Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

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Articles (221)

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Novembro vai ser um mês em grande, no que toca a exposições. Até domingo, o Lisbon Art Weekend vai entrar em cerca de 50 espaços da cidade, entre museus, galerias e estúdios de artistas. Mas há mais. No CAM Gulbenkian, inaugura uma grande exposição de Carlos Bunga – "Habitar a Contradição" –, com obras do artista e peças da colecção. Há fotografias de Alfredo Cunha para ver na ZET, uma nova galeria na Baixa, mais uma edição do World Press Cartoon em Algés e "Kalabongó", exposição do fotógrafo Jorge Panchoaga, a inaugurar na Narrativa. Recomendado: As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

O Natal aproxima-se a passos largos, mas ainda pode esperar – mesmo que já haja quem se adiante nas iluminações e decorações natalícias. A agenda cultural rebenta pelas costuras. Entre as novas exposições, destaque para Carlos Bunga no CAM. Os GNR assinalam 45 anos de carreira no Coliseu dos Recreios e arranca mais uma edição do LEFFEST. Isto sem contar com as últimas estreias de teatro e com o nosso faro apurado para novos restaurantes (e também para cafés). Por estas e muitas outras razões é que o Natal vai ter que esperar. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
As melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro de 2025

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro de 2025

Novembro é um mês cheio de especificidades. Arrancou em clima de terror, mas é quando os brilhos natalícios começam a tomar conta de tudo – ruas, lojas, programações, ementas, tudo! Valha-nos a agenda cultural farta, para irmos desenjoando de tanta luz e Mariah. Há exposições acabadas de inaugurar, concertos, festivais de cinema, estreias que sobem ao palco e outros pretextos para sair de casa e aproveitar o melhor de Lisboa. E, claro, além da arte, música, cinema e teatro, junta-se um rol de novos restaurantes para experimentar. Tome nota. Estas são as melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer  
Os melhores rooftops em Lisboa

Os melhores rooftops em Lisboa

A palavra rooftop pode ainda não ser reconhecida pelo dicionário Priberam, mas quem ciranda por Lisboa sabe bem pronunciar este estrangeirismo – e mesmo que não saiba, estamos aqui para dar uma ajuda. Os bares em rooftops já fazem parte do vocabulário alfacinha. São lugares altos por natureza, com bebidas e petiscos por inerência, vistas desafogadas e, por vezes, ambientes festivos. Perca o medo das alturas (nós já perdemos há muito tempo) e suba até um destes terraços com bar, ideais pra reunir amigos ao pôr-do-sol e pela noite fora. Esta é a lista dos melhores rooftops em Lisboa. Recomendado: Sete bares speakeasy em Lisboa
Exposições em Lisboa para ver este mês

Exposições em Lisboa para ver este mês

Entre museus, galerias e outros espaços que acolhem propostas artísticas, Lisboa está cheia de boas opções para quem procura exposições para visitar – sejam elas de pintura, escultura, fotográficas ou documentais; de autores portugueses ou com grandes nomes internacionais em destaque. Afinal, estamos numa cidade que tem ganhado importância no panorama internacional da arte. Os coleccionadores estão de olhos postos em Lisboa, os artistas e galeristas idem. Por isso, não seja o único a ficar de fora do circuito. Pegue na agenda e tome nota das exposições que não pode perder este mês, em Lisboa. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro
Perca o medo. Há muitas coisas para fazer neste Halloween em Lisboa

