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Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

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Articles (146)

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Aproveite o fim-de-semana para descobrir uma dúzia de exposições em Lisboa. Uma proposta para tornar os próximos dias mais culturais – sozinho, com a família ou os amigos (vai tudo atrelado). Com tantos museus e galerias na cidade, é impossível não ter o que ver. Mas não queremos que se perca e, por isso, dizemos-lhe quais as exposições a que deve prestar mais atenção (sobretudo as que estão prestes a acabar, como a do Museu Nacional de Arte Contemporânea, que termina já este domingo). Só tem de decidir por onde quer começar: pintura, fotografia, ilustração, design ou instalações de grande escala. Trace o roteiro cultural e bom fim-de-semana. Recomendado: Estas exposições gratuitas em Lisboa valem a visita

Dos 10 aos 100: presentes de Dia do Pai para todos os bolsos

Dos 10 aos 100: presentes de Dia do Pai para todos os bolsos

Dia do Pai é todos os dias, mas temos o 19 de Março a servir de lembrete para os mais distraídos. Até porque sabemos que ninguém gosta de deixar este dia passar em claro – nem que seja para poder arrastar o pai para ir beber um copo. Bem ou malcomportados, todos os pais merecem ser o centro das atenções. A pensar nisso, fomos às compras, sempre a pensar em todos os orçamentos. Escolhemos as melhores prendas para pais (algumas em lojas lisboetas, conhecidas por serem dirigidas ao público masculino), sejam eles mais clássicos ou desportivos, mais sérios ou descontraídos. Agora, não deixe para a última e aproveite estas 32 ideias de presentes para o Dia do Pai.  Recomendado: À procura de algo especial? Estas são as melhores concept stores de Lisboa

Nem tudo o que luz é novo. As melhores lojas de segunda mão em Lisboa

Nem tudo o que luz é novo. As melhores lojas de segunda mão em Lisboa

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como agora – não pela falta de aviso, mas pela urgência na mudança de hábitos. Comprar em segunda mão ou apostar em peças vintage não é só uma tendência de moda crescente, é mais do que isso – reflecte um comportamento mais sustentável. Recheie o armário nestas lojas de roupa em segunda mão em Lisboa e, quando fizer limpeza do armário, lembre-se que nem tudo é lixo e pode canalizar a sua imaginação para o upcycling, a chamada reutilização criativa que transforma peças ou produtos que já não usa ou em fim de vida em novos materiais. Recomendado: Lojas para comprar discos de vinil em Lisboa

Sangue novo, tinta fresca. Estes tatuadores estão a pôr Lisboa no mapa

Sangue novo, tinta fresca. Estes tatuadores estão a pôr Lisboa no mapa

É agulha, mas não pica. É desenho, mas nem sempre tem cor. A tatuagem já foi marginal, mas hoje está ao virar de cada esquina e faz parte do pulsar da cidade. Pode ter um significado profundo, ou ser só mais um ornamento. Para provar que o desejo de desenhar sobre a pele arde mais do que nunca, batemos à porta de dez tatuadores lisboetas – dentro ou fora dos principais estúdios. São eles os mais recentes embaixadores de uma arte que continua a crescer em estilos, tons, temas e linhas.  Recomendado: Oito coisas para fazer em Lisboa no Dia da Mulher

Oito coisas para fazer em Lisboa no Dia da Mulher

Oito coisas para fazer em Lisboa no Dia da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, é muito mais do que escolher um bouquet colorido numa das melhores floristas em Lisboa ou marcar mesa num restaurante romântico. Foi oficializado pela ONU em 1975, mas já era celebrado por todo o mundo, tendo origem no movimento operário feminista dos EUA. Uma data tão importante pede reflexões, debates, mas também eventos que mesmo que não sirvam para alimentar o pensamento, alimentam o estômago e a alma. Há festas e concertos e, pelo meio há artes plásticas e fotografia que em comum têm a mesma fonte de inspiração: as mulheres. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa em Março de 2024  

