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Mariana Morais Pinheiro

Mariana Morais Pinheiro

Articles (176)

11 pratos que tem mesmo de provar no Time Out Market Porto

11 pratos que tem mesmo de provar no Time Out Market Porto

A oferta é grande, a gulodice tem mais olhos do que barriga e é fácil cair na tentação de querer tudo no mesmo prato. Para que não se sinta perdido na hora de escolher, fizemos-lhe um apanhado com as melhores recomendações dos chefs, alguns pratos icónicos e outros que são os ex-líbris dos espaços. Estes são os 11 magníficos, mas há muitos outros, igualmente bons e deliciosos, onde meter a colher ou espetar o garfo. Bom apetite. Recomendado: Quem é quem? Os espaços e os restaurantes do Time Out Market Porto

Restaurants and vendors at Time Out Market Porto

Restaurants and vendors at Time Out Market Porto

Traditional and modern, innovative vegetarian dishes and oozing beefburgers, established chefs and promising young talent: the brand new Time Out Market Porto is jam-packed with variety. But it’s not just enticing kitchens that will fill the market: there’s a nostalgic shop, a sky-high Tasting Room pouring the best of the Douro Valley, and a cracking cocktail bar. Here’s everything you need to know about what’s on offer at Time Out Market Porto.

Time Out Market Porto: everything you need to know

Time Out Market Porto: everything you need to know

Something exciting has arrived at Porto’s São Bento station. Time Out Market Porto is finally here, bringing you the best of the city’s food and drink scene under one roof. There is so much great food in Porto. We’d even go as far to say it’s a bit of an underrated food destination, if that phrase wasn’t so overused. But the fact of the matter is that if you’re visiting Porto, you can’t leave without sampling the city’s food scene. And now, the city’s best food is all be in one place: Time Out Market Porto. From classic Portuguese cuisine to dishes you’ve never heard of before, the market is home to 11 truly brilliant restaurants (with one more still to open) and two bars, curated by the Time Out editorial team. We’ve got everything you need to know about the market right here. What is Time Out Market? It’s the best of the city under one roof. That’s our motto, and we stick to it: the best chefs, the best drinks, the best cultural experiences, gathered from across the city into one essential destination. We launched Time Out Market Lisbon in 2014, and its success has led other cities to follow suit: New York, Cape Town, Boston, Chicago, Dubai, Montreal and now Porto.   Where is Time Out Market Porto? Time Out Market Porto is in the south wing of São Bento railway station, a UNESCO World Heritage site. That puts it right in Porto’s historic centre, surrounded by iconic buildings and landmarks like Porto Cathedral, Avenida dos Aliados, and the lively Rua das Flores, which is fu

Conheça os chefs do Time Out Market Porto e o que eles vão andar a preparar

Conheça os chefs do Time Out Market Porto e o que eles vão andar a preparar

As listas de espera e as filas à porta dos seus restaurantes não param de crescer e há bons motivos para isso: a comida que fazem é boa que se farta. Dos pratos de peixe que tratam por tu, às receitas de carne que fazem crescer água na boca, ou dos preparados vegetarianos aos doces de comer e chorar por mais, estes são alguns dos chefs mais talentosos e cobiçados de toda a cidade. E agora já não vai precisar de andar quilómetros para provar a sua comida, porque vão estar todos reunidos na ala dos chefs do Time Out Market Porto, debaixo do mesmo tecto. Melhor é impossível. Recomendado: Quem é quem? Os espaços e os restaurantes que vai encontrar no novo Time Out Market Porto  

Quem é quem? Os espaços e os restaurantes que vai encontrar no novo Time Out Market Porto

Quem é quem? Os espaços e os restaurantes que vai encontrar no novo Time Out Market Porto

Tradicionais, modernos, com pratos vegetarianos ou com bons hambúrgueres de carne maturada, com receitas de chefs conceituados ou criações de jovens promessas. É desta deliciosa disparidade que é feito o novo Time Out Market. Conte ainda com uma loja da Vida Portuguesa, que aposta no mercado da saudade com marcas de outros tempos; uma Sala de Prova no topo da torre desenhada por Souto de Moura, onde vai poder ficar a conhecer os melhores vinhos do Porto e Douro; e ainda um bar onde matar a sede com cocktails e outras bebidas. Saiba tudo sobre as melhores propostas gastronómicas da cidade (e não só), debaixo do mesmo tecto. Recomendado: 🕑 Contagem decrescente: Time Out Market Porto abre a 3 de Maio. Saiba tudo aqui

Las 53 mejores ciudades del mundo en 2022

Las 53 mejores ciudades del mundo en 2022

Cada año, le preguntamos a miles de habitantes de ciudades de todo el mundo sobre la vida en su ciudad de origen. Indagamos acerca de la escena restaurantera y los mejores bares. Lo destacado en teatro y en las galerías de arte. También acerca de cómo son los vecinos y los barrios que consideran más cool. La idea es mostrar la vida global de cada ciudad y destacar los sitios que realmente entusiasman a los lugareños.   ¡Aquí están los resultados del Time Out Index 2022! Como siempre, hemos analizado todos esos datos y los hemos aprovechado para elaborar nuestra clasificación anual de las mejores ciudades del mundo. Durante los últimos dos años, la lista se ha enfocado en destacar cómo las ciudades se unieron durante la pandemia e hicieron de la vida (casi) tolerable durante los confinamientos. Pero ahora, después de dos años de restricciones para viajar, el mundo se está abriendo nuevamente y nosotros, como tú, estamos ansiosos por volver a salir. Nuestras principales ciudades este 2022 son las que cuentan con una vida nocturna próspera, comida y bebida increíbles, arte, cultura y museos en abundancia. También hemos aprovechado nuestra red global de editores y colaboradores expertos para obtener información privilegiada sobre lo que está de moda, lo que es nuevo y las tendencias. Si estás planeando una escapada por el mundo este año (especialmente si es la primera en mucho, mucho tiempo), estos son los lugares imperdibles.  

