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Renata Lima Lobo

Renata Lima Lobo

Jornalista

Ingressou na Escola Superior de Jornalismo do Porto em 1998 e numa pós-graduação no IADE, focada em Comunicação e Imagem, em 2003. Com experiência em meios como o Jornal Universitário do Porto, o extinto Gondomar Actual, o histórico O Primeiro de Janeiro ou a revista FORUM Estudante, encontrou seu lugar na Time Out Lisboa em 2010, especializando-se na capital portuguesa, apesar de ser tripeira de gema. Desde tenra idade, a sua relação com a cultura audiovisual foi intensa, muito por culpa da mega colecção de VHS do pai e das idas semanais ao videoclube Laser, mais emocionantes do que as idas de Lady Mary a Londres, em Downton Abbey. Actualmente, dedica-se a escrever sobre séries, porque parece que a vida só faz sentido quando se discute se os Crawleys têm um chá das cinco decente.

Articles (231)

O melhor do cinema alternativo em Lisboa

O melhor do cinema alternativo em Lisboa

Se é daqueles que não deixa passar uma estreia, pode espreitar os filmes em cartaz esta semana. Mas, se é um verdadeiro cinéfilo (ou aspirante), deve ter em mente que algumas pérolas do cinema escapam às grandes salas. São clássicos para ver e rever – ou apenas filmes fora da rota comercial e por isso fora dos grandes centros comerciais (e em salas sem pipocas, diga-se). Para não perder nada, todos os meses lhe damos as melhores sugestões de cinema alternativo em Lisboa e em salas muito especiais. Há propostas para todos os gostos. Recomendado: Os melhores filmes de sempre

As estrelas do cinema e da televisão que morreram até agora em 2024

As estrelas do cinema e da televisão que morreram até agora em 2024

É costume dizer que nada dura para sempre. A não ser que estejamos a falar de uma das grandes máquinas de entretenimento do mundo, a do audiovisual, que tem o dom de imortalizar muitas das pessoas que se dedicam a este ramo. Do cinema às séries, todos os anos os prémios do sector se desdobram em homenagens a profissionais que morreram no ano anterior, em famosas sequências de vídeo "in memoriam", habitualmente acompanhadas por uma triste canção. Não temos música, mas aqui fica a nossa homenagem a algumas das figuras, nacionais e internacionais, que morreram este ano, numa lista que, infelizmente, estará sempre em actualização. Recomendado: Os filmes em cartaz esta semana

Páscoa, ou a paixão de Cristo em 11 filmes

Páscoa, ou a paixão de Cristo em 11 filmes

Há muitas maneiras de filmar a Páscoa. A principal, a praticada pela maioria dos cineastas, é seguir o roteiro imposto pelo Novo Testamento e filmar o caminho de Jesus até à cruz – o que muda, aqui, é apenas quando começa a história, se quando o menino nasce, se na sua vida adulta, ou mesmo antes de Cristo. E se a maioria é basicamente conservadora e respeitadora do cânone, também há excepções entre estes onze filmes, que vão de O Rei dos Reis (1927) de Cecil B. DeMille ao mais recente Maria Madalena, realizado por Garth Davis em 2018. Recomendado: Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

Dez séries novas a não perder nos próximos meses

Dez séries novas a não perder nos próximos meses

O pequeno ecrã não pára. A cada semana, há mais uma mão-cheia de séries para ver. As grandes plataformas de streaming como a Netflix, a Disney+, a Prime Video, a HBO Max ou a Apple TV+ batalham tanto pela nossa atenção que não nos dão descanso. E ainda há tudo o resto, das mais pequenas e direccionadas (olá, Filmin) à boa e velha televisão. Só há uma solução: escolher. Mas escolher em cima da hora dá mau resultado e provoca demasiadas frustrações. O melhor é saber antecipadamente o que queremos ver. Recomendado: As estreias de cinema a não perder nos próximos meses

‘A Gentleman in Moscow’, ‘Fallout’ e mais séries para ver em Abril

‘A Gentleman in Moscow’, ‘Fallout’ e mais séries para ver em Abril

Como é que diz o provérbio? Em Abril, séries mil. Ou algo parecido. Este mês o pequeno ecrã vai fazer desabar sobre nós uma torrente de produções que, além de muitas novidades, inclui duas adaptações vindas da literatura (Ripley e A Gentleman in Moscow) e outra de um popular videojogo (Fallout). Há ainda espaço para recordar vidas passadas, nas séries Franklin, sobre a missão secreta de Benjamin Franklin a França, por alturas da guerra da independência norte-americana; e Nolly, que recorda a actriz britânica Noele Gordon, um ícone da televisão em terras de Sua Majestade. Estas são as 10 séries que queremos ver em Abril. Relacionado: As melhores séries do momento

Acha que sabe tudo sobre a cerimónia dos Óscares?

Acha que sabe tudo sobre a cerimónia dos Óscares?

