Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

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Articles (216)

Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Que não lhe faltem opções se a ideia for entrar num bar para se surpreender com a carta de cocktails, ou então ter uma mão-cheia de vinhos escolhidos a dedo à disposição. Em Lisboa, o roteiro de bebidas depois do pôr-do-sol tem crescido – no centro da cidade, ou em localização mais inesperadas. Se a novidade é o critério que mais valoriza, vá por nós, que acabámos de reunir numa lista os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer. Quanto ao brinde, não podemos fazê-lo por si. Recomendado: Karaoke em Lisboa: sítios para cantar fora do duche  
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Agosto pode ter consequências assinaláveis na agenda da cidade, mas nem tudo está perdido. Nos fins-de-semana de um mês que se adivinha quente e comprido não faltam novos pratos para provar, música para ouvir e filmes para ver a céu aberto – tudo como o Verão pede, ao ar livre, para tirar partido dos dias (ainda) longos e das noites amenas. Reserve tempo ainda para provar as especialidades dos melhores novos restaurantes da cidade (e arredores), para ver as exposições do momento e para estoirar o subsídio de férias nas novas lojas. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Chegamos a Agosto e a agenda de inaugurações entra de férias – até porque em Setembro tem de voltar com a força toda. Mas, se prefere refugiar-se no fresquinho dos museus e galerias, a cidade continua repleta de boas opções. Além disso, estes são os últimos dias para espreitar algumas exposições imperdíveis. "Sakasa", da fotógrafa francesa Chloé Jafé, despede-se da Narrativa no sábado, dia 9. Um dia depois, chega ao fim "Quando o corpo se faz doce", no Museu de Santo António. Ainda em Agosto, a 24, termina a marcante exposição "Venham Mais Cinco. O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa", em Almada. Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa
Agosto em Lisboa: um guia para passar férias na cidade

Agosto em Lisboa: um guia para passar férias na cidade

É verdade: nem toda a gente opta por desertar em Agosto. Para os que ficam, Lisboa é uma cidade cheia de possibilidades – das praias a menos de uma hora do centro aos concertos que dão mais música ao Verão, das esplanadas e terraços às sessões de cinema ao ar livre. Programa não lhe vai faltar, nem mesmo se quiser fazer umas compras de última hora, antes de encarar o areal. Porque ficar em Lisboa em Agosto não tem de ser uma pasmaceira, traçamos o roteiro de tudo o que pode fazer na cidade durante o mês das férias. Recomendado: Coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana
As melhores coisas para fazer em Lisboa em Agosto de 2025

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Agosto de 2025

O mês de Agosto traz consigo a já habitual letargia. São menos inaugurações de exposições, menos festivais e menos peças de teatro, à medida que muita gente deixa a cidade para se dedicar ao veraneio noutras paragens. Mas para quem fica, continua a haver assunto. O bom tempo pode convidar a idas à praia, a finais de tarde na esplanada, a mergulhos na piscina ou a piqueniques na relva. E depois, claro, continua a ter a agenda, que embora mais calma não desaparece. Tome nota: estas são as melhores coisas para fazer em Lisboa em Agosto. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)
As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Porque não queremos que perca o fio à meada na hora de renovar o armário ou de repensar a decoração da sala, damos-lhe um lamiré das aberturas dos últimos meses. Há lojas que ajudam a revitalizar bairros, enquanto outras reforçam a tese de que o que é nacional é bom. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novas lojas em Lisboa. Recomendado: Biquíni ou fato de banho? Fique de olho nestas marcas portuguesas
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades multiplicam-se de tal forma que, quando descobrimos os restaurantes que abriram nos últimos meses, já temos novas mesas à nossa espera. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há lugar para a alta-cozinha, para aproximações às culinárias asiáticas, clássicos da bela Itália, estéticas inspiradoras e, claro, para a moda das sandes – com tudo e mais alguma coisa entre duas fatias de pão. Preparámos um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não fique desactualizado e faça uma reserva – tem muito por onde escolher.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Acha que conhece os Anjos? Vinte sítios para descobrir no bairro