Onze pastelarias com fabrico próprio em Lisboa

Onze pastelarias com fabrico próprio em Lisboa

São das melhores coisas da cultura urbana e gastronómica portuguesa. E Lisboa está recheada a pastelarias, só que nem todas são as autoras das delícias que apresentam nas montras e ao balcão. A arte do fabrico próprio deixa a salivar muitos locais e visitantes e entrámos em algumas das casas que representam uma verdadeira tentação para os mais gulosos. Portanto, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, aproveite o pequeno-almoço, o lanche ou  qualquer hora do dia para ir experimentar as especialidades destas onze pastelarias com fabrico próprio. Prepare-se para sair de barriga cheia. Recomendado: Os melhores pequenos-almoços em Lisboa

Escapadinhas gastronómicas que valem a viagem

Escapadinhas gastronómicas que valem a viagem

Estão fora dos grandes centros urbanos, longe muitas vezes também das atenções mediáticas, percorrendo um caminho habitualmente mais difícil. São restaurantes que valem qualquer viagem, promovem a região, os seus produtos e produtores. O caminho pode ser longo e demorado, mas estas escapadinhas gastronómicas valem muito a pena e provam que quando é para se comer bem não há desvios. Há restaurantes com estrelas Michelin e chefs com ambições astronómicas, há comida de conforto e fine dining surpreendente. São programas para um dia ou para se deixar levar e ficar, quem sabe não acaba a descobrir outras boas paragens à mesa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

Pão-de-ló da Petúlia: dez mil ovos e um segredo bem guardado

Pão-de-ló da Petúlia: dez mil ovos e um segredo bem guardado

Um lanço de escadas separa dois mundos bem diferentes. No de cima, banhado pela luz do dia que entra pelas janelas e reflecte nas paredes espelhadas da Petúlia, confeitaria portuense com mais de meio século de histórias, convivem clientes de todas as idades. Sentam-se à mesa e pedem o habitual com o à-vontade de quem já os conhece há uma catrefada de anos. Por aqui tudo brilha, das loiças sobre as mesas às jóias das senhoras, das colheres que tilintam nas chávenas às amêndoas lustrosas, dos bolos glaceados atrás das vitrinas ao diploma Medalha de Mérito da Cidade, orgulhosamente pendurado na parede. Lá em baixo, como se a Petúlia fosse uma embarcação portentosa e a sua cozinha no porão trabalhasse sem cessar para alimentar uma tripulação esfomeada, refulgem as polidas bancadas de inox, resfolgam os fornos, giram batedeiras, esticam-se as massas. A poucos dias da Páscoa faz-se um aquecimento extra para uma das épocas mais intensas do ano. “Na verdade, comparando com o Natal, a Páscoa é uma brincadeira de crianças”, diz Filipe Moreira, o chef, que há mais de 20 anos veio estagiar para a Petúlia e por aqui ficou.  ©Marco DuartePetúlia Se em Dezembro perdem a conta às centenas de bolos-reis que fazem e vendem por dia – um dos melhores da cidade, disponível durante todo o ano e que cria longas filas de espera à porta – por esta altura a estrela é o pão-de-ló que, em tempos, ficou em primeiro lugar numa prova cega da Time Out Porto. “Nos dias da Páscoa chegamos a produzir entre 3

Três espectáculos para celebrar o Dia Mundial do Teatro no Porto

Três espectáculos para celebrar o Dia Mundial do Teatro no Porto

Celebrado pela primeira vez em 1962 pelo International Theatre Institute, o Dia Mundial do Teatro é assinalado a 27 de Março com eventos que reforçam o valor e a importância desta forma de arte. No distrito do Porto são várias as actividades programadas para este dia, destacando-se a convocatória da companhia Seiva Trupe, o programa especial do Teatro Nacional São João – com visitas guiadas, uma apresentação de um livro e leituras encenadas –, e ainda a programaçao especial para os mais pequenos. Bom espectáculo. Recomendado: Seiva Trupe: "Abril ficou por cumprir no teatro"

As melhores ideias de presentes para oferecer no Dia do Pai

As melhores ideias de presentes para oferecer no Dia do Pai

Não vá na cantiga. Estão sempre a dizer que não precisam de nada e que já têm tudo, mas a verdade é que ficam todos contentes sempre que recebem qualquer coisinha. Seja um desenho esborratado quando somos pequenos ou uma boina para a cabeça quando a idade já começa a pesar nos ombros. Os pais são os nossos primeiros heróis e merecem ser celebrados todos os dias, por isso, nesta lista com as melhores ideias de presentes para oferecer no Dia do Pai, vai encontrar experiências à mesa, como brunches e almoços, visitas a museus e passeios de eléctrico, mas também outras sugestões mais palpáveis, como livros e garrafas de vinho, porque, já se sabe, os pais não são todos iguais. Recomendado: As melhores lojas para comprar presentes para o Dia do Pai no Porto 

Seiva Trupe: “Abril ficou por cumprir no teatro”

Seiva Trupe: “Abril ficou por cumprir no teatro”

