Começou a rabiscar textos impublicáveis em criança, tentou seguir ciências exactas na adolescência, chegou à idade adulta e assumiu que a vida devia passar pelo jornalismo. Escreveu nas áreas da saúde, viagens, sociedade, economia e cultura, cofundou uma revista generalista sobre Lisboa e foi freelance durante oito anos, período em que colaborou com o Público, Expresso, Exame e Jornal de Negócios. Vive desde 2008 em Lisboa, cidade-casa, é da geração à rasca e integra, desde 2023, a equipa da Time Out, onde vasculha as folhas da Grande Alface e escreve os temas que fazem mexer a cidade, da política aos becos favoritos de Pessoa. 

rute.barbedo@timeout.com

Rute Barbedo

Rute Barbedo

Jornalista

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Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Era certo e sabido que, mal entrássemos em Setembro, a agenda de exposições ganharia novo fôlego. Dito e feito. Com o primeiro fim-de-semana do mês à porta, tem três novidades: o trabalho de 25 fotógrafos palestinianos sobre a vida quotidiana no território ocupado de Gaza, o arranque de mais uma Mostra de Fotografia e Autores e obras inéditas do britânico Paul Insect na Underdogs. Enquanto isso, outras exposições chegam ao fim. O MAAT despede-se do Prémio Novos Artista Fundação EDP, que este ano foi para Alice dos Reis. O MAC/CCB dá por terminadas as exposições "Chantal Akerman. Travelling" e "31 Mulheres. Uma Exposição de Peggy Guggenheim". Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa
As melhores coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana

As melhores coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana

Na semana em que chegamos a Setembro, inauguram-se exposições e ainda há tempo para visitar as que deixámos para trás durante as férias. Um dos acontecimentos da semana (dura apenas cinco dias) é a colectiva Gaza Habibti, em que 25 fotógrafos palestinianos mostram as suas perspectivas sobre o dia-a-dia em território ocupado. Regressamos também às segundas-feiras na ZDB, com uma receita musical para dizer adeus ao Verão, gesto que se replica em Summer Sadness, um ciclo de curtas-metragens sobre amores e desamores. Mas nem tudo é nostalgia: Carnide recebe a sua histórica Feira da Luz, com farturas, brindes, mas também o espectáculo Deixem o Pimba em Paz, com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo. Ainda no plano das novidades, o festival de artistas emergentes Corrente de Ar ocupa os Pavilhões da Mitra, em Marvila, e arranca o festival de artes performativas Muscarium, em Sintra, com ensaios abertos, e são os últimos dias para mergulhar no universo da cineasta Chantal Akerman, no CCB.  Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa em Setembro
Oito aldeias que resistem dentro da cidade

Oito aldeias que resistem dentro da cidade

Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 673 — Primavera 2025 Em Carnide, Benfica, na Ameixoeira ou no Lumiar, nos Olivais, na Ajuda e nas Laranjeiras, dando ainda um salto a Odivelas, encontrámos oito aldeias dentro da cidade. São pequenas bolsas de resistência a um modo de vida acelerado e ruidoso, das grandes superfícies e dos semáforos. Povoaram-nas, há décadas, homens e mulheres do êxodo rural, vindos do Alentejo, de Trás-os-Montes, do Minho, trabalhando em quintas e fábricas. Foram eles que, mais tarde, aqui montaram mercearias, padarias, restaurantes e oficinas onde os urbanos, essa espécie em expansão, vão agora experimentar o vagar, depois de uma curta viagem de metro. As grávidas daqui, que fique escrito, não terão de dar à luz em ambulâncias. O porco também não se mata nestas coordenadas. Mas há missas, funerais e bailaricos. E a vida é boa para quem está de visita. Ora vejam. Recomendado: As melhores tascas de Lisboa
As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa

As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa

Pode começar pelo momento grandioso que colocou mais de 60 fotografias fabricadas por Jeff Wall no MAAT, pela primeira vez em Portugal, na exposição "Time Stands Still". Mas não fique por aí. Há tempo para ver Nan Goldin no CCB ou conhecer "To Add One Meter to an Anonymous Mountain", no Ochre Space, que parte de uma performance histórica protagonizada por dez artistas chineses na década de 90. Entre a natureza e a tragédia, temos "Água Pantanal Fogo" e, nas nossas cabeças, o paranormal de Susan Hiller (com fotografia e não só), na Culturgest. A não perder são, ainda, a grande mostra sobre a Revolução (com curadoria de Sérgio Tréfaut), que junta em Almada a obra de fotógrafos de vários países que testemunharam o 25 de Abril, ou as mulheres entre esse mesmo Abril e o 1.º de Maio de 1974, na Casa de Vidro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.  Recomendado: 🖼️ Os melhores museus em Lisboa
Os melhores parques de campismo para dormir sob as estrelas

