Começou a rabiscar textos impublicáveis em criança, tentou seguir ciências exactas na adolescência, chegou à idade adulta e assumiu que a vida devia passar pelo jornalismo. Escreveu nas áreas da saúde, viagens, sociedade, economia e cultura, cofundou uma revista generalista sobre Lisboa e foi freelance durante oito anos, período em que colaborou com o Público, Expresso, Exame e Jornal de Negócios. Vive desde 2008 em Lisboa, cidade-casa, é da geração à rasca e integra, desde 2023, a equipa da Time Out, onde vasculha as folhas da Grande Alface e escreve os temas que fazem mexer a cidade, da política aos becos favoritos de Pessoa. 

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Rute Barbedo

Rute Barbedo

Jornalista

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Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Que as paredes contam histórias suspeita-se ainda antes de existir o fado. Mas também há que ouvi-las das bocas dos ourives, pasteleiros, funcionários de cafés, lojas de ferragens, tecidos, cerâmica e outros quejandos. Na volta aos espaços centenários que marcam a identidade lisboeta, passa-se ainda por marinheiros, reis, bandidos, poetas e revolucionários. E dos relatos chegam receitas milenares, artes rigorosas e até cheiros vindos do outro lado do planeta. Corremos a cidade e atravessámos séculos, para fazer um roteiro de 48 grandes lojas que continuam a servir bem e à antiga, porque o que é clássico é bom. A viagem começa em 1741 com a Fábrica Sant’Anna e termina no espaço histórico do Armazém das Malhas, aberto desde 1962. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

Sobre o local onde se produziram e armazenaram bens alimentares para as Forças Armadas e de segurança, a Manutenção Militar Norte, no Beato, está em discussão a criação de um grande pólo cultural, artístico e comunitário. A ideia seria ali formar várias casas: a da fotografia, da ilustração, do som, do teatro e da dança, da música, das artes plásticas, do vinho, entre outras. E há uma petição a circular para que aqueles 15 edifícios não sejam entregues ao abandono ou à especulação. No novo Bairro do Grilo, pede-se, caberiam respostas à crise da habitação, mas também à falta de equipamentos "sociais, culturais e estudantis da cidade e do país". Impossível? Nem por isso, se olharmos para o que tem acontecido, nas últimas décadas, em cidades como Berlim, Madrid, Paris ou Viena, onde estruturas fabris em desuso tornaram-se pesos pesados da cultura, e da vida.
Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Isto não é sobre desportos, mas sobre atitude. Por isso, avisamos desde já que, se não tem queda para quedas, ou para o imprevisto, é melhor parar já de ler. Entre atirar machados a uma parede a ir para o quarto escuro de uma discoteca, saltar de asa-delta ou num túnel de vento, a adrenalina pode variar, mas existe sempre. Não tem medo e gosta de se pôr à prova? Veio ao sítio certo. Destemidos da cidade: eis as coisas mais radicais para fazer em Lisboa e arredores – e riscar da lista. Recomendado: Sítios onde um adulto pode ser criança em Lisboa
Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Precisa de redobrar a atenção, silêncio, conforto, luz e de ver pessoas bem comportadas à sua volta? Há disso em Lisboa. Ou prefere trocar o ambiente de biblioteca pelo burburinho de fundo, o som da máquina do café e o vaivém de outras gentes? Também há disso em Lisboa. Pusemo-nos no lugar de um estudante e partimos à descoberta dos melhores sítios para queimar pestanas na cidade. Do café simpático com bolos à biblioteca de um palácio, eis 20 sítios para estudar em Lisboa. Prepare-se para ser o melhor do curso. Recomendado: Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa
Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Qual é o desejo para este Natal? Para uma criança na Ucrânia ou num hospital português, talvez seja apenas ter acesso a cuidados que a façam um pouco mais feliz. Para um animal que não tem casa, talvez seja encontrar um padrinho. Se o Natal é tempo de dar e receber, a fórmula não se circunscreve à família e amigos mais chegados. Nesta lista de campanhas solidárias, que vão desde a doação de brinquedos até ao apoio a associações locais ou organizações internacionais, há várias acções que podem fazer a diferença no Natal de quem dá e de quem recebe. Recomendado: O melhor do Natal em Lisboa  
Onde comprar pinheiros naturais em Lisboa

