Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

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Articles (222)

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

O MAAT continua em festa, agora com a meteorologia a colaborar um pouco mais. No domingo, a entrada é gratuita para celebrar o 9.º aniversário do museu. Pretexto ideal para conhecer as três novas exposições, incluindo a primeira do artista galês Cerith Wyn Evans em Portugal. Além disso, arrancou mais uma edição da Trienal de Arquitectura, com três exposições centrais – MAAT, MAC/CCB e MUDE –, enquanto no espaço Rialto6, que abre apenas às sextas à tarde, Gabriel Abrantes quer pô-lo à conversa com Ratzo, um roedor e tagarela virtual. Recomendado: As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa
Acha que conhece os Anjos? Mais de 50 sítios para descobrir no bairro

Acha que conhece os Anjos? Mais de 50 sítios para descobrir no bairro

Acaba de ser considerado o bairro mais cool da cidade e um dos mais apetecíveis do mundo para quem anda a viajar – palavra da Time Out. Um reconhecimento que não espanta ninguém, pelo menos ninguém que tenha estado minimamente atento a estes quarteirões nos últimos anos. Abriram novos negócios e tendências urbanas ganharam aqui forma, atraindo vizinhos e visitantes. A atmosfera é vibrante, sobretudo no que toca à comida e aos vinhos. Mas há também livrarias, galerias e cafés de especialidade. Vá por nós e tire um dia para descobrir (ou redescobrir) este bairro de Lisboa. Tome nota das paragens obrigatórios nos Anjos. Recomendado: O melhor da Penha de França
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Chegámos a Outubro, altura em que a agenda atinge decididamente a velocidade de cruzeiro. No primeiro fim-de-semana do mês, a cidade continua energizada por festivais (de cinema e música), pela abertura de novos restaurantes, exposições de alto gabarito e por museus em festa e de entrada gratuita. Os próximos dias vão ser marcados por mais uma edição da ModaLisboa, com iniciativas abertas ao público a decorrer no MUDE e no Palacete Gomes Freire, pelo OUT.FEST, que é sempre um bom motivo para ir até ao Barreiro, e pela Festa do Cinema Francês. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
Do pilates à cerâmica: as melhores coisas para fazer nos Anjos

Do pilates à cerâmica: as melhores coisas para fazer nos Anjos

Quem viu os Anjos e quem os vê. Por estes quarteirões não falta o que fazer – há restaurantes e cafés, há bares, sobretudo especializados em vinho, e até abundam as opções para quem quer fazer compras. A colar todas estas peças está a agenda do bairro. Cortar o cabelo numa barbearia com mais de 60 anos, fazer uma tatuagem, ir a uma aula de pilates ou aprender a moldar o barro numa aula de cerâmica são apenas algumas das opções que tem à disposição. Vá por nós e aventure-se: estas são as melhores coisas para fazer nos Anjos. Recomendado: As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa
Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades multiplicam-se de tal forma que, quando descobrimos os restaurantes que abriram nos últimos meses, já temos novas mesas à nossa espera. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há lugar para a alta-cozinha, para aproximações às culinárias asiáticas, a Marrocos, a Espanha, e até à Palestina, estéticas inspiradoras e, claro, para a moda das sandes e dos smash burgers, sem esquecer a comida portuguesa de autor. Preparámos um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não fique desactualizado e faça uma reserva – tem muito por onde escolher.  Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa
Vamos às compras nas melhores lojas dos Anjos

Vamos às compras nas melhores lojas dos Anjos

Não é o primeiro bairro lisboeta que nos vem à cabeça quando queremos ir às compras, mas as opções têm aumentado e já há uma mão cheia de lojas que valem a viagem na linha verde. O roteiro inclui uma retrosaria que é destino de romaria internacional, uma sapataria vegana, discos de vinil e os velhos mosaicos hidráulicos. Mas os Anjos também são terra de lojas históricas, sejam elas de malhas ou de candeeiros, e de livrarias que não vai encontrar em nenhum outro ponto da cidade. Prepare a carteira, é altura de ir às compras aos Anjos. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
O que é que se bebe aqui? Pergunte ao balcão dos melhores bares nos Anjos