Humor, drama, romance, aventura ou acção. Ao longo dos anos os Óscares têm sempre um bocadinho de tudo durante a cerimónia que é exibida à escala planetária desde 1969. Há quem faça directas para ver tudo até ao fim, vencendo a diferença horária que separa Portugal da Califórnia. Muitos juntam-se para fazer apostas, comer pipocas, reclamar com a atribuição de galardões, ver as suas estrelas favoritas fora do grande ecrã (e agora do pequeno, não é Netflix?) e torcer para que alguém tropece na passadeira vermelha ou escadas de acesso ao palco. Pode ser que tudo tenha valido a pena e agora consiga responder a este quiz de olhos fechados. Será que vai conseguir levar para casa este o galardão? Não temos estátua, mas terá todo o reconhecimento que merece.

As melhores canções sobre amizade

As melhores canções sobre amizade

É muito, mas mesmo muito fácil escorregar nas armadilhas lamechas que uma conversa sobre a amizade acarreta. Mas é uma das melhores coisas que faz o mundo girar (pronto, já escorregámos). Também podemos falar sobre como é preciso regar uma amizade para que não murche, ou frases tão discutíveis quanto necessárias, por vezes, como “as crises não afastam os amigos, apenas seleccionam”, ou “todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo”. E por aí fora. Na verdade, o que queríamos mesmo era que usasse esta lista para fazer uma homenagem ao seu melhor amigo num karaoke. Não se esqueça de mandar o vídeo. Recomendado: As melhores músicas dos anos 80

Museus grátis em Lisboa e arredores

Museus grátis em Lisboa e arredores

Não é ao domingo de manhã, sexta à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público (em alguns é preciso marcar). E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está nas bocas do mundo mas, como sabe, o conhecimento não ocupa lugar, por isso quanto mais melhor. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e concelhos vizinhos e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão. Aventure-se nestes museus grátis em Lisboa e arredores. Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa

As actuações dos 12 finalistas do Festival da Canção 2024

As actuações dos 12 finalistas do Festival da Canção 2024

Nos últimos dois fins-de-semana tiveram lugar na RTP1 as duas semifinais do Festival da Canção, onde 20 artistas lutaram por um lugar na grande final, marcada para o próximo sábado. Para trás, ficaram oito temas que não reuniram votos suficientes, atribuídos por um júri e pelo público, para voltarem a defender a sua posição no festival. Destaque para Maria João, a veterana deste ano, que se aventurou nesta competição cheia de novos talentos. Apesar de ser uma bonita festa, o cantor Leo Middea, brasileiro a viver em Portugal há sete anos, tem sido vítima de discurso de ódio, denuncia o próprio numa publicação de Instagram. Middea é um dos autores convidados pelo Festival da Canção (apenas seis participações foram seleccionadas a partir de um concurso de livre submissão), cujo regulamento é claro: "Poderão concorrer a estes lugares todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou residentes no nosso país". Tanto nesta, como em edições passadas, têm participado outros concorrentes nascidos além fronteiras. Ou seja, não é novidade. E ainda bem. Leo Middea é um dos finalistas e aqui estão as actuações eleitas das duas semifinais que vão lutar pela vitória (e pela presença na Eurovisão), este sábado, na RTP1, às 21.00. Recomendado: Os concertos que não pode perder esta semana

As melhores músicas de karaoke

As melhores músicas de karaoke

“Ponha o microfone à frente, muito disfarçadamente.” A letra é de “Playback”, a célebre música de Carlos Paião, que figura nesta lista de sugestões para brilhar numa sala de gente pronta a cantar, ou tentar cantar, no karaoke. Mas há muito mais por onde escolher, entre clássicos portuguesões e internacionais. Onde quer que seja a festa, não queremos que lhe faltem soluções cantantes para dar tudo de microfone em mãos. Eis as melhores músicas de karaoke que queremos que cante. Recomendado: Karaoke em Lisboa: o microfone continua de pé

Os 100 melhores filmes de sempre

Os 100 melhores filmes de sempre

Vamos ser claros: adoramos filmes. Todos adoram. O problema é que nem todos partilham o mesmo entusiasmo pelos mesmos filmes. E é isso que torna a tarefa de compilar uma lista dos melhores filmes de sempre particularmente desafiadora. Então, porquê tentar? Bem, gostamos de encarar este exercício menos como uma tentativa de definir um cânone e mais como um trampolim – talvez "mapa" seja a palavra mais adequada. Se está a preencher as lacunas do seu conhecimento cinematográfico, ou apenas a começar a construí-lo, estes 100 filmes são um excelente ponto de partida. Mesmo que já tenha visto todos, talvez isso o obrigue a reconsiderar as suas próprias noções preconcebidas sobre o que torna um filme extraordinário. Certamente, não concordará com tudo, ou com a maioria, mas fizemos questão de abranger o máximo possível, desde blockbusters a filmes independentes, comédias absurdas a terror perturbador, thrillers alucinantes a filmes de acção cheios de adrenalina. Quer se apaixone por algo novo ou fique irritado com o que não está aqui, temos a certeza de que esta lista vai mexer consigo – e é isso que todos os grandes filmes deveriam fazer. Textos de Abbey Bender, Dave Calhoun, Phil de Semlyen, Bilge Ebiri, Ian Freer, Stephen Garrett, Tomris Laffly, Joshua Rothkopf, Anna Smith e Matthew Singer Recomendados:🤓 Clássicos de cinema para totós❤️ As melhores comédias românticas de sempre⭕️ Dez filmes eróticos e de SM a sério📺 Todos os filmes com nomeações aos Óscares que pode ver em cas

Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Calha sempre a uma terça-feira, é um feriado (facultativo) móvel e é também a desculpa perfeita para usar aquela roupa há muito escondida no armário ou aquele fetiche estranho guardado no fundo da gaveta. Há muitas teorias sobre as origens do Entrudo, das linhas pagãs às religiosas. Certo é que o Carnaval continua a celebrar-se um pouco por toda a parte e a combinar as mais variadas expressões culturais, exibindo-se através de rituais pagãos que celebram o novo ciclo agrícola ou de biquínis reduzidos em pleno Inverno. É também verdade que a festa foi mudando ao longo dos tempos, mas que nunca perdeu a vontade que dela faz parte: quebrar totalmente a rotina. Fique a saber mais um pouco desta festa onde, de católicos a ateus, supostamente ninguém leva a mal. Recomendado: Já sabe o que vai fazer aos miúdos no Carnaval?

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Casa Fernando Pessoa

Casa Fernando Pessoa

Não foi a primeira, nem a segunda casa do poeta. Mas foi a última. A morada de Fernando Pessoa, para onde se mudou em 1920, fica num prédio adquirido na década de 80 pela Câmara Municipal de Lisboa que na sua posse tinha parte relevante do espólio pessoano. Como a cómoda que fazia parte do quarto de Pessoa ou a estante onde guardarva os seus livros. Depois de ter estado fechada durante um ano para obras no edifício, a casa reabriu no Verão de 2020 com uma área expositiva maior, dividida pelos três pisos. A exposição começa com um núcleo dedicado aos heterónimos de Pessoa, o segundo acolhe a biblioteca pessoal do poeta e uma zona de exposições temporárias, e, por último, o primeiro piso recria o apartamento de Fernando Pessoa exatamente naquele espaço. Este núcleo é mais biográfico e é onde estão expostos documentos como o bilhete de identidade, o contrato de arrendamento do apartamento, objectos pessoais e até a folha onde escreveu a célebre frase "I know not what tomorrow will bring". A Casa Fernando Pessoa renovou também a biblioteca do espaço dedicada ao poeta e à poesia, e deslocou o auditório para o piso térreo para poder funcionar independentemente da Casa. 

Quinta do Pisão

Quinta do Pisão

Na Grande Lisboa, o campo nunca anda muito longe da urbe e a Quinta do Pisão é um belo exemplar. Faz hoje parte do Parque Natural de Sintra-Cascais e está sempre aberta para visitas. Além do património ecológico, é possível visitar equipamentos recuperados pela Câmara Municipal de Cascais, como estábulos, eiras, poços ou mesmo os fornos que durante o século XIX ajudavam à produção de cal nesta zona. Os animais residentes vivem em modo livre, de cavalos e burros a ovelhas e cabras. Se estiver a pensar numa visita, explore a hipótese de se inscrever num passeio interpretativo.

Open Conventos

Open Conventos

Imagine um Open House, mas com conventos. De 24 a 27 de Maio está convidado a conhecer bem de perto os mais relevantes mosteiros e conventos da cidade. As visitas podem ser realizadas de forma livre – com a ajuda do site e aplicativo Quo Vadis, onde encontra o programa e toda a informação sobre os itinerários e espaços – ou em formato visita guiada, onde os visitantes são acompanhados por especialistas, num programa pontuado por algumas iniciativas complementares. Como a Conversa Aberta “Conventos e habitação”, que acontece no Museu da Marioneta a 25 de Maio com arquitectos Pedro Pinto, António Tudella e José Miguel Silva, que irá reflectir sobre que usos podemos dar aos conventos no domínio da habitação e de que forma os conventos podem ser parte da solução. No dia anterior, o de abertura, terá lugar uma sessão de cinema na Sala de Extrações da Lotaria Nacional, antiga Casa Professa de São Roque, com o filme A Missão (1986), de Roland Joffé, um drama histórico sobre a Companhia de Jesus, com Robert De Niro, Jeremy Irons e Liam Neeson. O encerramento do Open Conventos acontece a 27 de Maio no antigo Convento São Pedro de Alcântara, onde hoje funcionam serviços da SCML, com um concerto ao final da tarde do Coro Capela Nova. Todas as actividades são gratuitas, com excepção da entrada no Mosteiro de São Vicente de Fora, cujos bilhetes estarão a metade do preço, com um valor de 2,50€.

Centro Interpretativo da História do Bacalhau

Centro Interpretativo da História do Bacalhau

Pode ser da Noruega ou da Islândia, mas é património gastronómico português. E foram muitos os pescadores que sofreram nos mares do Norte, pescando bacalhau à linha em pequenos botes, conhecidos por dóri, muitas vezes no meio de um nevoeiro (e silêncio) cerrado. Prepare-se para recuar séculos na história que começou na Terra Nova (hoje no Canadá), uma faina que se iniciou no século XV. São muitas as salas para explorar ao longo de dois pisos, entre elas A Saga onde, com a ajuda de um livro gigante, pode conhecer a narrativa da lendária pesca dos portugueses no Atlântico Norte, num espaço partilhado com uma selecção de objectos históricos utilizados na pesca do bacalhau, cedidos pelo Museu Marítimo de Ílhavo, um dos parceiros do projecto, assim como o Newsmuseum. Existe ainda uma experiência imersiva onde pode sentir, por um minuto, a solidão dos pescadores a bordo de uma réplica de um pequeno bote, dóri. E sim, vai sentir muito frio.

