweries, natty wine bars and street art are well and good, but the world’s best, most exciting and downright fun neighbourhoods are much more than identikit ‘hipster hubs’. They’re places that reflect the very best of their cities – its culture, community spirit, nightlife, food and drink – all condensed in one vibey, walkable district. To create our annual ranking, we went straight to the experts – our global team of on-the-ground writers and editors – and asked them what the coolest neighbourhood in their city is right now, and why. Then we narrowed down the selection and ranked the list using the insight and expertise of Time Out’s global editors, who vetted each neighbourhood against criteria including food, drink, arts, culture, street life, community and one-of-a-kind local flavour. The result? A list that celebrates the most unique and exciting pockets of our cities – and all their quirks. Yes, you’ll find some of those international hallmarks of ‘cool’. But in every neighbourhood on this list there’s something you won’t find anywhere else. Ever been to a photography museum that moonlights as a jazz club? Or a brewery with a library of Russian literature? How about a festival dedicated to fluff? When communities fiercely support and rally around their local businesses, even the most eccentric ideas can become a reality. And that, in our eyes, is what makes a neighbourhood truly cool. From formerly overlooked sub
44 amazing things to do in Porto right now
Porto has all the ingredients for the perfect city break: exceptional local cuisine, great shops, stunning sunset views, and souvenirs your friends and family will be begging you to bring back for them (we’d recommend leaving room in your bags for some beautifully packaged tinned fish, or a nice bottle of Port wine). It’s no surprise, then, that Porto is having a bit of a moment right now. What might surprise you is just how much there is to see and do in this relatively small city. That’s where our local Porto editors come in. They live here, they work here, and they spend their days scouring the city for the very best things to see, do, eat, drink and more. It doesn't matter if it’s the most famous attraction in the city, or totally under the radar: if it’s worth doing in Porto, it's on this list. Find their top picks below. RECOMMENDED:🍴 The best restaurants in Porto🍻 The best bars in Porto🏖️ The best beaches near Porto💗 The best romantic hotels in Porto🏠 The best Airbnbs in Porto This article was written by the editorial team at Time Out Porto. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines. This guide includes affiliate links, which have no influence on our editorial content. For more information, see our affiliate guidelines.
As melhores coisas para fazer no Bonfim, o bairro mais cool do Porto
A preservação do comércio tradicional, os novos projectos que têm vindo a habitar a zona, os passeios largos que convidam a andar a pé, as árvores que dão sombra, os espaços culturais que proliferam e, sobretudo, o carácter genuíno que o Bonfim parece preservar – escapando ao turismo desenfreado e à gentrificação que tem vindo a assolar as cidades europeias –, são alguns dos atributos que tornam o Bonfim num dos melhores locais da cidade para viver, andar, comer, relaxar e brindar. Se não acredita, espreite a lista dos 38 bairros mais cool do mundo que coloca o portuense Bonfim em 30.º lugar. Recomendado: 45 coisas incríveis para fazer no Porto
Dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer
A cena gastronómica do Porto é fervilhante – e não falamos apenas dos tachos com sopas reconfortantes ou das grandes panelas com arroz caldoso fumegante. Falamos dos espaços que todos os dias abrem no Grande Porto, com a missão de servir a melhor comida, feita com alma e coração, por mãos experientes. E há de tudo um pouco, para agradar a toda a gente. Dos restaurantes vanguardistas inspirados no receituário tradicional aos que apostam as fichas todas na comida de autor; dos espaços que preparam sandes portentosas aos que cozinham sob a influência asiática; por aqui vai encontrar dez novos restaurantes no Porto que tem mesmo de conhecer. Bom apetite. Recomendado: Os melhores brunches no Porto e arredores
Os restaurantes no Douro que valem a viagem
Cabrito assado no forno a lenha, bochechas de porco bísaro, saladas de tomate coração de boi (quando é tempo dele), arroz de salpicão ou arroz de costela à lavrador, alheiras reinterpretadas à luz das novas tendências, tortas de laranja ou tartes de cereja de Resende. Do restaurante mais tradicional, onde se faz o mesmo prato da mesma forma há mais de 30 anos, ao espaço mais vanguardista, comandado por chefs com estrelas Michelin no currículo, a gastronomia duriense é rica e bem tratada. Andámos pela região vinhateira a meter a colher nos pratos dos melhores restaurantes no Douro, porque tão importante quanto os vinhos que aqui se fazem é a comida que os acompanha. Recomendado: 🍇 As melhores quintas e hotéis com programas de enoturismo no Douro
Quintas no Douro com programas especiais de vindimas
