Começou a rabiscar textos impublicáveis em criança, tentou seguir ciências exactas na adolescência, chegou à idade adulta e assumiu que a vida devia passar pelo jornalismo. Escreveu nas áreas da saúde, viagens, sociedade, economia e cultura, cofundou uma revista generalista sobre Lisboa e foi freelance durante oito anos, período em que colaborou com o Público, Expresso, Exame e Jornal de Negócios. Vive desde 2008 em Lisboa, cidade-casa, é da geração à rasca e integra, desde 2023, a equipa da Time Out, onde vasculha as folhas da Grande Alface e escreve os temas que fazem mexer a cidade, da política aos becos favoritos de Pessoa. 

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Rute Barbedo

Rute Barbedo

Jornalista

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As melhores coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana

As melhores coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana

Na semana em que começa a Feira do Livro, há também cinema, exposições, passeios, work in progress nas artes, música, visitas a património industrial, teares e teatro. Tudo gratuito. Especificando, as sugestões passam pela exposição "Camouflage", no Pavilhão 31 do Júlio de Matos, por um micro-concerto de jazz no Intendente e pela mostra Les Nuits en Or, de algumas das melhores curtas-metragens do presente, no Cinema São Jorge. É, também, tempo de conhecer o novo Pavilhão Julião Sarmento, de ir ao Chiado ver a exposição "Reluctant Gardener" (com obras de Álvaro Urbano, Ariel Schlesinger, Nina Canell e Rei Naito) e de seguir para a Amadora para conhecer a Fábrica de Pão de Alfragide ou as antigas oficinas da Sorefame/CP, no Open House Indústria. Não esquecer, ainda, os três dias abertos da Faculdade de Belas-Artes nem a estreia da nova peça de Marco Mendonça, Reparations Baby!. Para quem quer um pé de dança grátis, felizmente estamos em Junho, com os melhores arraiais à porta. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Junho em Lisboa
As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa

As melhores exposições de fotografia para ver em Lisboa

Pode começar pelo momento grandioso que colocou mais de 60 fotografias fabricadas por Jeff Wall no MAAT, pela primeira vez em Portugal, na exposição "Time Stands Still". Mas não fique por aí. Há tempo para ver Nan Goldin no CCB, descobrir a fotógrafa iraniana Newsha Tavakolian, na Narrativa, ou conhecer "To Add One Meter to an Anonymous Mountain", no Ochre Space, que parte de uma performance histórica protagonizada por dez artistas chineses na década de 90. Entre a natureza e a tragédia, temos "Água Pantanal Fogo" e, nas nossas cabeças, o paranormal de Susan Hiller (com fotografia e não só), na Culturgest. A não perder são, ainda, a grande mostra sobre a Revolução (com curadoria de Sérgio Tréfaut), que junta em Almada a obra de fotógrafos de vários países que testemunharam o 25 de Abril, ou as mulheres entre esse mesmo Abril e o 1.º de Maio de 1974, na Casa de Vidro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.  Recomendado: 🖼️ Os melhores museus em Lisboa
O melhor da Penha de França

O melhor da Penha de França

É uma das grandes áreas residenciais da cidade e uma das mais procuradas pelas camadas jovens. Um dos motivos está no preço médio por metro quadrado da freguesia, claro, facto que também terá atraído ao território pequenos negócios, ateliers de artistas e projectos experimentais nos últimos anos. A história, porém, não saiu daqui, pelo que esta é uma espécie de visita guiada que inclui um cemitério e um antigo convento, que passa pelo miradouro, almoça numa neotasca e janta num italiano, passando ainda pelo clube recreativo e por pequenas salas de concertos. Saiba o que fazer na Penha de França. Recomendado: O melhor de Campo de Ourique
Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Lojas históricas em Lisboa: velhas e boas

Que as paredes contam histórias suspeita-se ainda antes de existir o fado. Mas também há que ouvi-las das bocas dos ourives, pasteleiros, funcionários de cafés, lojas de ferragens, tecidos, cerâmica e outros quejandos. Na volta aos espaços centenários que marcam a identidade lisboeta, passa-se ainda por marinheiros, reis, bandidos, poetas e revolucionários. E dos relatos chegam receitas milenares, artes rigorosas e até cheiros vindos do outro lado do planeta. Corremos a cidade e atravessámos séculos, para fazer um roteiro de 48 grandes lojas que continuam a servir bem e à antiga, porque o que é clássico é bom. A viagem começa em 1741 com a Fábrica Sant’Anna e termina no espaço histórico do Armazém das Malhas, aberto desde 1962. Recomendado: As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer
10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