Os melhores parques de campismo para dormir sob as estrelas

Acampar pode ter diferentes motivações. Desde o ser humano farto da vida urbana que quer escapar aos ruídos mais maquinais e tecnológicos, até à pessoa cansada da posição "cadeira-de-escritório" que quer esticar tendões e músculos 20 horas ao dia. A verdade é que passar férias num parque de campismo já não é só o que era. Dos aburguesados glampings aos parques com o condão da vida natural, as opções são várias, de Trás-os-Montes ao Algarve, passando pelos Açores. Nestes parques, há ecoturismo, fornos a lenha, mas também ginásios e tubos para dormir junto à vidraça, sem nunca esquecer as estrelas. O difícil pode ser escolher. Desligue-se do mundo em alguns dos melhores parques de campismo em Portugal. Recomendado: Os melhores sítios para ver as estrelas em Lisboa
Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa

Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa

Conhecimento é dinheiro, máxima que se aplica à cultura, que por sua vez faz gerar mais conhecimento e, portanto... é fazer as contas. Fazendo-as, damos a conhecer (lá está!) dez sugestões para alimentar o vício da arte sem gastar dinheiro. Ao todo, são nove museus com dias, horas e circunstâncias específicas de entrada livre, aos quais se acrescentam oito, de gestão nacional, que pode visitar gratuitamente em qualquer data, ao abrigo do programa que oferece 52 dias anuais de entradas sem pagar. Seja ao domingo ou na última quinta-feira do mês, na lista figuram algumas das melhores colecções do país, que podem ir da azulejaria à videoarte. Só tem de estar atento, apontar na agenda e encontrar o tempo certo. Recomendado: Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana
O melhor da Penha de França

O melhor da Penha de França

É uma das grandes áreas residenciais da cidade e uma das mais procuradas pelas camadas jovens. Um dos motivos está no preço médio por metro quadrado da freguesia, claro, facto que também terá atraído ao território pequenos negócios, ateliers de artistas e projectos experimentais nos últimos anos. A história, porém, não saiu daqui, pelo que esta é uma espécie de visita guiada que inclui um cemitério e um antigo convento, que passa pelo miradouro, almoça numa neotasca e janta num italiano, passando ainda pelo clube recreativo e por pequenas salas de concertos. Saiba o que fazer na Penha de França. Recomendado: O melhor de Campo de Ourique
Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Que as paredes contam histórias suspeita-se ainda antes de existir o fado. Mas também há que ouvi-las das bocas dos ourives, pasteleiros, funcionários de cafés, lojas de ferragens, tecidos, cerâmica e outros quejandos. Na volta aos espaços centenários que marcam a identidade lisboeta, passa-se ainda por marinheiros, reis, bandidos, poetas e revolucionários. E dos relatos chegam receitas milenares, artes rigorosas e até cheiros vindos do outro lado do planeta. Corremos a cidade e atravessámos séculos, para fazer um roteiro de 48 grandes lojas que continuam a servir bem e à antiga, porque o que é clássico é bom. A viagem começa em 1741 com a Fábrica Sant’Anna e termina no espaço histórico do Armazém das Malhas, aberto desde 1962. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

Sobre o local onde se produziram e armazenaram bens alimentares para as Forças Armadas e de segurança, a Manutenção Militar Norte, no Beato, está em discussão a criação de um grande pólo cultural, artístico e comunitário. A ideia seria ali formar várias casas: a da fotografia, da ilustração, do som, do teatro e da dança, da música, das artes plásticas, do vinho, entre outras. E há uma petição a circular para que aqueles 15 edifícios não sejam entregues ao abandono ou à especulação. No novo Bairro do Grilo, pede-se, caberiam respostas à crise da habitação, mas também à falta de equipamentos "sociais, culturais e estudantis da cidade e do país". Impossível? Nem por isso, se olharmos para o que tem acontecido, nas últimas décadas, em cidades como Berlim, Madrid, Paris ou Viena, onde estruturas fabris em desuso tornaram-se pesos pesados da cultura, e da vida.
Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Isto não é sobre desportos, mas sobre atitude. Por isso, avisamos desde já que, se não tem queda para quedas, ou para o imprevisto, é melhor parar já de ler. Entre atirar machados a uma parede a ir para o quarto escuro de uma discoteca, saltar de asa-delta ou num túnel de vento, a adrenalina pode variar, mas existe sempre. Não tem medo e gosta de se pôr à prova? Veio ao sítio certo. Destemidos da cidade: eis as coisas mais radicais para fazer em Lisboa e arredores – e riscar da lista. Recomendado: Sítios onde um adulto pode ser criança em Lisboa
Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Precisa de redobrar a atenção, silêncio, conforto, luz e de ver pessoas bem comportadas à sua volta? Há disso em Lisboa. Ou prefere trocar o ambiente de biblioteca pelo burburinho de fundo, o som da máquina do café e o vaivém de outras gentes? Também há disso em Lisboa. Pusemo-nos no lugar de um estudante e partimos à descoberta dos melhores sítios para queimar pestanas na cidade. Do café simpático com bolos à biblioteca de um palácio, eis 20 sítios para estudar em Lisboa. Prepare-se para ser o melhor do curso. Recomendado: Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa
Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Qual é o desejo para este Natal? Para uma criança na Ucrânia ou num hospital português, talvez seja apenas ter acesso a cuidados que a façam um pouco mais feliz. Para um animal que não tem casa, talvez seja encontrar um padrinho. Se o Natal é tempo de dar e receber, a fórmula não se circunscreve à família e amigos mais chegados. Nesta lista de campanhas solidárias, que vão desde a doação de brinquedos até ao apoio a associações locais ou organizações internacionais, há várias acções que podem fazer a diferença no Natal de quem dá e de quem recebe. Recomendado: O melhor do Natal em Lisboa  