Perca o medo. Há muitas coisas para fazer neste Halloween em Lisboa

O Halloween está a chegar e Lisboa promete voltar a ser palco de eventos macabros que não vão deixar ninguém metido em casa. Medo de fantasmas e assombrações? É a noite ideal para espantá-los todos, mas também para dar asas ao alter-ego, às fantasias ou deixar apenas voar a criança que ainda tem dentro de si (para as crianças de verdade também há muitas propostas). A nossa sugestão é que se aventure, combine com família ou amigos e vá para a rua meter medo ao susto. Esta é a nossa lista de coisas para fazer neste Halloween em Lisboa. Recomendado: Ainda não tem disfarce de Halloween? Inspire-se nas personagens que marcam 2025
As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Porque não queremos que perca o fio à meada na hora de renovar o armário ou de repensar a decoração da sala, damos-lhe um lamiré das aberturas dos últimos meses. Há lojas que ajudam a revitalizar bairros, enquanto outras reforçam a tese de que o que é nacional é bom. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novas lojas em Lisboa. Recomendado: Estas livrarias em Lisboa dão-lhe mais que fazer
Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Que não lhe faltem opções se a ideia for entrar num bar para se surpreender com a carta de cocktails, ou então ter uma mão-cheia de vinhos escolhidos a dedo à disposição. Em Lisboa, o roteiro de bebidas depois do pôr-do-sol tem crescido – no centro da cidade, ou em localização mais inesperadas. Se a novidade é o critério que mais valoriza, vá por nós, que acabámos de reunir numa lista os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer. Quanto ao brinde, não podemos fazê-lo por si. Recomendado: Karaoke em Lisboa: sítios para cantar fora do duche  
Não tem disfarce de Halloween? Inspire-se nas personagens que marcam 2025

Não tem disfarce de Halloween? Inspire-se nas personagens que marcam 2025

O Halloween está aí à porta, mas ainda há tempo para tratar de todos os preparativos: seja arranjar um disfarce verdadeiramente assustador ou vestir os mais pequenos a rigor. Mas se este ano quiser desafiar-se a um outro nível, talvez esteja na hora de escolher uma fantasia inspirada na realidade, ou pelo menos nas personagens que estão a marcar 2025. Dos filmes e séries que que estão a ser um sucesso nas plataformas de streaming aos protagonistas dos escândalos da vida real, abra o armário e construa um visual inspirado numa destas dez figuras incontornáveis de 2025. Recomendado: As melhores lojas de disfarces em Lisboa
Fantasias de Halloween: ideias para arrasar no Dia das Bruxas

Fantasias de Halloween: ideias para arrasar no Dia das Bruxas

É sexta-feira, noite de Halloween, e as bruxas saem à rua, acompanhadas de outras criaturas obscuras. Seja para andar com os miúdos a tocar às campainhas ou para marcar presença numa das várias festas que animam a cidade, escolher o disfarce certo é o primeiro passo para começar a planear o Dia das Bruxas. Reunimos umas quantas ideias que podem inspirá-lo a ir mais longe ou então a jogar pelo seguro e optar por uma das fantasias clássicas, que nunca passam de moda. Tudo isto sem esquecer algumas das personagens que marcam o ano. Recomendado: 13 séries de terror que metem medo ao susto
As melhores lojas de disfarces em Lisboa

As melhores lojas de disfarces em Lisboa

Quem quer muito, encontra sempre uma razão para se disfarçar, sobretudo nesta fase do ano, em que temos o Halloween à porta. É altura de pregar sustos, perder horas com maquilhagens horripilantes e até de vestir os mais pequenos a rigor. Até porque há desfiles a acontecer por toda a cidade (e para todas as idades) e festas que exigem esmero na fantasia. Para garantir que faz um brilharete, damos-lhe uma ajuda. Só tem de escolher o modelo e os acessórios nas melhores lojas de disfarces em Lisboa. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
As melhores lojas para comprar jóias em Lisboa

As melhores lojas para comprar jóias em Lisboa

Com tantas marcas de jóias portuguesas, não há desculpas para não brilhar – no dia-a-dia ou numa ocasião especial. Nesta lista, juntámos as melhores lojas para comprar jóias em Lisboa. E não é preciso endividar-se para levar uma peça destas para casa: há espaço para jóias acessíveis, sem descurar do design, mais orgânico ou mais geométrico, e para investimentos de uma vida. Brincos, pulseiras, colares, de todas as formas e feitios, em materiais nobres, mas não só. Tome nota da nossa selecção – olhe que é totalmente portuguesa. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Listings and reviews (27)

Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Things Fall Apart

Things Fall Apart

A política está na ordem do dia. A nova exposição da Galeria Avenida da Índia traz a Lisboa o olhar de mais de uma dezena de artistas e cineastas sobre as relações entre África e a União Soviética, no contexto pós-colonialista do século XX. Como não podia deixar de ser, o tema é introduzido com uma boa dose de acervo documental. O presidente Tito é a figura central de parte da exposição. Afinal, o Movimento dos Países Não Alinhados também entra nesta história e, à parte do gosto pelo cinema, foi aí que o dirigente jugoslavo se fez notar. Mas é no continente africano que esta “Things Fall Apart”, com curadoria de Mark Nash, foca as atenções. Ângela Ferreira volta a mostrar os seus Monuments in Reverse, peças com projecções em torno do trabalho de Jean Rouch e Jean-Luc Godard em Moçambique. O britânico Isaac Julien trouxe alguns dos seus grandes formatos. São fotografias do Burkina Faso em que a arquitectura releva uma das indústrias cinematográficas mais relevantes de África. No final da exposição, o apelo visual de Paulo Kapela fala mais alto. As colagens do artista angolano remetem para os heróis da libertação e para o trabalho de outros artistas, mas também para grandes gigantes da sociedade de consumo ocidental. Uma linguagem próxima de uma estética pop que revela novos elementos, à medida que nos aproximamos dos quadros.

News (878)

Puxe uma cadeira. Na floresta de Carlos Bunga cabem traumas, empatia e a própria Gulbenkian

Puxe uma cadeira. Na floresta de Carlos Bunga cabem traumas, empatia e a própria Gulbenkian

Menos museu, mais casa. A fórmula de Carlos Bunga respira-se no CAM. Inaugurada na última sexta-feira, "Habitar a Contradição" é o fechar de um ciclo para o artista que aqui entrou pela primeira vez ainda na qualidade de estudante. Hoje, molda o espaço, fazendo dele um sítio mais próximo e menos institucional. "Para mim é importante chamar este espaço de casa. Porque, de alguma maneira, a palavra museu tem sempre uma carga muito forte, um peso institucional, tem uma carga história. Chamar este lugar casa e ter este mobiliário à entrada é para que as pessoas se sintam identificadas com uma casa que é para todos", começa por explicar o artista, ainda no átrio do Centro de Arte Moderna. Para este espaço, Bunga trouxe de facto peças de mobiliário – objectos encontrados que cortou, pintou e aglomerou. Como explica Rui Mateus Amaral, director artístico do Museu de Arte Contemporânea de Toronto e curador da exposição, ao mesmo tempo que as silhuetas nos são familiares, trazem também estranheza e austeridade ao perderem a sua função primordial. Pedro Pina O artista quer que o visitante dance. Este interesse na coreografia do público que ciranda pela exposição leva-nos até à Nave do CAM, onde ergueu uma floresta de cartão, material indissociável da sua criação artística. Entre colunas e troncos de árvores, Carlos Bunga quer que nos embrenhemos neste labirinto, que lhe toquemos e que nos detenhamos – ora na contemplação, ora na introspecção. "É esta ideia de floresta urbana, também i
Com 40 peças, a colecção de Vicky Montanari para a Parfois é uma viagem aos anos 60

Com 40 peças, a colecção de Vicky Montanari para a Parfois é uma viagem aos anos 60

O anúncio chegou e, com ele, a melhor das notícias para quem cobiça o estilo maximalista de Vicky Montanari. Influenciadora digital, aficcionada da moda e do design e uma das responsáveis por cunhar o estilo portuguese girlie, assumiu, pela primeira vez, o papel de designer. O resultado chegou à Parfois (online e a lojas físicas seleccionadas) esta quinta-feira – uma colecção de cerca de 40 peças, com vestuário e acessórios e obviamente inspirada nos anos 60 do século passado. DR "Sou muito a favor de aproveitar o processo e não estar sempre olhando para o resultado final. E a gente passou um ano trabalhando nisso, se ouvindo, mandando referências, inspirações. Foi muito mais fácil do que eu achava. Os anos 60 são uma tendência da última estação, tudo o que desfilou, das marcas que eu gosto pelo menos, era bastante anos 60. E eu Vitória amo os anos 60, identifico muito com a minha maneira de vestir", explica Montanari à Time Out, durante a apresentação da colecção, esta quinta-feira. Marca e criativa encontraram-se naquela que foi a grande década dos Beatles, da loja Biba e de Twiggy, que continua a ser uma referência de estilo para Vicky. Na colecção, as silhuetas em A, os padrões geométricos e as minissaias dividem as atenções com peças marcadamente actuais, como é o caso dos sapatos Mary Jane e das malas de formatos contemporâneos. Nos acessórios, Montanari e Parfois seguiram uma inspiração bem mais surrealista. Há colheres que são brincos e uma pulseira feita de talhere
Ensinaram a costurar, a bordar e a ver a velhice com outros olhos. Agora, estas avós querem fazer o jantar