Onde comprar pinheiros naturais em Lisboa

Não há dúvidas de que a peça central da decoração festiva é a árvore de Natal. Na hora de escolher, um pinheiro natural pode ser a opção mais amiga do ambiente, sobretudo se, depois de utilizado, for devolvido ao seu habitat natural. Porque é que uma árvore verdadeira é mais benéfica do que uma artificial? Um dia, a árvore artificial vai ficar velha e o plástico demora anos a decompor-se. Já os pinheiros naturais, vendidos em estabelecimentos comerciais ou lojas especializadas, são criados em viveiros, não afectando o ambiente. Pense no cheirinho a pinhal e resina. Não há melhor forma de despertar o espírito natalício. Recomendado: Já comprou a sua camisola de Natal?
São Martinho: há festas e castanhas por toda a cidade

São Martinho: há festas e castanhas por toda a cidade

Foi a 11 de Novembro que morreu o cavaleiro Martinho de Tours, carreira que mais tarde acumulou com as de monge e de santo. É ele o protagonista da lenda em que, durante uma tempestade, Martinho corta a meio o seu manto para oferecê-lo a um mendigo. Assim começou um rol de expressões que foram atravessando a Europa – quem nunca ouviu "no Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho"? Longe de cavaleiros, ainda temos muito lume em Lisboa, porém, para aquecer este dia. De bairro em bairro, ou até saindo um pouco da cidade, estas são as nossas sugestões. Recomendado: As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa
Coisas para fazer no Dia Internacional dos Museus em Lisboa

Coisas para fazer no Dia Internacional dos Museus em Lisboa

O tema de 2024 do Dia Internacional dos Museus, que acontece a 18 de Maio, é  “Museus, Educação e Investigação”. Em Lisboa, isso passa pela música, pintura, visitas guiadas, oficinas e até um rally ou uma noite no saco-cama. Para não perder o fio à meada, reunimos nesta lista as propostas de lugares tão diversos quanto o Castelo de São Jorge ou o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, fazendo-o atravessar a cidade numa peregrinação museológica a vários ritmos. Em alguns museus, a festa é de dia único, noutros estende-se por mais e ultrapassa, inclusive, os limites de Lisboa. Caso para estudar e marcar na agenda. Recomendado: Museus grátis em Lisboa e arredores
Neste Dia do Trabalhador, há muito que fazer. Eis seis programas (e algumas curiosidades)

Neste Dia do Trabalhador, há muito que fazer. Eis seis programas (e algumas curiosidades)

Estávamos em 1886, dia 1 de Maio, quando 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, para exigir que um dia não tivesse mais do que oito horas dedicadas ao trabalho. Passados 138 anos, dezenas de direitos foram adquiridos em diferentes países, mas as oito horas mantêm-se como regra para muitos. E é por essas e por outras que se continua a ir à rua no 1.º de Maio, ano após ano. Da manifestação tradicional pela Avenida Almirante Reis até festas e concertos, que ruas e espaços quereremos tomar neste Dia do Trabalhador em Lisboa? Ficam aqui seis sugestões. Cinco curiosidades históricas sobre o Dia do Trabalhador Além da programação, também há espaço para ficar a saber um pouco mais sobre este dia, que marcou (e pode continuar a marcar) o nosso calendário para sempre. Deixamos-lhe, assim, cinco factos incontornáveis sobre o Maio dos trabalhadores. 1. Exaustos? Sem sombra de dúvidas. Sem descanso semanal nem regulação do número de horas diárias dedicadas ao labor, os trabalhadores do século XIX começam a organizar-se. Em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores é criada no St. Martin's Hall, em Londres, na presença de cerca de 2000 pessoas, muitas de organizações operárias inglesas, francesas, italianas, alemãs ou polacas. 2. Chicago, 1 de Maio de 1886. Perto de 500 mil trabalhadores saem à rua em greve geral para exigir a redução da jornada laboral para oito horas. A polícia fere e mata dezenas, tentando destruir a manifestação. Quatro dias depo
Bem-vindo à selva! Os projectos verdes que estão a mudar a cidade

Bem-vindo à selva! Os projectos verdes que estão a mudar a cidade

Lisboa têm um futuro verde pela frente, pelo menos no que depender destes projectos. É certo que já contamos com belos jardins e parques – pretexto mais do que suficientes para partir à descoberta sem se afastar muito de casa –, mas falamos de uma revolução que passa por espalhar ainda mais clorofila pela cidade. Através de programação cultural, propostas ecológicas, iniciativas de intervenção social e até ideias de negócio, eles querem promover o gosto pela botânica em meio urbano. Fomos conhecer estudiosos, cuidadores, activistas, criativos e empreendedores, unidos por um objectivo comum: criar laços entre pessoas e plantas.
O luxo não vai parar na Avenida da Liberdade