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Exposição Gaza Habibti

Exposição Gaza Habibti

Esta exposição itinerante chega a Lisboa, trazendo o trabalho de 25 fotógrafos palestinianos sobre a vida quotidiana no território ocupado de Gaza. Serão cinco dias de exposição acompanhados de uma programação cultural paralela, com poesia, cinema ou música. O dia de encerramento, sábado, 6 de Setembro, contará com uma mesa-redonda sobre arte e activismo e com actividades para crianças.
Summertime Sadness

Summertime Sadness

Este ciclo de curtas-metragens antecipa a 6.ª edição do Festival Triste para Sempre, debruçando-se sobre os desamores e as desventuras do Verão. Em oito filmes nacionais e internacionais, seleccionados do repertório das cinco edições anteriores do festival, vamos das férias em família às paixões efémeras e aos amores não correspondidos, propondo um olhar sensível e intimista sobre experiências comuns da estação.
Atelier Mood’Art

Atelier Mood’Art

O lugar é um atelier luminoso, numa esquina da praça principal do centro histórico de Carnide, onde se restauram móveis desde 2019, como negócio e em modo workshop. “Acho que cada vez mais pessoas estão despertas para preservar peças com história e para a questão do desperdício. Comecei com seis alunos, agora são 34”, conta a fundadora, Cátia Rodrigues. À volta, há relógios de pé, cadeiras, baús e cavalinhos de baloiço, naquilo que já foi uma serralharia e uma loja de decoração. 
A Alfaiataria

A Alfaiataria

Nesta antiga alfaiataria, Cátia Rodrigues (que orienta oficinas de restauro uns metros ao lado, na Mood'Art) criou esta loja de objectos em segunda, terceira e outras mãos, mas com vida nova. Nas vitrines e no interior há bens para venda mas também de estimação, como a máquina de costura que foi usada pelo Sr. Fernando na altura em que fazia fatos para os mais distintos senhores do bairro. No mesmo espaço há um banco egípcio para andar de camelo ou uma bancada de ourives restaurada, com quase 300 anos.
Tasca do Fonseca

Tasca do Fonseca

É uma tasca clássica, com balcão de inox, mesas simples e esplanada, sopa para cada dia da semana e a especialidade da casa: a bifana, suculenta e tenra, com toque de Moimenta da Beira. Fonseca e Isabel vêm todos os dias (salvo a folga de domingo), bem pela fresca, abrir as portas à casa onde convivem os moradores da "aldeia" lisboeta de Palma de Baixo, médicos e enfermeiros, e estudantes da Universidade Católica, que fica mesmo ao lado. À hora do almoço, a esplanada costuma estar lotada.
Taberna da Rosa

Taberna da Rosa

Em 1978, dona Rosa, vinda “do Norte”, montou esta taberna na Ajuda e deu-lhe o seu nome. “Isto não é um restaurante, é uma taberna”, vinca ela e com razão. Portanto, comer é o que há a cada dia, e há todos os dias, o que facilita a vida aos indecisos. “Fazemos petiscos. Pica-pau, peixe frito, chocos à algarvia, pastéis de bacalhau… Depois temos o prato do dia, ao almoço. Hoje é mão-de-vaca com grão”, estrela da casa. Espere-se daqui comida caseira, vinho a copo e muitos habituées.
O Sossego

O Sossego

“Somos um restaurante normal. Mas a malta tem necessidade disto. Querem um sítio onde possam vir todos os dias. E querem sardinhas no pão, tremoços e jolas”, garante João Zacarias, proprietário e anfitrião d’O Sossego. Neste restaurante recentemente remodelado, que ganhou uma esplanada recatada de onde se vê rio, não se quis mexer nem no conceito nem na cozinha. Os pratos são os tradicionais, da alheira ao bitoque, passando pelo peixe grelhado, a patanisca, o arroz de feijão. Mas a alheira, atenção, não é uma qualquer. Vem do Barroso, região onde nasceu a sogra de João, mãe de Ana Zacarias, a mulher, e fundadora do restaurante – na altura, taberna – juntamente com o marido, há mais de 30 anos. Além de refeições e petiscos, o espaço vende também produtos regionais, de queijos a enchidos da Beira Baixa, ao azeite, vinho verde e mel.
Solar da Gula

