Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

Follow Mauro Gonçalves:

Articles (210)

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Julho de 2025

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Julho de 2025

Novo mês, uma agenda em branco, pronta a preencher com o que de melhor acontece em Lisboa – da arte ao teatro, da música à vida nocturna. Em Julho, os termómetros começam a subir a pique e há eventos incontornáveis – o NOS Alive vai trazer algumas das estrelas do momento, o Festival ao Largo volta a levar a música erudita ao Chiado e o Festival de Almada aquece os palcos em ambas as margens do Tejo. E como tudo o que é intenso e concorrido, também este mês exige planeamento. Tome nota das melhores coisas para fazer em Lisboa em Julho. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
O melhor da agenda na gastronomia

O melhor da agenda na gastronomia

Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e, para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa: eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos, festas que celebram a diversidade de sabores e prémios para o que de melhor se faz por cá. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Temos mais um fim-de-semana à porta, dois dias (e mais umas horas, vá) já na recta final de Junho, um mês sempre tão movimentado por estas bandas e que deixou muito boa gente com umas horas de sono a menos. E a agenda continua preenchida com a segunda dose de Jardim de Verão da Gulbenkian e com novas edições dos festivais LISB-ON e Jardins do Marquês, além dos últimos arraiais do ano. Reserve tempo para provar as especialidades dos melhores restaurantes da cidade (e arredores) e as exposições do momento (e olhe que há muitas novidades no mundo da arte). Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Chegados ao final de Junho, parece que temos a última leva de inaugurações da temporada. Antes da agenda de exposições abrandar, há novidades que não lhe devem passar ao lado, como as duas novas exposições do MAAT, uma delas dedicada à obra de Miriam Cahn. As novidades do fim-de-semana não ficam por aqui. As notáveis séries fotográficas de Chloé Jafé no Japão estão na Narrativa, enquanto a Underdogs junta o português ADD FUEL e os espanhóis PichiAvo debaixo do mesmo tecto, numa exposição feita a seis mãos. Se o calor apertar, pode sempre refugiar-se no fresquinho dos museus e galerias. Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa
Arraiais em Lisboa este fim-de-semana

Arraiais em Lisboa este fim-de-semana

Estamos em Junho, o mês dos Santos Populares e, no caso lisboeta, de celebrar o Santo António na rua. E o que é que não pode faltar? Um rol de arraiais capaz de deixar a cidade em alvoroço. Já lhe dissemos quais os arraiais que não pode perder. Mas, se ainda não espreitou a programação completa, pode ficar em cima do acontecimento com esta lista, feita a pensar em cada um dos fins-de-semana do mês. Seja onde for, conte com sardinhas assadas, bifanas no pão e música pimba. Recomendado: Os melhores sítios para ver a bola em Lisboa
Santo António: os melhores arraiais alternativos em Lisboa

Santo António: os melhores arraiais alternativos em Lisboa

Se ficar em casa nos fins-de-semana de Junho não é uma hipótese, mas dispensa sardinhadas, bailaricos e marchas na noite de Santo António, temos alternativas. Aliás, temos opções para começar a festejar ainda antes da véspera de Santo António – e outras para continuar a levantar o copo ao longo do mês. Não há como fugir. Em Junho toda a cidade está em festa, por isso aproveite estes Santos fora do cânone. Mas lembre-se sempre de uma coisa: todos os arraiais são populares, mesmo quando são alternativos. Recomendado: Sardinha assada e bailarico. Estes são os melhores arraiais em Lisboa
Sardinha assada e bailarico. Estes são os melhores arraiais em Lisboa

Sardinha assada e bailarico. Estes são os melhores arraiais em Lisboa

A espera acabou. Os grelhadores voltam a aquecer, as cervejas a arrefecer e os cantores populares a afinar a voz. Tudo mérito do Santo António, o santo mais popular de Lisboa, que todos juntos evocamos para transformar a cidade num imenso arraial enquanto assistimos, deliciados, ao sacrifício de milhares de sardinhas. Arraiais populares ou alternativos, a escolha é só sua, há gostos para tudo e ninguém julga ninguém. Não perca de vista esta lista dos melhores arraiais em Lisboa, mas atenção: o mais provável é que esteja em constante actualização. Se gosta de estar em cima do acontecimento, veja também as listas para os arraiais que acontecem esta semana, este fim-de-semana ou hoje mesmo. Recomendado: Os Dez Mandamentos da Sardinha
Os melhores arraiais hoje em Lisboa

