Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

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Vista-se a rigor para os melhores jantares de passagem de ano em Lisboa

Vista-se a rigor para os melhores jantares de passagem de ano em Lisboa

O ano passou a correr, como passam todos, na verdade. De repente, estamos em contagem decrescente para a viragem do ano e ainda sem saber o que vamos fazer e onde vamos estar quando soarem as 12 badaladas. Felizmente, os restaurantes nunca nos falham e planeiam esta noite ao detalhe, assegurando que nem a música, nem a festa – e muito menos o jantar – nos faltarão. Esqueçamos tudo por uma noite e celebremos em grande como estes restaurantes propõem. Prepare a sua melhor roupa, deixe os tachos e descubra estes sítios em Lisboa com menus para o jantar de passagem de ano. Recomendado: Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

O Natal aproxima-se a passos largos, mas ainda pode esperar – mesmo que já haja quem se adiante nas iluminações e decorações natalícias. A agenda cultural rebenta pelas costuras. Entre as novas exposições, destaque para "Complexo Brasil" na Gulbenkian e para mais uma edição da Feira de Outono. Há cervejas internacionais a correr nas torneiras, em Marvila. E, em várias salas da cidade, arranca mais um Alkantara Festival. Isto sem contar com o nosso faro apurado para novos restaurantes (e também para cafés). Por estas e muitas outras razões é que o Natal vai ter que esperar. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Novembro está a ser um mês em grande, no que toca a exposições. Durante o fim-de-semana, a Feira de Outono junta antiquários e galerias na Sociedade Nacional de Belas Artes. Mas há mais. Na Gulbenkian, inaugura a exposição de "Complexo Brasil", com dezenas de obras para pensar na relação histórica e actual entre os países. Há ainda novos trabalhos de AkaCorleone para ver na Underdogs e "Detour", a nova exposição de Pedro Casqueiro no MAAT. Em Oeiras, pode espreitar mais uma edição do World Press Photo, que reúne imagens de 42 fotógrafos. Recomendado: As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa
As melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro de 2025

As melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro de 2025

Novembro é um mês cheio de especificidades. Arrancou em clima de terror, mas é quando os brilhos natalícios começam a tomar conta de tudo – ruas, lojas, programações, ementas, tudo! Valha-nos a agenda cultural farta, para irmos desenjoando de tanta luz e Mariah. Há exposições acabadas de inaugurar, concertos, festivais de cinema, estreias que sobem ao palco e outros pretextos para sair de casa e aproveitar o melhor de Lisboa. E, claro, além da arte, música, cinema e teatro, junta-se um rol de novos restaurantes para experimentar. Tome nota. Estas são as melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer  
Os melhores rooftops em Lisboa

Os melhores rooftops em Lisboa

A palavra rooftop pode ainda não ser reconhecida pelo dicionário Priberam, mas quem ciranda por Lisboa sabe bem pronunciar este estrangeirismo – e mesmo que não saiba, estamos aqui para dar uma ajuda. Os bares em rooftops já fazem parte do vocabulário alfacinha. São lugares altos por natureza, com bebidas e petiscos por inerência, vistas desafogadas e, por vezes, ambientes festivos. Perca o medo das alturas (nós já perdemos há muito tempo) e suba até um destes terraços com bar, ideais pra reunir amigos ao pôr-do-sol e pela noite fora. Esta é a lista dos melhores rooftops em Lisboa. Recomendado: Sete bares speakeasy em Lisboa
Exposições em Lisboa para ver este mês

Exposições em Lisboa para ver este mês

Entre museus, galerias e outros espaços que acolhem propostas artísticas, Lisboa está cheia de boas opções para quem procura exposições para visitar – sejam elas de pintura, escultura, fotográficas ou documentais; de autores portugueses ou com grandes nomes internacionais em destaque. Afinal, estamos numa cidade que tem ganhado importância no panorama internacional da arte. Os coleccionadores estão de olhos postos em Lisboa, os artistas e galeristas idem. Por isso, não seja o único a ficar de fora do circuito. Pegue na agenda e tome nota das exposições que não pode perder este mês, em Lisboa. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa em Novembro
Perca o medo. Há muitas coisas para fazer neste Halloween em Lisboa