O pesado pano da cortina desceu sobre a Seiva Trupe – Teatro Vivo. Apagaram-se as luzes dos holofotes que iluminavam uma das mais antigas e importantes companhias de teatro do Porto, mas as vozes não se calaram. A histórica companhia, fundada em 1973 por Júlio Cardoso, Estrela Novais e António Reis, e que este ano celebra 50 anos, foi excluída dos apoios financeiros do Programa de Apoio Sustentado, para a área do teatro e para o quadriénio 2023-2027, subsidiado pela Direcção Geral das Artes. Apesar de ter recebido uma avaliação positiva, de 66%, que a tornava elegível, a não atribuição dos fundos colocou a sobrevivência da Seiva Trupe em risco.  Mas não foi a única. Com a vida em suspenso, porque as verbas esgotaram antes de todas as companhias elegíveis terem sido contempladas, ficaram também grupos como a Jangada – Cooperativa de Teatro Profissional, de Lousada; a Filandorra – Teatro do Nordeste, de Vila Real; a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve; ou a Associação Lendias d'Encantar, do Alentejo. Na modalidade bienal, a Barraca e a Companhia Cegada, ambas da região de Lisboa, também ficaram de fora. Este é mais um duro revés na vida da Seiva Trupe, que nos últimos dez anos tem lutado por um espaço físico onde apresentar as suas produções, depois de ter sido despejada do Teatro Campo Alegre, em 2013, tendo por base o incumprimento no pagamento de uma dívida, e onde foi companhia residente durante 13 anos.  Em Março de 2022, depois de quase uma década a representar em out

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Casa no Castanheiro

Casa no Castanheiro

Se procura silêncio, calma, esta casa no meio da natureza, rodeada de castanheiros, carvalhos e pedras cobertas de musgo, é o seu destino. Fica perto da aldeia de Valeflor, na Beira Alta, num vale entre Trancoso e Mêda, com vista para a Serra da Marofa. A Casa no Castanheiro, em funcionamento desde 2021, é um refúgio, um lugar para recarregar energias longe do bulício diário e citadino. Mas não é um refúgio qualquer. Esta casa especial é composta por uma estrutura modular, feita com madeira e cortiça, que abraça um castanheiro quase secular. O projecto arrojado fez com que o arquitecto João Mendes Ribeiro vencesse o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira de 2021 e fosse nomeado para o prémio de arquitectura contemporânea Mies Van der Rohe, que será revelado em Abril deste ano. Mas vamos aos pormenores. Não é um hotel, avisam, por isso não conte com serviço de quartos sempre à disposição. As visitas que receberá durante a sua estadia poderão ser de lebres e pássaros mais curiosos. Por ser pequena – a área total é de 25 metros quadrados – só tem um quarto, pelo que está aconselhada para dois adultos e uma criança, no máximo. Tem casa de banho com chuveiro, kitchenette, wi-fi e uma salamandra para aquecer os dias mais frios e encher as noites de romantismo.

Gavião Nature Village

Gavião Nature Village

A poucos dias de celebrar o primeiro aniversário, o Gavião Nature Village, projecto que saiu das mãos de quatro amigos de infância, é um daqueles casos que chuta para canto o campismo lamacento e os banhos de água fria. Com 13 tendas glamping, bem equipadas e decoradas como se de um hotel se tratasse; e dez cork shelter, pequenas casinhas com capacidade para duas, quatro e oito pessoas, muito confortáveis e funcionais, promete facilitar o contacto com a natureza e tornar a experiência memorável. Além das casas/quartos de diferentes tipologias (a maior tem uma pequena sala de estar), possuem três tipos de tendas: para uma escapadinha romântica (vai poder dormir numa cama redonda); para umas férias em família (além da cama de casal, há um beliche); e para um convívio entre amigos (com quatro camas individuais). Todas instaladas sobre estrados de madeira e com mobiliário ecológico e sustentável. As tendas deste glamping de quatro estrelas perto de Portalegre são climatizadas, possuem televisão, casa de banho privativa, minibar, chaleira e outras comodidades. De manhã, um pequeno-almoço buffet espera por si. A seguir, é tempo de explorar o circuito wellness, com jacuzzi, banho turco e sauna.

Brites

Brites

A lista de ingredientes para fazer estes croissants é longa, mas o mais importante é o tempo. “A Brites é uma padaria e pastelaria de fabrico artesanal, onde se opta pelo melhor processo e onde se respeita o tempo de cada produto. O tempo é, aliás, o ingrediente mais importante”, insiste Verónica Dias, a jovem padeira de 29 anos que abriu, em meados de Janeiro, este espaço onde pães, baguetes e bolos crescem ao seu próprio ritmo. “O pão e a viennoiserie, a pastelaria francesa, é toda de fermentação natural e longa. Faço bolas de Berlim, donuts e croissants franceses, por exemplo, que são a nossa imagem de marca. Levam 50% de manteiga”, conta. Mas não uma manteiga qualquer. A massa leva uma manteiga açoriana e no processo de laminação (que dá ao croissant o seu aspecto folhado), Verónica opta por uma manteiga francesa com 84% de gordura e extra seca. “Isto faz com que o croissant se torne mais amanteigado, leve e crocante”. O processo é moroso, complexo: exige três dias, da preparação à confecção. No primeiro faz-se a massa, no segundo lamina-se e no terceiro coze-se. Além dos croissants simples (1,50€), speculoos, toffee de chocolate, ganache e gianduia, que é uma mistura de chocolate e avelã, são alguns dos recheios (entre 2€ e 2,30€) que passam pelas vitrinas deste novo e tentador espaço.

Amor & Farinha

Amor & Farinha

É impossível não querer levar um exemplar de cada um dos pães que repousam na estante. E o mais provável é sair desta pequena padaria cheio de sacos nos braços. Pão de alecrim, pão de batata doce e coco, de arroz, de iogurte e arandos, com abóbora, canela e nozes, e de chia com sésamo tostado são alguns dos que poderá comprar aqui. Todos bons. Todos de fermentação lenta, agradavelmente tostados e crocantes. Também têm focaccias com tomate seco, cebola roxa, pimento, cogumelos e manjericão; empadas de legumes; bolos caseiros, como o muito guloso brownie de chocolate; e, mais recentemente, croissants, que é o que nos interessa hoje. São caseiros, feitos com massa mãe e doses generosas de manteiga, e levedam de um dia para o outro. Há-os simples (1,80€), com chocolate ou com manteiga de amendoim (ambos a 2€).