Os melhores arraiais hoje em Lisboa

Chega Junho e com ele os arraiais que animam a cidade dia e noite. Não há festa como esta, isso é certo. Como é certo que não é fácil escolher onde ir com tanta oferta, das festas populares aos arraiais alternativos que proliferam por aí. O santo mais popular de Lisboa transforma a cidade num imenso arraial e não queremos que se perca, nem que desista de sair. Ou seja, facilitamos-lhe o trabalho. Está à procura de um arraial para hoje? Não tem de seguir o cheiro a sardinha. Aqui estão os melhores arraiais hoje em Lisboa. E arraiais para este fim-de-semana. E arraiais para esta semana. Recomendados: Os melhores arraiais em Lisboa
Na capital do orgulho: tudo o que tem de saber sobre o EuroPride

Na capital do orgulho: tudo o que tem de saber sobre o EuroPride

O mês do orgulho tem diferentes significados para diferentes pessoas e há mais do que uma razão por trás das demonstrações de Junho, das cores, das marchas, do barulho. É simultaneamente um protesto e uma celebração que, segundo a activista trans Marsha P. Johnson, só deveria resultar em orgulho no momento em que houvesse a libertação de todos. Este ano, além dos habituais festejos, Lisboa é palco do EuroPride, evento internacional que se realiza desde 1992. Uma cidade em festa, das artes plásticas à diversão nocturna – que vai ser mais do que muita. A entrada é gratuita, só tem de se registar no site do evento. Recomendado: O melhor das Festas de Lisboa
Os melhores arraiais esta semana em Lisboa

Os melhores arraiais esta semana em Lisboa

O santo mais popular de Lisboa volta a transformar a cidade num imenso arraial que dura muito para lá da data festiva – o 13 de Junho. A verdade é que não faltam arraiais em Lisboa para beber, comer e dançar, claro. Até ao final do mês, é provável que encontre um bailarico para todos os dias da semana. Ao fim-de-semana, então, é só escolher para que bairro quer ir. Atente nesta lista dos melhores arraiais esta semana, dos mais populares com o Apita o Comboio incluído aos mais alternativos. Porque o Santo António quando chega é para todos. Recomendado: O melhor das Festas de Lisboa
O melhor das Festas de Lisboa

O melhor das Festas de Lisboa

Desimpeça a agenda porque vai precisar de espaço (e de muita energia) para as semanas que se seguem. Junho é um mês que não dá descanso, mas é também o mês em que a cidade se enche de pequenos festivais e iniciativas culturais (e multiculturais). Até ao dia 29, está a valer tudo – viagens à descoberta da Ásia, mesmo sem levantar os pés do chão, marchas na Avenida, recitais de jazz, música clássica e até fado na missa. Sabemos que a oferta é muita e que é difícil dar conta de tudo o que acontece em Lisboa. Por isso, damos uma ajuda. Recomendado: Sardinha assada e bailarico. Estes são os melhores arraiais em Lisboa
Dois em um: estas são as colaborações do momento

Dois em um: estas são as colaborações do momento

Há uniões que vale a pena celebrar. Falamos de parcerias criativas, que juntam marcas (portuguesas ou não), designers e artistas em torno da criação de algo novo, único e original. E encontramos de tudo um pouco quando nos debruçamos sobre as colaborações do momento – moda para todas as idades, objectos para a mesa e para a casa –, seja em lojas físicas ou no inesgotável online e com opções para todos os orçamentos. Prepare o carrinho de compras, ou a lista de desejos, porque cada uma destas colecções vale por duas.  Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Listings and reviews (27)

Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Pontas Soltas

Pontas Soltas

O senhor da imagem está bem, não se preocupe. Por estes dias, a loja e galeria Mona, nas Janelas Verdes, recebe a exposição “Pontas Soltas”, de Ivo Purvis, mais uma mente criativa da publicidade que se deu conta de que o que faz todos os dias talvez tenha o seu quê de artístico. E parece que algumas boas ideias não se chegaram a conveter em anúncios. Aqui, a avalanche de bonecada foi inevitável. Homem dos Bonecos é uma das imagens que pode ver durante as próximas semanas.

