Percebeu que gostava de escrever sobre comida quando, por um acaso do destino, se viu a descrever minuciosamente, para um romance histórico, o sumptuoso banquete que um dia Napoleão comera. A partir daí, o mundo da gastronomia abriu-se sem preconceitos, devorando e descrevendo assados, guisados, estufados e ensopados; enumerando queijos; provando cegamente vinhos, azeites e especiarias; cozinhando em hotéis para desconhecidos; orientando palestras em feiras gastronómicas sobre tascas e restaurantes fine dining e comendo como um abade (o de Priscos, claro, seu conterrâneo). Há dez anos que escreve sobre comida, restaurantes (e outras coisas) na Time Out. Primeiro na revista de Lisboa, como editora de Comer & Beber e, desde 2017, na revista do Porto. É directora adjunta desde 2019.

Mariana Morais Pinheiro

Mariana Morais Pinheiro

Directora Adjunta, Porto

Articles (213)

As melhores coisas para fazer no Porto com chuva

As melhores coisas para fazer no Porto com chuva

A chuva está de volta, mas não é motivo para desanimar. Bem pelo contrário. Se não acredita, veja esta lista com tudo o que pode fazer no Porto quando está a chover, para que possa aproveitar da melhor forma os dias cinzentões. Há opções de actividades para fazer sozinho ou acompanhado, dentro e fora de casa, com muito ou pouco dinheiro. Do passeio de eléctrico ao roteiro de arte fora do comum, passando pelo Time Out Market Porto e por uma visita aos museus e salas de espectáculo portuenses. Por isso, não há desculpas: calce as botas, vista o impermeável, saia de casa e aproveite tudo o que a cidade tem para lhe oferecer.  Recomendado: As melhores coisas para fazer no Porto em Outubro
Sete musicais no Porto para ver com os miúdos

Sete musicais no Porto para ver com os miúdos

A época mais mágica do ano está a chegar e com ela não faltam também actividades para fazer com as crianças (e com a família), que envolvem aventura, diversão e espectáculo. Se está a pensar em formas de tirar os mais novos de casa e levá-los a passar um bom bocado, preste atenção a esta lista de musicais para ver no Porto até ao final do ano, que prometem não desiludir. Há histórias para todos os gostos, vários cenários, personagens e, claro, muita música. E porque não queremos que lhe falte nada, vá dando uma vista de olhos às coisas para fazer com os miúdos nos próximos dias na cidade ou, então, leve-os a passear num dos parques e jardins do Porto.  Recomendado: Coisas para fazer em família no Porto
Boo! As melhores ideias para celebrar o Halloween no Porto

Boo! As melhores ideias para celebrar o Halloween no Porto

Por esta altura do ano, a questão que se impõe é “doçura ou travessura?”. Embora não tenha raízes tão fortes como nos países anglo-saxónicos, o Halloween continua a ganhar expressão por toda a cidade, seja nas montras das lojas, ou na agenda de eventos, onde cabem actividades para todos os gostos. Se passa o ano inteiro à espera de um pretexto para planear a partida perfeita e dar vida às personagens dos seus filmes de terror favoritos, não precisa de esperar mais. Este ano, não faltam actividades para celebrar o Halloween no Porto. Aproveite e dê uma vista de olhos nestes seis sítios de arrepiar no Porto e arredores.  Recomendado: Os melhores filmes para ver no Halloween
As melhores coisas para fazer em Campanhã

As melhores coisas para fazer em Campanhã

Apanhe o comboio e saia na estação de Campanhã, porque na freguesia mais oriental do Porto há muito para descobrir. Há bonitos espaços verdes por onde a natureza prolifera; uma actividade cultural intensa, com galerias que recebem desde arte contemporânea a espectáculos de teatro; uma fonoteca, um espaço público que funciona como arquivo sonoro, constituído por uma colecção de mais de 35 mil discos; e, claro, bons sítios onde comer. Das clássicas tascas aos restaurantes do mundo, passando pelo fine dining de se lhe tirar o chapéu. E em breve acolherá ainda um centro empresarial, cultural e social no antigo Matadouro. Estas são as melhores coisas para fazer em Campanhã. Recomendado: 45 coisas incríveis para fazer no Porto
The most underrated destinations in Europe to visit in 2026

The most underrated destinations in Europe to visit in 2026

You’ve done the classics: the capital cities, the TikTok viral spots, the cities with their own Netflix show. And don’t get us wrong, we love the classics for a reason. But there’s a downside to these big, bustling, bucket-list-worthy travel destinations. If you’ve ever queued an hour for a pastry, spent your day’s budget on a coffee or had to book a museum three months in advance, you’ll know it as well as us: it’s the crowds.  And following years of anti-tourism measures, Airbnb restrictions and demonstrations in response to overtourism, there’s never been a better time to think outside the box for your travels – especially when so many incredible European spots are getting overlooked. This is our ultimate guide to Europe’s best hidden spots, from culture-packed city breaks to under-the-radar national parks. If you’re travelling on a budget, searching for quiet or just desperate to try somewhere new, these are the most underrated places to visit in Europe right now, according to Time Out experts.  Europe’s most underrated destinations at a glance ⛱️ Best for a beach holiday: Terracina, Italy 📸 Best weekend city break: Gothenburg, Sweden 💸 Best budget-friendly: Plovdiv, Bulgaria ❄️ Best winter escape: Machynlleth, Wales 🥾 Best outdoorsy adventure: Gerês, Portugal This guide was written by a number of Time Out contributors and experts. For more about how we curate, see our editorial guidelines. This guide includes affiliate links, which have no influence on our editoria
As melhores quintas e hotéis com enoturismo no Douro