De uma beleza que não passa de prazo, o Douro merece pelo menos uma visita por ano e a época das vindimas é a melhor altura para o fazer. A azáfama é grande no corte dos cachos, no encher das cestas com uvas e na pisa a pé nos grande lagares de granito, tudo isto enquanto o rio segue a sua vida lá em baixo e os socalcos preenchem a vista, numa paisagem que é Património Mundial da UNESCO. No mês mais agitado do calendário para uma quinta vinhateira, há várias a abrir as portas a quem quiser ver e participar no trabalho das vindimas. Em jeito de incentivo para uma escapadinha, descubra os programas especiais desta época. Recomendado: 🍇 As melhores quintas e hotéis com programas de enoturismo no Douro
Listings and reviews (75)
Clérigos Tower
What is it? This bell tower, which is over 75m tall and was completed in 1763, was designed by the architect Nicolau Nasoni. It’s one of Porto’s most prominent landmarks and is a must-visit for anyone coming to Porto. How many steps does the tower have? You’ll have to climb 225 steps to reach the top of the tower, but we promise the views from the top are worth it. When is the tower open? Torre dos Clérigos is normally open from 9am to 7pm, Monday to Sunday. Exceptions to this include: Easter, summer and the Christmas season, when it is open from 9am to 11pm; December 24 and 31, when it is open from 9am to 2pm; and December 25 and January 1, when it is open from 11am to 7pm. Last entry is always 30 minutes before closing. Do you need tickets to visit the tower? General admission is €8 and €5 for students aged 11 to 18. Children up to 10 years old go free. Tickets grant access to the tower and museum. Translated by Olivia Simpson
Snack-Bar Gazela
What is it? Snack-Bar Gazela is a no-frills spot that attracts a wide range of people for one simple reason: the food is just that good. What should I order? For over 50 years, Snack-Bar Gazela has been perfecting the art of making cachorrinhos (small hot dogs). The bread is thin and crispy, the linguiça sausages are high quality, and the cheese is melted to hold the fillings together. In the end, everything is brushed with butter and spicy sauce. When we say they’re popular spot, we mean it: on a normal day, 300 cachorrinhos are served. Best enjoyed when washed down with a couple of well-chilled beers. What are the prices like? This is the perfect place if you’re after cheap, delicious eats, with a cachorrinho setting you back just €4.50. Still hungry? Check out our list of the best restaurants in Porto. Translated by Olivia Simpson
Livraria Lello
What is it? Considered to be one of the most iconic bookstores in the world, Livraria Lello is situated in the heart of Porto on Rua das Carmelitas and is an important part of the city’s historical heritage. It features impressive neo-Gothic architecture, carved wood, gilded columns, and ornate ceilings and sells some 300,000 books a year. What is the J. K. Rowling connection? The Harry Potter author used to live in Porto, and is said to have been inspired by the city’s architecture. Climbing the ornate staircases in Livraria Lello, it’s easy to imagine you’re running late to a class in Hogwarts’ astronomy tower. How much does it cost? There is a three-tier ticket system, and the cost of all tickets can be redeemed against the purchase of books. The entry-level ticket is the silver, at €8; the next step up is the gold ticket (€15.95), which will buy you entry and a book from The Collection by Livraria Lello, the shop’s exclusive range; and the platinum ticket (€50) will get you priority entrance to the shop, as well as access to the Gemma Room. How long should I spend there? An hour should be enough time to browse the shelves and snap some pics of the gorgeous interiors. When is it open? The shop is open every day from 9am to 7.30pm and is closed on December 25, January 1, Easter Sunday, May 1 and June 24. Time Out tip The shop can get quite busy, so it’s best to visit at the end of the day to avoid crowds. Translated by Olivia Simpson
YesChef
O YesChef é o novo festival gastronómico que tem como objectivo descobrir, de norte a sul do país, os novos talentos da gastronomia portuguesa. O evento percorrerá diversas localidades e, através de um circuito de eventos gastronómicos, vai dar a possibilidade a chefs, pasteleiros, sommeliers e barmans em ascensão, de mostrarem aquilo que valem. O primeiro evento aconteceu no dia 15 de Junho, mas o segundo está já marcado para dia 13 de Julho, também na Fábrica da Ramada - Instituto do Design, em Guimarães. O chef Hugo Alves, do restaurante Norma, que foi reconhecido com o Bib Gourmand do Guia Michelin, vai estar a apresentar “pratos que combinam a tradição portuguesa e a modernidade da cozinha contemporânea”. Para os mais pequenos, haverá uma zona dedicada a crianças dos 4 aos 12 anos com comida feita a pensar neles. Os pratos servidos no evento terão o tamanho de petiscos e um custo de 6€ e poderão ser saboreados ao som de música ambiente ou durante palestras animadas. O bilhete diário custa 15€ e para os dois dias fica por 25€. As crianças pagam 8,50€. Podem ser comprados aqui.