Cantina de Ventozelo

Cantina de Ventozelo

Os National Geographic Traveller Hotel Awards elegeram, em Setembro passado, os 39 melhores hotéis em 2021 em todo o mundo. E há apenas um português na lista: a Quinta de Ventozelo, em Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira, que foi seleccionada como uma das três melhores escapadinhas gastronómicas. Na Cantina de Ventozelo, local onde antigamente eram servidas as refeições aos trabalhadores, agora servem-se pratos da autoria de Miguel Castro e Silva, que aposta no receituário regional e numa oferta “quilómetro zero”, ou seja, as ementas adaptam-se ao que a natureza fornece. É por isso que muitos dos produtos vêm das hortas da quinta, como a beterraba, o feijão-verde, as couves, as acelgas, o tomate coração de boi, os figos, os marmelos e o azeite. Quando algo lhes falta, como é o caso da carne maronesa, procuram produtores na proximidade, e sempre que é possível, trocam directamente os excedentes com os vizinhos. Se lhes fizer uma visita, conte com almoços ou jantares informais, onde serão servidos pratos de forno, como costela maronesa ou cachaço de porco bísaro, ou pratos de tacho, como feijoada ou rancho. Ao domingo há cabrito.

Naperon

Naperon

“Restaurante de aldeia. Menu sazonal. Produtos locais”. É assim que o Naperon se apresenta, o primeiro restaurante a solo de Hugo Nascimento, depois de longos e bons anos ao lado de Vítor Sobral em projectos como a Tasca da Esquina, em Lisboa. Em Setembro de 2019, o chef abalou com a família para Odeceixe, onde abriu este pequeno espaço despretensioso – só tem 30 lugares – nas Casas do Moinho, projecto turístico onde já costumava passar férias. Aqui servem dois menus de degustação que vão mudando quinzenalmente. Um tem seis momentos (60€) e o outro é servido em três tempos (38€). Anchova, batata doce, tomate, azeitona e coentros; cabeça de xara em bolo lêvedo; pudim de medronho com “farofa” de poejo; e chocolate, maracujá, noz e caramelo salgado são apenas algumas das criações com as quais Hugo já presenteou quem por lá passou.

Wine District

Wine District

Este restaurante e wine bar, inaugurado em meados do mês no Chiado, não podia ter aberto as portas em melhor altura. Agora que Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo fez questão de frisar que os países do Sul gastam tudo em álcool e mulheres, este é, decididamente, o local ideal para vir esbanjar o seu ordenado (no bom vinho que vendem, entenda-se). Mas deixemo-nos de brincadeiras. Quem olha para a fachada do número 44 da Rua Ivens não imagina que para lá da montra de vidro se estende um espaço bem versátil, com um balcão com 36 lugares feito de madeira de carvalho americano e francês (o mesmo de que são feitas as barricas onde estagia o vinho), uma mezzanine resguardada com mesas e sofás, uma esplanada interior e ainda uma antiga cisterna do tempo do Marquês que, em breve, vai ser usada como sala de provas de vinho e para workshops. “Os proprietários deste espaço são donos da Quinta de São Sebastião, uma marca de vinhos de Arruda dos Vinhos, e queriam criar um espaço onde ele pudesse ser apreciado. E como para se beber vinho, também é preciso comer, surgiu este projecto”, explica Júlio Fernandes, um dos responsáveis, juntamente com Tomás Marinho. Na carta há, sobretudo, petiscos. Uns em conserva, como o povo com azeitonas e picles (9€), as sardinhas com cebolinhas e menjericão (5,90€) ou a moxama de atum com laranja e amêndoa (10€), e outros em cima de tábuas. Os presuntos Pata Negra DOP com 40 meses de cura, e os queijos da Serra DOP são os que mais brilham na ement

Arcádia

Arcádia

A Arcádia é uma armadilha para gulosos, e até os mais pequenos e inofensivos bombons, que nos fazem olhinhos nos tabuleiros, parecem conspirar contra nós para serem comidos com sofreguidão. Trabalham sobretudo com chocolate belga negro 51% cacau e chocolate belga de leite com 31% cacau. É aquecido até 45º e depois arrefecido até 27º para que fique com as características ideais de brilho, suavidade, sabor e qualidade que um bom chocolate deve ter. 

Viarco

Viarco

As instalações velhas fazem parte do charme. A Viarco, em São João da Madeira, tem um carisma inexplicável: cheira a papelaria antiga e a bancos de escola. Esta história começa no piso inferior, num armazém negro pintado pelas minas que se espalham pelo chão, por cima das bancada s
e no rosto de quem mistura grafite, argila e água para fazer o primeiro passo no processo de fabricação de um lápis: a mina. Esta secção, à qual também chamam de “cápsula
do tempo”, está repleta de máquinas em funcionamento desde a fundação da fábrica, em 1936, em Vila do Conde, por Manoel Vieira Araújo. Daqui seguimos para a arredondagem. Colocam-se duas placas de madeira, já com a forma bruta de um lápis – usam maioritariamente madeira de cedro da Califórnia –, em redor da mina e afina-se o objecto. Por fim, os acabamentos, altura em que os lápis passam por várias camadas de tinta sobre um tapete rolante. Porém é também neste antigo espaço, repleto de nostalgia, que se fazem alguns dos produtos mais inovadores do segmento. O Art Graf Taylor, por exemplo, é a estrela
da companhia: um composto de caulino, pigmento e talco, que resultou numa ferramenta versátil, de forma quadrada, que faz lembrar o giz dos alfaiates. Consoante a forma como for usado, pode ser tinta, pastel, aguarela ou lápis de cor, ou seja, com ele
 é possível fazer traços mais finos ou mais grossos, usar muita ou pouca água. Como é fácil de imaginar, nem sempre a vida da Viarco foi colorida como os seus lápis de 
cor. E a marca, q