O que é que se bebe aqui? Pergunte ao balcão dos melhores bares nos Anjos

Os finais de dia nunca mais foram os mesmos nos Anjos, desde que a zona se tornou numa espécie de capital dos bares de vinhos dentro da cidade. São seis – pelas nossas contas – e todos eles acompanham as respectivas cartas, umas mais extensas do que outras, com uma ementa de petiscos. Os queijos e enchidos são reis, mas também há conservas e salgadinhos. Alguns são também garrafeiras, ou seja, pode escolher o vinho que lhe apraz e degustá-lo no recato do lar. Mas há copos para além do vinho. No bairro, também se bebem cervejas artesanais e cocktails de autor. É beber para crer nos melhores bares dos Anjos. Recomendado: Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer
Comer divinalmente? É nos melhores restaurantes dos Anjos

Comer divinalmente? É nos melhores restaurantes dos Anjos

Já sabemos como é que funciona: se houver onde comer bem, tudo o resto vai atrás. Foi o que aconteceu com os Anjos, que de bairro maioritariamente residencial se transformou num roteiro gastronómico dentro da própria cidade (entre outros atributos, claro). E com novos espaços a surgir. Há opções para todas as horas do dia, incluindo cafés cheios de pinta. Das ementas tradicionais aos sabores do mundo, das refeições que demoram e demoram aos balcões para comer e andar, prove e conclua: que bem que se come nos Anjos. Recomendado: As melhores tascas de Lisboa
As melhores coisas para fazer em Lisboa em Outubro de 2025

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Outubro de 2025

Se até aqui estivemos a aquecer, a partir de Outubro a agenda da cidade entra em velocidade cruzeiro. Há exposições a inaugurar, concertos, festivais de cinema, estreias que sobem ao palco e outros pretextos para sair de casa e aproveitar o melhor de Lisboa. E sabendo que, à arte, à música, ao cinema e ao teatro, se juntam um rol quase interminável de novos restaurantes e umas quantas opções para quem procura diversão depois do pôr-do-sol. Tome nota. Estas são as melhores coisas para fazer em Lisboa em Outubro. E olhe que são muitas. Recomendado: Seis sítios onde comer os hambúrgueres da moda
Os melhores sítios para ver stand-up comedy em Lisboa

Os melhores sítios para ver stand-up comedy em Lisboa

Nos últimos anos, Lisboa trilhou um caminho que a aproximou da comédia. Não falamos da velha revista à portuguesa, nem do cinema capaz de arrancar umas gargalhadas, mas sim de stand-up comedy feita por humoristas, sejam eles mais ou menos experimentados. Nem só de grandes salas de espectáculos e bilheteiras concorridas vive este roteiro. Pela cidade, há bares e pequenos auditórios que dão palco aos profissionais da arte de fazer rir. Chame a família, convide amigos e ria a bom rir nos melhores sítios para ver stand-up comedy em Lisboa. Recomendado: Peças de teatro para ver esta semana
Perca o amor ao dinheiro! Estas são as melhores lojas da Avenida da Liberdade

Perca o amor ao dinheiro! Estas são as melhores lojas da Avenida da Liberdade

Parte do encanto da rua mais luxuosa do país está nas belíssimas montras repletas de peças de roupa, sapatos, jóias e relógios. Quanto aos preços, já se sabe – andam quase sempre entre os três e os quatro dígitos, a piscar o olho aos mais endinheirados, mas também aos visitantes de sandálias e meias. Para o comum mortal, não é propriamente inatingível, mas provavelmente comprometeria o orçamento do mês inteiro. Ainda assim, é possível encontrar marcas mais acessíveis do que outras. Não acredita? As provas vêm já em seguida na lista das melhores lojas da Avenida da Liberdade. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
Os melhores rooftops em Lisboa

Os melhores rooftops em Lisboa

A palavra rooftop pode ainda não ser reconhecida pelo dicionário Priberam, mas quem ciranda por Lisboa sabe bem pronunciar este estrangeirismo – e mesmo que não saiba, estamos aqui para dar uma ajuda. Os bares em rooftops já fazem parte do vocabulário alfacinha. São lugares altos por natureza, com bebidas e petiscos por inerência, vistas desafogadas e, por vezes, ambientes festivos. Perca o medo das alturas (nós já perdemos há muito tempo) e suba até um destes terraços com bar, ideais pra reunir amigos ao pôr-do-sol e pela noite fora. Esta é a lista dos melhores rooftops em Lisboa. Recomendado: Sete bares speakeasy em Lisboa