Acha que conhece os Anjos? Vinte sítios para descobrir no bairro

Não é de hoje que andamos de olho neste bairro, atravessado pela Avenida Almirante Reis. Se em 2021 foi considerado pela Time Out o mais cool da cidade, quatro anos depois os Anjos continuam em ebulição. Novos negócios abriram e tendências urbanas ganharam aqui forma, atraindo vizinhos e visitantes. A atmosfera é vibrante, sobretudo no que toca à comida e aos vinhos. Mas há também livrarias, galerias e cafés de especialidade. Vá por nós e tire um dia para descobrir (ou redescobrir) este bairro Lisboa. Dizemos-lhe quais os 20 sítios que tem mesmo de conhecer nos Anjos, mas se tiver tempo arranjamos-lhe mais. Recomendado: O melhor da Penha de França
Felicidade entre duas fatias de pão! Seis sítios para comer sandes em Lisboa

Felicidade entre duas fatias de pão! Seis sítios para comer sandes em Lisboa

Já tínhamos visto muita coisa – as bifanas são um clássico lisboeta, os cachorrinhos desceram do Porto até Lisboa há quatro anos e a febre dos hambúrgueres esmagados prolifera na cidade –, mas nunca uma vontade tão partilhada de elevar a sanduíche clássica a refeição de elite (em alguns casos, até é obra de chef). Falamos de seis sítios para comer sandes em Lisboa, alguns deles inaugurados nos últimos meses, que se dedicam em exclusivo a esta iguaria. E há para todos os gostos: pastrami às camadas, cachorros de polvo, guarnições de beterraba, pickles caseiros, carnes picantes e molhos de perder a conta. Por cima e por baixo está sempre o pão, mas no meio os ingredientes mudam ao sabor da criatividade. Recomendado: As melhores tascas de Lisboa  
Os melhores rooftops em Lisboa

Os melhores rooftops em Lisboa

A palavra rooftop pode ainda não ser reconhecida pelo dicionário Priberam, mas quem ciranda por Lisboa sabe bem pronunciar este estrangeirismo – e mesmo que não saiba, estamos aqui para dar uma ajuda. Os rooftop bares já fazem parte do vocabulário alfacinha. São lugares altos por natureza, com bebidas e petiscos por inerência, vistas desafogadas e, por vezes, ambientes festivos. Perca o medo das alturas (nós já perdemos há muito tempo) e suba até um destes terraços com bar, ideais pra reunir amigos ao pôr-do-sol e pela noite fora. Esta é a lista dos melhores rooftops em Lisboa. Recomendado: Sete bares speakeasy em Lisboa
Os melhores sítios para ver a bola em Lisboa

Os melhores sítios para ver a bola em Lisboa

É sempre melhor ver um jogo de futebol na companhia de outras pessoas do que ficar a sofrer sozinho em casa. Até porque, entre adeptos, copos e petiscos, as vitórias têm outro sabor (e as derrotas conseguem ser um bocadinho menos dolorosas). Vista a camisola e apresse-se a arranjar mesa, seja numa esplanada bem iluminada (e bem regada, já agora) ou no aconchego de um restaurante, de preferência com o que picar (lembre-se que já estamos na época dos caracóis). As televisões e telas estão a postos, esperamos que a nossa Selecção Feminina de Futebol também. Durante a fase de grupos, são três os jogos de Portugal no calendário. O primeiro é no dia 3 de Julho, às 20.00, com a Espanha. No dia 7 de Julho, a Selecção Nacional defronta a italiana e, por fim, a Bélgica, a 11 de Julho, sempre às 20.00. Recomendado: Os melhores bares de vinho em Lisboa
O melhor da agenda na gastronomia

O melhor da agenda na gastronomia

Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e, para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa: eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos, festas que celebram a diversidade de sabores e prémios para o que de melhor se faz por cá. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa

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Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Pontas Soltas

Pontas Soltas

O senhor da imagem está bem, não se preocupe. Por estes dias, a loja e galeria Mona, nas Janelas Verdes, recebe a exposição “Pontas Soltas”, de Ivo Purvis, mais uma mente criativa da publicidade que se deu conta de que o que faz todos os dias talvez tenha o seu quê de artístico. E parece que algumas boas ideias não se chegaram a conveter em anúncios. Aqui, a avalanche de bonecada foi inevitável. Homem dos Bonecos é uma das imagens que pode ver durante as próximas semanas.