Casa no Castanheiro
Se procura silêncio, calma, esta casa no meio da natureza, rodeada de castanheiros, carvalhos e pedras cobertas de musgo, é o seu destino. Fica perto da aldeia de Valeflor, na Beira Alta, num vale entre Trancoso e Mêda, com vista para a Serra da Marofa. A Casa no Castanheiro, em funcionamento desde 2021, é um refúgio, um lugar para recarregar energias longe do bulício diário e citadino. Mas não é um refúgio qualquer. Esta casa especial é composta por uma estrutura modular, feita com madeira e cortiça, que abraça um castanheiro quase secular. O projecto arrojado fez com que o arquitecto João Mendes Ribeiro vencesse o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira de 2021 e fosse nomeado para o prémio de arquitectura contemporânea Mies Van der Rohe, que será revelado em Abril deste ano. Mas vamos aos pormenores. Não é um hotel, avisam, por isso não conte com serviço de quartos sempre à disposição. As visitas que receberá durante a sua estadia poderão ser de lebres e pássaros mais curiosos. Por ser pequena – a área total é de 25 metros quadrados – só tem um quarto, pelo que está aconselhada para dois adultos e uma criança, no máximo. Tem casa de banho com chuveiro, kitchenette, wi-fi e uma salamandra para aquecer os dias mais frios e encher as noites de romantismo.
Gavião Nature Village
A poucos dias de celebrar o primeiro aniversário, o Gavião Nature Village, projecto que saiu das mãos de quatro amigos de infância, é um daqueles casos que chuta para canto o campismo lamacento e os banhos de água fria. Com 13 tendas glamping, bem equipadas e decoradas como se de um hotel se tratasse; e dez cork shelter, pequenas casinhas com capacidade para duas, quatro e oito pessoas, muito confortáveis e funcionais, promete facilitar o contacto com a natureza e tornar a experiência memorável. Além das casas/quartos de diferentes tipologias (a maior tem uma pequena sala de estar), possuem três tipos de tendas: para uma escapadinha romântica (vai poder dormir numa cama redonda); para umas férias em família (além da cama de casal, há um beliche); e para um convívio entre amigos (com quatro camas individuais). Todas instaladas sobre estrados de madeira e com mobiliário ecológico e sustentável. As tendas deste glamping de quatro estrelas perto de Portalegre são climatizadas, possuem televisão, casa de banho privativa, minibar, chaleira e outras comodidades. De manhã, um pequeno-almoço buffet espera por si. A seguir, é tempo de explorar o circuito wellness, com jacuzzi, banho turco e sauna.
Amor & Farinha
É impossível não querer levar um exemplar de cada um dos pães que repousam na estante. E o mais provável é sair desta pequena padaria cheio de sacos nos braços. Pão de alecrim, pão de batata doce e coco, de arroz, de iogurte e arandos, com abóbora, canela e nozes, e de chia com sésamo tostado são alguns dos que poderá comprar aqui. Todos bons. Todos de fermentação lenta, agradavelmente tostados e crocantes. Também têm focaccias com tomate seco, cebola roxa, pimento, cogumelos e manjericão; empadas de legumes; bolos caseiros, como o muito guloso brownie de chocolate; e, mais recentemente, croissants, que é o que nos interessa hoje. São caseiros, feitos com massa mãe e doses generosas de manteiga, e levedam de um dia para o outro. Há-os simples (1,80€), com chocolate ou com manteiga de amendoim (ambos a 2€).
Brites
A lista de ingredientes para fazer estes croissants é longa, mas o mais importante é o tempo. “A Brites é uma padaria e pastelaria de fabrico artesanal, onde se opta pelo melhor processo e onde se respeita o tempo de cada produto. O tempo é, aliás, o ingrediente mais importante”, insiste Verónica Dias, a jovem padeira de 29 anos que abriu, em meados de Janeiro, este espaço onde pães, baguetes e bolos crescem ao seu próprio ritmo. “O pão e a viennoiserie, a pastelaria francesa, é toda de fermentação natural e longa. Faço bolas de Berlim, donuts e croissants franceses, por exemplo, que são a nossa imagem de marca. Levam 50% de manteiga”, conta. Mas não uma manteiga qualquer. A massa leva uma manteiga açoriana e no processo de laminação (que dá ao croissant o seu aspecto folhado), Verónica opta por uma manteiga francesa com 84% de gordura e extra seca. “Isto faz com que o croissant se torne mais amanteigado, leve e crocante”. O processo é moroso, complexo: exige três dias, da preparação à confecção. No primeiro faz-se a massa, no segundo lamina-se e no terceiro coze-se. Além dos croissants simples (1,50€), speculoos, toffee de chocolate, ganache e gianduia, que é uma mistura de chocolate e avelã, são alguns dos recheios (entre 2€ e 2,30€) que passam pelas vitrinas deste novo e tentador espaço.