As melhores quintas e hotéis com enoturismo no Douro

"Um poema geológico. A beleza absoluta." As palavras são de Miguel Torga, sobre a região que o viu nascer, e não podiam ser mais merecidas ou verdadeiras. O Douro é a primeira e mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo e, em 2001, foi considerada pela UNESCO como Património da Humanidade. Desde então, espalhadas pelas arribas durienses há cada vez mais quintas e alojamentos com propostas tentadoras. Umas são clássicas como manda a tradição, outras mais modernas e com designs arrojados. Umas apostam nos tesouros que guardam nas suas adegas e outras em soalheiros piqueniques no meio das vinhas. Corremos este pedaço de paraíso de lés a lés para lhe dizer onde dormir, comer, passear e brindar à sua saúde. Recomendado:🍇 As melhores coisas para fazer no Douro
Vindimas no Douro: as quintas com os melhores programas especiais

Vindimas no Douro: as quintas com os melhores programas especiais

Chegou a época mais especial e aguardada no Douro, para a qual se trabalhou o ano inteiro. De uma beleza que não passa de prazo, o Douro merece pelo menos uma visita por ano e a época das vindimas é a melhor altura para o fazer. A azáfama é grande no corte dos cachos, no encher das cestas com uvas e na pisa a pé nos grande lagares de granito, tudo isto enquanto o rio segue a sua vida lá em baixo e os socalcos preenchem a vista, numa paisagem que é Património Mundial da UNESCO. No mês mais agitado do calendário para uma quinta vinhateira, há várias a abrir as portas a quem quiser ver e participar no trabalho das vindimas. Em jeito de incentivo para uma escapadinha, descubra os programas especiais desta época. Recomendado: 🍇 As melhores quintas e hotéis com enoturismo no Douro
Seis livrarias infantis que tem de conhecer no Porto

Seis livrarias infantis que tem de conhecer no Porto

Nem sempre é fácil arranjar uma forma divertida de entreter os miúdos, sobretudo quando a ideia é afastá-los de todo o tipo de ecrãs que parecem dominar a vida adulta. A pensar nisso, e sabendo que ler é um hábito que se incute desde cedo, preparamos-lhe esta lista com seis livrarias no Porto, que estão repletas de boas propostas para os mais novos. Em qualquer uma delas, encontra o encanto das palavras simples, lado a lado com a energia da ilustração. Há ainda tempo para contar e ouvir histórias, entre outras actividades para toda a família. Recomendado: Os melhores museus para crianças no Porto
Os melhores restaurantes em Leça da Palmeira

Os melhores restaurantes em Leça da Palmeira

Leça da Palmeira é forte numa culinária ecléctica, que tanto acolhe restaurantes típicos com comida tradicional portuguesa, como espaços com duas estrelas Michelin, na vanguarda da melhor gastronomia. Bons e bonitos projectos gastronómicos têm despontado por aqui nos últimos anos — das criações vegetarianas aos pratos arrojados dos novos chefs da cidade, das carnes mais tenras aos peixes mais frescos. Se lhe apetece uma paisagem diferente, aposte numa vinda para estes lados e deixe-se surpreender pelos melhores restaurantes em Leça da Palmeira. Depois da sobremesa, peça o café junto ao mar.  Recomendado: Os melhores bares de praia no Porto e arredores
Os dez restaurantes com estrela Michelin no Grande Porto

Os dez restaurantes com estrela Michelin no Grande Porto

Não temos muitos restaurantes Michelin no Porto, mas os que temos são bons que se fartam e merecem muito uma visita sua, nem que seja “quando o rei faz anos”. Por isso, junte uns trocos, reserve com antecedência um lugar à mesa num destes restaurantes com estrela Michelin no Grande Porto e deixe-se apaixonar pelo estômago e pela incrível cozinha que aqui se faz. Com inspiração no mar, no receituário tradicional português ou com influências do mundo, aqui criam-se pratos que lhe vão, seguramente, ficar-lhe na memória. E uma coisa é certa, nestes restaurantes a experiência vai muito além da comida. Bom apetite. Recomendado: Os 55 melhores restaurantes no Porto
22 bons e bonitos cafés que tem de conhecer no Porto

22 bons e bonitos cafés que tem de conhecer no Porto

Se há coisa que fazemos bem, é beber um cafezinho, várias vezes ao dia. É vital. E se, volta e meia, não ingerirmos uma dose de cafeína, não somos os mesmos e ninguém nos atura. A pensar nisto e neste hábito tão enraizado na cultura e sociedade portuguesas, preparámos-lhe esta lista com os cafés no Porto que tem de conhecer. Uns mais clássicos e antigos, outros mais modernos e com cafés de especialidade, moídos na hora, vindos de vários cantos do mundo. Se a fome apertar, não faltam também opções para lanchar durante o dia, almoçar de forma saudável ou até jantar e beber um copo por aqui. Caso procure um ambiente diferente e com vista, dê uma vista de olhos pelas https://www.timeout.pt/porto/pt/restaurantes/as-melhores-esplanadas-no-porto.  Recomendado: 15 sítios para beber café de especialidade no Porto
Os melhores restaurantes de comida tradicional no Porto

Os melhores restaurantes de comida tradicional no Porto

Não é difícil experimentar pratos de outros cantos do mundo na cidade mas, verdade seja dita, poucas coisas sabem melhor do que uma refeição de comida caseira, temperada no ponto e servida em doses generosas. Nesta lista, com os melhores restaurantes de comida tradicional no Porto, há pratos para todos os gostos, do cozido à portuguesa ao galo à bordalesa, passando pelos filetes de pescada e pelas sardinhas fritas com arroz de feijão. Se não troca a comida da avó e da mãe por nada deste mundo, leia o que se segue.  Recomendado: Os 55 melhores restaurantes do Porto  