O luxo não vai parar na Avenida da Liberdade

São 14.30 de uma quarta-feira e, na recém-aberta Dior, um casal de americanos observa uma bolsa bordeaux com minúcia. “Será que em preto ficaria melhor?”, questiona ela, enquanto o funcionário, munido de luvas brancas, estica a pequena bandeja de metal onde assenta a expectante bolsinha. Enquanto ponderam, bebem o espumante oferecido pela loja. Nas traseiras, há um jardim, que o casal visitará mais tarde, depois de concluir a bebida e a compra. Agora que chegou a Primavera, estará “perfeito”. Ir a uma loja como a da Dior, onde uma camisa pode custar mais de 2000 euros e umas calças ultrapassar os 1000, é uma experiência. Começa pelo porteiro, pago para não termos de empurrar a porta, continua com oferta de café, água e espumante e avança em sugestões turísticas sobre a cidade, ao som de um twist dos anos 60. Lá em cima, Joana Vasconcelos dá as boas-vindas com o seu painel de azulejos (em parceria com a Dior e a Azulima), nas escadas volta a dá-las com uma das suas valquírias. Há ainda dois andares cimeiros no edifício do final do século XIX, ultrapassando- se um total de mil metros quadrados de loja (o que faz dela a maior Dior da Península Ibérica) e juntando-lhe investimentos em Pedro Calapez ou Bruno Ollé. Requintes outros se passam em espaços como o da Gucci, Loewe, Louis Vuitton ou Prada, esta última instalada num edifício com Prémio Valmor que, em 2008, deixou de ser um stand de automóveis, representando, para Carlos Récio, da imobilia
Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Calha sempre a uma terça-feira, é um feriado (facultativo) móvel e é também a desculpa perfeita para usar aquela roupa há muito escondida no armário ou aquele fetiche estranho guardado no fundo da gaveta. Há muitas teorias sobre as origens do Entrudo, das linhas pagãs às religiosas. Certo é que o Carnaval continua a celebrar-se um pouco por toda a parte e a combinar as mais variadas expressões culturais, exibindo-se através de rituais pagãos que celebram o novo ciclo agrícola ou de biquínis reduzidos em pleno Inverno. É também verdade que a festa foi mudando ao longo dos tempos, mas que nunca perdeu a vontade que dela faz parte: quebrar totalmente a rotina. Fique a saber mais um pouco desta festa onde, de católicos a ateus, supostamente ninguém leva a mal. Recomendado: Já sabe o que vai fazer aos miúdos no Carnaval?

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Morabeza Lx

Morabeza Lx

Com a proposta de reunir diferentes vertentes culturais, o Morabeza LX ocupa o Palácio Pimenta durante um dia para mostrar como se faz (com workshops), fazer (na dança, na gastronomia e na música) e mostrar (no cinema e na literatura) o arquipélago de Cabo Verde. Tito Paris é o cabeça de cartaz, encerrando o dia de festa, mas é também para contar com batucadeiras e muitas stórias.
And They Laughed at Me

And They Laughed at Me

São fotografias da vida quotidiana em sociedade, de acontecimentos-chave no Irão e de episódios da vida privada de Newsha Tavakolian, fotógrafa da agência Magnum escolhida este ano pela Narrativa para um dos momentos altos da galeria, o Ciclo Narrativa. A luta por liberdade, identidade e mudança (não tão alcançada quanto quereriam muitos iranianos) surge tanto nas primeiras fotografias, ainda imberbes, que Tavakolian tirou nos anos de 1990, como nas que hoje se misturam com o trabalho maturado da fotógrafa. É nesses dois diálogos, em simultâneo, que a exposição se desenrola. Inaugurada em Abril, a iniciativa é um convite a questionar que liberdades se cumpriram em Portugal também.
Arraial dos Cravos

Arraial dos Cravos

No dia 24 de Abril, a festa é no Largo do Carmo. Do programa fazem parte O Gajo, o rapper Caddi ou o colectivo Colombina Clandestina, para além de várias associações e movimentos cívicos que em 2025, 51 anos após a Revolução, lutam por diferentes liberdades. Haverá também leitura de poemas de Ary dos Santos pelo actor João Esteves, samba feminista ou o concerto e protesto da Academia de Amadores de Música. É para contar, ainda, com comida, convívio e cerveja. Tudo começa às 17.30.
Escape Room no Palácio Nacional de Sintra

Escape Room no Palácio Nacional de Sintra

Como poderia ter sido uma tentativa de fuga de D. Afonso VI, o rei que, há cerca de 350 anos, foi feito prisioneiro no Palácio Nacional de Sintra? A ideia é tentar perceber isso neste escape room, em que 45 minutos, muita agilidade e conhecimento histórico poderão ser suficientes para salvar a pele. A actividade enquadra-se na programação anual dos 30 anos sobre a classificação da Unesco da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. Ah! E tudo se passa na calada da noite, assim que o palácio mais antigo do país fecha as portas aos visitantes.
Aniversário da Casa Fernando Pessoa