Perca o medo. Há muitas coisas para fazer neste Halloween em Lisboa

O Halloween está a chegar e Lisboa promete voltar a ser palco de eventos macabros que não vão deixar ninguém metido em casa. Medo de fantasmas e assombrações? É a noite ideal para espantá-los todos, mas também para dar asas ao alter-ego, às fantasias ou deixar apenas voar a criança que ainda tem dentro de si (para as crianças de verdade também há muitas propostas). A nossa sugestão é que se aventure, combine com família ou amigos e vá para a rua meter medo ao susto. Esta é a nossa lista de coisas para fazer neste Halloween em Lisboa. Recomendado: Ainda não tem disfarce de Halloween? Inspire-se nas personagens que marcam 2025
As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Porque não queremos que perca o fio à meada na hora de renovar o armário ou de repensar a decoração da sala, damos-lhe um lamiré das aberturas dos últimos meses. Há lojas que ajudam a revitalizar bairros, enquanto outras reforçam a tese de que o que é nacional é bom. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novas lojas em Lisboa. Recomendado: Estas livrarias em Lisboa dão-lhe mais que fazer
Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Que não lhe faltem opções se a ideia for entrar num bar para se surpreender com a carta de cocktails, ou então ter uma mão-cheia de vinhos escolhidos a dedo à disposição. Em Lisboa, o roteiro de bebidas depois do pôr-do-sol tem crescido – no centro da cidade, ou em localização mais inesperadas. Se a novidade é o critério que mais valoriza, vá por nós, que acabámos de reunir numa lista os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer. Quanto ao brinde, não podemos fazê-lo por si. Recomendado: Karaoke em Lisboa: sítios para cantar fora do duche  
Não tem disfarce de Halloween? Inspire-se nas personagens que marcam 2025

Não tem disfarce de Halloween? Inspire-se nas personagens que marcam 2025

O Halloween está aí à porta, mas ainda há tempo para tratar de todos os preparativos: seja arranjar um disfarce verdadeiramente assustador ou vestir os mais pequenos a rigor. Mas se este ano quiser desafiar-se a um outro nível, talvez esteja na hora de escolher uma fantasia inspirada na realidade, ou pelo menos nas personagens que estão a marcar 2025. Dos filmes e séries que que estão a ser um sucesso nas plataformas de streaming aos protagonistas dos escândalos da vida real, abra o armário e construa um visual inspirado numa destas dez figuras incontornáveis de 2025. Recomendado: As melhores lojas de disfarces em Lisboa
Fantasias de Halloween: ideias para arrasar no Dia das Bruxas

Fantasias de Halloween: ideias para arrasar no Dia das Bruxas

É sexta-feira, noite de Halloween, e as bruxas saem à rua, acompanhadas de outras criaturas obscuras. Seja para andar com os miúdos a tocar às campainhas ou para marcar presença numa das várias festas que animam a cidade, escolher o disfarce certo é o primeiro passo para começar a planear o Dia das Bruxas. Reunimos umas quantas ideias que podem inspirá-lo a ir mais longe ou então a jogar pelo seguro e optar por uma das fantasias clássicas, que nunca passam de moda. Tudo isto sem esquecer algumas das personagens que marcam o ano. Recomendado: 13 séries de terror que metem medo ao susto
As melhores lojas de disfarces em Lisboa

As melhores lojas de disfarces em Lisboa

Quem quer muito, encontra sempre uma razão para se disfarçar, sobretudo nesta fase do ano, em que temos o Halloween à porta. É altura de pregar sustos, perder horas com maquilhagens horripilantes e até de vestir os mais pequenos a rigor. Até porque há desfiles a acontecer por toda a cidade (e para todas as idades) e festas que exigem esmero na fantasia. Para garantir que faz um brilharete, damos-lhe uma ajuda. Só tem de escolher o modelo e os acessórios nas melhores lojas de disfarces em Lisboa. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

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Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Things Fall Apart