Oliva - Oficinas Metalúrgicas

Oliva - Oficinas Metalúrgicas

Tanto a Fepsa como a Viarco fazem parte de um projecto de turismo industrial, criado em 2012 pela Câmara Municipal de São João da Madeira, que tem como objectivo preservar e dar a conhecer o legado arqueológico industrial do concelho através de circuitos turísticos. As visitas começam todas aqui, na torre que vê na imagem, onde funcionou a Oliva – Oficinas Metalúrgicas, a fábrica de António José Pinto de Oliveira, fundada em 1925. Inicialmente dedicada à fundição e à serralharia, neste complexo industrial produziram-se, ao longo de quase 90 anos, alfaias agrícolas, materiais para a indústria chapeleira (que sempre foi muito forte no concelho), fogões de cozinha, ferros de engomar e até torneiras. Só mais tarde, no final da década de 40, é que começaram a produzir as máquinas de costura que a tornaram famosa e líder no mercado durante mais de 30 anos. Depois de vários processos de insolvência, a Oliva fechou as portas em 2010, mas a Câmara Municipal não a deixou morrer e deu-lhe uma uma nova vida, agora, ligada ao turismo.

Cervejaria Liberdade

Cervejaria Liberdade

4 out of 5 stars

The construction of the Tivoli Avenida da Liberdade have dictated the closure of Brasserie Flo (rest in peace) and the birth of the uber-chic shellfish restaurant with cloth towels and impeccable service - but be aware that the tartar steak remains in the menu, phew! Start with the prawns from the Algarve that arrive with the couvert, follow through with a dose of seafood, have some sashimi (why not?) and then advance to the roosterfish fillets or a black pork slices. The perfect finish is made with the cacao mousse, very bitter. Perfect for: a seafood platter out of the box, ie without stainless steel platters and cutlery noises.Must try: the santola shell.

Água pela Barba

Água pela Barba

4 out of 5 stars

It's one of those infallible recommendations when someone asks, "where’s cool cheap place to go and have dinner?" Água pela Barba fits like a glove in this request and has a very fish and shellfish-oriented menu, with dishes to share. From the fried fish tacos to the fish ceviche, from the sea rice to the crab on the bread, here the exception to the ocean is seen in only two pork dishes and their beautiful desserts – be sellfish and ask for the shackles just for you. Perfect for: a lively friends dinner, without suffering in the end.Must try: the burrata with almond pesto and grilled shrimp.

News (342)

Souto de Moura e a torre de São Bento: “Se pudesse, hoje fazia ainda mais alta”

Souto de Moura e a torre de São Bento: “Se pudesse, hoje fazia ainda mais alta”

A torre do Time Out Market é inspirada nos reservatórios de água das estações de comboio. Quando é que se deu essa epifania e percebeu que era esse o aspecto que uma torre sua teria de ter no centro do Porto?Foi quando me puseram a hipótese de fazer um bar ou restaurante por cima do túnel da Estação de São Bento, uma vez que a cota era alta e tinha uma vista bonita para os Clérigos. Mas a CP disse que não, que era perigoso, então pensei na torre. Quando fiz o projecto, ele começou a ser contestado, mas um arquitecto amigo meu mostrou-me que o projecto original da estação tinha uma torre, a torre do telégrafo, que era bem mais alta. Em que medida a envolvência serviu de inspiração?A envolvente serviu para definir a altura da torre. Na versão original havia uma parte a norte em que só se via telhados, por isso, pedi para subir três metros e agora a sul vê-se a Sé, a poente vê-se a Torre dos Clérigos e a norte é possível ver os Aliados e a Lapa. A torre é uma espécie de miradouro. ©DREstação de São Bento com a antiga torre do telégrafo Qual foi o maior constrangimento que precisou de ultrapassar para a concepção do projecto?O maior constrangimento foi a oposição de muitas entidades, foi um autêntico inferno. Quando pedi o aumento foi embargado. A original, a tal torre do telégrafo, era bastante mais alta. Mas foram medir novamente a torre com um laser e perceberam que tinha 10 centímetros a mais... O que é que foi mais emocionante? Criar a torre ou recuperar património históri

Time Out Market: saiba o que vai acontecer dentro da nova torre do Porto

Time Out Market: saiba o que vai acontecer dentro da nova torre do Porto

Além dos Clérigos, há mais uma torre para admirar na cidade. A torre do Time Out Market, projectada pelo prémio Pritzker Eduardo Souto de Moura, tem 21 metros de altura e foi buscar inspiração aos antigos reservatórios de água que existiam (e ainda existem) nas estações de comboio. Na sua base ficará a loja A Vida Portuguesa e no topo a Sala de Prova, um lugar onde o vinho é rei e onde visitantes, nacionais e estrangeiros, poderão experimentar e conhecer de perto alguns dos melhores vinhos do Porto e do Douro.  Por detrás da escolha dos rótulos que abrilhantarão o espaço, está uma curadoria cuidada, que envolveu muita pesquisa, e uma aprimorada selecção de vinhos que privilegia, sobretudo, os pequenos produtores. Só para ficar com uma ideia, por aqui vão fazer saltar as rolhas a brancos da Quinta do Pôpa, rosés da Quinta Nova ou tintos da Quinta do Pessegueiro. Na categoria dos Portos, não faltarão exemplares da Taylor’s, da Croft’s ou Dona Antónia, com mais ou menos anos, e que poderão ser provados sob o olhar atento e paladar aguçado de Bento Amaral, o enólogo de serviço. Será ele também que irá conduzir as várias degustações temáticas que já estão planeadas (e que poderão ser reservadas online); assim como as harmonizações com chocolate, pastelaria ou queijos; as provas com enólogos e produtores; ou os workshops e cursos de vinhos para quem quiser aprofundar os seus conhecimentos na área. ©João SaramagoSala de Prova Outra das grandes singularidades desta Sala de Prova é

Time Out Market Porto is now open!