Casa dos 24

Casa dos 24

As antecessoras das Assembleias Municipais reuniam importantes representantes dos ofícios das cidades. Segundo o Arquivo Municipal de Lisboa, foi uma ideia do Mestre de Avis (futuro D. João I) para permitir que os artífices da cidade participassem no seu governo. Eram compostas por dois representantes de cada um dos ofícios da cidade, os tais "Vinte e Quatro", mas foram extintas em 1834, após a implementação do regime liberal em Portugal. E é na Rua da Fé, num edifício anexo à Igreja de São José dos Carpinteiros, que ainda mora a antiga Casa dos 24 alfacinha, fundada em 1383 e a primeira em Portugal. Inicialmente, as reuniões aconteciam na Igreja de São Domingos, junto ao Rossio, mas após o terramoto de 1755 foram transferidas para esta que foi a última morada. Até há bem pouco tempo, a fachada degradada e a grande porta sempre fechada não despertavam grande curiosidade, mas agora pode visitar esta casa, graças a obras de reabilitação, no âmbito de um protocolo assinado em 2017 entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Irmandade de Ofícios da Antiga da Casa dos 24. Pode admirar os azulejos azuis em fundo branco ou um tecto com pintura ornamental, ambos do século XVIII e também mobiliário histórico. Como mesa onde se reuniam os 24 ofícios da cidade de Lisboa desde a sua fundação, um objecto que marca o voto e a participação do povo nas tomadas de decisão da cidade, inicialmente através dos ofícios. 

Jardim das Marias

Jardim das Marias

Perto das Portas de Benfica encontra um jardim especial. Nasceu da iniciativa de um grupo de cinco moradoras que além da paixão por espaços verdes partilhavam o mesmo nome (Maria, lá está). Um exemplo de participação dos cidadãos na criação de uma Lisboa mais verde e que chegou a ser protagonista do programa Paraíso, exibido pela RTP2. O jardim comunitário está localizado numa zona residencial, num antigo espaço esquecido que agora está decorado a flores, bancos, sombras e peixinhos.

Ainda o Desconforto Moderno

Ainda o Desconforto Moderno

Miguel Palma é um artista com veia de engenheiro e volta ao Museu Berardo, desta vez com obras que se afirmam contra
a “progressiva alienação dos processos de produção”, uma tendência que marcou a arte na década de 90. O seu trabalho foca-se no campo da instalação, desde a criação de máquinas à transformação de objectos.

Subtitulizar

Subtitulizar

As marcas do colonialismo estão longe de sarar. Que o diga Ireneu Destourelles, artista nascido em Cabo Verde e criado em Lisboa. O seu trabalho tem uma relação forte com o tema das estruturas sociais pós-coloniais e nesta exposição explora a perpetuação de práticas coloniais e o seu impacto nas relações sociais, através de vídeo, pintura ou texto, tendo por base experiências sociais em cidades como Lisboa, Mindelo e Londres.

O "Império Invisível" e a fotografia no Sião

O "Império Invisível" e a fotografia no Sião

A história da fotografia passa pelo Sião (o nome da Tailândia até 1939), graças ao siamês Francis Chit e ao macaense Joaquim António. Durante os reinados de Rama IV (1851-1868) e Rama V (1868-1910) da dinastia Chakri, fotografaram a família real, a vida do palácio e a paisagem urbana do reino asiático durante os 60 anos em que foram os fotógrafos oficiais da corte. As peças desta exposição são um caso único da fotografia mundial.

Salvarte

Salvarte

Oficina de conservação e restauro, fundada em 2006 e especializada em papel. A equipa é constituída por quatro mulheres que se dedicam a fazer renascer livros, plantas, globos, leques de papel, caixas de jogos e serigrafias, entre outras obras.

Tardoz

Tardoz

Isabel Colher é uma das grandes especialistas portuguesas no restauro de azulejos tradicionais portugueses – e trata com a mesma dedicação um exemplar do século XVI e um do século XX. Na sua pequena oficina em Marvila, um espaço que partilha com o colega e amigo Loubet Simões, também técnico de restauro, não tem mãos a medir. É no seu blogue (tardoz.wordpress.com) que vai mostrando o desenrolar e os frutos do seu trabalho de restauro – e também de ceramista, uma espécie de passatempo que vai tendo cada vez mais saída. Tem pequenos contentores em terracota para regar as plantas, medidores da humidade da terra dos vasos, marcadores para ervas aromáticas ou relógios de sol em barro. Da Tardoz já sairam réplicas de azulejos do painel criado por Júlio Pomar e Alice Jorge em 1958 para a Avenida Infante Santo, da Porta do Alhandra no principal acesso ao Palácio da Pena ou das fachadas do hotel O Artista e da pastelaria Pão de Canela.