10 cidades que transformaram património industrial em centros culturais

Sobre o local onde se produziram e armazenaram bens alimentares para as Forças Armadas e de segurança, a Manutenção Militar Norte, no Beato, está em discussão a criação de um grande pólo cultural, artístico e comunitário. A ideia seria ali formar várias casas: a da fotografia, da ilustração, do som, do teatro e da dança, da música, das artes plásticas, do vinho, entre outras. E há uma petição a circular para que aqueles 15 edifícios não sejam entregues ao abandono ou à especulação. No novo Bairro do Grilo, pede-se, caberiam respostas à crise da habitação, mas também à falta de equipamentos "sociais, culturais e estudantis da cidade e do país". Impossível? Nem por isso, se olharmos para o que tem acontecido, nas últimas décadas, em cidades como Berlim, Madrid, Paris ou Viena, onde estruturas fabris em desuso tornaram-se pesos pesados da cultura, e da vida.
Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Saiba quais são as melhores coisas radicais para fazer em Lisboa

Isto não é sobre desportos, mas sobre atitude. Por isso, avisamos desde já que, se não tem queda para quedas, ou para o imprevisto, é melhor parar já de ler. Entre atirar machados a uma parede a ir para o quarto escuro de uma discoteca, saltar de asa-delta ou num túnel de vento, a adrenalina pode variar, mas existe sempre. Não tem medo e gosta de se pôr à prova? Veio ao sítio certo. Destemidos da cidade: eis as coisas mais radicais para fazer em Lisboa e arredores – e riscar da lista. Recomendado: Sítios onde um adulto pode ser criança em Lisboa
Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Os 20 melhores sítios para estudar em Lisboa

Precisa de redobrar a atenção, silêncio, conforto, luz e de ver pessoas bem comportadas à sua volta? Há disso em Lisboa. Ou prefere trocar o ambiente de biblioteca pelo burburinho de fundo, o som da máquina do café e o vaivém de outras gentes? Também há disso em Lisboa. Pusemo-nos no lugar de um estudante e partimos à descoberta dos melhores sítios para queimar pestanas na cidade. Do café simpático com bolos à biblioteca de um palácio, eis 20 sítios para estudar em Lisboa. Prepare-se para ser o melhor do curso. Recomendado: Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa
Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Campanhas solidárias a não perder neste Natal

Qual é o desejo para este Natal? Para uma criança na Ucrânia ou num hospital português, talvez seja apenas ter acesso a cuidados que a façam um pouco mais feliz. Para um animal que não tem casa, talvez seja encontrar um padrinho. Se o Natal é tempo de dar e receber, a fórmula não se circunscreve à família e amigos mais chegados. Nesta lista de campanhas solidárias, que vão desde a doação de brinquedos até ao apoio a associações locais ou organizações internacionais, há várias acções que podem fazer a diferença no Natal de quem dá e de quem recebe. Recomendado: O melhor do Natal em Lisboa  
Onde comprar pinheiros naturais em Lisboa

Onde comprar pinheiros naturais em Lisboa

Não há dúvidas de que a peça central da decoração festiva é a árvore de Natal. Na hora de escolher, um pinheiro natural pode ser a opção mais amiga do ambiente, sobretudo se, depois de utilizado, for devolvido ao seu habitat natural. Porque é que uma árvore verdadeira é mais benéfica do que uma artificial? Um dia, a árvore artificial vai ficar velha e o plástico demora anos a decompor-se. Já os pinheiros naturais, vendidos em estabelecimentos comerciais ou lojas especializadas, são criados em viveiros, não afectando o ambiente. Pense no cheirinho a pinhal e resina. Não há melhor forma de despertar o espírito natalício. Recomendado: Já comprou a sua camisola de Natal?
São Martinho: há festas e castanhas por toda a cidade