Não julgue estas lojas do Porto pela montra

Não julgue estas lojas do Porto pela montra

Os roteiros de compras estão a mudar e o Porto não é excepção. Pela cidade, há novos espaços que convidam a fugir ao conceito de loja convencional, agregando arte, eventos, zonas de trabalho e até propostas gastronómicas. Pegámos na carteira e fomos ver como param as modas – que é como quem diz bater a porta de quatro espaços que não convém julgar pela montra. E já que lá está, pode sempre fazer umas compras – é que estas lojas do Porto são fora da caixa, mas não tanto. Recomendado: Lojas online do Porto para dar a volta ao guarda-roupa (e não só)

17 lojas online do Porto para dar a volta ao guarda-roupa (e não só)

17 lojas online do Porto para dar a volta ao guarda-roupa (e não só)

Há quem considere o acto de fazer compras muito terapêutico. A pensar em quem o quer fazer sem sair da cadeira, fizemos esta lista de marcas portuenses cuja presença se limita ao universo digital. Desde joalharia, sapatilhas, champôs sólidos, roupa ou outros acessórios de moda – que não lhe falte nada. Ao comprar nestas 17 lojas online do Porto, está a apoiar negócios locais e ainda se surpreende com o rasgo do design português. Além disso, é uma excelente forma de fugir aos magotes de gente que habitualmente povoam as lojas de rua e centros comerciais. Recomendado: Made in Porto: conheça a nova geração de designers de moda

Dez tratamentos de spa em Lisboa até 50€

Dez tratamentos de spa em Lisboa até 50€

Está para nascer alguém que não goste de uma boa sessão de relaxamento, seja às mãos de um massagista ou apenas com a ajuda de produtos cuidadosamente escolhidos para nos tornar mais belos. Aqui, com a particularidade de nunca exceder um orçamento de 50€. Fomos à procura de um tratamento de spa barato em Lisboa e encontrámos dez dignos de recomendação, com serviços expresso, rituais exóticos, massagens aos pés e até experiências ao domicílio. Deite-se, relaxe e acredite: há mesmo spas em Lisboa para todas as carteiras. Só tem de seguir o roteiro. Recomendado: Estes são os melhores spas de Lisboa

As melhores lojas do Cais do Sodré

As melhores lojas do Cais do Sodré

Quantas vidas tem o Cais do Sodré? A resposta depende do tipo de programa que quer fazer. À noite, é um bairro cheio de possibilidades – dos copos de final de tarde às noitadas que só acabam em plena luz do dia. Se o objectivo for alimentar-se, saiba que é possível ir a praticamente todos os continentes sem sair destes quarteirões, para não falar dos locais que cruzam petiscos e música em perfeita harmonia. Mas o que dizer das lojas? Este pode não ser o grande destino de compras da cidade, mas tem algumas paragens obrigatórias para quem procura marcas portuguesas. Tome nota. Recomendado: Cozinhas comunitárias e espaços para brincar: as novas cooperativas de habitação em Lisboa

Vera Holtz: “O teatro é um espaço absurdo de arte”

Vera Holtz: “O teatro é um espaço absurdo de arte”