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Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Pontas Soltas

Pontas Soltas

O senhor da imagem está bem, não se preocupe. Por estes dias, a loja e galeria Mona, nas Janelas Verdes, recebe a exposição “Pontas Soltas”, de Ivo Purvis, mais uma mente criativa da publicidade que se deu conta de que o que faz todos os dias talvez tenha o seu quê de artístico. E parece que algumas boas ideias não se chegaram a conveter em anúncios. Aqui, a avalanche de bonecada foi inevitável. Homem dos Bonecos é uma das imagens que pode ver durante as próximas semanas.

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ModaLisboa: com que linhas se cose o futuro?

ModaLisboa: com que linhas se cose o futuro?

Em quatro dias de desfiles e apresentações, a 65.ª edição da ModaLisboa juntou o trabalho de veteranos do design nacional com as propostas de jovens criadores. À procura de um espaço próprio no panorama da moda portuguesa, seis nomes integraram o calendário da Workstation, plataforma focada no desenvolvimento e consolidação de criadores de moda emergentes, que dão os primeiros passos para a construção de marcas próprias. São estruturas unipessoais que laboram nas horas vagas para expressar uma criatividade individual. Durante o último fim-de-semana, em três momentos, percorreram a passerelle do Pátio da Galé com pequenas colecções, feitas à escala de cada um. Principiantes por agora, é com eles que a semana de moda conta para garantir a própria renovação. “É uma plataforma-chave”, nas palavras de Joana Jorge, directora de projecto da ModaLisboa. “Para nós, é um espaço híbrido, que permite aos designers explorar. Identificámos há alguns anos que, acabando o Sangue Novo, onde têm imensa projecção e ganham notoriedade, esta fase a seguir é muito difícil e exigente. É preciso encontrar fornecedores e a escala certa para produzir pequenas quantidades, é preciso reforçar e aproximar uma comunidade de clientes. Não têm de fazer colecções grandes, inicialmente nem tinham de passar pelo formato de desfile, isso surge por vontade dos próprios designers. Por isso é que é um espaço de exploração, onde eles têm alguma protecção e ainda podem arriscar. Não têm de estar logo a vender ao fim
Sérgio Mah vai ser o novo director do CAM Gulbenkian

Sérgio Mah vai ser o novo director do CAM Gulbenkian

O curador e professor será o próximo director do Centro de Arte Moderna, anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian esta segunda-feira. Sérgio Mah, que ocupa o cargo de director adjunto do MAAT (Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia) desde Junho de 2023, vai suceder a Benjamin Weil, cuja não recondução foi anunciada em Julho deste ano. Mah assumirá funções no CAM em Maio do próximo ano. O currículo de Sérgio Mah começa na Sociologia. Após a licenciatura nesta área, fez mestrado em Ciência da Comunicação, tendo escolhido a Arte Multimédia como área de doutoramento. "Tem investigado e escrito sobre temas da arte contemporânea, com especial incidência nos domínios das práticas e teorias da imagem", lê-se no comunicado emitido pela fundação. Enquanto curador, tem assinado exposições em instituições culturais internacionais, como o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid, Fundación Mapfre, em Madrid e Barcelona, e o Jeu de Paume, em Paris, tendo também colaborado com a Delegação em França da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi director artístico da Bienal LisboaPhoto (2003-2005) e da PHotoEspaña (2008-2010). Em 2001, foi o comissário da representação oficial de Portugal na 54.ª Bienal de Arte de Veneza e, com Nuno Brandão Costa, da representação oficial de Portugal na 16.ª Bienal de Arquitectura de Veneza, em 2018. Actualmente, dá aulas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Já o
Cerith Wyn Evans no MAAT: a luz e o som ao fundo do túnel