Listings and reviews (77)

Café Santiago

Café Santiago

What is it? Simply the best spot to try Porto’s national sandwich, the francesinha, which was invented in the 50s by a Portuguese man (Daniel Silva) who was living in France at the time. Why is it worth visiting? Prepare to wait (and wait, and wait) in the queue for a seat at Santiago – above all at peak times, that is, lunch and dinner. But if you’re asking if it’s worth it, the answer is yes. When it comes to tasting Porto’s best francesinha, this one is perfectly balanced – a slightly spicy sauce with a hint of acidity, layered with green-pepper mortadella, a punchy linguiça sausage, a lean steak, plenty of melted cheese and, of course, a fried egg on top.  📍 Discover the best things to do in Porto
Sandeman Museum-Cellar

Sandeman Museum-Cellar

What is it? One of the most internationally popular Port wine brands, so it makes sense there is a museum dedicated to it. Why is it worth visiting? Here, you’ll learn about Don, the mythical, mysterious man in black from the Sandeman logo with the Spanish sombrero and the Portuguese student cape, created in 1928. The museum has a collection of handcrafted bottles from the 17th and 18th centuries, and you can also tour the cellars and join in a wine tasting at the end. How much is it to visit? There are three tiers to the pricing at Sandeman Museum-Cellar.  Porto Sandeman Visit (50 min and tasting of 3 ports): €22 Sandeman 1790 Visit (One hour 30 minutes and tasting of 5 ports): €32Sandeman Old Tawnies Visit” (One hour 30 minutes and tasting of four older tawny ports): €50 📍 Discover the best things to do in Porto  
Mercado Loft Store

Mercado Loft Store

Dedicada à decoração de interiores, esta loja – com produtos vintage e contemporâneos que chegam de várias partes do mundo – também tem um ateliê de arquitectura e design. Aqui dentro há peças artesanais, outras restauradas e outras até que podem ser personalizadas. E vão dos móveis, às bicicletas, passando por jardins suspensos, loiças, têxteis ou papelaria. Tem muito por onde escolher.
Clérigos Tower

Clérigos Tower

What is it? This bell tower, which is over 75m tall and was completed in 1763, was designed by the architect Nicolau Nasoni. It’s one of Porto’s most prominent landmarks and is a must-visit for anyone coming to Porto. How many steps does the tower have? You’ll have to climb 225 steps to reach the top of the tower, but we promise the views from the top are worth it. When is the tower open? Torre dos Clérigos is normally open from 9am to 7pm, Monday to Sunday. Exceptions to this include: Easter, summer and the Christmas season, when it is open from 9am to 11pm; December 24 and 31, when it is open from 9am to 2pm; and December 25 and January 1, when it is open from 11am to 7pm. Last entry is always 30 minutes before closing. Do you need tickets to visit the tower? General admission is €8 and €5 for students aged 11 to 18. Children up to 10 years old go free. Tickets grant access to the tower and museum. Translated by Olivia Simpson 📍 Discover the best things to do in Porto
Snack-Bar Gazela

Snack-Bar Gazela

What is it? Snack-Bar Gazela is a no-frills spot that attracts a wide range of people for one simple reason: the food is just that good. What should I order? For over 50 years, Snack-Bar Gazela has been perfecting the art of making cachorrinhos (small hot dogs). The bread is thin and crispy, the linguiça sausages are high quality, and the cheese is melted to hold the fillings together. In the end, everything is brushed with butter and spicy sauce. When we say they’re popular spot, we mean it: on a normal day, 300 cachorrinhos are served. Best enjoyed when washed down with a couple of well-chilled beers. What are the prices like? This is the perfect place if you’re after cheap, delicious eats, with a cachorrinho setting you back just €4.50. Still hungry? Check out our list of the best restaurants in Porto. Translated by Olivia Simpson
Livraria Lello

Livraria Lello

What is it? Considered to be one of the most iconic bookstores in the world, Livraria Lello is situated in the heart of Porto on Rua das Carmelitas and is an important part of the city’s historical heritage. It features impressive neo-Gothic architecture, carved wood, gilded columns, and ornate ceilings and sells some 300,000 books a year. What is the J. K. Rowling connection? The Harry Potter author used to live in Porto, and is said to have been inspired by the city’s architecture. Climbing the ornate staircases in Livraria Lello, it’s easy to imagine you’re running late to a class in Hogwarts’ astronomy tower. How much does it cost? There is a three-tier ticket system, and the cost of all tickets can be redeemed against the purchase of books. The entry-level ticket is the silver, at €8; the next step up is the gold ticket (€15.95), which will buy you entry and a book from The Collection by Livraria Lello, the shop’s exclusive range; and the platinum ticket (€50) will get you priority entrance to the shop, as well as access to the Gemma Room. How long should I spend there? An hour should be enough time to browse the shelves and snap some pics of the gorgeous interiors. When is it open? The shop is open every day from 9am to 7.30pm and is closed on December 25, January 1, Easter Sunday, May 1 and June 24. Time Out tip The shop can get quite busy, so it’s best to visit at the end of the day to avoid crowds. Translated by Olivia Simpson 📍 Discover the best things
YesChef