Solar da Gula

No antigo Palmeira, um clássico deste pedaço antigo dos Olivais, três sócios abriram o Solar da Gula, em 2023. Neste restaurante de cozinha tradicional portuguesa, serve-se polvo à lagareiro (17€), bochechas de porco com migas de farinheira (14,50€) ou, ao fim-de-semana, o bacalhau assado no forno (47,50€ para duas ou três pessoas), e o cabrito com arroz de miúdos ao domingo (50€, também até três pessoas). Podia chegar, mas as entradas chamam, vindas em tachinhos de ferro preto até à mesa. É o caso dos camarões com alho e malagueta e da linguiça com cogumelos e queijo da Ilha. As sobremesas variam e são mostradas de bandeja, com destaque para a sericaia e o pudim.
O Cantinho da Ameixoeira

O Cantinho da Ameixoeira

O menu é eclético e o cantinho familiar. Nele podemos encontrar Brasil, Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, portanto, feijoada, moamba, cachupa, peixe andala com banana-pão, mas também arroz de cabidela. À volta há paisagens de Príncipe, de onde vêm os fundadores do restaurante, Felizardo e Dulce. No Verão, há espaço (literalmente também, já que o restaurante fica voltado para um simpático largo) para música improvisada e festa. “Às vezes programamos, outras é alguém que chega e quer tocar.” É seguir as redes sociais. 
Mosteiro de D. Dinis e São Bernardo

Mosteiro de D. Dinis e São Bernardo

Fundado por El-Rei D. Dinis, onde hoje permanece em repouso absoluto, e construído entre 1295 e 1305, o mosteiro foi também base de produção da marmelada branca de Odivelas e, mais tarde, escola feminina. Várias hipóteses são apontadas para a sua edificação. Uma delas vai à lenda sobre o ataque de um urso ao monarca, quando este caçava perto de Beja. Por ter sobrevivido, Dinis, o rei, terá prometido construir uma capela no Convento de São Francisco, em Beja e, depois, a edificação de um mosteiro cisterciense. Este mesmo, em Odivelas, foi então doado às monjas bernardas da Ordem de Cister. Há seis anos, o monumento nacional passou para a gestão do município e começaram a organizar-se visitas guiadas ao primeiro e terceiro sábado de cada mês. Mas é preciso marcar com muita antecedência.  
Ajax de Odivelas

Ajax de Odivelas

É uma espécie de clube de aldeia escondido entre ramadas e banquinhos de pedra e azulejo. Estamos na urbe? Sim, ou mais ou menos. No Ajax de Odivelas AKA Clube Recreativo do Espírito Santo de Odivelas, servem-se moelas e bifanas, minis e amendoins. Há dias de festa para celebrar a sopa da pedra, concertos da banda do vice-presidente, noites de fado e bailaricos. No Santo António, avisa a direcção, esta rua estreita nas traseiras do mosteiro transforma-se no "Bairro Alto de Odivelas". 
Galé dos Manos

Galé dos Manos

Tasco tradicional, quando não queremos almoçar nada complicado, mas sair bem da mesa. Na Galé dos Manos, os pratos variam entre a cabidela (16,90€ a dose, que dá para dois) e o arroz de pato no forno (16,60€). Todos os dias, há uma carne fixa a espreitar do menu: a mirandesa. A casa fica mesmo em frente ao largo do coreto do Calhariz Velho, em Benfica (perto da estação de comboios), e não tem esplanada.

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“Neste momento, a operação de eléctricos é segura”, garante presidente da Carris

“Neste momento, a operação de eléctricos é segura”, garante presidente da Carris

Já se terminaram as perícias no local e começou a preparação para serem levantados os destroços materiais resultantes do acidente mortal desta quarta-feira, dia 3 de Setembro, com o Elevador da Glória. Ao mesmo tempo, procuram-se as respostas sobre as causas da tragédia, tendo-se avançado com investigações internas e externas, e levantado hipóteses de falhas ao nível da manutenção, nas mãos de uma empresa externa "pelo menos desde 2007", de acordo com o presidente da Carris. Respondendo às perguntas dos jornalistas e talvez tentando tranquilizar os utilizadores da rede de transportes de Lisboa, Pedro Bogas garantiu que, "neste momento, a operação de eléctricos é uma operação segura". Ao contrário do que chegou a ser noticiado, também esclareceu que, apesar de o contrato com a actual empresa responsável pela manutenção dos ascensores terminado a 31 de Agosto, os veículos não deixaram de a obter, já que foi feito um ajuste directo com a mesma organização. "Desde 2019 que a empresa de denominação comercial MAIN está a assegurar a manutenção dos ascensores e do elevador", sendo que, este ano, “o concurso ficou deserto”, declarou o responsável, detalhando: “Precisamente porque não podíamos ficar sem a manutenção dos ascensores e do elevador, de imediato celebramos um ajuste directo com a empresa que está a assegurar essa manutenção, pelo prazo de cinco meses".  Apesar de expectável, dado o estado de destruição do veículo, Pedro Bogas adiantou que o histórico ascensor que descarril
13 factos e curiosidades sobre o Elevador da Glória