Aniversário da Casa Fernando Pessoa

A Casa Fernando Pessoa foi inaugurada há 31 anos no edifício onde o escritor habitou o primeiro andar direito nos últimos 15 anos de vida. Foi a sua 18.ª casa (não só pelos heterónimos a vida do poeta foi agitada) e hoje exibe o património pessoano que ali ficou a seguir à sua morte, bem como uma ampla biblioteca de poesia internacional. Para celebrar o aniversário, a entrada é livre e inclui visitas orientadas entre as 10.00 e as 18.00. Às 19.00, a festa é no auditório, com o concerto de Tammy Weis (bilhetes a 10€, à venda na Blueticket). A canadiana que compôs Soul Whisper, álbum produzido por Rui Veloso, vai cantar os poemas de Fernando Pessoa em inglês na companhia de Carlos Barretto (contrabaixo), João Ferreira (bateria/ percussão),  António Pinto (guitarra elétrica/ acústica).
Feira Nacional do Vinil de Benfica

Feira Nacional do Vinil de Benfica

É um fim-de-semana em que dezenas de convidados especializados na matéria tiram do báu e das lojas o que melhor têm no universo audiovisual analógico. De discos a cassetes, CD e VHS, sem deixar de lado algum equipamento de som, a segunda edição da Feira Nacional do Vinil de Benfica vai encher o jardim do Palácio Baldaya de música.
works from before hang out with works from now and works from between before and now, in the same room

works from before hang out with works from now and works from between before and now, in the same room

São mais de 30 peças e escritos que acompanham o percurso de Wasted Rita desde 2012 e que agora figuram na sua nova exposição. Embora partam do fascínio ao desencanto por Lisboa, todas as peças vivem da linguagem ácida característica da artista que nos habituou a um certo cinismo e humor negro. Vai estar no espaço dos Coruchéus - Um Teatro em Cada Bairro, em Alvalade, mesmo ao lado do atelier que ocupa desde 2020.
The European Pavillion

The European Pavillion

Liquid Becomings é o tema do festival European Pavillion, que vai rodar entre Santa Clara e Marvila, com as presenças de Gonçalo M. Tavares, Tita Maravilha ou Valete. De conversas a concertos, DJ sets e leituras com performance, tudo acontece para pensar no futuro da Europa. Há também uma silent disco e um momento em que o público pode participar na construção de um barco. Ah! Não dissemos logo no início? É que tudo começa em meio líquido, com viagens de barco por quatro rios europeus que funcionaram como residências artísticas em movimento.
FLIFA - Festa do Livro Independente da Freguesia de Arroios

FLIFA - Festa do Livro Independente da Freguesia de Arroios

De sexta-feira a domingo, a FLIFA - Festa do Livro Independente da Freguesia de Arroios toma conta do mercado municipal do bairro para aproximar leitores e curiosos de livrarias e editoras independentes. Vão marcar presença mais de 100 editoras e livrarias e, do programa, 100% gratuito, farão parte conversas, oficinas (do grafismo à escrita), lançamentos, leituras, momentos para o público infantil, e até uma prova de chá Gorreana. 
Festival Clarão

Festival Clarão

É o primeiro grande festival da Clarabóia, uma associação de Sintra que quer dar espaço aos artistas emergentes (e não só) do concelho de Sintra (não só também). Tendo como palco os 13 hectares de bosques e jardins da Quinta da Ribafria, o evento vai contar, na música, com Iolanda (que representou Portugal na Eurovisão), Soluna, Landim, as Batukaderas ou o Coletivo Lenha. Mas não faltarão cinema, artes visuais, oficinas, comida, bebida e boa conversa.
Leitura Aberta "Fora de Vista"

Leitura Aberta "Fora de Vista"

A passagem do tempo e o envelhecimento estão no centro do capítulo 16 da obra-prima de James Joyce, Ulisses. E é por aqui que se andará durante horas, a ler Joyce, entre as vozes do público e de convidados como Miguel Guilherme ou Beatriz Batarda. A leitura terá a companhia dos acordes exploratórios de Paulo Furtado aka The Legendary Tigerman. 
Vai d'embute Punk Fest

Vai d'embute Punk Fest

Um festival com cinco bandas punk que vai na sua quinta edição e chega ao jardim onde tudo começou, nos Coruchéus. Organizado pela associação Pró Punk, traz nomes da velha guarda mas também bandas emergentes a um espaço onde todos são vem-vindos, crianças incluídas. Há lugar, também, para um punknique.