YesChef

O YesChef é o novo festival gastronómico que tem como objectivo descobrir, de norte a sul do país, os novos talentos da gastronomia portuguesa. O evento percorrerá diversas localidades e, através de um circuito de eventos gastronómicos, vai dar a possibilidade a chefs, pasteleiros, sommeliers e barmans em ascensão, de mostrarem aquilo que valem. O primeiro evento aconteceu no dia 15 de Junho, mas o segundo está já marcado para dia 13 de Julho, também na Fábrica da Ramada - Instituto do Design, em Guimarães. O chef Hugo Alves, do restaurante Norma, que foi reconhecido com o Bib Gourmand do Guia Michelin, vai estar a apresentar “pratos que combinam a tradição portuguesa e a modernidade da cozinha contemporânea”.  Para os mais pequenos, haverá uma zona dedicada a crianças dos 4 aos 12 anos com comida feita a pensar neles. Os pratos servidos no evento terão o tamanho de petiscos e um custo de 6€ e poderão ser saboreados ao som de música ambiente ou durante palestras animadas. O bilhete diário custa 15€ e para os dois dias fica por 25€. As crianças pagam 8,50€. Podem ser comprados aqui.
Casa no Castanheiro

Casa no Castanheiro

Se procura silêncio, calma, esta casa no meio da natureza, rodeada de castanheiros, carvalhos e pedras cobertas de musgo, é o seu destino. Fica perto da aldeia de Valeflor, na Beira Alta, num vale entre Trancoso e Mêda, com vista para a Serra da Marofa. A Casa no Castanheiro, em funcionamento desde 2021, é um refúgio, um lugar para recarregar energias longe do bulício diário e citadino. Mas não é um refúgio qualquer. Esta casa especial é composta por uma estrutura modular, feita com madeira e cortiça, que abraça um castanheiro quase secular. O projecto arrojado fez com que o arquitecto João Mendes Ribeiro vencesse o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira de 2021 e fosse nomeado para o prémio de arquitectura contemporânea Mies Van der Rohe, que será revelado em Abril deste ano. Mas vamos aos pormenores. Não é um hotel, avisam, por isso não conte com serviço de quartos sempre à disposição. As visitas que receberá durante a sua estadia poderão ser de lebres e pássaros mais curiosos. Por ser pequena – a área total é de 25 metros quadrados – só tem um quarto, pelo que está aconselhada para dois adultos e uma criança, no máximo. Tem casa de banho com chuveiro, kitchenette, wi-fi e uma salamandra para aquecer os dias mais frios e encher as noites de romantismo.
Gavião Nature Village

Gavião Nature Village

A poucos dias de celebrar o primeiro aniversário, o Gavião Nature Village, projecto que saiu das mãos de quatro amigos de infância, é um daqueles casos que chuta para canto o campismo lamacento e os banhos de água fria. Com 13 tendas glamping, bem equipadas e decoradas como se de um hotel se tratasse; e dez cork shelter, pequenas casinhas com capacidade para duas, quatro e oito pessoas, muito confortáveis e funcionais, promete facilitar o contacto com a natureza e tornar a experiência memorável. Além das casas/quartos de diferentes tipologias (a maior tem uma pequena sala de estar), possuem três tipos de tendas: para uma escapadinha romântica (vai poder dormir numa cama redonda); para umas férias em família (além da cama de casal, há um beliche); e para um convívio entre amigos (com quatro camas individuais). Todas instaladas sobre estrados de madeira e com mobiliário ecológico e sustentável. As tendas deste glamping de quatro estrelas perto de Portalegre são climatizadas, possuem televisão, casa de banho privativa, minibar, chaleira e outras comodidades. De manhã, um pequeno-almoço buffet espera por si. A seguir, é tempo de explorar o circuito wellness, com jacuzzi, banho turco e sauna.
Amor & Farinha

Amor & Farinha

É impossível não querer levar um exemplar de cada um dos pães que repousam na estante. E o mais provável é sair desta pequena padaria cheio de sacos nos braços. Pão de alecrim, pão de batata doce e coco, de arroz, de iogurte e arandos, com abóbora, canela e nozes, e de chia com sésamo tostado são alguns dos que poderá comprar aqui. Todos bons. Todos de fermentação lenta, agradavelmente tostados e crocantes. Também têm focaccias com tomate seco, cebola roxa, pimento, cogumelos e manjericão; empadas de legumes; bolos caseiros, como o muito guloso brownie de chocolate; e, mais recentemente, croissants, que é o que nos interessa hoje. São caseiros, feitos com massa mãe e doses generosas de manteiga, e levedam de um dia para o outro. Há-os simples (1,80€), com chocolate ou com manteiga de amendoim (ambos a 2€).
Brites

Brites

A lista de ingredientes para fazer estes croissants é longa, mas o mais importante é o tempo. “A Brites é uma padaria e pastelaria de fabrico artesanal, onde se opta pelo melhor processo e onde se respeita o tempo de cada produto. O tempo é, aliás, o ingrediente mais importante”, insiste Verónica Dias, a jovem padeira de 29 anos que abriu, em meados de Janeiro, este espaço onde pães, baguetes e bolos crescem ao seu próprio ritmo. “O pão e a viennoiserie, a pastelaria francesa, é toda de fermentação natural e longa. Faço bolas de Berlim, donuts e croissants franceses, por exemplo, que são a nossa imagem de marca. Levam 50% de manteiga”, conta. Mas não uma manteiga qualquer. A massa leva uma manteiga açoriana e no processo de laminação (que dá ao croissant o seu aspecto folhado), Verónica opta por uma manteiga francesa com 84% de gordura e extra seca. “Isto faz com que o croissant se torne mais amanteigado, leve e crocante”. O processo é moroso, complexo: exige três dias, da preparação à confecção. No primeiro faz-se a massa, no segundo lamina-se e no terceiro coze-se. Além dos croissants simples (1,50€), speculoos, toffee de chocolate, ganache e gianduia, que é uma mistura de chocolate e avelã, são alguns dos recheios (entre 2€ e 2,30€) que passam pelas vitrinas deste novo e tentador espaço.
Cantina de Ventozelo