News (788)

Feitas sem pressa, estas sandes não são obra do acaso. São obra de chef

Feitas sem pressa, estas sandes não são obra do acaso. São obra de chef

O espaço está aproveitado ao centímetro. Entre a cozinha e as quatro mesas junto à parede, há apenas uma cortina metálica, parcialmente corrida, deixando a preparação à vista de todos. A Tosta abriu em Maio, nos Anjos, e apresenta-se como uma cozinha de sanduíches. O britânico Jake Goosen é o chef de serviço. Mais do que uma forma rápida de forrar o estômago, aqui a sandes é promovida a especialidade gastronómica. No fundo, como resume, é como pegar nos vários ingredientes de um prato e colocá-los entre duas fatias de pão. "Acreditamos que uma sandes pode ser uma refeição. E também gostamos de dizer que cozinhamos as sandes. Cozinhamo-las lentamente. Se aparecer durante a preparação, vai encontrar carne cozinhada ao longo de horas no forno. Todos os nossos molhos são feitos, fermentados, aqui. A atenção que damos a uma sandes é a mesma que damos a um prato gastronómico, mas com um preço acessível", explica Edouard Tintignac, um dos três sócios responsáveis pelo espaço. RITA CHANTRE Para Goosen, também ele sócio fundador, uma dentada numa destas sandes pode também ser uma viagem. Com criatividade e alguma experimentação, o antigo chef da Tasca Pete junta ingredientes e trabalha-os na cozinha, até chegar às receitas de conforto que enaltecem a qualidade dos produtos. "No restaurante onde estava anteriormente, sentia dificuldade em manter-me num tipo de cozinha apenas. Aqui, é óptimo porque podemos trabalhar com cozinhas de todo o mundo. As sandes permitem-nos isso", comenta o
Jóias imperfeitas e anéis de noivado: o luxo de Maria Mathias está nas histórias que conta

Jóias imperfeitas e anéis de noivado: o luxo de Maria Mathias está nas histórias que conta

A joalharia não foi sempre o caminho para Maria Mathias. Formou-se em design e só depois sentiu o chamamento da manualidade. Na manipulação dos metais, encontrou uma forma de expressar a própria criatividade. Em 2022, criou a marca homónima. Entre colecções inspiradas nas formas orgânicas que a rodeiam – as da natureza – e peças desenvolvidas em colaboração com os clientes – com uma queda especial para os anéis de noivado –, a Maria Mathias Jewelry é a junção do imaginário pessoal da sua mentora e das histórias de quem chega até ela em busca de uma peça verdadeiramente especial. "Gosto que o meu atendimento seja pessoal e que dar atenção aos detalhes. Gosto que o imperfeito seja perfeito. Gosto de criar, mas também de ajudar as pessoas a encontrarem a jóia que ainda não encontraram", começa por explicar a joalheira. Simão Castro PernasMaria Mathias Há um ano, mudou-se para Madrid. É lá que vive e trabalha, num pequeno atelier que montou no bairro de Malasaña e onde recebe clientes por marcação. Uma a uma, as peças são desenhadas e depois feitas à mão, com a ajuda de moldes em cera. "Isso permite-me, muitas vezes, criar estas texturas diferentes, este aspecto de algo derretido, mais fluido. O metal pode parecer uma coisa rígida, riscada, moldada, mas aqui ganha esta forma mais suave", continua. Matiz é a mais recente colecção de Maria Mathias. Ao acabamento tosco de brincos, anéis e pendentes, junta pedras semi-preciosas e evocações directas da natureza, caso das flores e da
Há uma mini fábrica de sandálias em Campo de Ourique e produz para todo o mundo