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Nesta cantina argentina, comida é conforto e serve-se em travessas de inox

Nesta cantina argentina, comida é conforto e serve-se em travessas de inox

Numa Lisboa que oscila entre o maximalismo dos interiores e a simplicidade despojada (ainda que com toques de sofisticação), a La Joya Cantina posiciona-se claramente neste segundo filão da restauração. Um espaço escuro e barulhento, sem molduras nas paredes. As mesas, pequenas e quadradas, são daquelas que, durante décadas, nos habituámos a ver cobertas por toalhas brancas de papel. A modernidade – que parece dar com uma mão e tirar com a outra – parece tê-las banido, equilibrando a balança da nostalgia com o regresso em força das velhas travessas de inox. RITA CHANTRE É nelas que chega a primeira especialidade – um petisco cuja ausência comprometeria seriamente o alinhamento gastronómico desta casa. Afinal, estamos numa cantina argentina. É a bela da empanada argentina (5€), quente e gordinha. O recheio é de vitela, suficientemente suculento para que se tenha alguma cautela a comer. "Agora que abri um restaurante, percebi que quero é fazer a comida que gosto de comer e essa comida é boa, é honesta, é comida que me satisfaz. Gosto de bons produtos. A Joya é um pouco isso – com produtos honestos, comida boa e saborosa. Por isso é que gosto de empratar tudo de uma maneira muito simples, comunicar de uma maneira muito simples", começa por dizer Segundo Farrell, o jovem chef argentino que, em Outubro do ano passado, abriu o primeiro restaurante, com mais dois sócios. Mas é Farrell que comanda o destino da cozinha. A carta é breve, visualmente neutra e sofre alterações frequent
Entre pratos turcos e palestinianos, esta história de amor encontrou lugar à mesa

Entre pratos turcos e palestinianos, esta história de amor encontrou lugar à mesa

Não estamos apenas a comer num restaurante. Estamos sentados à mesa de Hind e Ersin Kurhan, um casal que há três anos fez de Lisboa a sua casa e que em Setembro do ano passado abriu o Rumi. Especialidades das cozinhas palestiniana e turca não se fundem – apenas convivem numa mesma extensa carta, cheia de opções para partilhar e sabores que desafiam as convenções palatais. Como em qualquer óptima refeição, há sempre uma boa história para condimentar os momentos passados à mesa. Aqui, elas são quase tantas como os pratos. "A Hind e eu conhecemo-nos há quase oito anos em Istambul. Ficámos noivos, casámos, fomos para os Estados Unidos, depois para Toronto, mas aquele não era o nosso lugar, era demasiado frio. Os nossos filhos nasceram e foi aí que decidimos voltar para esta parte do globo", começa por explicar Ersin. Ele é curdo, com raízes na Anatólia Oriental. Hind, por sua vez, nasceu e cresceu em Gaza, motivo pelo qual a busca de um local seguro e de um sentimento de familiaridade, mesmo longe do país de origem, lhes tenha sempre servido de bússola. RITA CHANTRE "Apaixonámo-nos e decidimos que queríamos ter uma vida juntos. A certa altura, tentámos perceber para onde é que podíamos ir. Um sítio onde não fossemos definidos pela nossa diferença, onde fossemos aceites e nos sentíssemos confortáveis. Os Estados Unidos, decididamente, não eram esse sítio", detalha Hind Kurhan. Para o marido, abrir o próprio restaurante era um sonho e, assim que pisaram em Lisboa, sentiram-se mai
Com circo, apartamentos abertos e uma festa de trance, o Todos volta a Arroios