Cantina de Ventozelo
Os National Geographic Traveller Hotel Awards elegeram, em Setembro passado, os 39 melhores hotéis em 2021 em todo o mundo. E há apenas um português na lista: a Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, que foi seleccionada como uma das três melhores escapadinhas gastronómicas. Na Cantina de Ventozelo, local onde antigamente eram servidas as refeições aos trabalhadores, agora servem-se pratos da autoria de Miguel Castro e Silva, que aposta no receituário regional e numa oferta “quilómetro zero”, ou seja, as ementas adaptam-se ao que a natureza fornece. É por isso que muitos dos produtos vêm das hortas da quinta, como a beterraba, o feijão-verde, as couves, as acelgas, o tomate coração de boi, os figos, os marmelos e o azeite. Quando algo lhes falta, como é o caso da carne maronesa, procuram produtores na proximidade, e sempre que é possível, trocam directamente os excedentes com os vizinhos. Se lhes fizer uma visita, conte com almoços ou jantares informais, onde serão servidos pratos de forno, como costela maronesa ou cachaço de porco bísaro, ou pratos de tacho, como feijoada ou rancho. Ao domingo há cabrito.
Naperon
“Restaurante de aldeia. Menu sazonal. Produtos locais”. É assim que o Naperon se apresenta, o primeiro restaurante a solo de Hugo Nascimento, depois de longos e bons anos ao lado de Vítor Sobral em projectos como a Tasca da Esquina, em Lisboa. Em Setembro de 2019, o chef abalou com a família para Odeceixe, onde abriu este pequeno espaço despretensioso – só tem 30 lugares – nas Casas do Moinho, projecto turístico onde já costumava passar férias. Aqui servem dois menus de degustação que vão mudando quinzenalmente. Um tem seis momentos (60€) e o outro é servido em três tempos (38€). Anchova, batata doce, tomate, azeitona e coentros; cabeça de xara em bolo lêvedo; pudim de medronho com “farofa” de poejo; e chocolate, maracujá, noz e caramelo salgado são apenas algumas das criações com as quais Hugo já presenteou quem por lá passou.
Wine District
Este restaurante e wine bar, inaugurado em meados do mês no Chiado, não podia ter aberto as portas em melhor altura. Agora que Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo fez questão de frisar que os países do Sul gastam tudo em álcool e mulheres, este é, decididamente, o local ideal para vir esbanjar o seu ordenado (no bom vinho que vendem, entenda-se). Mas deixemo-nos de brincadeiras. Quem olha para a fachada do número 44 da Rua Ivens não imagina que para lá da montra de vidro se estende um espaço bem versátil, com um balcão com 36 lugares feito de madeira de carvalho americano e francês (o mesmo de que são feitas as barricas onde estagia o vinho), uma mezzanine resguardada com mesas e sofás, uma esplanada interior e ainda uma antiga cisterna do tempo do Marquês que, em breve, vai ser usada como sala de provas de vinho e para workshops. “Os proprietários deste espaço são donos da Quinta de São Sebastião, uma marca de vinhos de Arruda dos Vinhos, e queriam criar um espaço onde ele pudesse ser apreciado. E como para se beber vinho, também é preciso comer, surgiu este projecto”, explica Júlio Fernandes, um dos responsáveis, juntamente com Tomás Marinho. Na carta há, sobretudo, petiscos. Uns em conserva, como o povo com azeitonas e picles (9€), as sardinhas com cebolinhas e menjericão (5,90€) ou a moxama de atum com laranja e amêndoa (10€), e outros em cima de tábuas. Os presuntos Pata Negra DOP com 40 meses de cura, e os queijos da Serra DOP são os que mais brilham na ement
Viarco
As instalações velhas fazem parte do charme. A Viarco, em São João da Madeira, tem um carisma inexplicável: cheira a papelaria antiga e a bancos de escola. Esta história começa no piso inferior, num armazém negro pintado pelas minas que se espalham pelo chão, por cima das bancada s e no rosto de quem mistura grafite, argila e água para fazer o primeiro passo no processo de fabricação de um lápis: a mina. Esta secção, à qual também chamam de “cápsula do tempo”, está repleta de máquinas em funcionamento desde a fundação da fábrica, em 1936, em Vila do Conde, por Manoel Vieira Araújo. Daqui seguimos para a arredondagem. Colocam-se duas placas de madeira, já com a forma bruta de um lápis – usam maioritariamente madeira de cedro da Califórnia –, em redor da mina e afina-se o objecto. Por fim, os acabamentos, altura em que os lápis passam por várias camadas de tinta sobre um tapete rolante. Porém é também neste antigo espaço, repleto de nostalgia, que se fazem alguns dos produtos mais inovadores do segmento. O Art Graf Taylor, por exemplo, é a estrela da companhia: um composto de caulino, pigmento e talco, que resultou numa ferramenta versátil, de forma quadrada, que faz lembrar o giz dos alfaiates. Consoante a forma como for usado, pode ser tinta, pastel, aguarela ou lápis de cor, ou seja, com ele é possível fazer traços mais finos ou mais grossos, usar muita ou pouca água. Como é fácil de imaginar, nem sempre a vida da Viarco foi colorida como os seus lápis de cor. E a marca, q