13 factos e curiosidades sobre o Elevador da Glória

Mais que centenário, o Elevador da Glória, composto por dois ascensores, levou milhares de pessoas a poupar as pernas da subida íngreme entre os Restauradores e o Bairro Alto. Terá também conduzido lisboetas e visitantes a comer gelados n'A Veneziana, a ver cinema no Éden ou aos copos no Frágil. Eis um um pouco da sua história. Começou a circular a 24 de Outubro de 1885. Programado pelo engenheiro de origem francesa Raoul Mesnier du Ponsard, funcionou numa primeira fase com base num sistema de contrapeso de água (como ainda hoje funciona o Elevador do Bom Jesus, em Braga, por exemplo). Mais tarde, passou à locomoção a vapor e, em 1914, tornou-se eléctrico, tendo operado ininterruptamente desde então. Até ao final do século XIX, durante as viagens nocturnas, o interior era iluminado por velas. Os ascensores chegaram a ter dois pisos, com bancos longitudinais. No andar de cima, uma espécie de zona VIP, os passageiros podiam apreciar as vistas. Entre os anos de 1913 e 1926 foi organizada uma prova de ciclismo na Calçada da Glória, que os ascensores percorrem. A Subida à Glória era uma competição em contra-relógio durante a subida de 275 metros e um desnível de 17%. A prova foi recuperada em 2013 e existiu até ao dia 22 de Setembro de 2018. Ficou conhecida como "A Corrida de Bicicleta mais Pequena do Mundo". Em 1987, os Rádio Macau lançam o álbum (e a canção) O Elevador da Glória. O nome do disco é uma ode à cidade, celebrando os ascensores mais movimentados de Lisboa. "Desde o
Mais de 80 anos depois, Tabacaria Rossio fecha portas

Mais de 80 anos depois, Tabacaria Rossio fecha portas

A Tabacaria Rossio fechou no dia 29 de Agosto e toda a sua estrutura está agora a ser desmontada. Os motivos são vários, mas a gerência prefere não os divulgar, pelo menos para já, de acordo com o declarado à Time Out. Fundada em 1940 na esquina da Rua do Ouro com a Praça D. Pedro IV (Rossio), destacava-se pela sua estética exterior, sublinhando-se o letreiro luminoso, e pelo atendimento personalizado. No interior, venderam-se utilitários do dia-a-dia, como isqueiros, canetas, relógios, rolos de película e postais ilustrados. Trazia ainda consigo a herança da antiga Tabacaria Costa, um clássico lisboeta que funcionou no mesmo espaço até ao final dos anos de 1930. Por iniciativa de um grupo de sócios galegos, a Rossio tornou-se então mais moderna, marcando a paisagem da cidade.  DR via Fórum Cidadania LxTabacaria Rossio Na porta do estabelecimento, no final do mês de Agosto, os gerentes afixaram um papel deixando um recado a clientes e admiradores, onde pode ler-se: "Chegou o momento de fechar as portas da Tabacaria Rossio, um espaço que foi muito mais do que um negócio: foi um ponto de encontro, de partilha e de histórias ao longo de gerações". "Partimos com o coração cheio de gratidão por todos os que, ao longo dos anos, fizeram parte desta caminhada", rematam. Notícia actualizada às 16.42 de 4 de Setembro, retirando as declarações da gerência, a pedido da mesma.   Mais notícias: fique a par das principais novidades com a Time Out 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta
Com Gageiro e memórias de um hospital psiquiátrico, acontece a Mostra de Fotografia e Autores

Com Gageiro e memórias de um hospital psiquiátrico, acontece a Mostra de Fotografia e Autores