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O que será do Benformoso? Quatro meses depois da rusga, “é preciso olhar para esta rua”

O que será do Benformoso? Quatro meses depois da rusga, “é preciso olhar para esta rua”

Passaram quatro meses, mas a memória da operação policial na Rua do Benformoso, cristalizada na imagem de imigrantes de braços esticados contra a parede, mantém-se fresca. Em Abril, no dia 17, a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) arquivou o inquérito sobre a operação, considerando que cumpriu “os preceitos legais, gerais e específicos”. Assunto arrumado pela autoridade, mas por quem lá vive, que relata grandes quebras nos negócios, vazio e medo de que se repita uma rusga como a de Dezembro, não. “Mais de 1000 pessoas vinham ao meu restaurante todos os dias, agora vêm 100. As pessoas deixaram de vir à Rua do Benformoso. E, se vierem, chegam de Uber, comem e vão embora”, relata Sohel Mia, proprietário do Royal Spicy, que se tornou, em 2024, um dos restaurantes bengali mais cobiçados da cidade (e onde Pedro Nuno Santos foi almoçar no dia a seguir à operação policial). “Recebíamos sobretudo turistas asiáticos, mas também europeus e de outros continentes, e portugueses. Agora, tenho 22 empregados, dei-lhes um tempo para ver como vão evoluir as coisas, mas não sei quanto mais vou aguentar”, refere, apontando para uma quebra no negócio superior a 70%. Rita ChantreSohel Mia, proprietário do Royal Spicy Sohel relata três problemas que têm afectado particularmente a comunidade imigrante da rua: “assédio por parte da polícia” – “estamos constantemente a ser abordados e questionados”; “a zona está a ser destruída por traficantes, negros e portugueses, uma situação em que n
Distribuição de 97 peças do Novo Banco por museus terminou. Mas 'jóia da coroa' fica no cofre

Distribuição de 97 peças do Novo Banco por museus terminou. Mas 'jóia da coroa' fica no cofre

Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 672 — Inverno 2025 É uma cave com sistema de refrigeração e de regulação de humidade, uma estrutura de arquivo exemplar e, o mais importante, o local onde está a maior e mais valiosa colecção de fotografia contemporânea do país – e uma das mais importantes da Europa. Nas gavetas que guardam as perto de 1000 fotografias do Novo Banco (BES, na altura em que a colecção se montou), há Cindy Sherman (autora de um auto-retrato vendido por 3,89 milhões de dólares), Andreas Gursky (que assina terceira fotografia mais cara da história), Marina Abramović, Hiroshi Sugimoto ou os portugueses Paulo Nozolino, Edgar Martins e Pedro Cabrita Reis. Com o fim do BES, em 2014, e a compra do Novo Banco (NB) pelo fundo de investimento Lone Star, o acervo artístico avaliado em mais de 50 milhões de euros (fotografia incluída) passou para o grupo americano. Quatro anos depois, o Ministério da Cultura e o NB assinaram um protocolo de cedência de 97 obras para museus nacionais. A distribuição foi feita, com o Museu Soares dos Reis, no Porto, a ser a última instituição a receber peças, há poucos meses. O saldo actual são “obras em 42 museus do país, em todos os distritos, 95% pintura”, informa o director de comunicação do banco, Paulo Tomé.   Rita ChantreVisita guiada ao acervo, com Alexandra Conde   Mas a fotografia, a "jóia da coroa" da colecção, como lhe chegou a chamar o então primeiro-ministro António Costa, ficou de fora
Lisboa vai ter mais três Lojas com História

Lisboa vai ter mais três Lojas com História

O Antigo 1º de Maio (entre os grelhados, os peixinhos da horta e a perdiz) e a casa Cabaças (célebre pelo naco na pedra) são dois clássicos no coração do Bairro Alto, com comida e decoração tradicionais portuguesas, que se habituaram ao convívio alegre de trabalhadores da zona e turistas. E dois dos mais recentes espaços a receber o selo de Loja com História da Câmara Municipal de Lisboa (CML), distinção que coube ainda à loja de Rita Salazar (antigo espaço de Ana Salazar), no Areeiro. As decisões (que serão submetidas a consulta pública, durante 20 dias) foram aprovadas por unanimidade na reunião pública da CML, esta quarta-feira, encontro no qual também se declinaram as propostas para Loja com História de dois espaços: a Leitaria Pastelaria Eneri, no Bairro Alto, e a Leitaria da Anunciada, junto à Avenida da Liberdade. Na reunião, os vereadores do Livre, do BE e do PCP chamaram a necessidade para rever o regulamento do programa municipal, no sentido de proteger de forma mais efectiva estabelecimentos históricos da cidade. Em Fevereiro do ano passado, numa entrevista à Time Out, o vereador Diogo Moura já havia referido a necessidade de adaptar o regulamento e indicava que a solução passaria por criar dois níveis de distinção, de modo a tornar o programa mais abrangente. Entretanto, porém, o vereador viu-se afastado do executivo por nove meses, depois de um processo judicial surgido de uma acusação de fraude, e, durante esse período, não houve alterações ao programa. Na reuni
Arraial dos Cravos regressa em força ao Carmo, mas (novamente) sem o apoio da Câmara