News (382)
Na castiça aldeia de Poço do Canto, a época das vindimas fecha-se com vinho e cantorias
A época das vindimas está a chegar ao fim. Por agora, fazem-se apenas as colheitas tardias que darão origem aos vinhos licorosos das nossas garrafeiras. Para assinalar este fechar de ciclo, está de regresso o Há Beira e Douro, Fim de Vindimas, um evento que celebra os melhores vinhos das regiões demarcadas do Douro e da Beira Interior e que acontecerá no próximo dia 12 de Outubro, na castiça aldeia de Poço do Canto, na Mêda, “onde o Douro encontra a Serra”, como gostam de dizer. A terceira edição do evento contará com uma programação robusta onde os produtores vão poder apresentar os seus vinhos e outros produtos endógenos aos visitantes, mas não só. Além da degustação de vinhos das regiões do Douro e da Beira Interior, haverá ainda tempo para provas comentadas e para um concerto de fado, interpretado pela fadista Bia Caboz, ao final do dia. “O evento Há Beira e Douro, Fim de Vindimas constitui uma oportunidade ímpar para que os produtores possam apresentar os seus vinhos e produtos endógenos, dando a conhecer a singularidade e qualidade dos sabores da nossa região a um público conhecedor e apreciador de vinhos”, diz a organização em comunicado. A entrada é livre. + Sushi chega finalmente ao Time Out Market Porto + Este festival de chocolate em Gaia vai deixá-lo derretido (e a entrada é livre)
Silence 4 anunciam (mais uma) data extra para concerto de reunião no Porto
Depois de duas datas esgotadas em menos de uma semana (14 e 15 de Novembro de 2025), os Silence 4 anunciaram um terceiro espectáculo para o Porto. Será a 13 de Novembro, também na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota. A digressão da banda que se separou em 2001 arranca em Leiria, em Junho do próximo ano. A banda leiriense, composta por David Fonseca, Sofia Lisboa, Rui Costa e Tozé Pedrosa, volta à estrada para celebrar 30 anos desde a sua formação. Os primeiros concertos acontecem a 13 e 14 de Junho no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Seguem, depois, para o Porto, a 13, 14 e 15 de Novembro, na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, e terminam o périplo em Lisboa, com uma actuação a 13 de Dezembro na Meo Arena. Tire o pó aos CDs que tem guardados no armário e recorde alguns dos êxitos que a banda promete tocar, como “Borrow”, “My Friends” ou “To Give”. Os bilhetes para os espectáculos de Lisboa e do Porto custam entre 20€ e 80€ e podem ser comprados na Ticketline ou outros locais habituais. Já os ingressos para Leiria só estarão disponíveis a partir de Janeiro, e em exclusivo nas bilheteiras do Teatro Lúcio da Silva. + As melhores piscinas interiores no Porto + Ser egoísta à mesa até pode ser uma coisa boa
Sushi chega finalmente ao Time Out Market Porto
Sabe o que é que está a faltar entre esse polegar, indicador e dedo médio? Uns pauzinhos a segurar um luzidio e escorregadio pedaço de sashimi, ou um maki bem enroladinho. Pois bem, a espera acabou. O Tokkotai, um dos restaurantes japoneses referência da cidade, prepara-se para se instalar de armas e bagagens no Time Out Market Porto a partir desta quinta-feira, dia 10 de Outubro. O Tokkotai, que abriu o seu primeiro restaurante na Rua Comércio do Porto em 2022, faz parte do grupo de restaurantes que estão no projecto do mercado desde o início. Mas, enquanto não ocupa o seu espaço definitivo no piso térreo – entre o Meia-Nau e a Casa Inês –, vai estar a preparar, num quiosque no primeiro piso, uma espécie de showcase do que tem de melhor no seu espaço original. © DRQuiosque do Tokkotai - Time Out Market Lá fazem uma fusão equilibrada entre a cozinha nipónica mais tradicional e “influências modernas e globais”, espelhando culturas de outras latitudes. “No fundo, pretende-se que a experiência de comer no Tokkotai seja uma viagem gastronómica com influências culturais de São Paulo, Lima, Seul e Hong Kong”, dizem. Por isso, não se espante se na carta, com assinatura do chef Paulo César, encontrar carpaccios, temakis, tacos, pokes, uramakis, bateras e gunkans, entre outras coisas. O carpaccio de salmão trufado e o gunkan de ovo de codorniz, trufa negra e ovas de Masago são dois dos bestsellers da casa-mãe que estarão replicados no Time Out Market. “Além dos bestsellers do sushi