Com circo, apartamentos abertos e uma festa de trance, o Todos volta a Arroios

Depois de uma primeira edição em Arroios, o Todos volta à maior freguesia do centro da cidade para a segunda de três passagens por este território. Durante um fim-de-semana, o propósito é ocupar a freguesia, múltipla em culturas, estratos sociais e vivências, para, através das artes visuais e performativas trazer à tona ligações comuns e aproximar gentes e realidades. Jardim Constantino, Mercado de Arroios, Liceu Camões, Academia Militar, Duplacena 77, Jardins do Bombarda e Largo do Intendente são alguns dos espaços que servem de palco à 17.ª edição do festival, que decorre de 12 a 14 de Setembro. "Estamos, mais ou menos, nas mesmas centralidades, mas com mais braços tentaculares para outras zonas de Arroios", começa por referir o programador do festival, Miguel Abreu. E se a extensão coloca desafios – o "eixo do coliseu", por exemplo, fica guardado para a edição do próximo ano –, as características sociais e populacionais só aumentam a dificuldade em chegar a uma programação cultural capaz de abarcar os diversos públicos que aqui coabitam. LEE MIN HEE'Damoclès', Cirque Inextremiste "Com o trabalho que fizemos no ano passado, confirmámos – e continuamos a confirmar – uma grande disparidade de relacionamento e de interacção entre as pessoas, quando não estão aglutinadas por qualquer circunstância, como ir ao hospital ou ter os filhos na mesma escola. Há uma convivência difícil no território, com pessoas que não querem ver as realidades e pessoas que são obrigadas a conviver
Dengo Club e Digital Destiny juntam-se para “último grande sunset do Verão”

Dengo Club e Digital Destiny juntam-se para “último grande sunset do Verão”

Chamaram-lhe One Last Sunset (um último pôr-do-sol, em bom português) e é a festa que promete aquecer os ânimos no penúltimo sábado de Agosto, na Costa da Caparica. Há um ano, a primeira edição esgotou, razão pela qual os dois colectivos envolvidos – Dengo Club e Digital Destiny – estão agora preparados para repetir a dose. A 23 de Agosto, o circuito clubbing lisboeta faz um desvio até à outra margem, mais especificamente até ao Dr. Bernard. Focados em criar espaços seguros para a comunidade raver, mas também queer e negra, os dois colectivos colaboram uma vez mais. O alinhamento – composto por residentes de ambas as plataformas, mas não só – inclui Umafricana, que recentemente animou o Jardim de Verão da Gulbenkian, Von Di, curadora da Digital Destiny, Saint Caboclo, fundador da Dengo Club, Banu, Sinnotsin e Alex D'Alva. Dos ritmos, pode esperar-se uma viagem ecléctica pelo baile funk, afrobeat e amapiano, mas também pelo Jersey club e pela electrónica. Os bilhetes já estão à venda online. Praia do CDS (Costa da Caparica). Sáb 23 Ago 19.00-02.00. 10€-15€ 🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade? 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp
De mãos sujas e forno quente: quando a arte se faz de cerâmica

De mãos sujas e forno quente: quando a arte se faz de cerâmica

Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 673 — Primavera 2025 A antiga casa de veraneio da família Albuquerque é agora um museu. Lá dentro, estão mais de 2500 peças de porcelana chinesa de exportação, a colecção de uma vida para Renato, empresário brasileiro do ramo da construção civil, hoje com 97 anos. Ao lado de tesouros centenários vindos do Oriente, a Albuquerque Foundation, inaugurada em Fevereiro, em Sintra, deixou espaço para a cerâmica contemporânea. Até ao final de Agosto, é o norte-americano Theaster Gates quem ocupa a galeria reservada às exposições temporárias. “Houve um desejo de colocar luz sobre muitas questões que estão implícitas na colecção e que são extremamente contemporâneas. O Theaster Gates foi escolhido como artista inaugural, exactamente porque as questões raciais, sociais, económicas e até de gentrificação estão totalmente presentes no trabalho dele”, começa por comentar Jacopo Crivelli Visconti, director do novo museu. Para Sintra, Gates concebeu uma instalação chamada A mão sempre presente, vários metros quadrados de azulejo em barro negro – em contraste com a brancura e pureza da porcelana –, sobre os quais os visitantes podem caminhar. “Nem sei se ele realmente pensou em quão perfeita essa peça é para inaugurar essa programação. É uma peça produzida na Ásia, por um artista que, mesmo que seja totalmente disruptivo e crítico das estruturas de poder, é ocidental e de sucesso no panorama da arte contemporânea. Dep
Não há shopping como os primeiros: 40 anos de Amoreiras e Fonte Nova