Things Fall Apart

A política está na ordem do dia. A nova exposição da Galeria Avenida da Índia traz a Lisboa o olhar de mais de uma dezena de artistas e cineastas sobre as relações entre África e a União Soviética, no contexto pós-colonialista do século XX. Como não podia deixar de ser, o tema é introduzido com uma boa dose de acervo documental. O presidente Tito é a figura central de parte da exposição. Afinal, o Movimento dos Países Não Alinhados também entra nesta história e, à parte do gosto pelo cinema, foi aí que o dirigente jugoslavo se fez notar. Mas é no continente africano que esta “Things Fall Apart”, com curadoria de Mark Nash, foca as atenções. Ângela Ferreira volta a mostrar os seus Monuments in Reverse, peças com projecções em torno do trabalho de Jean Rouch e Jean-Luc Godard em Moçambique. O britânico Isaac Julien trouxe alguns dos seus grandes formatos. São fotografias do Burkina Faso em que a arquitectura releva uma das indústrias cinematográficas mais relevantes de África. No final da exposição, o apelo visual de Paulo Kapela fala mais alto. As colagens do artista angolano remetem para os heróis da libertação e para o trabalho de outros artistas, mas também para grandes gigantes da sociedade de consumo ocidental. Uma linguagem próxima de uma estética pop que revela novos elementos, à medida que nos aproximamos dos quadros.

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A arte é exuberante, mas a história pesa. “Complexo Brasil” traz samba, Amazónia e passado colonial

A arte é exuberante, mas a história pesa. “Complexo Brasil” traz samba, Amazónia e passado colonial

"Um país é uma entidade múltipla que não cabe em estojo nenhum." As palavras são de José Miguel Wisnik, académico brasileiro, ensaista, músico e um dos curadores da exposição "Complexo Brasil", que a partir desta sexta-feira pode ser visitada no Edifício Sede da Fundação Calouste Gulbenkian. A frase ecoa como aviso ao visitante. Entre escultura, instalação, pintura, fotografia, som e vídeo, não se espere encontrar a síntese de um país, antes um olhar subjectivo sobre as suas singularidades, onde obviamente cabem os laços com Portugal. "É uma experiência de brasis. Não é uma visão descritiva, linear, histórica ou compartimentada", continua em jeito de preâmbulo. "Um ponto muito importante para a definição da exposição foi adoptar o título Complexo Brasil, que já diz de saída que é algo que não está ciscunscrito, acabado, entendido. O Brasil, não só como um país com aspectos paradoxais, que pode ser olhado sob muitos ângulos, às vezes opostos, mas principalmente, como um complexo de idiomas, de etnias, de linguagens, de culturas, de tempos, de processos económicos", remata. Pedro Pina É a partir desta lógica de objectos dialongantes – com a história e entre si – que a exposição flui ao longo de dois pisos, cerca de 1600 metros quadrados. E foi no exercício de desenterrar e recontar histórias e tradições que a equipa curatorial – composta ainda por Milena Britto, doutora em literatura e cultura brasileira, e pelo arquitecto Guilherme Wisnik – desenhou um primeiro momento, apel
CCB já tem novo director artístico: é belga e chama-se Serge Rangoni

CCB já tem novo director artístico: é belga e chama-se Serge Rangoni

O anúncio foi feito esta sexta-feira. Nomeado por unanimidade pelo Conselho de Administração do CCB, Serge Rangoni será o próximo director artístico para as artes performativas do Centro Cultural de Belém. Actualmente, ocupa o cargo de director-geral e artístico do Teatro de Liége. Em Lisboa, vai assumir funções a 2 de Fevereiro do próximo ano para um mandato de quatro anos. Em comunicado, a administração do CCB destaca a "vasta experiência enquanto director artístico e gestor cultural", bem como a passagem pelo Museu de Arte Contemporânea de Grand-Hornu, na cidade belga de Mons, pelo Ministério da Cultura belga, entre 1997 e 1998, na qualidade de vice-secretário e pela presidência do Conselho de Administração da European Theatre Convention, entre 2017 e 2023. "A proposta programática apresentada por Serge Rangoni destacou-se pela sua consistência e ambição, promovendo o cruzamento entre disciplinas artísticas e revelando uma particular atenção à singularidade dos espaços e da arquitectura do CCB. O equilíbrio entre a apresentação de grandes nomes das artes performativas e a valorização da criação nacional, articulada com a dimensão internacional que tão bem conhece, contribuirá para reforçar o papel do CCB como um dos grandes centros europeus de criação e difusão artística", refere a administração em comunicado. Já Rangoni encara as novas funções como uma oportunidade de "pôr em prática uma visão que assenta na exigência artística, na abertura europeia e no enraizamento terr
À noite no MACAM. Agora, o museu também já é hotel