Palácio do Correio Velho

Palácio do Correio Velho

Fundada em 1989, esta casa leiloeira estreou-se no mercado com o lote “Biblioteca de D. Carlos I e de D. Manuel II”, lote que colocou o Palácio do Correio Velho numa posição de destaque no mundo dos leilões. Hoje tem o selo municipal “Loja com História” e desde 2014 que também tem o serviço de leilões online, onde tanto pode encontrar um quadro do Júlio Pomar como jóias, porcelanas, relógios ou mobiliário antigo. E se tem heranças lá por casa que lhe parecem merecedoras de um olhar mais atento, pode sempre pedir uma avaliação à experiente equipa do Palácio do Correio Velho.

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Batalha entra em Maio com retrospectivas, tesouros, cinema português e uma maratona

Batalha entra em Maio com retrospectivas, tesouros, cinema português e uma maratona

Ken Loach vai-se reformar. Se o nome não lhe diz nada, não faz mal, mas aqui está uma boa oportunidade para se inteirar de alguns dos trabalhos mais marcantes do britânico que ao longo de décadas fez um cru retrato da sociedade do seu país. E quem já deve ter bilhete para viajar até ao Porto é Eduardo Williams, cineasta argentino que este ano estreia a sua longa-metragem El auge del humano 3 e que está a caminho da invicta para liderar um worskshop sobre os seus principais métodos de trabalho. Estas são as grandes novidades do mês de Maio, numa programação que prolonga alguns ciclos, sejam sobre cinema português ou sobre o trabalho de uma das mulheres mais bem-sucedidas do cinema: Jane Campion. E, se se sentir com energia, o desafio The Last Movies estará outra vez em cena, com uma maratona de 18 horas de muitos filmes e um prémio de resistência no final. Conheça os destaques da nova programação do Batalha Centro de Cinema. Ken Loach: Planos de Resistência Aos 87 anos, o cineasta britânico Ken Loach decidiu reformar-se. Uma razão mais do que válida para uma retrospectiva dedicada à sua obra, conhecida pelos duros retratos da pobreza e do lado mais marginal da sociedade do Reino Unido, numa série de produções marcadas pelo realismo social. Entre os vários prémios que recebeu ao longo da sua carreira, destacam-se duas Palmas de Ouro no Festival de Cannes e um Leão de Ouro no Festival de Veneza. O ciclo começa a 18 de Maio, prolongando-se até Novembro, num programa que, em Maio,

Maio marca o regresso da temporada de cinema ao ar livre em Lisboa

Maio marca o regresso da temporada de cinema ao ar livre em Lisboa

A partir de 11 de Maio, ergue-se a tela do cinema ao ar livre do Cine Society, pela primeira vez na Doca da Marinha. Até Outubro, a programação do Cine Society, dedicado a sessões de cinema ao ar livre, divide-se entre este espaço à beira rio e o Carmo Rooftop, junto às Ruínas do Carmo. A temporada abre com Um Peixe Fora de Água (2004), na Doca da Marinha, longa-metragem de Wes Anderson sobre um oceanógrafo chamado Steve Zissou (Bill Murray) que reúne uma equipa para se vingar de um tubarão. A 14 de Maio, as luzes viram-se para o Carmo Rooftop, onde será projectado o filme Uma História de Amor (2013), escrito e realizado por Spike Jonze e vencedor do Óscar para Melhor Argumento. Uma história protagonizada por Joaquin Phoenix, onde um escritor desenvolve uma relação com uma inteligência artificial chamada Samantha. No dia seguinte, no mesmo espaço ao ar livre, Wes Anderson volta a estar na ribalta com o filme Darjeeling Limited (2007), que acompanha três irmãos numa viagem de comboio pela Índia, um ano após a morte do pai. Seguem-se os filmes Um Sonho de Mulher (1990) e Dança Comigo (1987), clássicos do cinema romântico norte-americano que voltam a descongelar corações nos dias 17 e 18 de Maio, na Doca da Marinha. A extensa programação completa pode ser consultada no site do Cine Society que promete alargar o raio de acção desta temporada de cinema ao ar livre a mais espaços da cidade. Doca da Marinha e Carmo Rooftop. Maio a Outubro. Bilhete: 13,90€ Siga o novo canal da Time O

Minissérie da TVI reconstrói o famoso Caso Esmeralda

Minissérie da TVI reconstrói o famoso Caso Esmeralda

Há cerca de 20 anos, as notícias acompanharam de perto a batalha pela custódia de uma criança entre os pais afectivos e o pai biológico. A história serviu de inspiração para a nova série da TVI, uma criação de Patrícia Müller, com José Condessa, Diogo Infante e Dalila Carmo nos papéis principais. A estreia está marcada para 29 de Abril na TVI, em horário nobre. Esmeralda nasceu em 2002, filha de Aidida Porto, uma brasileira imigrada em Portugal. A mãe, alegando a indisponibilidade do pai biológico em assumir a paternidade, entregou-a com apenas três meses a Adelina Lagarto e Luís Gomes. O casal iniciou um processo de adopção na Segurança Social. Mas ainda antes de ficar tudo formalizado, Esmeralda passou a ser Ana Filipa. Não tardou apareceu o pai biológico, Baltazar Nunes, que afinal queria reconhecer a filha, e no ano seguinte iniciou-se um longo processo em tribunal pela guarda da pequena criança, entre os pais afectivos e o pai biológico. Esta é a histórica verídica que deu origem a um enredo ficcionalizado que muda o nome dos reais protagonistas e segue o seu caminho, numa minissérie com seis episódios. A criação e argumento são de Patrícia Müller (Vanda), a realização é assinada por António Borges Correia (Festa é Festa) e a produção da Maria & Mayer (Emília). ©TMONTEIROInês Balsa e José Condessa, em 'A Filha' Na série, conhecemos Heloísa (Luciana Balby) é uma imigrante brasileira que, em Portugal, apaixona-se por um carpinteiro chamado Paulo (José Condessa). Heloísa