Time Out Market Porto is now open!

The wait is over: Time Out Market Porto has opened its doors. The 2,000-square-metre space, which houses 11 restaurants (with one more still to open), a bar, a tasting room and the A Vida Portuguesa shop, opened to the public at 12.30pm today. It’s located in a city icon: São Bento station. As well as breathtaking azulejo tiles and train lines linking Portugal’s second city to the Douro Valley, São Bento is now home to a string of the city’s best restaurants and chefs. Time Out Market has taken up residence in the station’s south wing – formerly a warehouse and car park. ‘We’re in a century-old space that locals couldn’t access before,’ explained general manager Inês Santos Almeida. ‘It was a storage area that wasn’t active. The idea is to revitalise this entire area, giving it back to the people of Porto.’ Besides the restaurants – which showcase the best of Porto’s food scene – there’s a new addition to Porto’s long list of landmarks. The soon-to-be-iconic Time Out Market tower, designed by local hero Eduardo Souto de Moura, will play a key role in the city’s cultural life. At the top, with a privileged view of the Clérigos Tower and the city skyline, is the Tasting Room, which will focus on port and other local wines under the guidance of winemaker Bento Amaral, with a menu designed by chef Luís Américo. In the middle of the tower, there’s a stage for concerts and other events. And on the ground floor is A Vida Portuguesa: Catarina Portas’s famous store featuring historic

O Time Out Market já abriu. Um roteiro em oito passos para o primeiro fim-de-semana

O Time Out Market já abriu. Um roteiro em oito passos para o primeiro fim-de-semana

Finda a festa de pré-abertura que aconteceu na noite desta quinta-feira, 2 de Maio, – que contou com um DJ set dos gémeos Ivan Carlo & Filippo Lippi e um showcase da Capicua e aproveitou ainda para celebrar os 14 anos da revista Time Out Porto – as portas do novo Time Out Market abrem-se de par em par às 12.30 para receber o público sedento de novidade e esfomeado por boa comida.  Já lhe dissemos aqui, tim-tim por tim-tim, o que vai poder encontrar neste espaço emblemático da cidade, na Estação de São Bento, com cerca de dois mil metros quadrados; já lhe contámos também quais são as expectativas dos chefs e até que pratos tem mesmo de pedir. Mas se se sentir perdido no meio de tanta oferta (é que são 11 restaurantes, um bar, uma Sala de Prova e uma loja, num espaço que consegue sentar 690 pessoas sem esforço) nós fazemos-lhe um pequeno roteiro em oito passos, para que possa aproveitar o fim-de-semana como deve ser. 1. Comece por tomar o pequeno-almoço na Padaria Ribeiro É uma das marcas de panificação mais queridas da cidade. Em funcionamento desde 1878, a Padaria Ribeiro é mestre a fazer pão, bolos, croissants e pastéis de nata, entre muitas outras opções salgadas – das empadas e croquetes às tostas e sanduíches.  2. Vá às compras à Vida Portuguesa Depois de ter fechado as portas na rua Cândido dos Reis, durante a pandemia, a loja de Catarina Portas, que recupera marcas de antigamente, está de volta. “Nesta loja temos um best of daquilo que vendemos. São produtos escolhidos

Está quase. Faltam três dias para o Time Out Market Porto abrir as portas

Está quase. Faltam três dias para o Time Out Market Porto abrir as portas

Cheira a novo e a material ainda por estrear. Um pouco por todo o lado há pessoal de obra atarefado a afinar pormenores. Uns limpam a escadaria de metal que dá acesso à Torre, outros carregam frigoríficos para o piso superior do mercado. Atrás dos balcões marmoreados, os chefs dão as últimas instruções às equipas que nos próximos tempos irão preparar a comida que aqui se irá servir. O Time Out Market Porto abre ao público dentro de três dias – dia 3 de Maio às 12.30 – e um misto de excitação e nervoso miudinho percorre os dois mil metros quadrados do espaço, onde cabem 11 restaurantes, um bar, uma sala de provas e uma loja da Vida Portuguesa. Inês Santos Almeida lidera o grupo de jornalistas que na manhã desta terça-feira se juntou para conhecer por dentro o espaço. “Para quem não conhece o Time Out Market, esta é uma ideia portuguesa que começou com o Time Out Market de Lisboa. O que nos diferencia da maior parte dos mercados que conhecemos pelo mundo é que aqui a curadoria é feita pelos jornalistas da revista. São conceitos com quatro e cinco estrelas [dadas pelos críticos gastronómicos da revista] que nós seleccionamos para trazer para debaixo do mesmo tecto”, explica a directora do Time Out Market Porto. Desta feita, na Ala Sul da estação ferroviária moram agora uma série de restaurantes que carregam o porta-estandarte e a responsabilidade de serem alguns dos melhores da cidade. “O capital gastronómico do Porto é muito diferente do das outras cidades. Aqui conseguimos reu