Cerith Wyn Evans no MAAT: a luz e o som ao fundo do túnel

O Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, mais conhecido por MAAT, faz nove anos no domingo, dia 5 de outubro. Para assinalar a data a entrada será gratuita para o público em geral e há três novas exposições a inaugurar. A maior delas é "Cerith Wyn Evans – Formas no Espaço… através da Luz (no Tempo)", ocupa a Galeria Oval e outros dois espaços do MAAT Gallery e é a primeira exposição do artista galês em Portugal. A luz e o som são os principais veículos da expressão artística de Evans. Um trabalho que "responde ao espaço de exposição e à arquitectura", segundo Sérgio Mah, curador da exposição. No MAAT, são expostas 30 peças do artista – as mais antigas datam de 1994, a mais recente foi executada a uma semana da inauguração. Bruno Lopes'StarStarStar/Steer (Transphoton) VI e III', Cerith Wyn Evans É na Galeria Oval que encontramos o cartão de visita da exposição. Forms in Space… by Light (in Time) é a obra monumental criada em 2017 para a Tate Britain, a maior escultura alguma vez feita por Cerith Wyn Evans. Suspensa, mede aproximadamente 35 metros de comprimento e é composta por quase dois quilómetros de néon. Luz e som encontram-se noutras obras de grande impacto. Composition for Flutes é uma instalação, mas também uma máquina que emite notas de forma mais ou menos harmoniosa. Ao fundo, três colunas de luz erguem-se na galeria. StarStarStar/Steer (Transphoton) VI e III são estruturas que oscilam entre a transparência, quando apagadas, e a luz ofuscante, numa variação que
Fomos ao Fúria, onde os cocktails são ciência e o bar laboratório

Fomos ao Fúria, onde os cocktails são ciência e o bar laboratório

O inox sintetiza o minimalismo cool dos nossos dias e no Fúria, o XXXI Studio aplicou-o em quantidade, reformatando aquela que é a imagem clássica de um bar. O chão, as mesas, os bancos altos e os balcões – tudo friamente cinzento e moderno. No meio, está a peça central, a estação onde tudo acontece, desenhada especialmente para este espaço, em colaboração com a portuguesa Behind Bars. Pretexto para aplicar mais inox, mas aqui com uma mancha de cor. De repente, cabe a uma placa de acrílico cor-de-laranja aquecer todo o espaço. Abriu em Setembro do ano passado, uma aventura de cinco sócios, todos já com um pé na área. Quatro são os donos do Imprensa, o bar de ostras e cocktails que conta já com duas moradas em Lisboa, e o quinto elemento é João Magalhães Correia, o chef à frente do Tricky's, no Cais do Sodré. O grupo começou por se juntar para abrir o Bar Alimentar, também em São Bento, e ao fim de seis meses abriu a porta do Fúria. "O plano era criar um bar muito mais virado para o cocktail, para a criação, mais experimentalista, com uma estética um bocado mais arrojada também, mais minimalista", recorda Tiago Seguin-Schreck, o gerente. RITA CHANTRE Ganhou experiência na Toca da Raposa de Constança Cordeiro, referência da coquetelaria lisboeta. Aqui, a missão foi ambiciosa desde o início – surpreender quem entra com receita originais e ingredientes inesperados. Ao primeiro gole, as receitas da casa distinguem-se de tudo o resto que temos provado, resultado de tentativas e e
Museu de Arte Antiga vai fechar para obras e esta semana é de entrada gratuita

Museu de Arte Antiga vai fechar para obras e esta semana é de entrada gratuita

O Museu Nacional de Arte Antiga vai fechar para obras por tempo indefinido, mas não sem antes se despedir do público. Até 28 de Setembro (e já a partir desta segunda-feira), a entrada no museu é gratuita e nesse mesmo dia haverá programas para todas as idades. O dia (sábado) começa logo às dez da manhã. O programa inclui actividades para os mais pequenos até às 15.00, todas elas gratuitas e sem necessidade de inscrição prévia. Conte com uma caça ao tesouro e com um jogo em torno das obras do museu. Os adultos terão três visitas orientadas temáticas ao longo da manhã – às 10.30, às 11.00 e ao meio-dia.  À tarde, a música vai ser outra. Entre as 15.00 e as 16.00, estão programadas quatro visitas guiadas breves, com momentos musicais. Entre a pintura europeia e a pintura e a escultura portuguesas, os acordes são garantidos pelo grupo Antiquorum. O mesmo projecto musical regressa pelas 16.45, desta vez no formato de concerto. A partir do dia seguinte, 29 de Setembro, o Museu Nacional de Arte Antiga estará encerrado para obras, no âmbito do programa Recuperar Portugal: Plano de Recuperação e Resiliência. De acordo com o comunicado do museu, a reabertura "está condicionada pelo calendário deste processo de intervenção". A campanha de remodelação compreende intervenções em três zonas do edifício, que aloja o museu desde a sua fundação, em 1884. No piso dois, no espaço reservado às colecções de ourivesaria, joalharia, cerâmica e artes da expansão, com a actualização dos equipamentos
Batidos, sandes e mesas para trabalhar. No Smooch, está tudo ao virar da esquina