Ensinaram a costurar, a bordar e a ver a velhice com outros olhos. Agora, estas avós querem fazer o jantar

Há 11 anos, um projecto de empreendedorismo social começou a destacar-se ao mobilizar a comunidade em torno de técnicas e ofícios como a costura e o bordado. Mais de uma década depois, os mesmos mentores d'A Avó Veio Trabalhar dão forma a uma nova ideia. Em vez dos labores manuais e de um cariz predominantemente ocupacional, o Avó Cooking Lab centra-se na cozinha e consiste num serviço que pessoas ou empresas podem contratar. O objectivo é agora também reintegrar pessoas com 60 anos ou mais no mercado de trabalho. Algumas das envolvidas já faziam parte do projecto A Avó Veio Trabalhar e aceitaram embarcar numa nova missão: a de partilhar o próprio livro de receitas para chegar a uma ementa de conforto, mas também adaptada aos novos tempos. "Numa fase inicial fizemos muitos testes para tentar perceber quais as coisas que poderíamos incorporar no menu. Chegámos a este consenso – coisas clássicas, como a bola de carne, os peixinhos da horta, as empadas de galinha, os pastéis de bacalhau, os croquetes de alheira, e depois o tradicional bolo de mármore, o salame de chocolate", enumera Ângelo Campota, um dos mentores do projecto. Tiago Marques O que começou por ser uma ideia para abrir uma cafetaria, com o tempo, assumiu outros contornos. Embora esteja incubado no Impact Hub Lisbon, na Penha de França, o Avó Cooking Lab leva as suas especialidades culinárias aonde quer que estas sejam requisitadas. Um serviço de catering, que também está aberto a workshops de cozinha. Por muito b
Passevinho: há pequenos produtores à prova em Campo de Ourique

Passevinho: há pequenos produtores à prova em Campo de Ourique

O Passevinho volta a juntar pequenos produtores de vinho para uma sessão de prova aberta e conversa em Lisboa. A próxima edição é já este domingo, 9 de Novembro, e vai contar com vinho da Grande Lisboa e arredores, mas também do Dão, Bairrada e Beira Interior. O evento chega assim à nona edição, mantendo o objectivo de promover "uma cultura do vinho enquanto património humano e natural". Acontece tudo na Padaria do Povo, em Campo de Ourique. Entre as 14.00 e as 19.30, oito produtores, presenças habituais, ficam à conversa sobre os vinhos que produzem nas zonas do Cadaval, Óbidos, Ourém, Cartaxo e Torres Vedras, entre outras. São eles António Marques-da-Cruz, dos vinhos Serradinha e Cozs, Tiago Teles (Gilda, Raiz e Cozs), Emanuel Frutuoso (Safado e Flui), Rodrigo Filipe (Humus e Flui), Joana Vivas (Serra Oca), Pedro Marques e Sónia Raposo (Las Vedras), Sílvia Bastos e Nadir Bensmail (Tomaralmá) e João e Ana Pratas (Casa Pratas). A prova tem depois início pelas 16.30. Cada conversa vai contar com três ou quatro produtores e andará em torno do cruzamento de vinhos, seja o ano, a casta ou a região. Este ano, o Passevinho conta ainda com dois produtores convidados – António Madeira, da região do Dão, e Catarina Bento e David Prata, da Beira Interior. O dia seguinte será dedicado a profissionais. A prova decorre no restaurante Prado, entre as 15.00 e as 19.00. É necessária inscrição prévia. Rua Luís Derouet, 20A (Campo de Ourique). Dom 14.00-19.30. Entrada livre Travessa das Pedras
Armazéns do Chiado “acendem” o Natal já este fim-de-semana

Armazéns do Chiado “acendem” o Natal já este fim-de-semana

Lisboa acorda para o Natal no dia 22 de Novembro, mas há quem se antecipe ao maior interruptor natalício da cidade e acenda as luzes bem mais cedo. É o caso dos Armazéns do Chiado que mergulham de cabeça na época mais festiva do ano já a 8 de Novembro. O momento está marcado para as 18.30 do próximo sábado e vai além de um mero carregar no botão. O Pai Natal chega ao centro comercial, enquanto a iluminação, uma avançada tecnologia de LED mapping, promete animar a rua com ícones natalícios. Ao programa junta-se a música, a cargo do Coro da Lisbon Film Orchestra. O repertório não é deixado ao acaso. Em antecipação do espectáculo Sozinho em Casa em Concerto, marcado para 30 de Novembro na Meo Arena, vão ouvir-se alguns do temas que compõem a banda sonora do filme. Rua do Carmo (Chiado). Sáb 18.30. Entrada livre. 🗞️ Mais notícias: fique a par das novidades com a Time Out 📲 Siga-nos nas redes sociais: Whatsapp, Instagram, Facebook e LinkedIn
Vetrina: depois das pizzas e das massas, as belas sanduíches italianas