Há uma mini fábrica de sandálias em Campo de Ourique e produz para todo o mundo

O portão azul e a fachada azul bocalto prendem a atenção de quem passa, mas é preciso entrar para perceber o que realmente acontece lá dentro. Atravessado o pequeno pátio, o barulho das máquinas e o cheiro a couro são as primeiras pistas. Numa pequena linha de montagem vemos sandálias em diversas fases de produção – solas, tiras, aplicações e acabamentos formam uma sequência ordeira. Todos os dias, são produzidos entre 15 a 20 pares. Para Marie Paquin, fundadora da Mama Praïa, ainda há margem para crescer, mas não demasiado. “Viemos para Portugal visitar fábricas no Norte, mas veio a Covid e acabámos por não trabalhar com nenhuma. Quando chegámos aqui dissemos: vamos tentar fazer isto por nós. Tínhamos uma máquina e uma primeira pessoa a ajudar-me e ao meu marido. Foi o início de uma pequena equipa, que foi crescendo pouco a pouco. Hoje, fazemos tudo aqui e isso é muito especial. Não queremos deixar este modelo – há muita gente a viver em Lisboa ou de visita, que passa por aqui e quer fazer o seu par de sandálias personalizado. E as pessoas gostam de ver como as coisas são feitas”, explica Marie. RITA CHANTRE Alexandre, o marido, é uma espécie de braço direito, mas a grande força de produção são as cinco mulheres que laboram na oficina. Entre os cinco modelos de sandálias aqui produzidos, há um best-seller. Chama-se Fisherman e tem feito um brilharete em lojas de alto gabarito, como o Le Bon Marché, em Paris, mas também nos pés de moças inspiradoras, como Vicky Montanari ou
Festival Irreverente regressa a Lisboa para quatro dias de improviso

Festival Irreverente regressa a Lisboa para quatro dias de improviso

O Irreverente: Festival Internacional de Improviso está de volta a Lisboa para sua quarta edição. De 23 a 26 de Julho, a Academia de Santo Amaro e a Biblioteca de Alcântara são palco para a arte do improviso na dança, no teatro e na música. A programação inclui espectáculos, jams, uma feira de artistas locais, workshops e conversas. A edição de 2025 acontece sob o tema Mundos Imaginários. O programa arranca no dia 23 de Julho com o Dia Test-Drive, inteiramente dedicado a actividades de improvisação dirigidas por estreantes. Desde uma meditação guiada improvisada, às 14.00, até ao espectáculo de improviso Multinverso, às 20.30, o dia promete gargalhadas e ainda mais surpresas. Todas as actividades deste dia são gratuitas, mas requerem inscrição prévia. Os dias 24 e 25 de Julho trazem mais workshops – passando pela poesia, tarot e teatro clássico –, que acontecem das 9.00 às 12.00 e das 14.00 às 17.00. Das 17.30 às 19.00, há conversas com artistas do teatro, dança e música sobre a arte de improvisar, seguidas por uma jam (palco aberto) até às 19.40 e um mercado de arte até às 23.00. Os dias terminam com espectáculos variados, a partir das 20.30 e seguem até às 23.00, seguidos de uma confraternização de encerramento. O último dia de festival – sábado, 26 de Julho – arranca com workshops de teatro das 9.00 às 13.00 e das 13.30 às 17.30. A programação continua das 17.30 às 21.45 com apresentações dos resultados dos workshops, e com o mercado de arte, que se repete das 19.00 às 23.
Já abriu a galeria que expõe a colecção de arte contemporânea de Lisboa e a entrada é gratuita

Já abriu a galeria que expõe a colecção de arte contemporânea de Lisboa e a entrada é gratuita

Durante os últimos dez anos, a Câmara Municipal de Lisboa tem vindo a construir uma assinalável colecção de arte contemporânea, composta por artistas nacionais e estrangeiros, de diversas disciplinas e gerações. A partir desta sexta-feira, poderá visitar a galeria que vai expor, em permanência, essa colecção. A entrada é gratuita e a exposição inaugural tem o título "WHO-WHERE/QUEM-ONDE". Fica até 7 de Setembro. À Time Out, Sara Antónia Matos, que assina a curadoria da exposição juntamente com Pedro Faro, fala numa "colecção plural, com diversas geografias, temáticas, conceitos e formas, e que espelha também a complexidade do presente em que vivemos". "É uma colecção que está a fazer uma história da arte do presente. Daí também a importância de a tornar acessível ao público. Aqui, nesta exposição, procurámos mostrar essa diversidade, essa pluralidade de gerações, de géneros, de conceitos trabalhos, dos suportes. E a colecção, ela tem que ser representativa do que se está a fazer, ser um diagnóstico do que se está a fazer. Não pode obedecer a um gosto, como obedece uma colecção particular", explica a curadora. José Frade No espaço amplo da galeria, encontramos pintura, fotografia, escultura, instalação e vídeo. Sem um percurso definido, os visitantes são convidados a ver as obras de perto, numa amálgama de linguagens artísticas que atravessam as últimas décadas da arte contemporânea em Portugal. Em 44 artistas, representados em cerca de meia centena de obras, há também um cr
Marvila veste Prada. Esta pop-up vai estar cheia de peças de luxo em segunda mão