Batidos, sandes e mesas para trabalhar. No Smooch, está tudo ao virar da esquina

As opções alimentares no bairro dos Anjos diversificam-se a um ritmo difícil de acompanhar. A Tosta fez das sanduíches de chef uma sensação, o Taiyaki Café introduziu os wheel cakes de Taiwan na vizinhança, os bares de vinhos parecem procriar entre si e até já a moda dos smash burgers aqui chegou. O que é que estava a faltar? Uma casa de smoothies vitaminados para responder ao estilo de vida activo de uma nova geração. "Sempre achei frustrante não conseguir encontrar comida saudável que pudesse apanhar a caminho de qualquer sítio. Era sempre tudo tão formal, obrigava-me a sentar, quando o que eu queria era um sítio onde pudesse levar algo para comer noutro sítio, mas também onde pudesse ficar se tivesse mais tempo ou até mesmo trabalhar." O espaço idealizado por Loren Oakley nasceu nos Anjos, há quatro meses. O Smooch, que abriu juntamente com a namorada, Karen Finster, é a soma de muitas das referências trazidas de Londres, onde o casal convivia de perto com muitas das últimas tendências do mundo do fitness. RITA CHANTRE Aqui não se treina, mas as receitas são pensadas para quem se preocupa com a boa forma física. "Todos os produtos têm uma base saudável, investimos muito na questão da nutrição. Trabalhamos com fruta e vegetais frescos, ingredientes ricos em proteína, iogurte com baixo teor de gordura, os pães das nossas sandes são feitos no andar de cima – a massa é muito fina, mas densa, com sementes de centeio e espelta", enumera o proprietário. O espaço fica mesmo ao v
O bairro dos Anjos é um dos mais cool do mundo

O bairro dos Anjos é um dos mais cool do mundo

Povoado por lisboetas de gema e por vizinhos recém-chegados, o bairro dos Anjos está mais movimentado do que nunca. E se a Rua do Forno do Tijolo continua a ser o coração pulsante deste pedaço de terra maioritariamente residencial, outros pontos têm vindo a ganhar novo fôlego, como é o caso do Largo de Santa Bárbara, onde já chegaram as modas dos smash burgers e dos vinhos naturais (olá, Stack; olá, Nata). E não há dúvida de que pôr a mesa é a grande especialidade por estas bandas, das tábuas de petiscos à cozinha de fusão, passando pelas pizzas, pelo café de especialidade e pelas sanduíches do momento. Guarde um espacinho para as compras – há lojas por aqui que valem mesmo a visita. Por tudo isto – e mais – o bairro dos Anjos foi eleito um dos mais cool do mundo no ranking da Time Out. Nos últimos oito anos, uma das nossas missões foi descobrir os recantos mais vibrantes das maiores cidades do mundo. Lugares onde a vida nocturna, a arte, a cultura e a boa comida e bebida se encontram em cada esquina. Onde a diversidade é celebrada e os negócios independentes prosperam, desde espaços tradicionais a galerias de arte muito à frente. Em poucas palavras: os bairros mais cool do mundo representam a alma das nossas cidades, mantendo ao mesmo tempo um carácter local único que atrai pessoas para viver, trabalhar e divertir-se. Rita ChantreNata, nos Anjos Pedimos à nossa rede de jornalistas e editores espalhados pelo planeta para nomearem o bairro mais excitante das suas cidades nes
Do streetwear às marcas portuguesas, a nova The Feeting Room é um mergulho refrescante na piscina

Do streetwear às marcas portuguesas, a nova The Feeting Room é um mergulho refrescante na piscina