30 anos depois, voltamos à entrevista com o vampiro

30 anos depois, voltamos à entrevista com o vampiro

Em 1994, estreou a primeira adaptação aos ecrãs de um livro de Anne Rice (1941-2021), escritora-norte americana de estilo gótico – e também erótico – autora da série de romances The Vampire Chronicles. Falamos de Entrevista com o Vampiro, o primeiro livro da saga, que originou a popular longa-metragem com o mesmo nome, que juntou Brad Pitt e Tom Cruise nos papéis principais, como os vampiros Louis e Lestat. A seu lado, tinham Antonio Banderas, Christian Slater e uma muito jovem Kirsten Dunst. Também na década de 1990, séries e filmes estrangeiros demoravam uns tempos a estrear em Portugal e é mais ou menos isso que acontece com a série Interview with the Vampire, que chega a Portugal através do canal AMC (com o título em inglês) cerca de ano e meio após a estreia nos EUA, já com uma segunda temporada confirmada (prevista para Outubro no mercado norte-americano). Mas quem são as versões vampirescas de Brad Pitt e Tom Cruise, em 2024? Os personagens interpretados pelos dois actores que em 1994 viviam pontos altos das suas carreiras (na verdade, ainda hoje se mantêm no topo) têm novas nuances. Para o papel de Louis – Brad Pitt – foi escolhido Jacob Anderson, de quem muitos se lembram no papel de Grey Worm da série A Guerra dos Tronos; enquanto que Tom Cruise foi “substituído” no papel de Lestat pelo australiano Sam Reid, menos popular por cá, mas que participou, por exemplo, no filme Os Crimes de Limehouse (2016), disponível em Portugal no catálogo da Filmin. E o enredo, apesar

‘50 Cravos Depois’, chega às bibliotecas um guia da Lisboa que ainda se lembra do 25 de Abril

‘50 Cravos Depois’, chega às bibliotecas um guia da Lisboa que ainda se lembra do 25 de Abril

“Ia ao Snob, muito frequentado por jornalistas, onde eu costumava comer uns croquetes. Ia ao Procópio e, mais tarde, também ao Pavilhão Chinês”, conta Paulo de Carvalho, intérprete de uma das canções que marcou o 25 de Abril de 1974, “E Depois do Adeus”. Tema que cantou no Festival de Canção e que, nas rádios, acabou por servir de senha para o desenrolar da revolução. “Alimentou-me o ego durante um tempo. Dava a sensação de que tinha participado, quando não fiz nada por isso”, recorda. Paulo de Carvalho é um dos entrevistados no livro 50 Cravos Depois – Guia pela Lisboa de Abril, uma edição de autor da jornalista Sandra Nobre e da fotojornalista Clara Azevedo, que nos transporta para uma Lisboa de há 50 anos, levando-nos de volta para alguns dos espaços que ainda hoje sobrevivem na cidade. Cada capítulo inclui uma entrevista a uma figura da nossa cultura, nas mais diversas áreas, à qual se segue um périplo por espaços da área em questão. Por exemplo, no caso de Paulo de Carvalho, as páginas que se seguem à entrevista são um verdadeiro guia musical, com espaços que ligam estes 50 anos, como o quiosque da ABEP – Agência de Bilhetes para Espectáculos Públicos, a discoteca/papelaria/livraria Sinfonia, a Academia de Santo Amaro e o Coliseu dos Recreios. Cada uma destas entradas é composta por uma fotografia actual e um pequeno texto que também se socorre de testemunhos, mas directamente ligados a cada um destes espaços. E são outras as áreas culturais esplanadas neste guia, cada u

‘The Walking Dead’, um fim do mundo que é só o início

‘The Walking Dead’, um fim do mundo que é só o início

A Outubro de 2010, Rick Grimes (Andrew Lincoln) acordava num hospital vazio, sem saber o que raio se tinha passado para estar ligado às máquinas sem supervisão. A circunstância deste ajudante de xerife de King County, na Georgia, foi o ponto de partida da adaptação televisiva de The Walking Dead, a BD assinada por Robert Kirkman e terminada apenas em 2019. Ao longo dos anos (e de uma dezena de temporadas), a série manteve grande parte do fio condutor original, mas ganhou vida própria e acabou por crescer, tanto em personagens como em spin-offs que expandiram este mundo pós-apocalíptico. Uma história que não é bem só sobre zombies (palavra que nunca é utilizada no argumento), mas que é essencialmente um drama sobre a natureza humana quando confrontada com situações limite. Com muitos bons momentos de acção, sangue e miolos pelo meio. A showrunner da série, Angela Kang, prometeu para a última temporada mais mortos-vivos, toneladas de acção, locais nunca vistos e vários grupos de sobreviventes aliando forças para reerguer o que os Sussurradores (os vilões da temporada passada, se bem se lembram) destruíram. Tudo numa mega 11.ª temporada, composta por 24 episódios e uma longa recta final que se prolongará até ao final de 2022. A primeira leva de oito episódios, que se estreou a 23 de Agosto na FOX, termina a 11 de Outubro (em Portugal, porque nos EUA é sempre exibida no dia anterior). Nesse mesmo mês estreiam-se novas temporadas de dois spin-offs: a segunda de W