À noite no MACAM. Agora, o museu também já é hotel

É como entrar numa pequena cidade, ali a meio caminho entre Alcântara e Belém. Em Março, o MACAM abriu portas como museu – o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins –, com mais de 200 obras de arte em exposição. Desde então, o antigo Palácio dos Condes da Ribeira Grande ainda não parou de crescer. Na antiga capela, agora dessacralizada, abriu um bar e sala de concertos, o àCapela, que desde então tem tido programação recorrente. Com vista para o jardim interior, também ele repleto de arte, o restaurante Contemporâneo coloca o foco nos produtos da época. Servem-se almoços, jantares e petiscos de fim de tarde. A garrafeira é generosa e a carta de cocktails compreende clássicos e receitas de assinatura.  Fernando Guerra Só faltava mesmo o hotel. Os primeiros quartos a ficarem prontos começaram a receber hóspedes ainda em Maio. Agora inaugurado na totalidade, o MACAM tem em pleno funcionamento 64 quartos de oito tipologias diferentes. Um feito que não é pequeno. Afinal, é o primeiro museu de arte contemporânea da Europa com um hotel de cinco estrelas lá dentro. E o que é que une os dois espaços? A arte, pois claro. A ostentação começa logo nos corredores e áreas comuns do hotel, onde obras de diferentes gerações de artistas se sucedem nas paredes. No primeiro andar, fica a Biblioteca D. João da Câmara, salão oval e zona de estar, onde brilham duas obras-chave do coleccionador – Meninas a ler, de José de Almada Negreiros, e Ephemera, de Horácio Frutuoso. Percorrer o espaço é
Nesta churrasqueira moderna, o frango é bom, mas o bolo de bolacha...

Nesta churrasqueira moderna, o frango é bom, mas o bolo de bolacha...

Se há prato reconfortante na gastronomia portuguesa, é o frango de churrasco. Valor seguro do receituário nacional, iguaria democrática, prato consensual, o belo do frango assado ganhou fama juntamente com os estabelecimentos que o servem, muitas vezes, em exclusivo para fora. As churrasqueiras são, regra geral, entidades de bairro, não pela sofisticação do atendimento ou pelo brilhantismo do design de interiores, mas porque é do esforço e da perícia dos mestres da grelha que resulta a satisfação da clientela. É por isso que o sucesso de uma churrasqueira está sempre dependente da qualidade do seu frango assado, tente ela o que mais tentar. Quando entramos numa churrasqueira muito moderna como a Casa do Frango, no Parque das Nações, a expectativa não muda. Por muitas alternativas que a ementa ofereça, o frango assado será sempre a prova de fogo. O dito chega à mesa numa travessa de inox – primeiro ponto marcado. A pele vem vagamente tostada (não é defeito, é preferência) e a carne suculenta. Se gostar de emoções fortes, peça o piri-piri da casa, que chega prontamente à mesa numa garrafa de litro. Vá com calma, que a peçonha é forte. DR O frango no churrasco é servido à dose (18€) ou à meia dose (9,50€) e, embora venha sozinho, o menu garante alguns dos acompanhamentos da praxe – batatas fritas (3€), arroz de alho (3€) e salada montanheira (4,50€). Outra mania portuguesa: a de juntar uma quantidade ambiciosa de pratos e travessas na mesa, a ponto de dificultar a mobilidade d
Lisboa Mistura regressa em Dezembro com concertos no B.Leza e workshops gratuitos

Lisboa Mistura regressa em Dezembro com concertos no B.Leza e workshops gratuitos

Já foi festa de Verão e programa para arrancar o ano. Em 2025, o Lisboa Mistura acontece em Dezembro. Durante três dias e com programação distribuída por três palcos, o festival que quer promover a cidade como lugar de inclusão apresenta concertos, workshops gratuitos e um almoço comunitário. Luminar Studio 2Dobet Gnahoré A 19.ª edição do festival acontece nos dias 4, 5 e 6 de Dezembro. Nos dois primeiros dias, as atenções vão estar sobre o B.Leza. A sala de espectáculos do Cais do Sodré recebe, logo na primeira noite, a partir das 21.30, Galandum Galundaina, "um projecto de referência na música de raiz tradicional portuguesa que parte do vasto património musical mirandês", ainda um DJ set de Palestinian Sound Archive, projecto que se dedica à preservação da história dos sons dos países de língua árabe. Para dia 5 de Dezembro, mais uma dose de música e arte, que começa às 21.00 com a OPA - Oficina Portátil de Artes, um projecto da Associação Sons da Lusofonia, que é também a organizadora do festival, focado no hip-hop e na produção musical. Segue-se Dobet Gnahoré. A estrela da Costa do Marfim, vencedora de um Grammy, vem a Lisboa com o seu mais recente álbum, Zouzou, de 2024. Cabe a prétu dar o último concerto da noite, que se despede ao som de Mãe Dela, na cabine de DJ. Fábio GonçalvesOPA - Oficina Portátil de Artes Para o terceiro e último dia de Lisboa Mistura estão marcados dois workshops – Inside de Palestinian Sound Archive, com o projecto Palestinian Sound Archive
Da calçada para o pátio, a Pop Closet é agora um segredo ainda mais bem guardado