Não há shopping como os primeiros: 40 anos de Amoreiras e Fonte Nova

Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 673 — Primavera 2025  Foi numa sexta-feira, a 27 de Setembro de 1985. Ao fim de três anos de empreitada, o Amoreiras abria com pompa e aparato – mais de dez mil convidados, entre eles o Presidente da República Ramalho Eanes, e um país inteiro na expectativa de ver materializado um projecto que tinha tanto de espectacular como de assustador. São estes os adjectivos usados por Célia Santos, contratada para o departamento financeiro a quatro dias da grande abertura. Quase 40 anos depois, continua a trabalhar no primeiro grande centro comercial de Lisboa. Lembra-se de circular pelos corredores e galerias de planta na mão, ainda se davam os últimos retoques na obra. Os escritórios só ficaram prontos em Janeiro – até lá, improvisou-se um espaço de trabalho no parque de estacionamento. “Foi uma coisa completamente estrondosa. Havia excursões a vir de outras zonas do país só para conhecer o Amoreiras, como se fosse um monumento”, recorda Célia, hoje com 62 anos. DR Portugal, e Lisboa em particular, surfava a onda do progresso. A democracia consolidara-se há sensivelmente uma década e o país tinha acabado de ingressar na CEE. Ainda assim, o comércio lisboeta não era ainda dominado pelas cadeias internacionais. A primeira Zara abriria apenas em 1991, tal como o primeiro McDonald’s. Em vez disso, Célia, que foi passando por vários departamentos do centro, recorda as lojas mais emblemáticas da abertura, como a M
Fomos ao Fúria, onde os cocktails são ciência e o bar laboratório

Fomos ao Fúria, onde os cocktails são ciência e o bar laboratório

O inox sintetiza o minimalismo cool dos nossos dias e no Fúria, o XXXI Studio aplicou-o em quantidade, reformatando aquela que é a imagem clássica de um bar. O chão, as mesas, os bancos altos e os balcões – tudo friamente cinzento e moderno. No meio, está a peça central, a estação onde tudo acontece, desenhada especialmente para este espaço, em colaboração com a portuguesa Behind Bars. Pretexto para aplicar mais inox, mas aqui com uma mancha de cor. De repente, cabe a uma placa de acrílico cor-de-laranja aquecer todo o espaço. Abriu em Setembro do ano passado, uma aventura de cinco sócios, todos já com um pé na área. Quatro são os donos do Imprensa, o bar de ostras e cocktails que conta já com duas moradas em Lisboa, e o quinto elemento é João Magalhães Correia, o chef à frente do Tricky's, no Cais do Sodré. O grupo começou por se juntar para abrir o Bar Alimentar, também em São Bento, e ao fim de seis meses abriu a porta do Fúria. "O plano era criar um bar muito mais virado para o cocktail, para a criação, mais experimentalista, com uma estética um bocado mais arrojada também, mais minimalista", recorda Tiago Seguin-Schreck, o gerente. RITA CHANTRE Ganhou experiência na Toca da Raposa de Constança Cordeiro, referência da coquetelaria lisboeta. Aqui, a missão foi ambiciosa desde o início – surpreender quem entra com receita originais e ingredientes inesperados. Ao primeiro gole, as receitas da casa distinguem-se de tudo o resto que temos provado, resultado de tentativas e e
No MAAT, os primeiros a chegar ganham um pequeno-almoço à beira-rio