Já lá vão mais de oito anos desde que a loja portuense aterrou em Lisboa – no Chiado, para sermos precisos. Entretanto, o roteiro de compras da cidade diversificou-se e chegou a outros pontos. Em Alcântara, a Lx Factory conseguiu reanimar-se e, depois de uma primeira década dourada e de uma fase menos popular, afigura-se uma vez mais como centro comercial alternativo e a céu aberto. "Sempre gostámos muito do Lx Factory. Convidaram-nos para vir cá e achámos que foi o match perfeito. Há aqui um ecossistema interessante, não só de turistas, mas também de locais, que começam a olhar para este espaço de uma forma mais interessante. E está a ser feito um excelente trabalho com a curadoria de marcas. Há muita gente a entrar para o Lx Factory. Acho que tem tudo para se afirmar como um conceito diferenciador, com marcas independentes", começa por explicar Guilherme Pinto de Oliveira, um dos fundadores da cadeia, que conta agora com duas lojas em Lisboa, além de outras duas no Porto. DR Na nova loja, foi mantido o estilo industrial que já vinha com o edifício. A cor humaniza o espaço – um verde-menta apastelado, que poderia muito bem estar no fundo de uma piscina. No centro está uma máquina trazida de uma fábrica de calçado em São João da Madeira. Chama-se transportador, é uma grande estrutura rotativa que ainda funciona, e aqui é usada para expor alguns dos acessórios à venda. Ao mesmo tempo, funciona como lembrete: embora a The Feeting Room seja hoje uma loja dedicada à moda em tod
O MAAT faz 9 anos e a festa inclui visitas, yoga, DJs e entrada livre no dia 5 de Outubro

O MAAT faz 9 anos e a festa inclui visitas, yoga, DJs e entrada livre no dia 5 de Outubro

O MAAT faz nove anos no dia 5 de Outubro, mas a festa começa bem antes, já este sábado. A programação festiva inclui uma festa com DJs convidados, feita em parceria com o Lisb-On, visitas guiadas, aulas de yoga, poesia e um dia de entrada livre, mesmo a tempo de ver as novas exposições. E o próximo sábado, 27 de Setembro, é o primeiro dia para marcar na agenda. A partir das 16.00 e até às 02.00, a festa MAAT x Lisb-On leva música à Praça do Carvão, transformando-a numa pista de dança. Em parceria com o Jardim Sonoro, o cartaz apresenta os DJs Camelphat e MAGA para uma festa à beira-rio. Ainda antes disso, pode sempre preparar-se para bailar a céu aberto com a ajuda de uma aula de yoga, a partir das 09.30, na exposição de Miriam Cahn. AGOSTINO OSIO"Formas no Espaço… através da Luz (no Tempo)", Cerith Wyn Evans No domingo, dia 28 de Setembro, o museu continua em clima de celebração, primeiro com um Open Mic de Poesia, em parceria com o Festival de Poesia de Lisboa, a partir das 11.00. Depois das leituras, as canções. Às 19.00 e durante uma hora, o MAAT assinala o Dia Mundial da Música com uma "experiência musical meditativa", ao som de taças de cristal, gongos e flautas. O fim-de-semana vai ficar também marcado por uma agenda de actividades para os mais pequenos. Sábado e domingo, crianças entre os sete e os 12 anos são convidadas a explorar a Central Tejo. Durante a semana seguinte, decorrem ainda várias oficinas orientadas para a ciência. No dia 5 de Outubro, dia de anivers
Entre a Estrela e São Bento, começa a ser tempo de conhecer outra fauna