Da calçada para o pátio, a Pop Closet é agora um segredo ainda mais bem guardado

Há oito anos, António Branco abria uma loja de roupa em segunda mão em pleno Chiado. A Pop Closet distinguiu-se logo das demais, em boa parte por causa do faro apurado do seu mentor. Com um extenso currículo como buyer, stylist e editor de moda, percurso que traçou sobretudo nos Estados Unidos e no Brasil, António fez do espaço uma referência – e abriu um mais pequeno uns metros acima. Agora, chegou a altura de fazer as malas e mudar. A Pop Closet continua no Chiado, mas refinou a selecção de peças. "Houve um upgrade em relação ao tipo de artigos que vamos vender. Quis focar-me mais nas marcas de luxo e em peças mais especiais, de autor. Acho que era uma mudança necessária", começa por explicar António, no dia da inauguração da nova loja. Fala num crescimento gradual e orgânico, assente no passa-palavra, mas também no aumento da clientela internacional que se tem fixado em Lisboa. Mesmo com um projecto bem-sucedido, estava na hora de mudar e moldar a Pop Closet aos novos tempos. RITA CHANTREAntónio Branco "Lisboa já não é o que era há oito anos. Já temos muitas lojas vintage e há que, realmente, ir marcando a diferença. Há lugar para todas. O interessante é que haja lojas diferentes", acrescenta. Mas se há coisa que António quer manter é uma certa discrição em torno do espaço. O primeiro ficava na Calçada do Sacramento, junto à The Feeting Room. O novo fica no Pátio Siza Vieira, ao lado da Sienna. A fórmula de manter a loja fora das principais ruas do Chiado tem resultado.
Bairro Alto Hotel recebe ciclo de jantares a quatro mãos. O primeiro é já este domingo

Bairro Alto Hotel recebe ciclo de jantares a quatro mãos. O primeiro é já este domingo

Quatro meses, quatro chefs convidados. A partir do próximo domingo, o restaurante do Bairro Alto Hotel acolhe um ciclo de jantares mensais a quatro mãos, com o nome Jantares Desassossegados. Há apenas dois ingredientes fixos – o chef anfitrião partilha sempre a cozinha com o seu convidado, enquanto este segundo vem sempre de outros pontos do país. “Quisemos oferecer ao nosso público a possibilidade de viajar por Portugal e pelo melhor dos seus sabores com este ciclo de Jantares Desassossegados. A homenagem a Lisboa, ao bairro do Chiado e às artes da mesa e do convívio esteve na origem desta iniciativa gastronómica. Mas esta é também uma forma de trazer nova dinâmica ao restaurante, proporcionando a quem janta connosco a oportunidade de descobrir e saborear iguarias de outras regiões de Portugal”, afirmou Fábio Pereira, em comunicado. Francisco Romão Pereira O chef, que assumiu a cozinha do Bairro Alto Hotel há pouco mais de um ano, depois de oito anos no Ritz Four Seasons, é o anfitrião da iniciativa gastronómica. Este domingo, dia 16 de Novembro, abre o BAHR & Terrace a David Barata, chef do Austa, em Almancil (Algarve). À semelhança dos restantes três jantares, este terá um custo de 115€ por pessoa e ainda de 45€ pela harmonização de vinhos. No dia 11 de Dezembro, quinta-feira, é a vez de David Jesus, do restaurante Seiva, descer do Porto para cozinhar no Chiado. Com ele, vai certamente trazer uma habilidade especial para a cozinha vegetariana. Já em 2026, a noite de 15 d
Portuguesa A LINE desce do Porto e abre pop-up no Príncipe Real, mesmo a tempo do Natal

Portuguesa A LINE desce do Porto e abre pop-up no Príncipe Real, mesmo a tempo do Natal