Rufem os tambores: já são conhecidos os seis finalistas do concurso Chefe do Ano

Rufem os tambores: já são conhecidos os seis finalistas do concurso Chefe do Ano

Depois do anúncio dos candidatos e das três etapas regionais que se realizaram a 10, 17 e 23 de Abril, nas Escolas de Hotelaria e Turismo do Porto, Estoril e Portimão, respectivamente, chegou a hora de saber quem são os finalistas do concurso Chefe do Ano que acontece no próximo dia 22 de Maio no Centro Multiusos de Lamego. São eles (pausa dramática antes do anúncio): Diogo Novais Pereira, do restaurante Porinhos, em Fafe; Francisca Dias, da Casa do Gadanha, em Estremoz; João Costa, do Euskalduna Studio, no Porto; Jorge Bolito, do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia; Mário Santos, do Rossio Gastrobar - Altis Avenida, em Lisboa; e Pedro Dias, do Culto ao Bacalhau, no Porto. Os seis magníficos vão disputar a final nacional do Chefe do Ano, na 35ª edição do mais antigo concurso nacional de cozinha para profissionais em Portugal. Uma final que se espera intensa, diz António Bóia, chef do JNcQUOI Lisboa e presidente do júri. “São os detalhes que vão decidir quem será o vencedor. Vi uma evolução este ano relativamente a edições passadas do concurso, com os concorrentes a mostrarem, cada vez mais, uma elevada preocupação no acondicionamento dos produtos, bem como nas técnicas que apresentam nos pratos e no sabor final”, explicou em nota de imprensa enviada às redacções. A organização está a cargo da INTER Magazine e das Edições do Gosto e, além da final, paralelamente irá decorrer a iniciativa Pensar Cozinha, um fórum que se debruçará sobre diferentes temáticas relacionadas com o mund

Contagem decrescente: Time Out Market Porto abre a 3 de Maio. Saiba tudo aqui

Contagem decrescente: Time Out Market Porto abre a 3 de Maio. Saiba tudo aqui

A ala sul da Estação de São Bento vai abrir, no próximo dia 3 de Maio, as portas de par em par para dar a conhecer o novíssimo Time Out Market. O projecto, que ficou a cargo do premiado arquitecto portuense Eduardo Souto de Moura, tem uma área de cerca de dois mil metros quadrados, onde cabem 11 restaurantes, um bar, uma sala de provas e uma loja. O Time Out Market estará aberto todos os dias entre as 10.00 e a meia-noite (à excepção do dia de inauguração, que funcionará a partir das 12.30) e vai contar com uma selecção eclética de restaurantes. Tradicionais, modernos, com pratos vegetarianos ou com bons hambúrgueres de carne maturada, com receitas de chefs conceituados ou criações de jovens promessas, aqui reúnem-se, debaixo do mesmo tecto, algumas das melhores propostas gastronómicas da cidade. São elas: Padaria Ribeiro - É uma das mais conceituadas da cidade, em funcionamento desde 1878. Meia-Nau - Restaurante especializado em peixe e marisco, que abre no Time Out Market o seu terceiro espaço, depois de Matosinhos e Cedofeita. Casa Inês - Inês Diniz e os seus famosos filetes de polvo com arroz do mesmo estão de regresso à cidade com um espaço em nome próprio no mercado. Fava Tonka - O chef Nuno Castro está ao leme de um dos melhores restaurantes vegetarianos do país. É o primeiro espaço totalmente vegetariano a integrar um TOM em Portugal. Vasco Coelho Santos - É um dos chefs do presente e do futuro. No currículo soma já o prémio Chef de l’Avenir e uma estrela Michelin p

O Funicular dos Guindais está de regresso e em grande forma

O Funicular dos Guindais está de regresso e em grande forma

O sobe e desce parou por completo em Novembro passado. Mas havia uma boa razão para tal. Era necessário substituir o painel de comando do Funicular dos Guindais, bem como fazer algumas obras de manutenção que evitassem futuras avarias. Cinco meses depois e para descanso das pernas de muito boa gente, o elevador reabriu com um “sistema totalmente novo”, que incluiu “sinalética e cabines renovadas”. Em funcionamento desde 2004, o Funicular dos Guindais – que só em 2023 transportou entre a Praça da Batalha e a Ribeira mais de 460 mil pessoas –, carecia de tecnologia mais recente para o seu bom funcionamento. “O encerramento do Funicular foi essencial para melhorarmos a experiência do utilizador e evitarmos possíveis avarias”, explicou Teresa Stanislau, em nota de imprensa enviada às redacções. A gerente da STCP Serviços, entidade que faz a gestão do equipamento, ao abrigo do Contrato Programa realizado com a Câmara do Porto, acrescentou ainda que “o sistema de comando, que permite a deslocação das cabines, tinha sido instalado há vários anos, pelo que exigia uma tecnologia mais recente”.  Desta feita, as melhorias incluíram a substituição da mesa de controlo, o autómato e os sistemas de comunicação e hidráulico dos veículos, que são traccionados por um cabo e se deslocam sobre carris.   Aberto ao público há 20 anos, apesar de a sua origem remontar a finais do século XIX – terá sido inaugurado em 1891 e encerrado dois anos depois por causa de um acidente –, o Funicular dos Guinda

Há um novo Guia do Douro nas bancas

Há um novo Guia do Douro nas bancas

O Douro é a soma de várias partes: é mais do que a água do seu rio, a terra dos seus solos agrestes e trabalhosos e mais do que o fogo que crepita nas lareiras das salas e das cozinhas das casas antigas. É uma lufada de ar fresco dada a quem o visita, um sopro de espanto e humildade, como se a cada momento a natureza nos quisesse mostrar o pequeno lugar que ocupamos na imensidão do mundo. O Douro, feito de contrastes, é a luz que amadurece a fruta nos pomares e que enche de doçura as uvas sumarentas que se apanham por altura das vindimas. Mas é também a sombra que envelhece o vinho escondido em garrafas e pipas cobertasde pó, em caves enterradas no solo profundo. É feito das pessoas que o habitam e das suas mãos calejadas. As mesmas que há vários séculos ergueram os muros de xisto que suportam as videiras; que descascam as batatas para o cabrito de domingo; e que moldam uma olaria típica que se recusa a cair no esquecimento. O Douro, que pertence a poetas e agricultores, é belo para onde quer que se aponte uma rosa dos ventos. E por causa das suas vinhas, que parecem bordadas a ponto de cruz nas encostas, da sua fauna e flora que cresce selvagem, e do maravilhoso vinho que daqui sai para todo o mundo, é que em 2023, em conjunto com 19 municípios, foi distinguido como Cidade Europeia do Vinho. Se motivos faltassem para visitar este “excesso da natureza”, como Miguel Torga um dia o descreveu, neste guia da mais bonita região vinhateira encontra outras tantas razões que o vão fa