Aos 71 anos, Vera Holtz desempenha um dos papéis da sua vida – “a segunda Pérola”, referência à personagem que levou a cena durante cinco anos, na década de 90, na peça homónima de Mauro Rasi. Em Ficções, adaptação improvável de Rodrigo Portella (escritor e encenador) a partir do filosófico Sapiens, de Yuval Noah Harari, toma conta do palco. Como narradora, segue em monólogo durante uma hora e meia, vestindo oportunamente a pele de pessoas, animais e coisas. Com ela, tem apenas o violoncelista Federico Puppi, além de uma equipa de produção que trabalha à vista. Uma sessão de questionamento em torno da evolução humana e do rumo que toma. Sem respostas, só motivos de reflexão, Vera lida ela própria com e exigência do texto. É um “outro código”, como explica à Time Out, distante da dramaturgia convencional. Mas que outro espaço seria melhor para contornar o cânone do que o teatro? É por isso que hesita em chamar-lhe peça – chega a preferir “jam session”, até pela intimidade que mantém com o público. Público esse que, a partir desta sexta-feira e até 3 de Março, será o do Tivoli BBVA, em Lisboa. O espectáculo segue depois para o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, onde fica de 7 a 17 do mesmo mês. Seguem-se Póvoa de Varzim, Figueira da Foz, Vila Real, Leiria e Famalicão. De volta ao Brasil, a agenda já está completa até ao final do ano. Sem perspectivas de sossegar, Holtz vislumbra uma longa vida para Ficções.

Os melhores sítios para um primeiro encontro em Lisboa

Os melhores sítios para um primeiro encontro em Lisboa

Porque a vida pode ser mais ou menos cheia de primeiros encontros, convém fazer algum trabalho de casa. As estatísticas estão à vista de todos: os bares e restaurantes são mesmo os lugares de eleição na hora de marcar o primeiro date em Lisboa, seja com um amigo de amigos, ou com alguém que conhecemos à distância de uma aplicação da especialidade. À cidade não falta romantismo, das mesinhas pensadas para apenas duas pessoas, aos balcões corridos que promovem a cumplicidade. Vá por nós e conheça oito sítios ideais para um primeiro encontro em Lisboa. Recomendado: Bares românticos em Lisboa para impressionar

Das compras ao desporto: tudo o que pode fazer no 8 Marvila

Das compras ao desporto: tudo o que pode fazer no 8 Marvila

É o sítio de que toda a gente fala. O 8 Marvila nasceu em Outubro de 2023 pelas mãos de José Filipe Rebelo Pinto, o homem que já alavancou projectos como o Out Jazz, o Mercado de Fusão do Martim Moniz ou a reabilitação do Cais do Sodré. Agora, voltou a assumir o papel de curador para povoar um complexo de armazéns com 22 mil quadrados – um exercício de cinco anos, para depois dar lugar a um novo empreendimento imobiliário. Até lá, o 8 Marvila quer ser uma âncora na parte oriental da cidade, de portas abertas de quinta-feira a domingo, das 12.00 à meia-noite. O espaço, que inclui os antigos armazéns vinícolas e escritórios da Abel Pereira da Fonseca, alberga um mundo – lojas, restaurantes, galerias de arte, uma discoteca, salas de eventos, campos de padel, oficinas, terapias alternativas e artes performativas. Para não se perder, dizemos-lhe tudo o que pode encontrar por lá. Recomendado: O melhor das manhãs em Lisboa

Listings and reviews (27)

Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.

Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.

Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 

Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.

Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.

American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.

Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  

Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.

Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.

Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.

Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa

Pontas Soltas

Pontas Soltas

O senhor da imagem está bem, não se preocupe. Por estes dias, a loja e galeria Mona, nas Janelas Verdes, recebe a exposição “Pontas Soltas”, de Ivo Purvis, mais uma mente criativa da publicidade que se deu conta de que o que faz todos os dias talvez tenha o seu quê de artístico. E parece que algumas boas ideias não se chegaram a conveter em anúncios. Aqui, a avalanche de bonecada foi inevitável. Homem dos Bonecos é uma das imagens que pode ver durante as próximas semanas.