Cantina de Ventozelo

Os National Geographic Traveller Hotel Awards elegeram, em Setembro passado, os 39 melhores hotéis em 2021 em todo o mundo. E há apenas um português na lista: a Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, que foi seleccionada como uma das três melhores escapadinhas gastronómicas. Na Cantina de Ventozelo, local onde antigamente eram servidas as refeições aos trabalhadores, agora servem-se pratos da autoria de Miguel Castro e Silva, que aposta no receituário regional e numa oferta “quilómetro zero”, ou seja, as ementas adaptam-se ao que a natureza fornece. É por isso que muitos dos produtos vêm das hortas da quinta, como a beterraba, o feijão-verde, as couves, as acelgas, o tomate coração de boi, os figos, os marmelos e o azeite. Quando algo lhes falta, como é o caso da carne maronesa, procuram produtores na proximidade, e sempre que é possível, trocam directamente os excedentes com os vizinhos. Se lhes fizer uma visita, conte com almoços ou jantares informais, onde serão servidos pratos de forno, como costela maronesa ou cachaço de porco bísaro, ou pratos de tacho, como feijoada ou rancho. Ao domingo há cabrito.

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O Barra – Seafood Bar é a nova (pequena e castiça) marisqueira da Foz

O Barra – Seafood Bar é a nova (pequena e castiça) marisqueira da Foz

À medida que nos vamos aproximando da Foz e o reflexo do sol nas águas do rio Douro nos faz semicerrar os olhos, somos brindados por uma paz e uma sorte que nem todas as cidades têm. A possibilidade da maresia. A oportunidade da admiração das pequenas embarcações que descansam no areal depois de uma madrugada de faina. É a esses pescadores, muitos deles amadores apaixonados, que Luís Palhão vai buscar o marisco para o Barra – Seafood Bar, o seu novo restaurante na rua do Passeio Alegre: uma pequena marisqueira castiça e tranquila, que só entra em sobressalto quando o eléctrico ruidoso lhe passa mesmo à porta. “A minha formação é em arquitectura”, conta Luís, que também está ligado à edição de revistas desta área. “E também tenho a loja Almada 13, na Baixa, que já existe há 12 anos, mas abrir uma marisqueira era aquele projecto que me faltava cumprir”, conta, sentado num banco alto, encostado ao balcão. “Queria abrir um tasquinho, uma coisa pequena, para estar em contacto com as pessoas e onde estas se sentissem à vontade comigo”, acrescenta.  © MMPAmêijoas à Bolhão Pato O sonho acabou por acontecer assim que encontrou este espaço, anteriormente ocupado pela Mercearia do Miguel. Depois de uma série de obras, abriu as portas no início de Setembro. “Há muitos espaços perto do rio e da praia mas pouca oferta na zona”, diz, justificando-se. “E, depois, há esta vista em frente, que é qualquer coisa”, suspira. É, de facto. Dali vê-se o rio a aproximar-se calmeirão do mar, como se
Chuva e descida de temperaturas chegam ao Porto este fim-de-semana

Chuva e descida de temperaturas chegam ao Porto este fim-de-semana

A partir deste sábado, comece, finalmente, a dizer adeus às temperaturas de Verão e a dar as boas-vindas ao tempo mais ameno de Outono. Durante o fim-de-semana, as temperaturas no Porto vão mudar gradualmente. Sábado, apesar de nublado, ainda vai contar com temperaturas elevadas, que vão rondar os 26°C de máxima e os 18°C de mínima. No entanto, no dia seguinte, leve o guarda-chuva consigo quando se dirigir aos melhores museus no Porto para uma manhã ou uma tarde mais cultural. É que no domingo, dia 19, esperam-se chuvas fortes com máximas perto dos 20°C e mínimas de 16°C. Quanto à próxima semana, entre segunda e quarta-feira, o céu portuense digladiar-se-á entre aguaceiros ocasionais, nuvens e abertas de sol, com as temperaturas a fixarem-se entre os 18°C e os 20°C. Se calhar de apanhar uma dessas intempéries enquanto anda na rua, tem bom remédio: refugie-se num dos 22 bons e bonitos cafés que o Porto tem para oferecer. + Durante o fim-de-semana, as artes performativas desafiam os limites em Serralves + Espaços verdes do Porto voltam a integrar a lista dos melhores do mundo
No Vinum há peixe e marisco da nossa costa com sabores mexicanos