Ainda não vimos tudo de António-Pedro Vasconcelos: vem aí uma série póstuma

Ainda não vimos tudo de António-Pedro Vasconcelos: vem aí uma série póstuma

A 5 de Março, morreu António-Pedro Vasconcelos, mas a sua obra vive. Não apenas a que ficou para trás, mas a que ainda está por vir. É o caso da série documental A Conspiração, uma produção que acompanha todo o percurso conspirativo dos militares que ficaram para a história como os Capitães de Abril. Uma rebelião que teve como gatilho a publicação de um decreto-lei, em Junho de 1973, que alterava as regras de acesso ao quadro permanente de oficiais. A Conspiração acompanha um ano de reuniões clandestinas e todos os meandros de uma organização militar que culminou na Revolução do 25 de Abril de 1974, numa série documental composta por nove episódios. O primeiro estreia a 24 de Abril, às 21.30, na RTP1. A antestreia de A Conspiração aconteceu sexta-feira passada no CCB, marcada pela presença de antigos capitães e também do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que integra a estrutura da Comissão Comemorativa 50 anos do 25 de Abril, tutelada pelo Ministério da Cultura, uma das entidades que apoiou esta produção. E que, por isso, acompanhou o desenrolar deste processo iniciado em 2019. Uma “aventura” que se transformou numa “peça única”, segundo o Presidente da República, pelo “rigor, capacidade narrativa, na observação da realidade, na conjugação dos dados” e, “ao mesmo tempo, no distanciamento e no envolvimento”. “Esta obra, para ele, era, à sua maneira, uma obra de vida como cidadão. Era um contributo que dava para a celebração dos 50 anos do 25 de Abril e por isso

Lucas Dutra: “Sinto falta do apoio português às coisas que são nossas”

Lucas Dutra: “Sinto falta do apoio português às coisas que são nossas”

Presença assídua nas telenovelas nacionais desde os 13 anos, Lucas Dutra integra actualmente o elenco de Cacau (TVI) e este ano chega à Netflix como membro do elenco da terceira temporada da série norte-americana Vikings: Valhalla. Este mês, estreou no cinema o filme Revolução (Sem) Sangue, no qual interpreta Fernando Giesteira, um dos jovens assassinados pela PIDE no 25 de Abril de 1974. É a sua estreia numa longa-metragem. Lucas Dutra está a viver um bom momento na sua carreira como actor, mas o motivo desta conversa foi a sua recente passagem para o outro lado da câmara, como realizador e argumentista, uma aventura que já lhe valeu alguns prémios. Como pela curta-metragem (Nós) Na Cabeça (2023), sobre uma jovem que sofre de esquizofrenia, que lhe valeu o prémio para Melhor Argumento (em conjunto com Madalena Aragão) no âmbito do #TikTokShortFilm, lançado em parceria com o Festival de Cannes. Em Março, a curta-metragem Do Outro Lado (2023), venceu o prémio para Melhor Filme, no Filmapalooza, festival organizado pelo 48 Hour Film Project, que incluiu mais de 500 participantes. Uma distinção que qualifica este último trabalho de Dutra a ser exibido no Short Film Market, do próximo Festival de Cannes. Pelo meio, foi convidado a realizar a série #NaWeb, um conjunto de 12 curtas-metragens com os novos personagens de Morangos com Açúcar, disponíveis na plataforma do clube da série, apenas acessível a assinantes. Aos 24 anos, Lucas Dutra promete que vai continuar a trabalhar nas v

“Grândola, Vila Morena”: canção dá origem a museu interactivo

“Grândola, Vila Morena”: canção dá origem a museu interactivo

A Câmara Municipal de Grândola inaugura este sábado, 20 de Abril, o Museu Grândola, Vila Morena, um novo núcleo museológico do museu municipal, que contará a história do poema e depois canção de José Afonso, que se tornou uma das senhas do 25 de Abril de 1974. Um espaço interactivo e imersivo que assinala as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos. As operações dos capitães de Abril que desencadearam a revolução contaram com duas senhas fundamentais, emitidas pelas rádios ocupadas pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) e que davam o mote para fazer avançar o plano militar que derrubaria o regime. A primeira senha escolhida foi o tema “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho, transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa, que pedia às tropas para estarem a postos. A segunda, transmitida pela Rádio Renascença, foi “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, que dava o mote para o arranque das operações. 50 anos depois, é ainda este o tema principal da banda sonora da revolução. “Grândola, Vila Morena” integrou o álbum Cantigas de Maio, de 1971, e foi gravado no Strawberry Studio, em Hérouville, França, com arranjos e direcção musical de José Mário Branco, então exilado em França, assim como Francisco Fanhais, um dos músicos que acompanham os temas deste registo. Ao contrário de outras composições de José Afonso, “Grândola, Vila Morena” – tema dedicado à Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense – escapou ao lápis azul da censura. No novo museu, os visitante