Ser egoísta à mesa até pode ser uma coisa boa
De egoísta tem pouco, já que a vontade de partilhar Portugal (e alguma da sua diáspora) é muita. O L’Égoïste, o novo bar e restaurante do Renaissance Porto Lapa Hotel, que tem ao leme os chefs Duarte Batista, na cozinha, e Ricardo Tiago, na pastelaria, parece querer conduzir os clientes que se sentam à sua mesa numa viagem por terra e por mar, de norte a sul do país, do interior até ao litoral. O resultado? Um menu que tem tanto de divertido e inusitado como de familiar e saudosista. Inspirados pelo receituário tradicional português, deram uma nova roupagem e interpretação a alguns dos pratos mais típicos da nossa gastronomia, como a sapateira recheada – que surge na carta como uma ode às marisqueiras e cervejarias portuguesas – e que em vez de ser servida com pão tostado, vem para a mesa com panquecas salgadas (24€). Ou o prato "Zé do Pipo, onde está o bacalhau?", onde o peixe, “escalfado em leite”, esconde-se sob um puré de cebola assada, espuma de batata e picles caseiros (30€). Quer mais outro exemplo? O pudim Abade de Priscos é servido com um merengue em chamas, gin tónico e grelos (10€). Sim, grelos, leu bem. © DRNo Reino dos Míscaros Mas nem todos os pratos saltam fora da caixa. E ainda bem. Outros há que mantêm na sua raiz o sabor da tradição. “'No Reino dos Míscaros' é o prato que mais me caracteriza”, começa por explicar Duarte Batista sobre a massada de fregola (um tipo de massa de sêmola enrolada em bolas pequenas) que foi colocada sobre a mesa. Saborosa e reco
Carne, vinhos e agricultura sustentável. Assim será o segundo jantar especial do Borboleta
Setembro é um mês de inícios e recomeços e, por isso, fez todo o sentido que o primeiro jantar especial do Borboleta, o restaurante de Kate e Yana junto aos Jardins do Palácio de Cristal, acontecesse nessa altura. Debaixo de um alpendre frondoso e sob a luz das estrelas, reuniram no jardim das traseiras, em redor de uma mesa corrida, portuenses e visitantes das mais diversas áreas, das mais diversas idades. Correu tão bem, soube tão bem, que decidiram repetir. O segundo Special Dinner do Borboleta acontece na próxima quarta-feira, dia 9 de Outubro. O tema deste segundo evento será “É tudo sobre carne!” e o menu contará com cinco pratos preparados por Kate, a chef, que dará a provar os melhores cortes de carne. Tal como aconteceu em Setembro, vão trazer para a mesa os produtores de confiança com quem mais gostam de trabalhar – o Talho Gondarém é um dos que marcará presença. Esta casa, em funcionamento há quase um século, trabalha, sobretudo, com carnes nacionais, galegas e da América do Sul. ©DRPrato de carne do Borboleta A compor os pratos pensados por Kate, estarão também as saladas e os vegetais da Horta D'Ria, uma quinta em Vila Nova de Famalicão que aposta na agricultura local, ecológica e regenerativa. E a acompanhá-los, haverá pão e focaccia de Dasha (@askfordasha) e vinhos da Adega Molares. Esta, situada na Região do Vinho Verde, “produz vinhos conhecidos pela sua complexidade e excelência, ideais para harmonizar com os nossos pratos de carne”, dizem as sócias. O
O Porto foi eleito como a “melhor cidade culinária emergente da Europa"
Brindemos. A culinária portuguesa está de boa saúde e recomenda-se. Os World Culinary Awards, evento irmão dos World Travel Awards, elegeram esta quarta-feira duas cidades portuguesas como bons destinos para quem quer comer bem. O Porto foi distinguido como a “melhor cidade culinária emergente da Europa” e Lisboa foi eleita o “melhor destino culinário da Europa”, derrotando pesos pesados como Barcelona, Copenhaga, Florença, Londres, Paris e Viena, que concorriam na mesma categoria. A cidade Invicta, que se posiciona cada vez mais no epicentro da culinária europeia, à conta dos seus bons restaurantes e eventos gastronómicos de relevo, destronou as cidades de Batumi, na Geórgia, vencedora do ano anterior; Berlim, na Alemanha; Cannes, em Franç;a e Dubrovnik, na Croácia. De referir também, que o Porto foi a cidade escolhida para receber a segunda Gala Michelin portuguesa, que acontecerá a 25 de Fevereiro de 2025. Na quinta edição dos World Culinary Awards, que teve lugar no Dubai, com o objectivo de promover “a cultura culinária global e incentivar o turismo gastronómico”, o restaurante Vila Joya, no Algarve, foi escolhido como o melhor restaurante de hotel fine dining na Europa. + Leia gratuitamente a edição deste mês: Os bairros mais cool do mundo + As melhores coisas para fazer no Porto em Outubro
Do 2Monkeys para Amarante: Francisco Quintas quer reconquistar estrela Michelin para o Largo do Paço