Vetrina: depois das pizzas e das massas, as belas sanduíches italianas

A moda das sandes continua a alastrar pela cidade. Fiel à sua inspiração italiana, o Grupo Non Basta (dono dos restaurantes Pasta Non Basta, Província e Memória, entre outros) tem um novo negócio, ali à beira da Gulbenkian. No Vetrina – vitrine em italiano –, as sandes não só dominam o cardápio como são tudo o que pode trincar. E não é coisa pouca. Tem dez opções à escolha, todas elas com ingredientes produzidos em casa ou vindos directamente da bela Itália. "No ano passado, por esta altura, estávamos em Florença para conhecer este produto. Voltámos, começámos a testar receitas. Sem dúvida que nos inspirámos bastante no que é feito em Itália, o que não quer dizer que não haja liberdade para explorar outras combinações. Estamos a falar de uma sanduíche, portanto é um sem-fim de possibilidades", argumenta Frederico Seixas, um dos sócios do grupo. HARES PASCOAL Sabemos que entre duas fatias de pão cabe tudo e mais alguma coisa, mas antes de irmos ao departamento de guarnições, debrucemo-nos sobre o pão. Numa casa de sandes italianas, seria de esperar uma ciabatta ou uma focaccia. Em vez disso, somos introduzidos à versão toscana desta segunda, a schiacciata. Mais arejada e estaladiça, é um ingrediente comum nas sanduíches italianas. No regresso de Florença, parte dos testes foi, precisamente, para chegar à textura ideal. Conseguida a schiacciata de sonho, foi preciso chegar às receitas. No total, o menu do Vetrina é composto por uma dezena de sandes. Ingredientes como os picle
MUDE vai dedicar exposição a António Variações, com moda e fotografia

MUDE vai dedicar exposição a António Variações, com moda e fotografia

Teresa Couto Pinto foi fotógrafa, agente e amiga de António Variações. Com a sua máquina fotográfica, captou a essência e a espontaneidade do músico como nenhuma outra pessoa. A partir de 4 de Dezembro e até final de Abril, o MUDE, em colaboração com a Terra Esplêndida, recebe a exposição "Meu nome António", com 85 destas imagens e ainda uma selecção de vestuário e acessórios usados pelo artista, que morreu em Dezembro de 1984. O ano de 1981 dá o mote. Foi em Janeiro que Variações se estreou no programa O Passeio dos Alegres, apresentado por Júlio Isidro na RTP. O momento projectou-o para todo o país. "Cantor, compositor e performer, Variações destaca-se pela originalidade da sua voz, pela inventividade dos seus poemas e composições musicais e pela maneira anticonvencional com que se veste e apresenta, desafiando as normas da sua época", pode ler-se no descritivo da exposição. " /> Ao longo da exposição, que ocupará a Sala dos Cofres e terá a curadoria de Bárbara Coutinho, na cave do museu, será possível ver várias das sessões fotográficas realizadas entre 1981 e 1983. Muitas das imagens tornaram-se parte do imaginário pop português dos anos 80, embora também haja espaço para fotografias inéditas. Materiais complementados por peças de vestuário e acessórios de moda de António Variações, sobejamente conhecido pelo seu estilo transgressor, sem nunca perder de vista alguns dos símbolos da identidade portuguesa, nem os movimentos artísticos internacionais. Rua Augusta, 24 (B
Sem papel nem caneta, este quiz vai pô-lo a correr na pista de dança