Entre a Estrela e São Bento, começa a ser tempo de conhecer outra fauna

No Fauna, o nome é levado à letra. Há aves exóticas empoleiradas – exemplares de taxidermia, claro –, e outras tantas estampadas nos tecidos que forram estofos e almofadas. Primeiro, cruzamo-nos com o bar; só depois chegamos à sala, onde os tons escuros e as paredes espelhadas criam uma atmosfera nocturna, por muito que o sol brilhe do lado de fora. A primeira impressão não induz em erro. O restaurante abriu em meados de Agosto, na Calçada da Estrela, e, por enquanto, abre apenas para servir jantares. Num menu de página única, propõe receitas de conforto, mas também iguarias para partilhar. Uma cozinha de clássicos, como refere Henrique Araújo, porta-voz do espaço, detido pelo grupo Portas do Sol. A começar pelo prato que já se tornou numa estrelinha da casa – uns ovos rotos de carabineiro (28€), com batata frita às rodelas, misturado à vista, como é da praxe, mas não sem antes espremer os sucos das cabeças que, afinal, não são apenas adereços cénicos. DROvos rotos de carabineiro "Queremos ter uma carta dinâmica, com uns pratos a entrar, outros a sair, também consoante a estação", esclarece Henrique Araújo. Os ovos, contudo, não vão a lado nenhum. Mas o resto da refeição pode esperar. Do bar saem sobretudo cocktails clássicos – Negroni (14€), Old Fashion (13€), Paloma (14,50€), Manhattan (15,50€), entre outros. Apenas uma receita original destoa: uma criação da casa, que recebeu o nome de Faisão (12€). Na base tem vodka infusionada com coentros e ginger beer, numa versão ma
Um arquivo pan-africano e a colecção interminável: três novas exposições para ver no CAM

Um arquivo pan-africano e a colecção interminável: três novas exposições para ver no CAM

Sentem-se efeitos de Setembro e da rentrée cultural no Centro de Arte Moderna Gulbenkian. A poucos dias de dar por terminada a última grande exposição da temporada anterior – a que juntou as obras de Paula Rego e de Adriana Varejão debaixo do mesmo texto e em conversa directa –, há três novas exposições para visitar já a partir deste sábado. Um ano depois da reabertura, a dança curatorial do renovado CAM continua a apontar em várias direcções – artistas internacionais desafiados a expor a solo, uma colecção própria que se reinventa na forma de se apresentar ao público e uma vontade de envolver os públicos, descolando-os do papel de meros visitantes. É neste último eixo que o projecto Institution(ing)s se materializa, fundado na cooperação entre oito organizações de sete países europeus. Vai ocupar o Espaço Engawa até 2028 e, sob a coordenação da Universidade Católica Portuguesa, acolher grupos de leitura, workshops, residências, campanhas de sustentabilidade, entre muitas outras iniciativas. No centro estará sempre a arte, que aqui surge numa versão bem mais laboratorial e não no formato clássico de uma exposição. Até 12 de Janeiro, a galeria está ocupada por Francisco Trêpa (finalista do Prémio Novos Artistas Fundação EDP) pelo seu "Baile dos Bugalhos", mostra dinâmica, com peças ainda em execução, que transporta para o CAM o espaço de trabalho do próprio artista. Pedro Pina"Baile dos Bugalhos", CAM A 18 de Agosto, Trêpa ocupou as reservas do centro para produzir uma últim
Nos Anjos, este café serve uma especialidade de Taiwan – e é bem doce

Nos Anjos, este café serve uma especialidade de Taiwan – e é bem doce

A pequena fachada facilmente passa despercebida na concorrida Rua do Forno do Tijolo. Há mais de um ano, Yeyeh abriu aqui um pequeno café, pensado à imagem e semelhança das pequenas lojas do país onde cresceu. Depois de alguns meses a vender bolos em mercados, os tradicionais wheel cakes (ou bolos roda) ganharam uma montra fixa. No Taiyaki Café também se serve chá, mas são os doces taiwaneses que mais convidam a entrar. "É como o nosso pastel de nata. E é uma comida de rua em Taiwan, por isso também é muito fácil de encontrar. Normalmente, as pessoas comem para acompanhar o chá da tarde. É uma espécie de lanche", começa por explicar Yeyeh, que depois de Austrália, França e Bélgica, escolheu Lisboa para morar. RITA CHANTRE Originalmente, um wheel cake não tem de ser doce, mas aqui a pasteleira de serviço dá prioridade aos recheios plenos de açúcar. Sim, por muito fofa e arejada que seja esta massa, o que move a grande maioria das pessoas é o momento em que saboreiam o creme que está no interior. Na vitrine convivem sabores tradicionais e novas receitas, testadas por Yeyeh. Os recheios de creme de pasteleiro e de feijão azuki são clássicos taiwaneses, enquanto a matcha, o chocolate, o milk tea e a Nutella com banana são fórmulas próprias. Sobra espaço para uma última sugestão, o único bolo salgado do menu, com recheio de queijo e ovo. Custam todos 3,50€, à excepção dos bolos que combinam dois sabores – aí o preço sobe para 3,90€. "Talvez muitas das pessoas nunca tenham estado