É uma mostra de larga escala, disposta por seis espaços da cidade e da qual fazem parte a grande definição, o ruído do pixel, os "passos em volta" de Eduardo Gageiro, a extracção de ouro em Moçambique, a vida no antigo hospital psiquiátrico Miguel Bombarda, o cante alentejano, o preto e branco e as cores, a fotografia à la minute ou os ciclos da natureza. A terceira edição do MFA - Mostra de Fotografia e Autores começa de modo suave, a 6 de Setembro, no Mercado da Ribeira, onde serão instaladas telas de grande formato apresentando "um cheirinho do que aí vem", ou seja, fotografias das 12 exposições que farão a mostra. Depois de ter passado por Faro, em Agosto, o evento revisita em Lisboa lugares do costume, mas também se amplia para dois antigos pontos marginais e históricos: os Pavilhões da Mitra, onde funcionou o albergue dos indesejados da cidade, em Marvila, e o Panóptico, o espaço de alta segurança do primeiro hospital psiquiátrico do país. E estas são duas das grandes novidades. Também a 6 de Setembro inaugura "República", que deixa até 11 de Outubro na Galeria Imago o trabalho dual de António Pedrosa: de um lado, os retratos a preto e branco e de grande definição, do outro, "fotografias de chão e flores, a cores e muito pixelizadas, de uma câmara digital de primeira geração". A exposição é fruto de uma colaboração com a Galeria da Estação, de Braga, e tem a curadoria de Noora Mänty. Na porta ao lado, o espaço CC11@Imago (CC11 é a associação que promove o evento) recebe
Elevadores da Bica e do Lavra e Funicular da Graça com circulação suspensa

Elevadores da Bica e do Lavra e Funicular da Graça com circulação suspensa

A actividade dos elevadores da Bica e do Lavra, bem como no Funicular da Graça, está suspensa desde a noite desta quarta-feira, 3 de Setembro, em que o acidente do ascensor da Glória provocou a morte de pelo menos 16 pessoas e ferimentos em 21, de acordo com o balanço mais recente.  A decisão foi tomada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, enquanto estão a ser investigadas as causas do acidente. Nos próximos dias, os restantes equipamentos da cidade, operados pela Carris e pela Emel (no caso do Funicular da Graça), serão sujeitos a vistorias técnicas. Não se sabe, ainda, quando retomarão o funcionamento normal.  Apesar de a Carris alegar que a manutenção do Elevador da Glória obedeceu, nos últimos anos, aos critérios exigidos em termos de regularidade, como informou em comunicado, pairam dúvidas sobre a qualidade da manutenção, executada por uma empresa externa e levantadas por fontes sindicais ligadas à Carris. Entre as vítimas mortais do acidente está André Marques, guarda-freio do ascensor, em serviço no momento do descarrilamento e identificado na manhã desta quinta-feira. Entre os feridos existem portugueses, alemães, espanhóis, um sul-coreano, um cabo-verdiano, um canadiano, um italiano, um francês, um suíço e um marroquino. Uma das vítimas é uma criança.  Notícia actualizada às 15.00 de 4 de Setembro com a correcção do número de mortes de 17 para 16.  Mais notícias: fique a par das principais novidades com a Time Out 🏃 O último é um ovo podre: cruze a
Queria ir às Galerias Romanas? Já não quer

Queria ir às Galerias Romanas? Já não quer

As Galerias Romanas da Rua da Prata reabrem nos dias 18, 19, 20 e 21 de Setembro e o anúncio de venda de bilhetes online, pela Lisboa Cultura, chegou às 12.17 desta quinta-feira às redacções. Nesse mesmo minuto, duas das datas já estavam indisponíveis e, às 12.42, todos os horários de visita apresentavam o sinal "esgotado". Não é a primeira vez que o fenómeno ocorre, desde que a Lisboa Cultura decidiu mudar o sistema de visitas. A procura “excede sempre em muito a oferta possível de bilhetes”, explicava no ano passado a Lisboa Cultura à Time Out. Até 2019, descia-se às catacumbas da Baixa por ordem de chegada ao local; a partir de 2021, foi introduzida a necessidade de bilhete, o que mudou as regras. Ainda assim, a Lisboa Cultura garante que há mais pessoas a visitar as galerias hoje, já que a entidade decidiu alargar o período de visitas em meio dia. A 3 de Abril de 2024, as entradas nas Galerias Romanas esgotaram em menos de quatro horas. Neste 4 de Setembro, não foi preciso esperar 30 minutos para o efeito.  Mais notícias: fique a par das principais novidades com a Time Out 🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp
No Príncipe Real, livros pelos ares apanham "desprevenidos" leitores e peões