São Martinho: há festas e castanhas por toda a cidade

Foi a 11 de Novembro que morreu o cavaleiro Martinho de Tours, carreira que mais tarde acumulou com as de monge e de santo. É ele o protagonista da lenda em que, durante uma tempestade, Martinho corta a meio o seu manto para oferecê-lo a um mendigo. Assim começou um rol de expressões que foram atravessando a Europa – quem nunca ouviu "no Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho"? Longe de cavaleiros, ainda temos muito lume em Lisboa, porém, para aquecer este dia. De bairro em bairro, ou até saindo um pouco da cidade, estas são as nossas sugestões. Recomendado: As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa
Neste Dia do Trabalhador, há muito que fazer. Eis seis programas (e algumas curiosidades)

Neste Dia do Trabalhador, há muito que fazer. Eis seis programas (e algumas curiosidades)

Estávamos em 1886, dia 1 de Maio, quando 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, para exigir que um dia não tivesse mais do que oito horas dedicadas ao trabalho. Passados 138 anos, dezenas de direitos foram adquiridos em diferentes países, mas as oito horas mantêm-se como regra para muitos. E é por essas e por outras que se continua a ir à rua no 1.º de Maio, ano após ano. Da manifestação tradicional pela Avenida Almirante Reis até festas e concertos, que ruas e espaços quereremos tomar neste Dia do Trabalhador em Lisboa? Ficam aqui seis sugestões. Cinco curiosidades históricas sobre o Dia do Trabalhador Além da programação, também há espaço para ficar a saber um pouco mais sobre este dia, que marcou (e pode continuar a marcar) o nosso calendário para sempre. Deixamos-lhe, assim, cinco factos incontornáveis sobre o Maio dos trabalhadores. 1. Exaustos? Sem sombra de dúvidas. Sem descanso semanal nem regulação do número de horas diárias dedicadas ao labor, os trabalhadores do século XIX começam a organizar-se. Em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores é criada no St. Martin's Hall, em Londres, na presença de cerca de 2000 pessoas, muitas de organizações operárias inglesas, francesas, italianas, alemãs ou polacas. 2. Chicago, 1 de Maio de 1886. Perto de 500 mil trabalhadores saem à rua em greve geral para exigir a redução da jornada laboral para oito horas. A polícia fere e mata dezenas, tentando destruir a manifestação. Quatro dias depo
Bem-vindo à selva! Os projectos verdes que estão a mudar a cidade

Bem-vindo à selva! Os projectos verdes que estão a mudar a cidade

Lisboa têm um futuro verde pela frente, pelo menos no que depender destes projectos. É certo que já contamos com belos jardins e parques – pretexto mais do que suficientes para partir à descoberta sem se afastar muito de casa –, mas falamos de uma revolução que passa por espalhar ainda mais clorofila pela cidade. Através de programação cultural, propostas ecológicas, iniciativas de intervenção social e até ideias de negócio, eles querem promover o gosto pela botânica em meio urbano. Fomos conhecer estudiosos, cuidadores, activistas, criativos e empreendedores, unidos por um objectivo comum: criar laços entre pessoas e plantas.

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Teares Improváveis

Teares Improváveis

Teares Improváveis é o nome da iniciativa, e direcciona de imediato para o lugar onde se vai: os imprevistos a que certas linhas nos podem levar. Nesta oficina, crianças dos 5 aos 10 anos recorrem à técnica tradicional do tear, de forma criativa, recuperando materiais e percebendo como se chega a uma boa trama, para fazer diferentes objectos.
Galerias Abertas das Belas-Artes

Galerias Abertas das Belas-Artes

Entrar na Faculdade de Belas-Artes, passar pelos seus átrios e esculturas clássicas, é já um acontecimento em si. Mas, de 6 a 8 de Junho, há mais. Este espaço de criação, exploração, questionamento e liberdade, torna-se num lugar de discussão e mostra do trabalho de jovens artistas e da investigação ali produzida. "Não é uma exposição numa galeria, museu ou centro cultural. É a abertura dos espaços de trabalho e de investigação", num "espírito de ateliê aberto".
Momentos da Humanidade