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Mercado de rua estaciona nas Docas nos três próximos sábados

Mercado de rua estaciona nas Docas nos três próximos sábados

É já a partir deste sábado que um novo mercado ocupa o espaço público, mesmo junto ao Tejo. O Docas Market chega à Doca de Santo Amaro, em Alcântara, pelas mãos do Mercado no Bairro, a mesma entidade que promove os mercados de rua no Príncipe Real e no Miradouro de São Pedro de Alcântara. No total, serão 25 as bancas que compõem esta primeira edição do Docas Market. Da moda ao design, do artesanato aos livros, das plantas à bijuteria – a nova proposta de compras que chamar toda a família para passear à beira-rio. E este é só o primeiro mercado nas Docas. Há já mais duas edições marcadas, para os últimos sábados de Março – 23 e 30. Doca de Santo Amaro. Sáb 12.00-20.00 (16, 23 e 30 de Março). Entrada livre + Esta rua de Lisboa é oficialmente uma das mais cool do mundo + Flores, caveiras e cores: há arte urbana dentro do Panteão

Flores, caveiras e cores: há arte urbana dentro do Panteão

Flores, caveiras e cores: há arte urbana dentro do Panteão

É a prova de que até o mais imperturbável dos cenários pode experienciar o maior dos sobressaltos – de cor, escala ou expressão artística. É mais ou menos essa a sensação de entrar no Panteão Nacional por estes dias, onde o interior frio, monumental e monocromático é retemperado por dois painéis de alumínio, com oito metros de altura, criados pelo artista espanhol Aryz – e eles próprios possíveis empenas de edifícios. Aqui, compõem Vanitas, uma instalação feita a pensar neste lugar e no que ele representa. E se a morte é omnipresente, porque não abrir espaço a novas e diferentes representações? No caso, foi a arte urbana a entrar dentro do Panteão. "Trabalhei esqueletos durante muitos anos, mas já há algum tempo que não lhes pegava. Ultimamente, tenho mantido sempre estes diálogos com períodos da pintura. Pego num quadro do Velázquez ou de Van Dyck e pinto a partir de pequenas referências. Aqui, isso não acontece com um quadro, mas sim com um género – vanitas, um formato de quadro que toda a gente já viu nos museus", começa por explicar Aryz, autor da instalação, à Time Out. © Francisco Romão PereiraAryz, junto a um dos painéis de 'Vanitas' O género em questão está associado à pintura dos séculos XVI e XVII e teve a sua origem entre os mestres flamengos. Dentro do próprio Panteão, estará um quadro do Museu Nacional de Arte Antiga, de autor anónimo, para acentuar a ideia de diálogo entre as artes do passado e do presente. Caveiras, ampulhetas, livros, flores ou velas apagada

Open House regressa em Maio e quer levá-lo para debaixo da terra

Open House regressa em Maio e quer levá-lo para debaixo da terra

Há 12 anos que é assim: durante um fim-de-semana, dezenas de edifícios e lugares abrem portas a um intensivo programa de visitas guiadas. O pretexto é única e exclusivamente o interesse pela arquitectura – e 2024 não será excepção. Uma nova edição do Open House Lisboa acontece a 11 e 12 de Maio e, num comunicado divulgado esta terça-feira, a organização anunciou já os primeiros locais a integrarem o roteiro arquitectónico pela cidade. São nove as moradas para anotar, com destaque para o Plano de Drenagem de Lisboa, cuja grande empreitada é o túnel subterrâneo que liga Monsanto a Santa Apolónia, e a Galeria Avenida da Índia, espaço que integra a rede Galerias Municipais. Ambos os espaços são estreias absolutas no evento. Mas há já mais confirmações – o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (um dos vários locais que normalmente não estão abertos ao público), a Capela de Santo Amaro, o hotel Santa Clara 1728, o Palácio Sinel de Cordes, o Centro Ismaili, o Teatro Thalia e o antigo hotel Vitória (actual sede concelhia do Partido Comunista Português). A edição deste ano tem como tema as arquitecturas provocadas pelas transições da cidade. No total, serão mais de 60 espaços abertos a visitas gratuitas e disponíveis em três formatos: livres, acompanhadas por especialistas ou por voluntários. Nem todas as actividades propostas se ficam pelo interior destes locais. Há percursos urbanos a pé na companhia de especialistas e ainda passeios sonoros orientados por narrações previamente g