No Príncipe Real, livros pelos ares apanham "desprevenidos" leitores e peões

Nota: o evento foi cancelado na sequência do acidente do Elevador da Glória, a 3 de Setembro. A nova data será divulgada oportunamente. "De acordo com a meteorologia, prevê-se para o próximo sábado forte precipitação de livros sobre a Rua Cecílio de Sousa, no Príncipe Real", avisa nas redes sociais Elisa Scarpa, uma das organizadoras da iniciativa Aqui Vai Livre, "fenómeno anual que visa dar a ler aos transeuntes incautos". A ideia é inusitada mas simples. Do alto do Jardim do Príncipe Real, livros doados de livre vontade pelos autores são atirados ao "andar de baixo". Quem apanhar um exemplar, está autorizado a levá-lo para casa e, claro, a lê-lo.  A este lançamento literal de livros, que começa às 17.00 de sábado, 6 de Setembro, seguem-se leituras de textos, da prosa à poesia. Depois, é o que as pessoas quiserem, sendo que há aqui uma oportunidade aberta e informal para que "os autores, os livros e os leitores possam estar juntos", como explicava à Time Out Elisa Scarpa, em 2023. "Muitos autores vivem isolados, cada um na sua casinha. E aqui vamos juntá-los com os leitores mas também misturar escritas desiguais, autores de idades diferentes, de estilos completamente distintos. A escrita pode ser muitas coisas e este é um momento para sermos livres.” A esta "ideia louca transformada em realidade" acorreram, na edição zero, perto de 100 pessoas. Entre os autores participantes, estiveram nomes como Alberto Pimenta, Maria Giulia Pinheiro, Pedro Teixeira Neves, Rita Taborda Duar
Elevador da Glória descarrila e provoca acidente mortal nos Restauradores

Elevador da Glória descarrila e provoca acidente mortal nos Restauradores

Um dos dois ascensores que operam no Elevador da Glória descarrilou esta quarta-feira, pouco depois das 18.00, deslizando pela encosta e embatendo contra um dos edifícios da Calçada da Glória. A máquina ficou completamente destruída. Os números mais recentes apontam para 18 feridos, cinco dos quais em estado grave, e 15 vítimas mortais. "Posso confirmar que há vítimas mortais. Lisboa está de luto", declarou aos jornalistas, sem avançar com números, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que se dirigiu ao local cerca de duas horas depois do acidente. "O primeiro alerta foi um estrondo, que foi quando um dos elevadores estava a chegar cá em baixo e descaiu cerca de um metro e meio, até a grade embater no passeio. Quando íamos ajudar, vejo o outro elevador a vir lá de cima desenfreado, sem travão. Pensámos que ia bater no primeiro, mas como há ali uma curva, ele descarrilou e tombou contra o prédio. Vi um homem no passeio naquele momento... Não sei o que lhe aconteceu. Havia muito fumo e foi tudo muito rápido", contou à Time Out Teresa d'Avó, testemunha ocular do acidente. "Estas pessoas vão ficar com um trauma", relatou outra testemunha, não identificada, que diz ter avistado duas pessoas vitimadas pela queda do elevador. Perto do local concentraram-se várias dezenas de pessoas tentando decifrar o que se passou, tanto na Praça dos Restauradores como no Miradouro de São Pedro de Alcântara. Mais de 60 operacionais e de 20 veículos da Protecção Civil, bombeiros,
Centro Cultural e Biblioteca de Barcarena nascem em antiga cooperativa

Centro Cultural e Biblioteca de Barcarena nascem em antiga cooperativa

"Esta sala era um forno, o forno de uma padaria", começa por explicar Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras (CMO), numa visita, em Julho do ano passado, ao antigo edifício da Cooperativa de Responsabilidade Limitada – Sociedade de Crédito e Consumo do Pessoal da Fábrica da Pólvora de Barcarena (conhecida como cooperativa A Familiar). No imóvel adquirido pela autarquia em 1989, junto à Igreja de São Pedro, vai nascer o Centro Cultural e Biblioteca de Barcarena, fruto de um investimento de 2,86 milhões de euros, comunica a CMO. Foi aqui que se abasteceram durante décadas, com géneros alimentares, os perto de 1000 trabalhadores da Fábrica de Pólvora. Depois do fecho da unidade, porém, deu-se o abandono. "Este edifício estava a cair, estava em ruínas", nota Isaltino Morais, mostrando num vídeo publicado nas redes sociais como, durante as obras de recuperação, foram mantidas algumas características originais do edifício, como a abóbada da padaria. O presidente destaca ainda "o aproveitamento de diferentes níveis de terraços", voltados para o Vale da Ribeira.  DR/CMOCentro Cultural e Biblioteca de Barcarena (maquete) O equipamento, a inaugurar esta sexta-feira, dia 5 de Setembro, vai funcionar como um "equipamento cultural de bairro que inclui uma zona de acolhimento, biblioteca, espaço infantil, cafetaria e sala multifunções com cobertura em terraço ajardinado", bem como um auditório. Está também garantido o funcionamento de um laboratório para projectos STEM
Ivandro, Carolina Deslandes e projecto de Valete abrem as Portas de Benfica a novo festival

Ivandro, Carolina Deslandes e projecto de Valete abrem as Portas de Benfica a novo festival