No Vinum há peixe e marisco da nossa costa com sabores mexicanos

Até ao final do mês, o restaurante Vinum, nas caves da Graham’s, em Vila Nova de Gaia, faz uma homenagem aos produtos do nosso mar através da cozinha tradicional mexicana. E tudo isto acontece durante a III Edição das Jornadas Gastronómicas do Peixe Atlântico, um evento que se traduz numa experiência enogastronómica pensada a seis mãos e conduzida pelo chef espanhol de cozinha mexicana Joan Bagur, que comanda a cozinha do Oaxaca Cuina Mexicana, em Barcelona, e pelos irmãos e chefs do Vinum, Iñaki e Mikel Lopez de Viñaspre. Depois de, nas edições anteriores, se terem debruçado sobre a fusão entre o peixe Atlântico e as cozinhas basca e japonesa, este ano seguem para novas paragens: “do Atlântico ao Pacífico, dos portos portugueses às costas do México”. Trata-se de “um evento culinário inesperado, desenhado para celebrar a ligação entre o mar e a mesa, onde se cruzam culturas, técnicas e tradições de dois mundos distintos. Este ano as estrelas serão: as ostras, o atum, o camarão, o robalo, o rodovalho, o polvo e o linguado, chegados directamente do Porto de Matosinhos”, avança a organização em comunicado enviado à imprensa. ©DRTostada de atum e chipotle Até dia 31 de Outubro vão ter em permanência no menu o “Vuelve a la Vida”, um prato típico da comida de rua, célebre no México, e que é uma espécie de cura para a ressaca. Combina polvo, camarão e rodovalho selvagem e é preparado com cerveja e mezcal (32€). A reserva é aconselhada — fica a dica.  No almoço de apresentação, que
Há mais de 20 novos espaços no Porto de Tradição. O Teatro Sá da Bandeira é um deles

Há mais de 20 novos espaços no Porto de Tradição. O Teatro Sá da Bandeira é um deles

Um teatro e 20 lojas e espaços de restauração foram reconhecidos e integrados na edição do programa Porto de Tradição deste ano, iniciativa da autarquia que tem como objectivo proteger e apoiar estabelecimentos e entidades com valor histórico e patrimonial na cidade. Para tal, vão poder contar com um fundo municipal renovado no valor global de 525 mil euros. Na cerimónia que aconteceu nos Paços do Concelho, foram formalizados os contratos com o Teatro Sá da Bandeira e com os espaços de comércio de rua Armazéns Cunha, Mundo dos Tecidos, Rocha & Leitão, MoldurSant, Supercasa, Santos & Irmãos e Marcolino. Desta lista, fazem ainda parte a Peninsular – Papelaria & Artes Gráficas, a Pedro A. Baptista, Lda., a BFG – Ferragens & Decoração, Lda., a Benedito Barros, a Lopo Xavier & Companhia, Lda., a Alcino Ourives e a Moura & Fortes.  A mercearia Casa Januário, os restaurantes Casa da Mariquinhas e King Long, o Café Aviz e as padarias Formosa e Ribeiro também foram incluídas nesta edição. O Fundo Municipal de Apoio, destinado aos espaços reconhecidos pelo programa Porto de Tradição, serve para “promover a recuperação e a manutenção do património material, bem como assegurar a sustentabilidade dos negócios e actividades, através do investimento em meios e ferramentas de modernização e divulgação”, explica a autarquia na nota de imprensa publicada no site porto.pt. + Tudo o que precisa de saber sobre o Iberanime Porto 2025 + De cafés a estúdios de tatuagens, o Batalha tem um circuito pa
Monteen: o novo restaurante de onde se sai cheio de sorte

Monteen: o novo restaurante de onde se sai cheio de sorte

Shanny recebe-nos à porta de sorriso rasgado, como se há muito nos esperasse. Tem uns olhos castanhos amendoados, cativantes, um sorriso expressivo e longas rastas que lhe dão pinta e graciosidade. Nascida no Médio Oriente há 30 anos, decidiu há seis meses, juntamente com o namorado Guil, assentar arraiais no Porto.   ©DRShanny a abrir o toldo do Monteen “O Guil não queria o frio de um país nórdico e, por isso, quando cá chegámos pensámos: ‘é isto’ e apaixonámo-nos pela cidade. O Porto não é como Lisboa, que é uma cidade muito grande. O Porto tem mais este ar de vila pequena onde todos se conhecem. As pessoas são muito acolhedoras e o tempo é maravilhoso”, sorri. A senhora a quem compram os frescos na mercearia da esquina é a prova desta proximidade. No Monteen, aberto desde Novembro no Largo do Dr. Tito Fontes, fazem uma cozinha mediterrânica, recorrendo aos ingredientes mais frescos da época. “O Guil trabalha na cozinha desde os 16 anos. Já passou por muitos restaurantes, tem muita experiência. E eu trabalhei durante sete num restaurante vegan e orgânico. Fui a responsável pela abertura do Deli do espaço”, conta Shanny, acrescentando que sem experiência não abririam um espaço de comida. “Não seria lá muito inteligente da nossa parte”, ri. ©DRCouve flor frita com limão picante, tomate, cebola, tahini e coentros A carta divide-se em quatro etapas: os mazets, pequenas porções que funcionam como um couvert generoso; as entradas, boas para partilhar; os pratos principais, ma
Os Azeitonas celebram 20 anos de carreira no Coliseu

Os Azeitonas celebram 20 anos de carreira no Coliseu

Vinte anos já cá cantam. E quem vai cantar para celebrar são os próprios Azeitonas já no próximo dia 2 de Outubro, às 21.00 no Coliseu. Durante o concerto de aniversário, integrado na tourné “AZ 20 Anos”, que anda a percorrer o país, vai poder ouvir-se alguns dos maiores sucessos da banda de Marlon, Salsa e Nena, como “Miúda”, “Tonto de ti”, “Dança menina dança”, “Cinegirassol” ou “Aviões”, entre muitos outros temas que não fazem parte do alinhamento há algum tempo – ou que nunca fizeram de todo. “Os Azeitonas abrem o baú para celebrar os 20 anos de edições discográficas, do melhor ao pior, da vergonha ao orgulho, do que já estava esquecido que tinham feito ou guardado. Das centenas de concertos pelos milhares de quilómetros calcorreados um pouco por todo o país e não só. Aos álbuns, DVDs, fotos, vídeos, inéditos e do tanto mais que se possa encontrar dentro de um baú”, pode ler-se no texto de apresentação do espectáculo no site do Coliseu Porto. O concerto contará – além da revisitação de um repertório que começou em 2005 com o lançamento do primeiro álbum de originais Um Tanto ao Quanto Atarantado – com a participação de alguns convidados que marcaram a história do grupo. Os bilhetes já estão à venda na página do Coliseu, Ticketline e locais habituais, e custam entre os 15€ e os 40€. Coliseu. 2 de Outubro. 21.00. 15€-40€ + Occasion2Smile. Fomos conhecer a nova loja de cosmética coreana do Porto + Da manteiga de alga nori ao mochi de meloa com tapioca, o Alto tem nova carta
Occasion2Smile. Fomos conhecer a nova loja de cosmética coreana do Porto