Este guarda-roupa parece ser imune a tendências. Não que as peças sejam desadequadas para usar nos dias que correm, mas porque almejam um certo minimalismo e intemporalidade. Foi sob este desígnio que a A LINE foi criada em 2016, pelas mãos de Alexandra Carneiro e Hélder Gonçalves – e com o foco na moda feminina. Depois de uma loja própria no Porto, inaugurada na Primavera de 2024, e de ter feito uma contratação de peso – Diogo Miranda, para o leme criativo –, a marca chega a Lisboa em versão pop-up. Até 31 de Janeiro, ocupa uma das bonitas salas da Embaixada, no Príncipe Real. DR “Lisboa era um passo natural. Queríamos criar um espaço de proximidade, onde fosse possível sentir de perto o universo A LINE – uma elegância serena, confiante e intemporal”, refere Diogo Miranda, citado em comunicado. No espaço, o destaque vai para a colecção Outono-Inverno 2025/26. As camisas continuam a ser uma das peças mais emblemáticas da marca, embora o catálogo tenha crescido e englobe hoje casacos, blazers, malhas, vestidos e até calças de ganga. Simultaneamente, a marca tem feito incursões na área dos acessórios, com pequenos lançamentos de lenços, cintos e bonés. Mais recentemente, a marca portuguesa lançou também as própria linha de velas perfumadas. Praça do Príncipe Real, 26 (Príncipe Real). Seg-Sáb 12.00-20.00, Dom 11.00-19.00. Até 31 Jan 🛍️ Mais compras: fique a par de tendências, moda e lojas em Lisboa 📲 Siga-nos nas redes sociais: Whatsapp, Instagram, Facebook e LinkedIn  
Puxe uma cadeira. Na floresta de Carlos Bunga cabem traumas, empatia e a própria Gulbenkian

Puxe uma cadeira. Na floresta de Carlos Bunga cabem traumas, empatia e a própria Gulbenkian

Menos museu, mais casa. A fórmula de Carlos Bunga respira-se no CAM. Inaugurada na última sexta-feira, "Habitar a Contradição" é o fechar de um ciclo para o artista que aqui entrou pela primeira vez ainda na qualidade de estudante. Hoje, molda o espaço, fazendo dele um sítio mais próximo e menos institucional. "Para mim é importante chamar este espaço de casa. Porque, de alguma maneira, a palavra museu tem sempre uma carga muito forte, um peso institucional, tem uma carga história. Chamar este lugar casa e ter este mobiliário à entrada é para que as pessoas se sintam identificadas com uma casa que é para todos", começa por explicar o artista, ainda no átrio do Centro de Arte Moderna. Para este espaço, Bunga trouxe de facto peças de mobiliário – objectos encontrados que cortou, pintou e aglomerou. Como explica Rui Mateus Amaral, director artístico do Museu de Arte Contemporânea de Toronto e curador da exposição, ao mesmo tempo que as silhuetas nos são familiares, trazem também estranheza e austeridade ao perderem a sua função primordial. Pedro Pina O artista quer que o visitante dance. Este interesse na coreografia do público que ciranda pela exposição leva-nos até à Nave do CAM, onde ergueu uma floresta de cartão, material indissociável da sua criação artística. Entre colunas e troncos de árvores, Carlos Bunga quer que nos embrenhemos neste labirinto, que lhe toquemos e que nos detenhamos – ora na contemplação, ora na introspecção. "É esta ideia de floresta urbana, também i
Com 40 peças, a colecção de Vicky Montanari para a Parfois é uma viagem aos anos 60

Com 40 peças, a colecção de Vicky Montanari para a Parfois é uma viagem aos anos 60

O anúncio chegou e, com ele, a melhor das notícias para quem cobiça o estilo maximalista de Vicky Montanari. Influenciadora digital, aficcionada da moda e do design e uma das responsáveis por cunhar o estilo portuguese girlie, assumiu, pela primeira vez, o papel de designer. O resultado chegou à Parfois (online e a lojas físicas seleccionadas) esta quinta-feira – uma colecção de cerca de 40 peças, com vestuário e acessórios e obviamente inspirada nos anos 60 do século passado. DR "Sou muito a favor de aproveitar o processo e não estar sempre olhando para o resultado final. E a gente passou um ano trabalhando nisso, se ouvindo, mandando referências, inspirações. Foi muito mais fácil do que eu achava. Os anos 60 são uma tendência da última estação, tudo o que desfilou, das marcas que eu gosto pelo menos, era bastante anos 60. E eu Vitória amo os anos 60, identifico muito com a minha maneira de vestir", explica Montanari à Time Out, durante a apresentação da colecção, esta quinta-feira. Marca e criativa encontraram-se naquela que foi a grande década dos Beatles, da loja Biba e de Twiggy, que continua a ser uma referência de estilo para Vicky. Na colecção, as silhuetas em A, os padrões geométricos e as minissaias dividem as atenções com peças marcadamente actuais, como é o caso dos sapatos Mary Jane e das malas de formatos contemporâneos. Nos acessórios, Montanari e Parfois seguiram uma inspiração bem mais surrealista. Há colheres que são brincos e uma pulseira feita de talhere
Ensinaram a costurar, a bordar e a ver a velhice com outros olhos. Agora, estas avós querem fazer o jantar