Gastro by Elemento: brincar com o fogo é só para quem sabe

Gastro by Elemento: brincar com o fogo é só para quem sabe

Ramos de acácia e de azinheira crepitam no fogo, soltando pequenas faúlhas. Ardem no forno a lenha, aceso e em combustão desde a hora de almoço, mas também no fogão a lenha ao fundo, bonito e lustroso e uma peça única feita de propósito para ali. Demorou um ano e meio até ficar pronto. No Gastro by Elemento, o novo restaurante do chef Ricardo Dias Ferreira e de Patrícia Lourenço, a chef de sala – ambos também donos do Elemento, na rua do Almada, em pleno coração portuense –, o fogo é primordial, estrela principal de um requintado espectáculo gastronómico. “O Gastro é uma evolução do Elemento. Segue uma linha mais de fine dining, com o foco no fogo, e tem uma disponibilidade diferente. Aqui, o objectivo é que o cliente desfrute do espaço e da experiência com tempo e tenha mais contacto com os cozinheiros. No Elemento rodamos a sala, aqui não. Entras às 19.00 e sais às 23.00, se for caso disso”, explica Ricardo, que já passou pelas cozinhas do Midori e do Arola, no Penha Longa, em Sintra; fez a abertura do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia; e trabalhou com Martin Berasategui, com três estrelas Michelin, em San Sebastian, antes de regressar a Portugal depois de sete anos na Austrália. ©DRGastro by Elemento Ring of Fire de Johnny Cash toca baixinho nas colunas. O som sobe pelo pé direito alto até chegar aos tectos em betão, preenchidos por candeeiros de metal que iluminam o espaço com uma luz ténue e confortável. A estética deste restaurante nas Antas, fora do centro da cidade

De olhos postos no Oriente. O Asia Connection é o novo gastrobar do Porto

De olhos postos no Oriente. O Asia Connection é o novo gastrobar do Porto

Conecte-se ao Oriente. Sem vistos, voos ou horas perdidas à conta do jet lag. A passagem para o continente asiático está facilitada e faz-se agora através da porta de embarque 81, na rua da Fábrica, em plena baixa portuense. Do lado de lá das grandes portas de vidro que separam o Porto do Asia Connection, o mais recente projecto de Miguel Camões – empresário que detém casas bem conhecidas da Invicta, como o The Gin House, a Vermuteria da Baixa, o The Royal Cocktail Club ou o Zapata by Chakall – imperam os tons quentes das mesas de madeira e dos sofás em veludo, as luzes baixas, a garrafeira recheada e iluminada, os néones que incentivam à dança, pendurados na parede atrás de uma mesa de mistura, e um mural criado pelo street artist Fedor. Nele, ruge, ameaçador, um tigre amarelo ao lado de uma máscara de samurai, com canoas e o monte Fuji a ilustrar o cenário ao fundo. “O nosso objectivo é criar e abrir espaços com conceitos diferentes e ainda não tínhamos um que abordasse a componente asiática”, conta Miguel Camões, que começou a pensar no projecto há ano e meio. “O Asia Connection é um gastrobar, onde acontece uma fusão entre a cozinha e a coquetelaria, e que funciona de uma forma muito versátil. Tanto pode servir quem vem beber um copo ao fim da tarde e petisca qualquer coisa, como quem vem jantar e até fica para dançar, já que temos DJ sets. A ideia é as pessoas usarem este espaço da forma que melhor entenderem”. ©DRAsia Connection A carta do restaurante – que contou com

Generosa: a deusa da fermentação e o novo espaço de pão e pizzas no quarteirão das artes

Generosa: a deusa da fermentação e o novo espaço de pão e pizzas no quarteirão das artes

É impressionante como em 26 metros quadrados cabe tanta coisa boa. Sobre o balcão, avistam-se da rua generosas fatias de pizza romana, altas e fofas; focaccias onde dá vontade espetar o dente; pães de trigo, integrais ou especiais carregados de sementes; baguetes estaladiças; e babkas de chocolate e rolinhos de canela vistosos que se querem dentro de um saco para levar para casa (entre os 2,50€ e os 5€). Até pode ser pequena, esta Generosa, mas não passa despercebida a quem se cruza com ela, não resistindo a deitar-lhe uma mirada gulosa pelo canto do olho.  O mais recente projecto de Gustavo e Gabriela – donos do Genuíno, um bar de vinhos naturais, umas portas ao lado, cheio de coisas boas para comer – e agora também de Jorge, o chef padeiro responsável, abriu em meados de Março e já tem clientes fiéis que lhes esgotam a produção do dia enquanto o diabo esfrega um olho. “O pão acaba sempre. A produção não é grande, é certo, mas esse também não é o nosso objectivo”, começa Gustavo, dando início à história deste triângulo amoroso em torno de pães, massas e leveduras naturais.  ©Marco DuarteGenerosa “Nós estávamos muito interessados neste cantinho aqui e já conhecíamos o Jorge há muito tempo, ele é o mestre da fermentação [risos], por isso, quando o espaço ficou vago, ligámos de imediato: ‘Jorge, vamos fazer o negócio de pão e pizza?’ E ele topou na hora”.  Padeiro há sete anos, Jorge, que tal como os dois amigos trocou o Brasil pelo Porto, faz pães de fermentação longa e natu