Occasion2Smile. Fomos conhecer a nova loja de cosmética coreana do Porto

A fachada moderna e envidraçada destoa da patine que os restantes edifícios contíguos conferem à Rua da Constituição. E só isso desperta logo a curiosidade de quem passa, que começa a abrandar o ritmo para ver com mais calma o que acontece lá dentro. A maior parte cede à tentação e entra na Occasion2Smile, a primeira loja no Porto dedicada exclusivamente à cosmética coreana, com armários e prateleiras recheados de cremes e loções de marcas pouco conhecidas por cá, mas amplamente divulgadas nas redes sociais. Dois meses depois de terem aberto um primeiro espaço em Lisboa, é agora na Invicta que este projecto “de família” se instala. “Eu gostava muito de séries coreanas e dava por mim a olhar para a pele das actrizes que parecia tão perfeita e comecei a pesquisar que rotinas de skincare é que elas tinham. Foi então que percebi que aqui em Portugal não existia nada. Durante uma viagem à Áustria ganhei uma série de produtos de cosméticos coreanos numa aposta com o meu pai e fiquei fascinada”, conta Inês Moreira, com 19 anos acabados de fazer e peça central deste projecto que conta ainda com a experiência de contabilidade da mãe, com o irmão Rodrigo, da área do marketing e responsável pela loja do Porto, e com o conhecimento de advocacia do pai.  © MMPA loja vende produtos de cosmética coreanos Assim que Inês e a mãe experimentaram os produtos, perceberam que não havia volta a dar. Era preciso dar a conhecer o que tinham em mãos. Começaram online, no TikTok, – onde vendiam um po
Da manteiga de alga nori ao mochi de meloa com tapioca, o Alto tem nova carta

Da manteiga de alga nori ao mochi de meloa com tapioca, o Alto tem nova carta

Setembro é um mês de recomeços e também o Alto Porto, o restaurante em Cedofeita com um bom brunch servido aos fins-de-semana e uma cozinha do mundo preparada com cuidado, tem novidades. Para receber de braços abertos a temporada outonal que se instala de armas e bagagens na cidade, o chef Igor Plakhin preparou um menu onde “combina a tradição portuguesa com técnicas globais, num registo criativo que promete surpreender e encantar”, anuncia o restaurante em comunicado. O menu é apresentado como uma viagem, dividido em quatro capítulos: “pensar, começar, seguir e acabar”. A refeição arranca com pão artesanal e manteiga de alga nori (5€), “uma ponte entre a tradição da padaria portuguesa e o Atlântico”, referem. Mas há também cenourinhas e creme de caju (8€) para devorar enquanto se pensa no que se vai comer. Assim que estiver decidido, comece por uma série de entradas gulosas, como a stracciatella com beterraba, groselha-preta e manjericão (12€); o robalo cru com kiwi, pepino e molho béarnaise cítrico, um clássico francês que usufrui do melhor da costa portuguesa (13€); ou o tártaro de novilho com cogumelos enoki e lascas de bonito (14€), entre muitas outras opções.  ©DRCenourinhas com creme de caju Nos pratos principais, que vêm a seguir, pode escolher entre a coxa de frango assado com demi-glace e legumes, cozinhada a baixa temperatura e finalizada no forno (19€); porco ibérico com massa pérola em pesto e figo marinado (24€); rolinhos de couve com quinoa, cogumelos e puré
O mar ao balcão. Proua é a nova marisqueira dos donos do Stramuntana

O mar ao balcão. Proua é a nova marisqueira dos donos do Stramuntana

A julgar pelo balcão ávido e repleto, o Proua vai de vento em popa. Navega em velocidade cruzeiro, sulcando a cena gastronómica gaiense com orgulho. E é isso mesmo que Proua significa em Mirandês – orgulho – a língua que a chef transmontana Lídia Brás domina como poucos. Sendo este restaurante um projecto seu e de Fernando Araújo, ambos donos do Stramuntana, é óbvio que teria de trazer água no bico. A expressão até pode ser interpretada de forma literal, já que a carta, vinda praticamente toda do mar, é de babar.  Aberto no final de Agosto, é um sonho antigo. O espaço (paredes-meias com o Stramuntana, onde se cozinha o receituário transmontano ao mais alto nível) ocupou o lugar onde outrora funcionou um dos primeiros projectos do casal, o Soto Antigo, uma mercearia, tasco e garrafeira “que também vendia uns petiscos e uns enchidos de Trás-os-Montes”, conta Fernando, a cara e a alma deste novo projecto. “Em Dezembro de 2024 começámos a pensar em reabrir este espaço, que estava fechado. Inicialmente pensámos numa pizzaria, mas não fomos por aí.”   © MMPFernando Araújo, Proua O mar falou mais alto. “Cresci junto à costa, a minha proximidade ao mar foi sempre muito grande. Havia sempre marisco na cozinha de casa, ia à apanha do polvo quando era mais novo e a pesca em alto mar é hoje um hobbie na minha vida. Volta e meia vou. Saímos às três da manhã e só regressamos a terra às sete. Apanhamos gorazes, sargos, pargos, por aí”, ri, acrescentando que a vontade de criar um restaura
HOST Douro junta chefs, sommeliers e gente da hotelaria para debater hospitalidade