Marvila veste Prada. Esta pop-up vai estar cheia de peças de luxo em segunda mão

O objectivo é pôr a moda a circular. Nos dias 4 e 5 de Julho, a consultora de moda Liliana Correia volta a organizar uma das suas vendas de peças de luxo em segunda mão. São cerca de 200, provenientes de armários privados e com etiquetas de segmento médio e alto. A organização destaca marcas como Massimo Dutti, Vix, Isabel Marant e Jimmy Choo, mas também Chanel, Gucci, Louis Vuitton, Dolce & Gabbana e Miu Miu. O local escolhido para esta edição foi o 8 Marvila. Na selecção de peças, pesou sobretudo o critério sazonal, com uma aposta em visuais de Verão, vestidos, roupa de praia, opções para casamento e calçado. "Acreditamos que o consumo de moda pode ser feito com mais consciência, estilo e originalidade. Por isso, quisemos trazer o Resale Gallery para o 8 Marvila que é um espaço que representa essa nova energia lisboeta: criativa, urbana e aberta ao futuro da moda circular”, explica Liliana Correia, citada em comunicado. Para serem colocados à venda, os artigos passaram "por uma triagem rigorosa e são apresentados com um styling contemporâneo". Os preços variam entre os 10€ e os 900€. Praça David Leandro da Silva, 8 (Marvila). 4-5 Julho 12.00-22.00. Entrada livre 🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade? 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp
Casa do Lago by Soi: um amor de Verão temperado com sabores asiáticos

Casa do Lago by Soi: um amor de Verão temperado com sabores asiáticos

Entrar neste hotel histórico é um privilégio. E desde o início de Junho que tem um bom motivo para o fazer – sem pernoitas milionárias, muito menos por mera e descarada bisbilhotice. O Soi, restaurante que há oito anos serve a melhor street food asiática do Cais do Sodré, foi convidado a instalar-se aqui durante todo o Verão. Na Casa do Lago by Soi, o novo restaurante sazonal do Pestana Palace, o cenário pode evocar o romantismo de outros tempos, mas à mesa são os sabores asiáticos que dominam a experiência. Estamos num edifício em tons avermelhados, cheio de janelas e com elementos de inspiração oriental. O casamento com a cozinha do chef Maurício Vale é, por isso, perfeito. Rodeada por um jardim romântico de finais do século XIX, período em que o Marquês de Valle-Flôr ergue aqui a sua pequena Versalhes, a antiga casa de chá da propriedade esteve até há pouco reservada a eventos excepcionais. Agora, a Casa do Lago serve almoços e jantares e até dá música aos finais de tarde, com DJ set às sextas e sábados. DR A carta combina clássicos do Cais do Sodré e novas propostas, pensadas para almoços com vista para a piscina ou para jantares no interior, momento em que o menu é reforçado com pratos quentes e robustos. O pastrami de brisket é um dos produtos estrela do chef. Na Casa do Lago by Soi é servido em forma de tacos verdes (20€). Num momento didáctico, já na mesa, combinam-se os ingredientes sobre uma folha de alface. Além da carne e do molho, pode ainda adicionar kimchi de
No MAAT, a raiva de Miriam Cahn toma conta da antiga central. A culpa é da guerra

No MAAT, a raiva de Miriam Cahn toma conta da antiga central. A culpa é da guerra

O MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia – inaugura nesta quinta-feira, 26 de Junho, duas novas exposições. Em exibição até 27 de Outubro, as obras espalham-se por dois pisos do MAAT Central (antiga central). No rés-do-chão está a exposição “lápis de pintar dias cinzentos”, com curadoria de Margarida Chantre, enquanto “Miriam Cahn – o que nos olha”, com curadoria de João Pinharanda e Sérgio Mah, ocupa o piso superior. “lápis de pintar dias cinzentos” apresenta 42 obras de 21 artistas portugueses. Os diferentes trabalhos, pertencentes à colecção de arte da Fundação EDP, trabalham temas em comum, como a passagem do tempo, a sensação de casa e a relação do artista com a sua obra. A curadora Margarida Chantre diz identificar, além disso, um denominador em comum ainda maior: a generosidade dos artistas, que dedicam o seu tempo e partilham a sua obra com o mundo. "Todas estas obras são resultado da generosidade e da partilha dos artistas", expressa a curadora, durante a apresentação da exposição à imprensa.  DR Bruno Lopes Foi também a generosidade que inspirou a obra que dá nome à exposição. O título cita um trabalho realizado por Carlos Nogueira em 1973, um pequeno cartão no qual lê-se um poema dactilografado: “QUANDO ME DESTE UM LÁPIS DE COR – VERMELHO – QUE ESCREVIA A COR-DE-ROSA. UM LÁPIS DE PINTAR DIAS CINZENTOS”. O poema, por sua vez, guiou uma exposição do artista em 1979, na qual um conjunto de desenhos a cinzento era acompanhado por lápis de cor – etiquetados c
Depois de ventos e tempestades, Feira do Livro de Poesia arranca esta quinta-feira

Depois de ventos e tempestades, Feira do Livro de Poesia arranca esta quinta-feira

A Feira do Livro de Poesia acontece de 26 a 29 de Junho, após ter sido cancelada em Março devido à tempestade Martinho. Desta vez, o espaço escolhido para receber o evento é a Biblioteca e Espaço Cultural Cinema Europa, em Campo de Ourique, além da Casa Fernando Pessoa. Para além da tradicional feira com livreiros e editoras, há também apresentações de livros e oficinas.  No dia 28 de Junho, sábado, às 18.00, há a apresentação do livro Sabão Azul e Branco com a autora Mónica Marques. Já no dia 29, domingo, o cantor e autor Luca Argel apresenta seu novo livro, Meigo Energúmeno: Notas para uma Leitura Antimachista de Vinicius de Moraes, às 17.00. As apresentações são de entrada livre. Também no domingo, acontece a oficina Faça a sua Bandeira, na Casa Fernando Pessoa. Esta actividade oferece a jovens e adultos a oportunidade de estampar bandeiras com versos do poeta. Serão três sessões, às 11.30, 14.30 e 16.30, cada uma com a lotação máxima de 12 pessoas. Os bilhetes têm um custo de 5€ e podem ser adquiridos na bilheteira online BlueTicket ou na Casa Fernando Pessoa. Rua Francisco Metrass 28; Rua Coelho da Rocha 16-18 (Campo de Ourique). 26-29 Jun (Qui-Dom). Oficina: 5€. Feira e apresentações: entrada Livre 🏡 Já comprou a Time Out Lisboa, com as últimas aldeias na cidade? 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp
Festival ao Largo vai dar música ao Chiado, com Camões, Stravinski e Verdi

Festival ao Largo vai dar música ao Chiado, com Camões, Stravinski e Verdi

A 17.ª edição do Millennium Festival ao Largo arranca no dia 4 de Julho. Ao longo de 13 noites, pelo palco montado no Largo de São Carlos, no Chiado, vão passar o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e os elementos da Companhia Nacional de Bailado. No programa, há celebrações dos 500 anos do nascimento de Camões, uma presença reforçada da ópera e, na dança, uma mistura de novas criações com clássicos de sempre. Todos os espectáculos são gratuitos. Mas comecemos pela ópera, carro-chefe da programação deste ano do festival. Nos dias 15 e 16 de Julho, às 21.30, sobe ao palco Aida, obra-prima composta por Giuseppe Verdi em 1870, num espectáculo que trará os momentos mais importantes da ópera em versão concerto. Nas duas noites, será interpretada pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos e pela Orquestra Sinfónica Portuguesa. O mesmo formato adaptado regressa ao palco do Festival ao Largo nos dias 26 e 28 de Julho, com Thaïs, ópera dramática do francês Jules Massenet, composta em 1894. A terceira ópera em cartaz é La bohème, de Giacomo Puccini, e será projectada no largo, a 19 de Julho, a partir de uma récita gravada a 20 de Março de 2022. O dia 18 de Julho será outro dos pontos altos desta edição. O espectáculo Grandes Coros de Ópera compila uma dúzia dos mais emblemáticos trechos líricos do repertório do Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Conte ouvir mais Verdi, mas também Bellini, Bizet e Wagner, entre outros. Mas o programa conta com out
Xavier Salomon sucede a António Filipe Pimentel na direcção do Museu Gulbenkian