No MAAT, os primeiros a chegar ganham um pequeno-almoço à beira-rio

Agosto está aí e com ele dias infalivelmente quentes e soalheiros. Para aproveitar o bom tempo e o acalmar da agenda cultural, o MAAT vai estar a oferecer um piquenique aos primeiros visitantes a entrarem – quer no MAAT Gallery, quer no MAAT Central –, todos os dias. A oferta terá a forma de uma caixa, com tudo o que precisa para um pequeno-almoço nutritivo, e inclui até uma manta, mas poder estendê-la na relva do jardim do museu e usufruir da vista para o Tejo. O menu é preparado pela cafetaria do espaço, o MAAT Café & Kitchen, e inclui um pão misto, um croissant, uma fatia de bolo do dia, dois sumos, dois pastéis de nata e duas peças de fruta. Esta é apenas uma das propostas estivais do MAAT. Depois de anunciar uma happy hour – com bilhetes a metade do preço, às sextas e sábados, entre as 19.00 e as 21.00 –, o museu já divulgou o seu calendário de aulas de yoga. No jardim, estão marcadas para os dias 7, 14 e 21 de Agosto e 4, 11 e 18 de Setembro, sempre às 19.00 (gratuitas mediante compra de bilhete para o museu). No interior, as sessões decorrem nas principais exposições – a 30 de Agosto, na do fotógrafo Jeff Wall; a 27 de Setembro, na de Miriam Cahn. Avenida de Brasília (Belém). Qua-Seg 10.00-19.00 (Sex-Sáb até às 21.00). 11€ 🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade? 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp
Já provou o morango do amor? Saiba onde encontrá-lo em Lisboa (e arredores)

Já provou o morango do amor? Saiba onde encontrá-lo em Lisboa (e arredores)

Onde é que já vai o chocolate do Dubai... O último doce a conquistar o estatuto de viral nas redes sociais – primeiro no Brasil e agora também em Portugal – é o morango do amor. Este morango ao quadrado não poupa no açúcar. No centro, tem um morango fresco, que é depois envolvido em brigadeiro branco – "macio, amanteigado e levemente aveludado", como descreve a Time Out Rio de Janeiro. É finalizado com uma calda de açúcar com corante vermelho. Depois de seca, esta cobertura fica fina e estaladiça. A pergunta que se impõe é apenas uma: onde é que pode encontrar estes doces apelativos fora do Instagram ou do TikTok? A provar que a moda já chegou a Portugal, algumas confeitarias e pequenos negócios já começaram a confeccionar e a vender o morango do amor. Carolina Sales, que abriu recentemente um segundo espaço, está a aceitar encomendas, mas também tem morangos já prontos para levar em ambas as lojas – Estoril e Oeiras. Custam 4€ (unidade) ou 4,50€, caso opte pela versão com pistáchio no interior, uma inovação face à receita original. Quem também já anda a distribuir morangos do amor por aí é a página Delícias da Sol. Sol, a doceira de serviço, explica que a receita se trata de uma "adaptação de um doce nosso [brasileiro] chamado 'bala baiana', e inspirado também na 'maçã do amor'." Aceitam-se encomendas, que podem ser levantadas num pequeno espaço, na Rua do Conde de Redondo, 89, e também já é possível pedir via Glovo. Custam 4,50€. Mais à mão de semear e com entregas em Lisbo
Ainda com a casa em obras, São Carlos revela programação até Dezembro

Ainda com a casa em obras, São Carlos revela programação até Dezembro

As obras de reabilitação do São Carlos têm conclusão prevista para 2026. Até lá, há uma agenda para programar e que arranca já em Setembro, no dia 20, com Carmina Burana de Carl Orff em versão concerto. O espectáculo está marcado para as 18.30, no Teatro Camões, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Dias depois, é no Centro Cultural de Belém que o São Carlos apresenta duas novas produções. Suor Angelica e Gianni Schicchi, duas óperas de Giacomo Puccini, justapõem tragédia e comédia numa única récita, com o Coro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa. As apresentações são nos dias 2 e 4 de Outubro, às 20.00 e às 17.00, respectivamente. A mesma orquestra e coro regressam ao CCB no dia 26 de Outubro, às 17.00, para um Concerto de Halloween. O alinhamento será composto por A bruxa do meio-dia, poema sinfónico de Antonín Dvořák, Danse macabre, de Camille Saint-Saëns, o coro "Tre volte miagola la gatta in fregola", retirado da ópera Macbeth, de Giuseppe Verdi, e ainda pelo tango sombrio de Alfred Schnittke – "Seid nüchtern und wachet". Destaque ainda para o ciclo Música para filmes, no Teatro Camões, nos dias 2 e 15 de Novembro, em que a Orquestra Sinfónica Portuguesa interpretará temas que se celebrizaram na sétima arte – entre eles, composições de Ennio Morricone, John Williams e Leonard Bernstein. No São Luiz, a 22 de Novembro, sobe a palco À procura de um som português, com canções e obras orquestrais de Frederico de
Mais do que formas e cores, estes posters são autênticas ondas de calor