HOST Douro junta chefs, sommeliers e gente da hotelaria para debater hospitalidade

Setembro é um mês agitado para os lados do Alto Douro Vinhateiro. Além das vindimas que acontecem um pouco por todas as quintas, animando os socalcos num vaivém de gente, tractores e cestos de uvas, a região prepara-se para acolher o HOST Douro, a primeira edição de um evento dedicado à hospitalidade, que tem como objectivo reflectir sobre os desafios do sector, bem como promover a região e valorizar a arte de saber fazer e receber. Assim, entre os dias 14 e 15 de Setembro, o Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, será palco de conversas, experiências gastronómicas e várias mesas redondas. E há nomes bem sonantes que se vão fazer ouvir por aqui, ligados ao mundo da gastronomia e da hotelaria. Do empresário Rui Sanches, CEO do grupo de restauração Plateform; a Kristell Monot, directora de vinhos do Mugaritz, restaurante espanhol com duas estrelas Michelin; passando ainda por Elsa Yranzo, food designer, directora de arte e curadora em Barcelona, cujo trabalho explora a alimentação como um acto simbólico, social, estético e até político. “O nosso objectivo é gerar experiências que transformem, movam, desafiem e gerem novas formas de se relacionar com o mundo por meio da comida”, explica no seu site oficial. ©Marco DuarteRui Paula será um dos chefs presentes Quanto aos chefs, a lista também está bem recheada e junta Rui Paula, Pedro Lemos, Vasco Coelho Santos e Óscar Geadas – todos premiados com estrelas Michelin e com restaurantes no Douro – a quintas e restaurantes icónicos da
Fomos ao Matriarca, o novo mega projecto enogastronómico no coração do Porto

Fomos ao Matriarca, o novo mega projecto enogastronómico no coração do Porto

Cerca de 500 anos depois da formalização da mais antiga aliança diplomática do mundo – a luso-britânica, estabelecida pelo Tratado de Windsor a 9 de Maio de 1386, onde se firmava um acordo de paz, amizade e de assistência mútua entre os dois países – a família Symington criava uma outra, mas por via do matrimónio. No final do século XIX, Andrew James Symington, o primeiro desta família produtora de vinho do Porto a estabelecer-se em Portugal, dava o nó com Beatriz Leitão Carvalhosa Atkinson. O mais recente projecto enogastronómico do grupo Symington Family Estates, no centro do Porto, inaugurado este Verão e baptizado de Matriarca, é em sua homenagem. “Focamos sempre muito da nossa história no Andrew James, no vinho e na sua produção. Mas agora quisemos dar protagonismo à Beatriz que era uma pessoa muito sociável, que adorava juntar pessoas em redor da mesa, com bons vinhos e boa comida”, conta, em entrevista à Time Out, Vicky Symington, membro da quinta geração da família e gestora de marketing de enoturismo. O grupo, que detém marcas como a Graham’s e a Cockburn’s, com caves de envelhecimento em Vila Nova de Gaia, quis aproximar-se dos portuenses. “Gaia é um espaço, sobretudo, para visitas e provas. Não recebemos tantos locais quanto gostaríamos. É um espaço mais educativo e queríamos algo mais virado para o lifestyle, que atraísse os dois públicos. Queremos os turistas, claro, mas sobretudo chegar aos portuenses”. Tal como o vinho que produzem há vários séculos e que vai e
Tudo Dubon para si. A nova chocolataria artesanal e cocktail bar em Cedofeita já abriu

Tudo Dubon para si. A nova chocolataria artesanal e cocktail bar em Cedofeita já abriu

Parecem jóias. Pequenas meias-luas cheias recheadas que lembram rubis e esmeraldas. Perfeitamente alinhados atrás de uma vitrina imaculada, um exército de delicados bombons – que se derretem na boca em contacto com a língua – dão as boas-vindas a quem entra na Dubon, a chocolataria artesanal e cocktail bar, pela qual o Porto esperou meses a fio. Há-os com recheios de whiskey, hortelã-pimenta, ganache de café, cassis (também conhecida como groselha preta), framboesa ou caramelo salgado, entre muitos outros, que, todos os dias, resultam da inspiração e criatividade de Keren Barnea, a chef pasteleira e mentora do projecto. “Escolho a dedo e com cuidado todos os ingredientes que uso na confecção dos meus chocolates. Vêm um pouco de todo o mundo e as receitas são todas minhas, assim como os blends que aqui faço”, conta Keren, acrescentando que tudo “é original e tem muitas variações. Para cada chocolate há uma técnica específica”. Desta feita, o chocolate com o qual trabalha vem todo de França, de diferentes plantações, assim como muitas das frutas desidratadas. Os frutos secos, por sua vez, chegam-lhe de diversos países: as avelãs são de Piemonte, no norte de Itália; os pistáchios tanto podem vir da Sicília como ter origem iraniana; e as amêndoas são espanholas. “Quanto às especiarias e algumas infusões, é a minha mãe que as traz do Médio Oriente quando me vem visitar”, sorri. ©MMPDubon Keren Barnea e Roy Bendahan, ele engenheiro de profissão e responsável por dar nome ao espaç