Amarante tem boas novas para celebrar. O Largo do Paço, o restaurante do hotel cinco estrelas Casa da Calçada, que tem estado fechado para obras e que por isso acabou por perder a estrela Michelin, terá Francisco Quintas a comandar a sua cozinha, o mais jovem chef português a conquistar uma estrela, feito alcançado este ano para o 2Monkeys, juntamente com o chef Vítor Matos. Ao que a Time Out apurou, o restaurante deverá abrir no final do ano. Francisco Quintas, de 25 anos, sucede assim a Tiago Bonito, o último chef do Largo do Paço antes do fecho do hotel no início de 2023 para remodelações e para quem trabalhou, neste mesmo espaço, aos fins-de-semana, enquanto estudante. Francisco regressa agora a um local que o viu crescer enquanto cozinheiro com duas novas missões: a de criar uma nova carta para o restaurante e a de reconquistar a estrela Michelin – recebida pela primeira vez há 20 anos, sob a batuta do chef Cordeiro, e perdida no ano passado. “Conquistar uma estrela Michelin é um objectivo pessoal e do restaurante, claro, e vamos trabalhar para isso, com muito foco, muita visão, muita dedicação, muito trabalho e humildade”, confessou o chef em comunicado de imprensa enviado às redacções. Francisco Quintas aproveitou também para mostrar qual será a sua linha de acção. “A cozinha do Largo do Paço vai ser muito preocupada com a qualidade do produto. Cada vez mais o cliente que procura este segmento quer ter um bom produto, trabalhado com boa técnica e muita criatividade”.
Será que o Bonfim é mesmo um dos bairros mais cool do mundo? É, pois, dizem os portuenses
A opinião é unânime: o Bonfim é mesmo um dos bairros mais interessantes do mundo. Pelo menos, esta parece ser uma verdade irrevogável para portuenses. Saímos para a rua para descobrir a opinião de quem cá vive e todos os entrevistados, sem excepção, concordaram com o posicionamento desta freguesia, que fica entre a Baixa e Campanhã, no ranking dos 38 bairros mais cool do mundo. A lista, elaborada pelos jornalistas e editores da Time Out à volta do mundo, com a ajuda de leitores e residentes, colocou Notre-Dame-du-Mont, em Marselha, em primeiro lugar, e o Príncipe Real, em Lisboa, na oitava posição. A preservação do comércio tradicional, os novos projectos que têm vindo a habitar a zona, os passeios largos que convidam a andar a pé, as árvores que dão sombra, os espaços culturais que proliferam e, sobretudo, o carácter genuíno que o Bonfim parece preservar – escapando ao turismo desenfreado e à gentrificação que têm vindo a assolar as cidades europeias –, foram alguns dos argumentos para justificar a merecida 30º posição do bairro portuense na lista mundial. Tradição vs. inovação “É uma zona histórica da cidade, que mantém a sua traça original”, mas que está a acolher “uma onda de novos negócios com espírito jovem, como o Donau, a Aquela Kombucha, que é um projecto nascido e criado no Porto, e o Fiasco, que é uma loja de vinis e bar de cocktails, que eu gosto muito”, conta, por exemplo, Gaspar. Mas Fiasco, só se for no nome, porque este bar inaugurado em Abril, que é também
Porto recebe em Fevereiro a próxima gala do Guia Michelin Portugal
O Porto é a cidade escolhida para receber a próxima gala do Guia Michelin Portugal, que acontecerá no dia 25 de Fevereiro de 2025. A segunda edição do evento, que acontece agora de forma independente da vizinha Espanha (a cerimónia de Fevereiro deste ano, em Albufeira, foi a primeira neste formato) terá lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, foi anunciado nesta quinta-feira em conferência de imprensa no Terminal de Cruzeiros em Matosinhos, com o apoio do Turismo de Portugal e do Turismo do Porto e Norte. A vontade de “colocar Portugal no mapa” e de dar a conhecer a “identidade culinária portuguesa” levou a que o Porto fosse o local escolhido para a próxima gala por causa “do carácter genuíno das suas gentes, da sua gastronomia rica e dos seus excelentes vinhos”, mas também “dos seus produtos da terra e do mar, da frescura do seu peixe — que dizem que é o melhor peixe do mundo —, e por ser uma região de raças autóctones”, explicou Nuno Ferreira. O responsável do Guia Michelin Portugal ressalvou ainda que a região do Porto e Norte é aquela com mais restaurantes presentes no guia nacional. “São 50 restaurantes. É a maior fatia”. A coordenação gastronómica do evento, que em Fevereiro contará com cerca de 500 pessoas, recaiu sobre os três chefs galardoados com duas estrelas Michelin a norte: Rui Paula, da Casa de Chá da Boa Nova, em Matosinhos; Ricardo Costa, do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia; e Vítor Matos, do Antiqvvm, no Porto. “Finalmente temos a gala na no