Arraial dos Cravos regressa em força ao Carmo, mas (novamente) sem o apoio da Câmara

A partir das 17.30 de 24 de Abril, o convite é para todos seguirem até ao Largo do Carmo. Lá estarão um palco improvisado, feito de um conjunto de estrados cortesia da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, bancas com comida e bebida, associações e colectivos da cidade e a garantida celebração da liberdade. Mas, tal como em 2024, quando se assinalaram os 50 anos do 25 de Abril, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) não apoiará a organização do Arraial dos Cravos. "Este ano, para que não houvesse a desculpa de que pedimos o apoio muito em cima da hora, fizemos o pedido em Janeiro. A Câmara respondeu que sim, que nos emprestaria 20 tendas e um palco, mas que não fariam nem o transporte nem a montagem. Nós, enquanto associação sem competência nessa área, tivemos de pedir orçamentos e, quando o fiz, os valores aproximavam-se dos 5000 euros. Não temos, obviamente, esse dinheiro. Portanto, na prática, não pudemos aceitar o apoio. Este ano a Câmara foi muito mais competente a negá-lo do que no ano passado", critica, em entrevista à Time Out, Dina Nunes, da Abril é Agora, que organiza o Arraial dos Cravos em conjunto com a Cultra (a histórica organizadora Associação Abril foi recentemente extinta).  A Time Out contactou a CML com o fim de obter esclarecimentos sobre o tema, mas não recebeu resposta.  Não é pela falta de apoio da autarquia, porém, que a festa não se vai realizar. Com a colaboração da Junta de Freguesia local, que de cedeu e vai montar e desmontar a estrutura onde actu
Padrão dos Descobrimentos reabre no 25 de Abril

Padrão dos Descobrimentos reabre no 25 de Abril

Os objectivos eram melhorar as condições de visita e de acolhimento, bem como realizar algumas obras de manutenção. Concluída a intervenção, que durou quatro meses, o Padrão dos Descobrimentos tem abertura agendada para esta sexta-feira, dia 25 de Abril, e vai funcionar todos os dias, das 10.00 às 19.00, anunciou o equipamento. As obras custaram cerca de 150 mil euros e envolveram a reabilitação dos tectos acústicos da sala de exposições e a remodelação das instalações sanitárias, adaptando-as para pessoas com mobilidade reduzida. 📲 O (novo) TOL canal. Siga-nos no Whatsapp 👀 Está sempre a voltar para aquele ex problemático? Nós também: siga-nos no X    
Novo jardim das Amoreiras: mais do que um espaço verde, uma oportunidade para "repensar" a zona

Novo jardim das Amoreiras: mais do que um espaço verde, uma oportunidade para "repensar" a zona

Já havia sido falado muito antes, mas o projecto de reabrir o espaço verde junto ao centro comercial das Amoreiras tomou carácter oficial em 2017, ano em que a Epal (Empresa Portuguesa de Águas Livres) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) assinaram um protocolo para a sua recuperação. Os anos passaram e quem avistava o terreno próximo dos acessos à A5 deixou de se questionar, até ao anúncio do projecto em 2022, mais tarde estampado num outdoor no local. No lugar do grande reservatório de água gerido pela Epal, que chegou a servir para umas tacadas de golfe, nasceria um novo jardim de Lisboa. Tudo apontava para que acontecesse em 2023. Não aconteceu. A inauguração deu-se no passado dia 30 de Março, sem grande pompa. O novo Jardim de Campo de Ourique faz-se de duas alas: uma com um passadiço que serve para encurtar o caminho entre os bairros de Campo de Ourique e das Amoreiras; e outra arborizada, com um parque infantil e um para cães, mesas de piquenique e um quiosque. Mas o grande espaço verde que sempre vimos do lado de fora, ao passar pelas ruas José Gomes Ferreira ou Carlos Alberto Mota Pinto, não é acessível. "A EPAL teve alguma reserva em ter pessoas em cima do terreno, já que por baixo existe o reservatório. Como não teriam como controlar o número de pessoas que entra no local nem a sua organização no espaço, optaram pela solução do passadiço", explica à Time Out o presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, Hugo Vieira da Silva, que tem acompanhado o processo
Do blockbuster ao nicho, a fotografia 'encontrou o seu espaço de pleno direito'. Mas quer mais