Momentos da Humanidade

Com obras da valiosa colecção de fotografia do Novo Banco, a exposição “Momentos da Humanidade” centra-se no retrato, através de 16 obras de nove artistas de referência internacional. Com Robert Frank, Wolfgang Tillmans, Hans-Peter Feldman, Philip-Lorca diCorcia, Hellen Van Meene, Martha Wilson, Pierre Gonnord, Kimsooja e Barbara Kruger, questionamo-nos sobre a natureza humana através de pessoas reais e individuais retratadas com tempo e preceito. Que ficam para sempre.
Fotos Delas: 25 de Abril /1.º de Maio 74

Fotos Delas: 25 de Abril /1.º de Maio 74

São fotografias de José Carlos Nascimento, Félix Nascimento e Alfredo Cunha e ainda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, de mulheres anónimas em multidões, à porta das prisões de Caxias e de Peniche ou a caminho do trabalho. Mostram o lado das mulheres, sem arma em punho, à espera, cuidando, fazendo.  A mostra, na Casa de Vidro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa funciona como teaser para a participação no concurso Fotos Delas, que tem como objectivo premiar fotografias tiradas por mulheres ou de mulheres nos dias entre o 25 de Abril e o 1.º de Maio de 1974. O resultado do concurso será utilizado numa nova mostra, no próximo 25 de Abril.
Procur.arte

Procur.arte

A Procurarte é uma associação cultural fundada em 2005, com projectos de promoção e investigação nos domínios das artes visuais e artes do espectáculo. Regularmente, recebe exposições de fotografia, vídeo ou noutros formatos, no seu espaço da Penha de França. Dois dos seus principais projectos desenvolvem-se à escala europeia e giram em torno da imagem. São eles o Flâneur New Urban Narratives e o PARALLEL - European Photo Based Platform.
Sporting Clube da Penha

Sporting Clube da Penha

Chamar-lhe santuário pode soar a heresia, já que o Sporting Clube da Penha funciona mais como sala de estar, à base de rodadas de cerveja e alguns cigarros. O clube, fundado em 1953, tem nas vertentes desportiva, recreativa e social as suas bases, mas também é aqui que se vai ver a bola, jogar às cartas, ouvir o fado ou conhecer o rumo às marchas populares de Santo António. Foi aqui, também, que se iniciou na actividade desportiva Fernando Santos, ex-seleccionador nacional.
150 anos do Ginásio Clube Português

150 anos do Ginásio Clube Português

Mais de 50 modalidades e 150 anos de vida fazem do Ginásio Clube Português (GCP) uma das instituições sociais e desportivas com mais história do país. Para comemorar tudo isso, mas também dar uns toques no judo, vólei ou até no dynamic bungee (saltos com elástico), rebolar, saltar e outros verbos menos proáveis, este sábado, 24 de Maio, o GCP vai ao Parque de Jogos 1.º de Maio, em Alvalade, mostrando um pouco daquilo que é o seu dia-a-dia. O evento é gratuito e aberto a todas as idades.
One Dark Night, Lazarus Disappeared

One Dark Night, Lazarus Disappeared

Beatriz Vilhena, arquitecta e fotógrafa, venceu a edição de 2024 do Programa de Intercâmbio Artístico promovido pela Câmara Municipal de Lisboa e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e daí vêm as imagens que agora podemos ver nos Coruchéus, captadas durante a residência artística na Ilha de Santiago, em Cabo Verde. "One dark night, Lazarus disappeared" é uma referência à obra de João de Deus Lopes Silva, Histórias Contadas: Baseadas em Lendas, Contos e Mitos da Ilha de Santiago (Ulmeiro, 2014), e leva-nos aos vales férteis que sustentaram os primeiros assentamentos nas ilhas. Paisagem e história.
Tábua Rasa

Tábua Rasa

O local é o Skatepark de Massamá, sítio à partida sem marcações mas que a 24 de Maio recebe o Tábua Rasa, uma festa do "skate, da música e da ocupação criativa e colectiva do espaço público". Entre as 14.00 e as 22.00, o parque transforma-se com "Registo s/ Rodas – esculturas 'skatáveis'", de João Madureira, e acolhe um torneio aberto a todos e com prémios. Haverá também uma conversa sobre o papel do skate e da cultura urbana na transformação e coesão de territórios e o fim de tarde fica reservado para a música de Switchin’. Há ainda tempo para uma jam session e para a actuação da rapper e skater MulecaXIII.
XS micro concertos