Sem papel nem caneta, este quiz vai pô-lo a correr na pista de dança

Se há programa em Lisboa que tem um público aficcionado é uma boa noite de quiz. Em bares ou restaurantes, as perguntas metem equipas à prova, seja no campeonato da cultura geral, ou em áreas do saber específicas. No entanto, a prova proposta por Pedro Silva e Pedro Correia foge a esta regra. Inspirados por uma experiência semelhante na Escócia, uniram esforços para criar um quiz que colocasse o público a mexer e onde o derradeiro objectivo fosse a diversão – e não a afirmação do QI. O Quiz dos Pedros começou a acontecer em Janeiro, em diferentes espaços da cidade, no próximo dia 5 de Novembro, quarta-feira, chega ao Tokyo, no Cais do Sodré. "A maior parte das pessoas fica em pânico quando percebe que é um jogo individual, mas o mais importante é as pessoas divertirem-se", disse Pedro Correia à Time Out. Em dupla, os dois humoristas não se limitam a debitar perguntas e a regular o jogo. As tiradas de humor aproximam alguns momentos da stand-up. DR A pista do Tokyo vai estar reservada a 50 pessoas, todas elas em jogo. A pista divide-se em três zonas, cada uma delas com uma cor. As cores correspondem às hipóteses de resposta dadas a cada pergunta. É cada um por si. "Não há canetas nem papéis, só uma pista de dança. As pessoas têm de ir para a zona da cor da resposta certa, mas se forem muito óbvias os outros vão atrás, por isso é que é preciso fazer bluff", explica Pedro Correia. Mais do que a destreza física é o jogo mental que importa. Nas várias rondas, os jogadores vão se
No Bacõco, um velho restaurante de diárias nas Laranjeiras ganha novo fôlego

No Bacõco, um velho restaurante de diárias nas Laranjeiras ganha novo fôlego

Parece que quem aqui vive ou trabalha conhece de olhos fechados o caminho para aqui chegar. Pelo menos é o que nos dá a entender Sérgio Damas, um dos três sócios que iniciaram um discreto take over de um restaurante bem conhecido na vizinhança. "Há pessoas que nem se referem ao nosso nome, porque conhecem o restaurante como Laranjal 2. A casa não é nova. O senhor que estava cá já há cerca de 20 anos reformou-se. Passou para outra gerência, que entretanto não conseguiu pegar nisto, então nós ficamos com o espaço", começa por resumir Sérgio, que é também o homem à frente da cozinha. Estão aqui há mais ou menos dois anos (embora o rebranding seja mais recente), mas o Bacõco continua a ser um trabalho em progresso. Por cima da porta podemos continuar a ler "Comer para Crer", a designação anterior, mas quando o menu chega à mesa, traz somente as sugestões dos últimos inquilinos. O prato do dia é anunciado no Instagram. O resto são receitas simples, de conforto, para responder aos apetites da clientela, mas também para reflectir o currículo do jovem Damas. RITA CHANTRESérgio Damas Nos últimos anos, passou pelo Mercatto do Penha Longa, pelo Pampa, na Praça das Flores, e ainda pelo restaurante do Chapitô. Para as Laranjeiras não veio sozinho. Trouxe Joana Martins, namorada e ex-colega da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, e Tiago Costa, que se ocupa das contas. Mas voltemos aos morfes, onde as entradas fazem as horas, como é aliás habitual num cardápio tradicional. Tudo aqui
Saudades de fazer figuras? UBBO reabre pista de gelo já esta sexta-feira

Saudades de fazer figuras? UBBO reabre pista de gelo já esta sexta-feira

Há quem espere o ano inteiro pela oportunidade de deslizar no gelo (ou de cair de cu no meio da pista). A partir desta sexta-feira, dia 31 de Outubro, às 18.00, o Ubbo faz a vontade e abre a sua pista de gelo, com 450 metros quadrados. É que nem espera que o Halloween passe. O momento será musicado por um DJ, comprometido com os principais êxitos dos anos 1990 e 2000. Mas esta é só uma parte do programa de festas para o fim-de-semana. No sábado, primeiro dia do mês, o centro comercial acende as luzes de Natal na presença de duas personalidades muito especiais – um cidadão sénior vestido de vermelho, também conhecido como Pai Natal, e a fadista Cuca Roseta, que vai dar um concerto. Pista e decorações natalícias ficam no UBBO até 11 de Janeiro. Até lá, haverá uma agenda de animações, workshops e actividades para famílias, que o centro ainda vai divulgar. O acesso à pista será gratuito nestes dois primeiros dias. A partir daí, aplica-se a bilheteira do recinto – 6€ por 20 minutos de utilização da pista. Por mais 4€, pode ter um apoio à patinagem – em forma de rena ou de foca. O pacote família fica por 28€ e inclui quatro bilhetes mais dois apoios de patinagem. Avenida Cruzeiro Seixas (Amadora). Sex 18.00-21.00, Sáb 17.00. Seg-Qui 16.00-21.00, Sex 16.00-23.00, Sáb 11.00-13.00, 14.00-23.00, Dom 11.00-13.00, 14.00-22.00 (até 15 Dez, 5-11 Jan); Seg-Dom 11.00-13.00, 14.00-23.00 (16 Dez-4 Jan); 24 e 31 Dez 11.00-16.00. 6€ 🏃 Mais coisas para fazer: fique a par do melhor da agenda 📲
Sushi, wagyu e cocktails. Fomos ao Attiko, um restaurante japonês nas alturas