Do blockbuster ao nicho, a fotografia 'encontrou o seu espaço de pleno direito'. Mas quer mais

Este artigo foi originalmente publicado na revista Time Out Lisboa, edição 672 — Inverno 2025 “A fotografia está a ter um grande destaque nas grandes instituições. E os fotógrafos estão representados nas principais galerias mundiais.” Quem o afirma é Sérgio Mah, homem da fotografia, director-adjunto do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT). E di-lo porque nem sempre foi assim. Recuemos a 2003, ano em que o curador criou o LisboaPhoto, tentativa de afirmação da fotografia no panorama das artes. Depois de alguma luta, preconceito e exclusão, hoje, finalmente, ela “encontrou o seu espaço de pleno direito”. Falamos com Mah quando a exposição de Jeff Wall, autor de uma obra onde se detectam ligações a Manet, Goya ou Hokusai, é o acto de “maior impacto” e com “o maior investimento financeiro e logístico” do museu em 2025. Espera-se o retorno, tal como aconteceu no ano passado, em que Nicholas Floc’h, Daniel Blaufuks e William Klein fizeram da fotografia “a disciplina mais promovida” na instituição. Ali bem perto, a Cordoaria Nacional recebeu uma grande retrospectiva de Eduardo Gageiro e, no MAC/CCB, 126 fotografias de Nan Goldin entraram em diálogo com outros artistas. Grandes nomes da fotografia são muitas vezes blockbusters. Outras, iscos que levam o público a descobrir, nos interstícios de um museu, outras formas de arte talvez menos directas. É como analisa Mah: “A fotografia é um meio do tempo em que estamos a viver. Um público jovem tem uma relação mais imediata com
Circulação no Túnel do Grilo será reposta no final do mês

Circulação no Túnel do Grilo será reposta no final do mês

As obras de modernização e requalificação do Túnel do Grilo têm fim à vista. Na segunda-feira, 28 de Abril, é reposta a circulação nas quatro vias da galeria do sentido Sacavém/Algés e, no dia seguinte, acontece o mesmo ao sentido oposto, de Algés para Sacavém. Nos dias seguintes ainda decorrerão alguns trabalhos, prevendo a Infraestruturas de Portugal que a obra termine na primeira semana de Maio, "levantado assim todos os condicionamentos no Túnel do Grilo e nos respectivos acessos", informa a entidade. Sob um investimento de 14 milhões de euros, a intervenção visou melhorar a estrutura quanto aos requisitos de segurança, eficiência energética e sustentabilidade, bem como reforçar os sistemas de comunicação entre o Túnel do Grilo e o Centro de Controlo de Tráfego. Para isso, foi necessário requalificar a estrutura do túnel, em betão, construir novos canais técnicos, requalificar o pavimento, o sistema de drenagem e ainda um talude. Construiu-se também um novo edifício, destinado ao trabalho das equipas técnicas. 🪖 Este é o nosso Império Romano: siga-nos no TikTok 📻 Antigamente é que era bom? Siga-nos no Facebook
Pilar 7: a experiência podia ser "única", mas o elevador está avariado há meses

Pilar 7: a experiência podia ser "única", mas o elevador está avariado há meses

"Uma experiência interactiva e imersiva que permite uma descoberta única da Ponte 25 de Abril." É assim que o Turismo de Lisboa (TL) apresenta o Pilar 7, a atracção que permite subir à ponte de uma forma peculiar, ficando ao nível dos automóveis, com o Tejo como postal. Acontece que, pelo menos desde o Verão, o elevador está avariado. Quem comprar bilhetes pela página do TL pode ler o aviso "em manutenção". Além disso, o valor do ingresso é mais baixo do que o habitual, de 3€. Mas há outras plataformas (como a Booking ou a Tiqets) que não informam sobre a avaria. Nestes casos, os bilhetes são comprados pelo valor normal, de 5,50 €, com o bónus de os utilizadores descobrirem, na chegada à Avenida da Índia, outra experiência única: subir 22 pisos a pé. São, por isso, várias as queixas publicadas em diferentes plataformas, desde pessoas que alegam ter pedido o reembolso do valor do bilhete sem o verem até aos mais desconsolados, por terem perdido, com o esforço físico, metade do prazer na experiência. Contactado pela Time Out, um funcionário da estrutura confirmou que o elevador está parado desde o Verão de 2024, por uma avaria técnica, prevendo-se que o equipamento regresse à normalidade no final de Maio. Quem não quiser esperar até lá pode continuar a subir os mais de 300 degraus do único pilar acessível da ponte. 📲 O (novo) TOL canal. Siga-nos no Whatsapp 👀 Está sempre a voltar para aquele ex problemático? Nós também: siga-nos no X
Voltar à primária. Nesta escola "aberta a todos" fica o novo espaço cultural da cidade