‘Descida da Cruz’ foi comprada por privado – mas vai ser exposta em Portugal na mesma

‘Descida da Cruz’ foi comprada por privado – mas vai ser exposta em Portugal na mesma

A obra do pintor português Domingos Sequeira foi comprada, no último domingo, por uma entidade privada nacional, segundo um comunicado da Museus e Monumentos de Portugal enviado às redacções esta terça-feira de manhã. À venda numa feira de arte e antiguidades em Maastricht, Descida da Cruz será depositada e exposta publicamente num museu português ainda a anunciar, segundo o mesmo organismo. Coube à Museus de Monumentos de Portugal, uma das estruturas criadas para substituir a Direcção-Geral do Património Cultural, representar o Estado português na tentativa de compra da referida obra. Mas o oferta de 850 mil euros não foi aceite pela galeria Colnaghi, responsável pela mediação da venda da peça, tendo sido uma entidade privada – ainda não se sabe qual – a levar a melhor. "O valor proposto, o mais elevado de sempre para a aquisição de uma obra de Domingos Sequeira, resultou da ponderação entre a indiscutível relevância patrimonial da pintura, o contexto actual de valorização do mercado da arte em geral e desta obra em particular, e a criteriosa gestão dos recursos públicos, não devendo um organismo de Estado participar em dinâmicas especulativas que caracterizam o mercado de arte internacional", lê-se no comunicado. O organismo estatal agradece ainda à entidade privada em causa "pela inteira disponibilidade para colocar a obra à fruição pública". Os contornos deste acordo são remetidos para "momento próximo". Esta é a segunda obra do período final de produção artística do pint

Lego a caminho do Chiado. Nova loja abre já na Primavera

Lego a caminho do Chiado. Nova loja abre já na Primavera

É já na Primavera que a Lego abre uma nova loja, situada nos Armazéns do Chiado. É a primeira no centro da cidade, a segunda em Lisboa (a primeira fica no Colombo e abriu em Setembro de 2022) e a terceira abertura em solo nacional – em Outubro de 2023, foi a vez do NorteShopping. Uma boa notícia para todos os fãs dos famosos tijolos coloridos. A marca promete uma decoração inspirada em elementos portugueses e ainda os conjuntos Lego vendidos em exclusivo nas lojas oficiais, num espaço com quase 100 metros quadrados, no quinto piso do centro comercial. A marca ainda não anunciou a data de abertura da nova loja. Assinala apenas que será esta Primavera. + Dos 10 aos 100: presentes de Dia do Pai para todos os bolsos + SelfCare Market & Summit: beleza, saúde e bem-estar na Cordoaria Nacional

Shot de moda: três dias de ModaLisboa em dez momentos

Shot de moda: três dias de ModaLisboa em dez momentos

Não foi um fim-de-semana calmo. Aconteceu de tudo: uma final do Festival da Canção, eleições legislativas, os Óscares na costa Oeste dos Estados Unidos e até uma depressão chamada Mónica, como se o céu cinzento da semana passada não tivesse sido já deprimente o suficiente. É, por isso, natural que lhe tenha escapado um certo evento de moda ali para os lados do Terreiro do Paço. Esta foi a edição número 62 da ModaLisboa e, embora com as ausências notadas de Nuno Gama, Nuno Baltazar ou Constança Entrudo, percorreram-se muitos e bons quilómetros no Pátio da Galé – para trás e para a frente, uma e outra vez, todo o santo fim-de-semana. E houve de tudo um pouco, como aliás o certame já nos habituou: casacos quentinhos, cachecóis de futebol, cravos vermelhos, bordados portugueses e uma mão cheia de ideias frescas para o futuro, não tivesse o programa arrancado na sexta-feira com o concurso Sangue Novo, que distingue o novos talentos do sector. Se não foi à ModaLisboa, não se preocupea. Dizemos-lhe tudo o que precisa de saber sobre o que aconteceu nos últimos três dias. 1. São pétalas, Luís A partir de um tecido profusamente composto de pequenas pétalas brancas, Luís Carvalho construiu toda uma colecção. A natureza, com os seus recortes e texturas, inspiraram o designer a apostar numa modelação orgânica e menos pautada pela rigidez da alfaiataria, a sua base de trabalho mais recorrente. Abundaram as peças sem género e os relevos nos materiais escolhidos. A paleta percorreu tons como