Sushi, wagyu e cocktails. Fomos ao Attiko, um restaurante japonês nas alturas

A atmosfera é nocturna. Luz baixa, tons escuros, superfícies espelhadas e uma vista panorâmica para o centro da cidade, que permite que as luzes de prédios e letreiros entrem para aquecer o espaço. O Attiko abriu há menos de um mês e fica no 12.º andar do hotel ME Lisbon, o mesmo que alberga o espanhol Fismuler, com o seu panado XXL, no rés-do-chão. As propostas gastronómicas não podiam ser mais diferentes. Cá em cima, explora-se a cozinha nipónica em várias das suas faces. Não é um restaurante de sushi. Aqui, servem-se crudos diversos, mariscos, saborosos cortes de wagyu e especialidades da grelha tradicional japonesa. Com origem no Dubai, o Attiko começou por ser um bar com algumas opções de comida. O conceito evoluiu para algo mais. Vasco Alves, director-geral do restaurante em Lisboa, chama-lhe high energy restaurant. Este é o terceiro espaço da marca – e o primeiro na Europa. Embora, internacionalmente, a cozinha tenha uma base panasiática, aqui os esforços de Miguel Relova estão focados no Japão. Cabe ao chef espanhol comandar a cozinha. Já a carta é assinada pelo chef executivo do grupo, Kyung Soo Moon.  DR "Lisboa pareceu-nos uma cidade ideal para o nosso conceito. É uma cidade que aprecia gastronomia, que gosta de se divertir e nós oferecemos ambas as coisas. Um ponto importante para nós também é a localização e a vista. Tivemos sorte ao encontrar o local perfeito", explica Vasco Alves, que destaca o entretenimento como o segundo prato forte do Attiko. Por enquanto
É fã dos anos 2000 e adora os clássicos americanos? Na Moss Vintage, a moda revive-se a dois tempos

É fã dos anos 2000 e adora os clássicos americanos? Na Moss Vintage, a moda revive-se a dois tempos

A montra, de dimensão generosa, enche o espaço de luz. Razão pela qual a Moss Vintage é tão povoada por plantas. O verde, na verdade, faz parte da identidade desta loja – nos níveis de clorofila que encontramos lá dentro, no próprio nome (moss é musgo em inglês) e na história de Roger Kelly, um dos proprietários, que deixou a verdejante Irlanda para se fixar em Lisboa. "Este espaço surgiu no início de Verão e percebi logo que tinha de ser aqui. Tem imensa luz e eu sempre gostei de ter plantas. Quis incorporar isso no desenho da loja. E fica nesta zona da cidade, tudo está a acontecer aqui agora", começa por dizer Roger, a mente criativa por trás deste espaço. Depois de cerca de dez anos a trabalhar numa loja de segunda mão em Dublin, decidiu pôr em marcha o plano de ter um projecto próprio – um espaço que não é um depósito de modas, épocas e tendências, mas que segue uma linha curatorial e estilos próprios. Robert Carr, um amigo dos tempos de escola, também rumou a Lisboa e juntou-se a ele na abertura da Moss Vintage, sobretudo para tratar da parte da gestão. RITA CHANTRE "Sempre tive muito interesse pelo vestuário masculino ao estilo Americana, e nesse aspecto nunca vamos ser uma loja de sportswear. Especializámo-nos num tipo de moda, ali entre os anos 50 e os anos 80. Já a secção feminina assenta muito mais em tendências. Aí, fui à procura daquelas que são as minhas épocas favoritas, nomeadamente as silhuetas dos anos 2000", nota. Numa ronda pela loja, encontramos estes d