Voltar à primária. Nesta escola "aberta a todos" fica o novo espaço cultural da cidade

É a maior escola básica de Lisboa e surgiu em Setembro, do maior investimento de sempre (11 milhões de euros) da autarquia na área da educação. A obra entra na reabilitação do Bairro da Boavista (as antigas barracas estão a ser demolidas, ergueram-se edifícios de habitação municipais, uma igreja e um centro de saúde), em Benfica, encostado a Monsanto e marcado por décadas de fragilidades. Mas porquê uma escola tão grande? Não porque tenha um número de alunos excepcional, mas porque o projecto foi desenhado a pensar numa escola aberta à comunidade. "Em 2017-2018, quando começámos a preparar o futuro bairro, quisemos trazer para aqui dois grandes equipamentos: o pavilhão desportivo [inaugurado em 2019] e a escola [aberta em Setembro de 2024], pensada para funcionar como um espaço cultural fora do horário lectivo, aberto a todos. Queríamos trazer a cidade para um bairro municipal que produz cultura", dá conta Ricardo Marques, presidente da Junta de Freguesia de Benfica. DR/JFBFestas de São José O conceito não é novo — em Lisboa, há anos que o Liceu Camões recebe peças de teatro, concertos ou sessões de cinema abertas à população e tem ganhado força lá fora, em países como França ou Alemanha — mas demarca-se do habitual. A ideia é aproveitar espaços em desuso enquanto estão fechados, ao mesmo tempo que se aproxima a comunidade do universo escolar.  Do jardim de leitura à orquestra Olhe-se então para o espaço, com a luz a entrar por todo o lado, áreas amplas e a vegetação sempre
Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve

Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve

A greve é ao trabalho suplementar e em dias de feriado, e poderá afectar todos os museus e monumentos de gestão pública do país. Convocada esta segunda-feira, 14 de Abril, pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, tem efeito a partir de sexta, dia 18, e prolonga-se até ao final do ano, "afectando todos os feriados até lá".  A paralisação vem reforçar a exigência de uma compensação justa pelo trabalho prestado naqueles dias, na sequência da ausência de reacção por parte do Ministério da Cultura depois de uma reunião com a Federação sobre o tema, que terá ocorrido em Março, como explicou à agência Lusa o dirigente Orlando Almeida. "Não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer", referiu o responsável. Receber ao feriado "metade de um dia normal" De acordo com o mesmo dirigente, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos nacionais recebem, nos dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, ou seja, "metade de um dia normal", e são-lhes pagas até duas horas suplementares. No Norte, eis os equipamentos que podem ser afectados: Museu Nacional Soares dos Reis, Porto Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Braga Museu dos Biscainhos, Braga Castelo de Guimarães Igreja de São Miguel do Castelo, Guimarães Museu de Alberto Sampaio, Guimarães Paço dos Duques, Guimarães Museu da Terra de Miranda, Miranda do Douro Museu Nacional Grão Vasco, Viseu Museu de Lamego Museu do Abade de Baçal, Bragança 📲 O (novo) TOL ca
Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve

Visitar museus e monumentos nos feriados vai ser mais difícil. Trabalhadores anunciam greve

A greve é ao trabalho suplementar e em dias de feriado, e poderá afectar todos os museus e monumentos de gestão pública do país. Convocada esta segunda-feira, 14 de Abril, pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, tem efeito a partir de sexta, dia 18, e prolonga-se até ao final do ano, "afectando todos os feriados até lá".  A paralisação vem reforçar a exigência de uma compensação justa pelo trabalho prestado naqueles dias, na sequência da ausência de reacção por parte do Ministério da Cultura depois de uma reunião com a Federação sobre o tema, que terá ocorrido em Março, como explicou à agência Lusa o dirigente Orlando Almeida. "Não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer", referiu o responsável. Receber ao feriado "metade de um dia normal" De acordo com o mesmo dirigente, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos nacionais recebem, nos dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, ou seja, "metade de um dia normal", e são-lhes pagas até duas horas suplementares. Em Lisboa, serão 16 os equipamentos afectados pela greve. São eles:  Mosteiro dos Jerónimos; Panteão Nacional; Palácio Nacional da Ajuda; Biblioteca da Ajuda; Museu do Tesouro Real; Museu Nacional do Traje; Picadeiro Real; Torre de Belém; Museu Nacional do Teatro e da Dança; Museu Nacional do Azulejo; Museu de Arte Popular; Museu Nacional de Arte Antiga; Museu Nacional de Arqueologia; Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves; Museu Nacional d