A distopia de Isza: designer de Braga vence concurso da ModaLisboa

A distopia de Isza: designer de Braga vence concurso da ModaLisboa

Cumpriu-se a tradição. O calendário de desfiles da 62.ª da Modalisboa – mais uma a decorrer no Pátio da Galé – arrancou esta sexta-feira com o concurso Sangue Novo, que desde 1996 impulsiona novos talentos na área do design de moda. Numa apresentação colectiva, com seis finalistas a apresentarem micro colecções, Isza, assinatura criativa de Ana Luísa Marinho, sagrou-se vencedora. Entrou na passerelle com um guarda-roupa de inspiração distópica, saiu com um prémio de 4000€ e com um mestrado em Florença, no valor de 24.000€. A dúvida perante o desconhecido voltou a revelar-se um bom ponto de partida para uma jovem em busca de inspiração. Na incerteza em relação ao rumo da indústria – mas também do próprio génio criativo – encontrou um terreno fértil para criar seis coordenados. As malhas moldáveis impressas em 3D foram as estrelas, num jogo entre rigidez e fluidez, que contou ainda com assimetrias e peças cropped com capuz. © Ugo Camera "Estive dois meses sem saber que caminho deveria seguir. Comecei a reflectir sobre o que sou, o que quero enquanto marca, o que quero fazer diferente. E a verdade é que o meu foco está nesta exploração da impressão 3D para a moda. Diria que 80% da colecção foi feita numa impressora e essa é uma parte de investigação que gosto muito na moda, mais tecnológica e de inovação", explicou a jovem designer à Time Out. A técnica permite, nomeadamente, produzir vestuário sem utilização de água, enquanto o aumento do consumo energético pode ser compensad

SelfCare Market & Summit: beleza, saúde e bem-estar na Cordoaria Nacional

SelfCare Market & Summit: beleza, saúde e bem-estar na Cordoaria Nacional

À segunda edição, o SelfCare Market & Summit regressa à Cordoaria Nacional para dois dias dedicados à beleza, à saúde e ao bem-estar. Por este mercado, marcado para 16 e 17 de Março, que também tem espaço para workshops, palestras, masterclasses e showcookings, vão passar 44 oradores e mais de 50 marcas, clínicas e serviços. Avène, Bioderma, ISDIN, Institut Esthederm, René Furterer, Etat Pur e Roger & Gallet são algumas das marcas presentes no mercado. Além das oportunidade de experimentar produtos e novos lançamentos de cada uma delas, o evento irá ainda contar com serviços como avaliações faciais e capilares, rastreios e aconselhamento de nutricionistas, profissionais de cuidados da pele e de beleza. Dividido por três palcos, o programa vai abranger diferentes áreas da saúde e do bem-estar. Longevidade Saudável: Como viver mais e melhor?, O Choque de Gerações, Menopausa! E agora? e Sexualidade e Autocuidado são alguns dos temas já anunciados. No total, serão 37 palestras, masterclasses e workshops, por onde vão passar 49 oradores e moderadores, de especialidades como a dermatologia, nutrição, ginecologia, psicologia, desporto e coaching, infertilidade, sono, imagem pessoal, jardinagem, entre muitas outras. O evento conta com a Corações Com Coroa como parceiro social. Por cada bilhete vendido (12€ para os dois dias), 1€ reverte para esta associação sem fins lucrativos, dedicada à inclusão sócio-afetiva de pessoas em situações de vulnerabilidade, risco ou pobreza. Cordoaria N