XS micro concertos

Com estreia a 21 de Maio de 2025, o ciclo "XS micro concertos" apresenta 10 concertos de 40 minutos, quinzenalmente, sempre à quarta-feira. A entrada é livre, sujeita à lotação do espaço (30 lugares) de 50 metros quadrados, no interior da sede da Junta de Freguesia de Arroios, que organiza o evento. Do programa, que vai até Setembro, fazem parte jazz, música experimental, improvisada, electroacústica e electrónica, em parceria com as associações culturais Robalo e Nariz Entupido, e com a Escola de Jazz do Hot Club de Portugal.
Skatepark de Massamá

Skatepark de Massamá

Meca do skate no concelho de Sintra, o Skatepark de Massamá fica num parque verde e tem perto de 800 metros quadrados de área. Há zonas de nível avançado, nível intermédio, mas também espaço para quem está a dar os primeiros toques. Com vários obstáculos técnicos, de rails a curbs de todos os tipos, this is the place para quem gosta de deslizar.
Storytelling

Storytelling

Em "Storytelling", o fotógrafo escocês David Yarrow, com obras que chegam a valores com seis dígitos, mostra obras desde a década de 1990 até hoje. Na Rua de Santo António à Estrela estarão imagens facilmente reconhecíveis, como a publicidade para a Pepsi com a super-modelo Cindy Crawford, o duo chita-Cara Delevingne no deserto da Namíbia ou "Catwalk", em que um leão caminha em direcção à câmara, rodeado por membros do povo Zulu, como num desfile de moda. Fascinado pela vida selvagem, Yarrow tem-na procurado em lugares remotos de todo o mundo. Obcecado pela montagem do cenário perfeito, chegou a fazer voar um lobo em primeira classe para fotografá-lo em Wall Street.

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Lisboa ensina a andar de bicicleta, mas depois dá pouco espaço para a prática

Lisboa ensina a andar de bicicleta, mas depois dá pouco espaço para a prática

"Quem é que aqui sabe andar de bicicleta?" 80% colocam o dedo no ar. A maioria tem seis anos, frequenta a Escola Básica Pintor Almada Negreiros, na Musgueira (Alta de Lisboa), pelo que a resposta geral é surpreendente, até que a formadora percebe que tem de ser mais clara: "Mas sem rodinhas...?" Quase tudo baixa o braço, sobram seis. Avancemos. É a primeira e única vez que a turma vem à Escola de Trânsito do Parque Recreativo do Alto da Serafina, em Monsanto, para aprender a andar de bicicleta. "São sessões únicas, até porque este espaço não é nosso e portanto não está sempre disponível", afirma Joana Cascais de Freitas, coordenadora do Pela Cidade Fora, projecto da Emel que abrange perto de 50 escolas de Lisboa. Havendo outra regularidade, o resultado seria melhor, acredita, mas aprender a andar de bicicleta "é muito rápido". "Daqui a uns minutos vai ver como estão todos aí a andar", assegura a responsável. Numa manhã que começa pela componente teórica em sala de aula – das cores dos sinais de trânsito aos direitos e deveres do peão – e depois passa para o terreno, as crianças familiarizam-se com conceitos de segurança ou equilíbrio. Assim que passam para as bicicletas, dividem-se: um pequeno grupo, de seis, fica no circuito sinalizado – espécie de mini-cidade onde há semáforos, uma rotunda e faixas de rodagem –, enquanto a maioria segue para um terreno amplo, pronta a treinar o equilíbrio, no célebre "olha para a frente se não cais". Rita ChantreIniciativa Já Sou Ciclista
Portadores de passe vão poder andar de trotinete, mas haverá mais zonas interditas

Portadores de passe vão poder andar de trotinete, mas haverá mais zonas interditas