Netflix está de volta aos Açores: segunda temporada de ‘Rabo de Peixe’ está em rodagem

Netflix está de volta aos Açores: segunda temporada de ‘Rabo de Peixe’ está em rodagem

A série Rabo de Peixe é um caso de sucesso único na produção audiovisual portuguesa. Estreada em Maio do ano passado na Netflix, tornando-se a segunda série nacional com o selo “original Netflix, depois de Glória, alcançou na altura o top 10 global dos conteúdos da Netflix não falados em inglês – e o primeiro lugar nas visualizações em Portugal. A segunda temporada foi confirmada poucas semanas após a estreia, mas agora a rodagem desta segunda maré de episódios já está no terreno. Augusto Fraga, o criador de Rabo de Peixe, volta realizar alguns episódios, mas desta vez não terá a seu lado a realizadora Patrícia Sequeira. Será João Maia (Variações, Matilha) a assumir essa posição. Em frente das câmaras, estão confirmados os regressos dos actores José Condessa, Helena Caldeira, Kelly Bailey e André Leitão – nos papéis principais – e também de Maria João Bastos, Afonso Pimentel e Pepê Rapazote. Além da fotografia tirada durante a rodagem, com Condessa, Leitão e Caldeira sentados num veículo de apoio à produção, a Netflix divulgou ainda o ponto de partida para a nova temporada, que volta a ser desenvolvida pela produtora portuguesa Ukbar: “Três meses após a sua partida, Eduardo regressa para encontrar uma realidade completamente diferente em Rabo de Peixe. A droga que escondeu já não está nas mãos de Uncle Joe, mas é agora controlada por um inimigo inesperado, desencadeando uma série de eventos que irão testar os laços de amizade e lealdade do grupo”. A data de estreia não foi di

Lisboa vai receber festival de cinema fundado por Robert de Niro

Lisboa vai receber festival de cinema fundado por Robert de Niro

O Festival de Cinema de Tribeca, que acontece anualmente em Nova Iorque, vai atravessar o Atlântico e estrear-se na Europa. Onde? Em Lisboa. O anúncio foi feito esta quinta-feira, no Beato, onde o Tribeca Festival Lisboa terá lugar a 18 e 19 de Outubro. Robert de Niro, um dos fundadores do festival, em 2002, e Whoopi Goldberg têm presença confirmada. Mas não devem ser as únicas caras de Hollywood a viajar para Portugal. Esta extensão do festival é promovida pela SIC e pela Câmara Municipal de Lisboa, que se realiza pela primeira vez neste formato. Um formato síntese, se tivermos em conta que o festival em Nova Iorque se prolonga por duas semanas. Em 2006, o Tribeca viajou até Roma, mas em parceria com o RomeFilmFest, tornando inédita esta programação que chega a Lisboa no próximo mês de Outubro. O Tribeca foi fundado por Robert de Niro e pela produtora Jane Rosenthal, que estarão nesta extensão do festival em Lisboa. O evento nasceu em 2002, como uma homenagem às vítimas dos ataques às Torres Gémeas a 11 de Setembro do ano anterior. Um festival que também foi crescendo ao longo dos anos e que se expandiu além-cinema, com uma programação hoje também dedicada à televisão, música, gaming e podcasts. A programação ainda não foi divulgada, mas na manhã desta quinta-feira foram revelados mais alguns dos nomes para o festival, adiantou Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, no espaço de restauração Praça, no Hub Criativo do Beato, onde decorreu a apresentação. É o caso de P

Ewan McGregor tenta sobreviver ao confinamento na Rússia comunista

Ewan McGregor tenta sobreviver ao confinamento na Rússia comunista

Ewan McGregor corre sérios riscos. Mas, ao contrário da sua personagem, um aristocrata que tenta sobreviver a um confinamento durante a Rússia comunista, arrisca-se a estar em destaque na próxima temporada de prémios da televisão. O actor britânico é o protagonista da minissérie Um Gentleman em Moscovo, adaptação do romance do escritor norte-americano Amor Towles que chega ao catálogo da SkyShowtime a 18 de Abril. Em 1917, ainda se avistava o fumo da I Guerra Mundial, a Rússia dos czares chegou ao fim. Em Outubro desse ano, o regime russo passou para as mãos dos bolcheviques, numa revolução onde as forças populares lideradas por Lenine forçaram a abdicação do czar Nicolau II, tomando o poder. É neste contexto que arranca a acção de Um Gentleman em Moscovo, uma ficção histórica centrada no conde Alexander Rostov (também fictício) que, por motivos familiares, arrisca voltar à capital russa neste pós-revolução, depois de um ano de refúgio em Paris. Mas por esta altura já não havia espaço para o privilégio hereditário e a aristocracia czarista tinha sido erradicada: os que resistiram foram mortos e outros tiveram de se adaptar a uma vida mais humilde. ©Ben Blackall/Paramount+ with SHOWTIMEEwan McGregor, em Um Gentleman em Moscovo No caso de Rostov, o conde foi levado a tribunal, arriscando a própria morte, mas um poema que teria escrito uns anos antes, chamado “Onde está o nosso propósito agora?”, foi considerado uma chamada à revolução pelo regime, que resolveu poupá-lo ao des