É a mais sonante das acções acordadas entre as juntas de freguesia de Benfica (Lisboa) e a da Falagueira-Venda Nova (Amadora) para quebrar eventuais barreiras psicológicas entre dois concelhos vizinhos: Lisboa e Amadora. O festival Entre Portas vai retirar trânsito a uma rotunda movimentada e, embora os automóveis continuem a passar por baixo, pelo túnel, para seguir para a Brandoa, Algés ou Odivelas, nada parará os músicos nos dois palcos projectados para o festival, que vai acontecer esta sexta, sábado e domingo, de 5 a 7 de Setembro. A entrada é livre. Os concertos começam às 19.15, com a apresentação do resultado do Álbum em Construção (que acontece à mesma hora, nos três dias do evento), projecto da escola informal Horizontal 360, dinamizada pelo rapper Valete, em que 60 músicos se juntaram para compor, interpretar e gravar (passando para o palco e para vinil) 20 a 25 criações, com jazz, spoken word e hip hop à mistura. O alinhamento do primeiro dia completa-se com Noninho Navarro (20.15) e Ivandro (22.00). Já o sábado arranca com nova apresentação da Horizontal 360, para às 20.15 subir ao palco Quem é o Bob, grupo de homenagem a Bob Marley. Às 22.00, a rotunda é da banda de Coimbra, Os Quatro e Meia. O festival encerra no domingo, com Maninho (20.15) e Carolina Deslandes (22.00). DRPortas de Benfica Além dos nomes em cartaz, conta-se também que aconteçam actuações espontâneas, de grupos de cante alentejano, cantares do Minho ou batucadeiras. "É uma oportunidade para m
Há um chafariz abandonado no Alto do Varejão. Munícipes pedem o seu restauro

Há um chafariz abandonado no Alto do Varejão. Munícipes pedem o seu restauro

Um grupo de moradores da Penha de França, parte integrante da associação Vizinhos de Lisboa, apresentou uma subscrição pública à Câmara Municipal de Lisboa (CML) e à Junta de Freguesia da Penha de França pedindo a recuperação do Chafariz do Alto do Varejão, na Avenida Afonso III. O equipamento, construído no século XIX, está há vários anos desactivado, "encostado a um edifício em ruína e em estado de abandono, apesar de manter a sua estrutura original em pedra e a bica central", sublinha o grupo, que considera o seu restauro da maior relevância tendo em conta o contexto de alterações climáticas e das "medidas de adaptação que Lisboa deve adoptar, nomeadamente a criação de pontos de água pública para consumo e para arrefecimento do espaço urbano". Assim, os munícipes pedem que se realize, em primeiro lugar, "um levantamento técnico e histórico do chafariz", para que se possa prosseguir com a sua recuperação e valorização patrimonial. Conforme a viabilidade, pedem ainda a sua reactivação com água potável ou não potável, "integrada numa rede de pontos de abastecimento e mitigação térmica para pessoas, animais e espaços verdes". No plano do património, sugerem que se integre o equipamento em roteiros culturais e de memória da freguesia. Recorde-se que está em curso um processo de restauro e reactivação de 20 chafarizes da cidade, integrados no sistema do Aqueduto das Águas Livres, sendo que há um ano, 11 já haviam sido recuperados pela EPAL, empresa que gere a rede hídrica de Lis
Câmara de Lisboa impõe limites a painéis digitais em edifícios

Câmara de Lisboa impõe limites a painéis digitais em edifícios

Novos níveis máximos de luminosidade (e sensores que ajustam a intensidade da luz) e de brilho, tolerância zero a imagens em movimento contínuo e a obrigação da redução da velocidade das imagens para slow motion entre as 20.00 e as 07.00. Estas são as alterações à regulamentação que gere a instalação de painéis digitais em edifícios, em vigor desde esta segunda-feira, 1 de Setembro. A mudança envolve, ainda, "restrições específicas à instalação de equipamentos em zonas sensíveis, salvaguardando o direito ao descanso dos cidadãos", e obriga a desligar "todos os equipamentos com dimensão a partir de 12 m2" entre a 01.00 e as 06.00. "O objectivo", enquadra a Câmara Municipal de Lisboa, é "proteger a qualidade de vida nos bairros residenciais e áreas históricas, minimizando os impactos destes equipamentos no património arquitectónico e no ambiente urbano". De acordo com o novo despacho, porém, apenas estão em causa painéis em edifícios e em espaço privado, não existindo referência a estruturas de publicidade digital (como os mupis) colocados no espaço público, como zonas de passeio, que, pela sua localização mas também luminosidade e outras questões visuais, têm sido objecto de queixa de associações cívicas e partidos nos últimos meses.  No boletim municipal, o executivo concede que "a instalação de painéis digitais constitui uma nova forma de divulgação de publicidade de grande impacto no equilíbrio da paisagem urbana, constituindo dever da autarquia acautelar os efeitos negati