O bom relevo a casa torna: tesouro do século XVII vai voltar para Portugal

O bom relevo a casa torna: tesouro do século XVII vai voltar para Portugal

A Virgem e o Menino, escultura do século XVII originalmente adquirida por D. Fernando II, foi comprada pelo Estado português a uma galeria parisiense, segundo noticia o jornal Público esta quarta-feira. "Pouco maior do que uma folha A4", o alto-relevo foi herdado por D. Manuel II, bisneto do primeiro comprador e último rei de Portugal. Agora, a peça irá integrar o acervo do Museu do Tesouro Real, onde será exposta. Trata-se de uma peça italiana em âmbar sobre um fundo de lápis-lazúli, com uma moldura em bronze dourado, adquirida pelo Estado à Galeria Kugel, com sede em Paris, por 420 mil euros. De acordo com o mesmo jornal, as negociações decorriam desde o último trimestre do ano passado. View this post on Instagram A post shared by Galerie Kugel (@galeriekugel) “É uma peça de grande qualidade artística que virá enriquecer o lote de objectos que Fernando II reuniu à sua volta no Palácio das Necessidades, [em Lisboa], em parte já exposto no Tesouro Real, no núcleo dedicado às colecções particulares, a dele e a do filho, D. Luís I”, esclareceu ao Público José Alberto Ribeiro, director do museu instalado no Palácio da Ajuda. Não se sabe, no entanto, quando é que este relevo será exposto no museu, sendo um dos objectivos de estudo perceber o percurso da peça até ter sido adquirida por D. Fernando II, marido de D. Maria II, já no século XIX. Sabe-se, contudo, que saiu do país aquando o exílio de D. Manuel II em Londres, após o fim da monarquia em Portugal. A notíci

Maior e mais luminosa, a Hermès foi devolvida ao Chiado

Maior e mais luminosa, a Hermès foi devolvida ao Chiado

O sucedido poderá ter passado ao lado dos menos atentos, mas durante um mês a Hermès do Chiado esteve fechada para obras. A ampliação da loja e uns retoques na decoração foram o pretexto da intervenção. Especialmente luminosa e com uns metros quadrados a mais, a marca francesa reafirma o interesse nesta localização nobre da cidade – e nem a luxuosa Avenida da Liberdade parece ser suficiente para fazê-la mudar de ideias. Inaugurada em 2001, conserva até hoje um detalhe identitário – o chão, que não se repete em nenhuma outra loja do mundo, alude à calçada portuguesa e contrasta com o leve laranja, imagem de marca da maison. Com quase mais 20 metros quadrados (são agora 155, no total), a renovada Hermès soma duas novas secções – ou dois novos métiers, como designa a empresa familiar. A joalharia brilha no recato de um dos nichos criados dentro da loja. Ao lado, estão algumas das peças Hermès Horizons, itens personalizados, que podem ir de tábuas de skate ao recheio de iates, tudo feito à medida. © Pablo Zamora A luz de Lisboa Os lenços de seda, mais conhecidos como carrés, as malas e cintos, o calçado, a perfumaria e a maquilhagem, bem como uma pequena amostra da linha de casa, que conta agora com um banco desenhado por Álvaro Siza Vieira em 2022, continuam a ter lugar no espaço, à semelhança das colecções de pronto-a-vestir masculina e feminina, colocadas ao fundo da loja. A abertura de algumas janelas, outrora usadas como montras, tornou o espaço mais luminoso. Por estes di