Xavier Salomon sucede a António Filipe Pimentel na direcção do Museu Gulbenkian

O anúncio foi feito esta terça-feira. Após um processo de recrutamento internacional, o Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian escolheu um novo director para o museu. Chama-se Xavier F. Salomon, tem nacionalidade italiana e ocupa, actualmente, os cargos de director-adjunto e curador-chefe da The Frick Collection, Nova Iorque. Vai suceder a António Filipe Pimentel, que se reforma no início de 2026. Salomon nasceu em Roma, em 1979, mas cresceu entre Itália e o Reino Unido, onde estudou História de Arte, no Courtauld Institute of Art, em Londres. Ao longo do percurso profissional, passou pelo British Museum e pela National Gallery, duas das mais importantes instituições culturais e artísticas britânicas. Em 2006, foi nomeado curador principal na Dulwich Picture Gallery, também em Londres. Cinco anos depois, atravessou o Atlântico para integrar o Departamento de Pintura Europeia do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque. No papel de Curador do Barroco do Sul, tornou-se responsável pelas pinturas italianas dos séculos XVII e XVIII, pelas pinturas francesas do século XVII e pelas pinturas espanholas. Em 2014, foi nomeado director-adjunto e curador-chefe da The Frick Collection, cargos que ocupa até hoje e nos quais organizou exposições dedicadas a artistas como Guido Cagnacci, Paolo Veronese, Antonio Canova, Giambattista Tiepolo, Luigi Valadier, Bartolomé Esteban Murillo, Bertoldo di Giovanni, Giovanni Bellini e Giorgione. "Nos anos mais recentes, dirigiu a renovação
Entre o graffiti e a cerâmica, a memória resiste na arte de PichiAvo e ADD FUEL

Entre o graffiti e a cerâmica, a memória resiste na arte de PichiAvo e ADD FUEL

Está prestes a inaugurar uma nova exposição na Underdogs. Chama-se "Memória Material" e foi idealizada a várias mãos – de um lado o artista multimédia português ADD FUEL, do outro a dupla espanhola de arte urbana PichiAvo. A inauguração é na próxima sexta-feira, dia 27 de Junho. "Memória Material" reflecte sobre a forma como os objectos carregam, transmitem e transformam a memória com o passar do tempo. Como o nome sugere, as obras apontam a matéria – o gesso, a cerâmica, as telas – como contentores de história colectiva e pessoal. “Graças ao nosso passado, podemos saber quem somos e podemos trabalhar sobre as nossas raízes para criar coisas novas”, revela Pichi, da dupla PichiAvo, em conversa com a Time Out. Juntos, os artistas relacionam os temas da memória e da identidade, numa expressão artística marcadamente contemporânea. DR Juan Antonio (Pichi) e Álvaro (Avo) formam a dupla PichiAvo. Naturais de Valência, em Espanha, conheceram-se na cena do graffiti e começaram a trabalhar juntos em 2007. Hoje, são reconhecidos pela capacidade de desconstruir a arte clássica e agregá-la à arte urbana. Seja em grandes murais em torno de figuras ou narrativas mitológicas ou em esculturas greco-romanas reinventadas, a arte de PichiAvo funde sempre o clássico e o contemporâneo. Já ADD FUEL, pseudónimo de Diogo Machado, artista natural de Cascais, reflecte influências da estética do skate, do punk rock, do graffiti, dos videojogos e dos desenhos animados. O seu trabalho cruza a azulejar