Ensinaram a costurar, a bordar e a ver a velhice com outros olhos. Agora, estas avós querem fazer o jantar

Há 11 anos, um projecto de empreendedorismo social começou a destacar-se ao mobilizar a comunidade em torno de técnicas e ofícios como a costura e o bordado. Mais de uma década depois, os mesmos mentores d'A Avó Veio Trabalhar dão forma a uma nova ideia. Em vez dos labores manuais e de um cariz predominantemente ocupacional, o Avó Cooking Lab centra-se na cozinha e consiste num serviço que pessoas ou empresas podem contratar. O objectivo é agora também reintegrar pessoas com 60 anos ou mais no mercado de trabalho. Algumas das envolvidas já faziam parte do projecto A Avó Veio Trabalhar e aceitaram embarcar numa nova missão: a de partilhar o próprio livro de receitas para chegar a uma ementa de conforto, mas também adaptada aos novos tempos. "Numa fase inicial fizemos muitos testes para tentar perceber quais as coisas que poderíamos incorporar no menu. Chegámos a este consenso – coisas clássicas, como a bola de carne, os peixinhos da horta, as empadas de galinha, os pastéis de bacalhau, os croquetes de alheira, e depois o tradicional bolo de mármore, o salame de chocolate", enumera Ângelo Campota, um dos mentores do projecto. Tiago Marques O que começou por ser uma ideia para abrir uma cafetaria, com o tempo, assumiu outros contornos. Embora esteja incubado no Impact Hub Lisbon, na Penha de França, o Avó Cooking Lab leva as suas especialidades culinárias aonde quer que estas sejam requisitadas. Um serviço de catering, que também está aberto a workshops de cozinha. Por muito b
Passevinho: há pequenos produtores à prova em Campo de Ourique

Passevinho: há pequenos produtores à prova em Campo de Ourique

O Passevinho volta a juntar pequenos produtores de vinho para uma sessão de prova aberta e conversa em Lisboa. A próxima edição é já este domingo, 9 de Novembro, e vai contar com vinho da Grande Lisboa e arredores, mas também do Dão, Bairrada e Beira Interior. O evento chega assim à nona edição, mantendo o objectivo de promover "uma cultura do vinho enquanto património humano e natural". Acontece tudo na Padaria do Povo, em Campo de Ourique. Entre as 14.00 e as 19.30, oito produtores, presenças habituais, ficam à conversa sobre os vinhos que produzem nas zonas do Cadaval, Óbidos, Ourém, Cartaxo e Torres Vedras, entre outras. São eles António Marques-da-Cruz, dos vinhos Serradinha e Cozs, Tiago Teles (Gilda, Raiz e Cozs), Emanuel Frutuoso (Safado e Flui), Rodrigo Filipe (Humus e Flui), Joana Vivas (Serra Oca), Pedro Marques e Sónia Raposo (Las Vedras), Sílvia Bastos e Nadir Bensmail (Tomaralmá) e João e Ana Pratas (Casa Pratas). A prova tem depois início pelas 16.30. Cada conversa vai contar com três ou quatro produtores e andará em torno do cruzamento de vinhos, seja o ano, a casta ou a região. Este ano, o Passevinho conta ainda com dois produtores convidados – António Madeira, da região do Dão, e Catarina Bento e David Prata, da Beira Interior. O dia seguinte será dedicado a profissionais. A prova decorre no restaurante Prado, entre as 15.00 e as 19.00. É necessária inscrição prévia. Rua Luís Derouet, 20A (Campo de Ourique). Dom 14.00-19.30. Entrada livre Travessa das Pedras