Mau tempo deixa Norte e Centro sob alerta, sobretudo nas zonas dos incêndios
Fique atento ao telemóvel porque a Protecção Civil vai emitir, a partir das 18.00 desta quarta-feira, SMS preventivos para as regiões Norte e Centro, que deverão ser fustigadas por chuvas intensas e ventos fortes nos próximos dias. As áreas mais afectadas pelos incêndios, como as regiões acima da linha do rio Mondego, entre Coimbra e a Serra da Estrela, serão alvo de maior preocupação. Alexandre Penha, adjunto de operações nacional no Comando Nacional de Operações de Socorro, pediu, durante a conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, para que a população tivesse “alguns cuidados” e implementasse “algumas medidas de contenção durante os próximos dias, especialmente antes de a precipitação chegar”. Limpar sistemas de escoamento e drenagem e evitar circular pelas zonas de incêndios por haver “uma maior probabilidade de deslizamento de terras” (apesar de o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas já ter iniciado trabalhos de estabilização de emergência) foram algumas das advertências mencionadas. A Protecção Civil pediu também para que a circulação rodoviária fosse feita com especial cuidado, apelando a uma “condução defensiva”, que tivesse em atenção os “efeitos das primeiras chuvas após uma temporada de piso seco”. Períodos críticos entre quarta e quinta-feira O período mais crítico, segundo avançou a agência Lusa, acontecerá entre a meia-noite de quarta-feira e as 23.59 do dia seguinte, “e os d
O Bonfim é um dos bairros mais cool do mundo
Quem diria que em pouco mais de 90 mil quilómetros quadrados cabem alguns dos mais apetecíveis sítios para viver, andar, comer, relaxar e brindar? O Príncipe Real, em Lisboa, e o Bonfim, no Porto, figuram no ranking dos 38 bairros mais cool do mundo. Os bairros eleitos foram escolhidos a dedo pelos jornalistas e especialistas locais da Time Out espalhados mundo, que contaram com a opinião e colaboração de milhares de leitores e residentes. O bairro alfacinha ficou em oitavo lugar e o portuense Bonfim em 30.º. A pole position foi para Notre-Dame-du-Mont, em Marselha, França. Situado entre a Baixa e a zona Oriental da cidade – uma das zonas culturalmente mais promissoras da cidade – o Bonfim é visto como o “último reduto portuense”, onde o turismo ainda não chegou em massa e a população vive numa animada e funcional simbiose com o comércio ali estabelecido há várias décadas. Ainda é possível encontrar mercearias, lojas de arranjos de costura, talhos ou pastelarias à moda antiga, vivos e de boa saúde, sobretudo na Avenida de Rodrigues de Freitas, uma das suas principais artérias. © Diogo RochaVasco Coelho Santos na cozinha do Euskalduna Mas não pense que o Bonfim ficou parado no tempo. Isso não podia estar mais longe da verdade. São muitos os novos negócios que aqui encontraram o local ideal para dar os primeiros passos, como a Aquela Kombucha Taproom. O Bonfim é também casa de boas e premiadas propostas gastronómicas, como o Euskalduna Studio, com uma estrela Michelin, ou o c
Soma – Café & Cozinha: uma soma de histórias e de coisas boas para provar
“É muito difícil quando temos de falar das nossas paixões”, sorri Mona Karenina do outro lado da mesa. “O Soma - Café & Cozinha é uma soma das histórias de toda a gente que aqui trabalha. Queria um nome que reflectisse uma conotação positiva, em português, mas que fosse fácil de ler em todas as línguas”, conta a publicitária sobre o seu mais recente projecto, que tanto tardou em chegar. Mona, que nos tempos de estudante esteve quase para desistir do curso universitário para enveredar pela área da gastronomia, abriu, em Agosto, um espaço na rua Adolfo Casais Monteiro, onde a cozinha de autor e o café de especialidade se unem. “Acabei por terminar o curso e arrumei essa paixão pela gastronomia na gaveta dos sonhos”, diz. Mas há dois anos a gaveta escancarou-se, o sonho escapou e ficou a pairar pelo ar. “O meu padrasto, que é o nosso terceiro sócio, além de mim e da Luiza [de Almeida], estava ligado a este espaço aqui, onde funcionava antes o Ultramarino Futebol Clube, e perguntou-me se queria ficar com ele. Na altura só pensei assim: ‘Oxê, não estou preparada para esse momento’”, gracejou Mona de mão no peito, relembrando a sensação. “É que eu tinha a minha agência de comunicação, que estava em crescimento, e os meus serviços — que incluíam estratégia de comunicação e planeamento —, estavam sobretudo voltados para área da restauração, bares e hotelaria. Por isso, o meu trabalho era sobretudo atrás das câmaras”. ©MMPArroz doce As peças começaram a juntar-se umas às outras e a