Mais do que formas e cores, estes posters são autênticas ondas de calor

Abriu em Março e trouxe novas cores a este troço inicial da Rua de Arroios. Quente e energizante, a paleta é a assinatura de Andrey Levyy, o designer russo que trocou Moscovo por Lisboa e que, no ano passado, criou o próprio estúdio. Dos desenhos conceptuais, repletos de gradações de cor e geometrias, nasceu a Levö. "No início, não havia estas cores vivas e abertas. Eram trabalhos um pouco diferentes. Só depois é que comecei a juntar mais cor aos meus trabalhos, acho que decidi que lhes queria dar mais energia e mais luz. Estava focado em fazer algo que fosse consensual  e fácil de vender, até que percebi que as pessoas queriam alguma coisa que chamasse mais a atenção", resume Andrey. DR Ao entrar na loja, os olhos batem numa grande e intensa mancha amarela e laranja. Não somos os únicos – estamos a olhar para Tcvetët, o mais cobiçado dos posters da Levö. Uma "janela aberta para o pôr-do-sol", especialmente popular entre alemães e escandinavos, como explica o autor. A parede à direita é, na verdade, um mostruário de best-sellers – cartazes vibrantes, desenhados e impressos na casa, em papel de algodão e com seis tamanhos à escolha, do A4 ao formato 70 por 100. Os preços começam nos 18€ e vão até aos 79€. Por outro lado, os prints de edição limitada não podem ser reproduzidos e são de tamanho único. Custam entre 22€ e 27€. O espaço não funciona apenas como loja. Atrás da cortina fica o estúdio, onde Andrey desenvolve novas formas e manchas de cor, mas também onde imprime par
Em Agosto, artistas de todo o mundo vão trazer magia às ruas de Lisboa

Em Agosto, artistas de todo o mundo vão trazer magia às ruas de Lisboa

A partir de 19 de Agosto e até dia 24, Lisboa enche-se de magia. A 13.ª edição do Festival Internacional de Magia de Rua de Lisboa, também conhecido como Lisboa Mágica, regressa sob a direcção artística de Luís de Matos, com 15 artistas internacionais que se vão espalhar pela cidade. Todos os espectáculos são gratuitos. E é na rua que tudo acontece. Ao todo, esta edição contará com 175 espectáculos, repartidos por 12 locais da cidade. São eles a Alameda dos Oceanos, no Parque das Nações, o Arco da Rua Augusta, o Jardim Avelar Brotero, no Alto de Santo Amaro, o Jardim da Estrela, o Jardim Fernando Pessa, em Alvalade, o Jardim do Museu de Lisboa, o Largo do Carmo, o Largo do Chiado, o Palácio Baldaya, o Parque Bensaúde, nas Laranjeiras, a Praça do Município e a Praça Luís de Camões. Ana Dias Quanto aos artistas que vão passar por Lisboa, como já é habitual, têm fama internacional. Francisco Mousinho é o único português em cartaz. A ele juntam-se os italianos Alessandro Alegria, Flip Mattia e Magico Turra. De Espanha chega Joaquin Matas e de Inglaterra James James e Peter Wardell. Roman Búria voa directamente da Rússia para Lisboa. Mas o festival também vai reunir nomes de outros continentes. Do Brasil chega Rafael Titonelly. Da Argentina, a dupla Daba & Cielo e ainda Lebart. A presença da América do Sul é reforçada com a peruana Gisell e com o mexicano Joaquin Kotkin. A edição deste ano conta ainda com a participação de Billy Kidd, artista do Canadá, e com o sul-coreano Jisu