Action: a loja holandesa dos 2€ chegou a Portugal

Action: a loja holandesa dos 2€ chegou a Portugal

Lembra-se das velhas lojas dos 300? A lógica não é muito diferente. Directamente dos Países Baixos, a cadeia Action abre a primeira loja em Portugal já esta quinta-feira. O local escolhido é o Focus Park, em Vila Nova de Gaia, e o espaço conta com 995 metros quadrados, 19 funcionários e 6000 produtos divididos em secções como brinquedos, casa, jardinagem, bricolage e comida e bebida. A marca, que conta já com mais de 2500 lojas na Europa, tem nos preços baixos a sua principal bandeira. O preço médio de um produto fica abaixo dos 2€. Portugal é o 12.º país onde a cadeia está a expandir-se, estando desde já garantida a abertura de novas lojas até ao final deste ano. Todas as semanas, a Action lançará 150 novos produtos em loja.   DR   A inauguração da primeira loja Action em solo português está marcada para quinta-feira, dia 29 de Fevereiro. Nesse dia, os 100 primeiros clientes vão receber um vale de 20€. Focus Park, Rua Emissor, 236 (Vila Nova de Gaia). Seg-Dom 09.00-21.00 + 17 lojas online do Porto para dar a volta ao guarda-roupa (e não só) + As melhores lojas em Cedofeita

隈研吾がデザインを担当、ポルトガルの現代美術館がリニューアル

隈研吾がデザインを担当、ポルトガルの現代美術館がリニューアル

ポルトガルのリスボンにある現代アートの美術館「Centro de Arte Moderna Gulbenkian」(以下、CAM)が、4年間にわたる大規模な改修工事を経て、この秋ついに営業を再開する。2024年2月22日に発表された情報によると、リニューアルオープンは2024年9月20日(金)の予定だ。 CAMは、カルースト・グルベンキアン財団が持つポルトガルの近現代美術の素晴らしいコレクションと国際的なアーティストの作品など、約1万2000点を収蔵する。 Photograph: © KKAA 同館を生まれ変わらせるためのデザインを担当したのは、自然素材の活用で知られる日本の建築家である隈研吾。白いセラミックタイルの張り出し屋根を持つ新しい建物の着想は、「内と外の相互作用する空間」である「エンガワ」の考え方から得たという。 その白い屋根と溶け込むパブリックガーデンは、カナダのトロントにあるアガ・カーン公園を手がけたことで知られるランドスケープアーキテクトのウラジミール・ジュロヴィッチが再設計したものだ。 Photograph: © KKAA 隈は声明で「私たちは、建築と庭が調和する、完璧な融合を実現しました。エンガワのエッセンスにインスパイアされて生まれたのは、外側との新しい関係です。訪れる人にゆっくりとくつろぎ、この場所をそれぞれに楽しんでもらいたいと考えています。柔らかさと移り変わりのアイデアは、CAMのインテリアにも生かされました。我々がデザインした新しい空間では、庭や外光とのつながりを再現しています」 記念すべきリニューアルオープンに合わせ、メインギャラリーでは彫刻的なインスタレーションを制作するポルトガルのアーティスト、レオノール・アントゥネスによる没入型展覧会が開催される。 また、「Tide Line」と題したコレクション展では、90を超えるさまざまな媒体の作品を紹介。日本の書道と写真を学んだポルトガル系ブラジル人アーティスト、フェルナンド・レモスにフォーカスを当てた展示もある。さらに、森永泰弘や渡辺豪など、複数の日本人アーティストの作品を通して、新しい建物のデザインの背景にある「日本」をより深く知る機会も設けられる。 関連記事 『Lisbon is getting a huge revamped modern art museum this year(原文)』 『和國商店 なぜこの場所に? 東村山の小さな商店街に隈研吾建築カフェがオープン』 『緑あふれる隈研吾設計の複合施設「フォレストゲート代官山」が10月19日オープン』 『「魔女の宅急便」作者、角野栄子の世界観を表現した児童文学館が江戸川区に誕生』 『国立西洋美術館で初の現代アート展、2024年3月に開催決定』 『マツモト建築芸術祭でしかできない7のこと』 東京の最新情報をタイムアウト東京のメールマガジンでチェックしよう。登録はこちら