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai assinar este mês de Junho um contrato com os operadores de trotinetes para permitir que sejam usadas pelos detentores do passe Navegante, sem custos acrescidos, "até 200 minutos, cerca de 10 minutos por viagem". A medida foi anunciada pelo vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia, em entrevista à Antena 1. "A nossa preocupação é que, cada vez mais, alguém que se movimente na cidade de Lisboa perceba que o passe Navegante é muito mais do que um passe do metro ou da Carris", declarou o autarca. O executivo vai também mexer nas zonas interditas a trotinetes na capital, tanto em termos de circulação como de estacionamento. "Vamos reforçar as restrições em termos de circulação para reforçar a acessibilidade pedonal. Em relação ao estacionamento, também conseguimos melhorar. Queremos que passe haver uma visibilidade física dos limites dos lugares de estacionamento", afirmou o responsável. A data de implementação da medida ainda não foi anunciada, mas, segundo o autarca, será proibido circular em zonas exclusivamente pedonais, jardins e faixas BUS, bem como em "artérias rodoviárias centrais", especificou o responsável, dando o exemplo das faixas centrais da Avenida da Liberdade.  O alargamento das proibições de circulação a mais zonas da cidade havia sido anunciada pela CML em Maio, ao jornal Público, mas ainda sem detalhes sobre a decisão. O mesmo jornal questionava, na altura, o facto de a autarquia ainda não ter avançado com o
Obras na zona da Avenida Santos Dumont devem estar completas no final de 2026

Obras na zona da Avenida Santos Dumont devem estar completas no final de 2026

Foi apresentado esta quarta-feira, dia 4 de Junho, o projecto para a segunda fase de requalificação da zona da Avenida Santos Dumont, no Palácio Galveias. A obra que arrancou em Agosto do ano passado deverá ter a primeira fase concluída no final de Julho, prevendo-se o arranque da intervenção nas ruas perpendiculares Tenente Espanca e Dom Luís de Noronha, bem como na Rua Actor Alves da Costa, para o último trimestre do ano.  Nas três ruas, prevêem-se sobretudo mudanças no sentido de uma melhor mobilidade pedonal, a reorganização dos lugares de estacionamento, novo mobiliário e mais árvores, numa resposta às alterações climáticas e ao efeito de ilha de calor. O projecto da segunda fase de obra, que tem a duração prevista de 10 meses, envolve, assim, 56 novas árvores (17 em floreiras, já que as estruturas do subsolo não permitiam, em alguns pontos, a plantação de árvores em caldeiras), a criação de 500 metros quadrados de canteiros, mais 51 pontos de iluminação pública, passeios mais largos e com pavimento anti-derrapante e três novos bancos. Com a intervenção, perde-se ainda um total de nove lugares de estacionamento.  Lisboa SRU / Equipa de projectoProjecto para segunda fase de requalificação Lisboa SRU / Equipa de projectoProjecto para segunda fase de requalificação Ainda para esta zona mas fora deste projecto, está planeada a criação de uma nova escola, na zona ocupada hoje por serviços de venda de automóveis e oficina, entre as ruas Dom Luís de Noronha e Actor Alves da
Expansão do metro de Lisboa até Alcântara está em risco

Expansão do metro de Lisboa até Alcântara está em risco

A execução da obra de extensão da linha de metro de São Sebastião até Alcântara, com financiamento previsto pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está em risco, de acordo com a Comissão Nacional de Acompanhamento. Depois de, no ano passado, o investimento ter sido considerado "crítico", foi divulgado esta quarta-feira o relatório de avaliação independente da comissão, referindo que, "apesar de ter existido ajustamento de meta no âmbito da reprogramação, (...) considera-se ser de manter a apreciação de 'crítico' neste investimento", devido ao facto de "ainda não ter sido possível proceder à consignação da obra e respectivo início". O valor necessário para prolongar a linha vermelha até Alcântara, passando por Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique e a Avenida Infante Santo, é de 405 milhões de euros, sendo que 357,5 milhões teriam origem no PRR. O relatório agora divulgado dá conta de que, no âmbito da reprogramação, foram aprovados uma redução do valor em 72 milhões e um "ajuste da meta em virtude da impossibilidade de concluir o investimento dentro do prazo do PRR".  O contrato com a Mota-Engil/SPIE, que avançaria com a obra, foi assinado em Dezembro de 2023. No entanto, a existência de impugnações judiciais atrasou o processo. Ainda em Fevereiro, porém, o projecto da linha vermelha recebeu sinal para avançar da Agência Portuguesa do Ambiente, ainda que sob a necessidade de se apresentarem elementos complementares". O prazo para os investimentos ao abrigo do PRR term
Refugee Week: o festival que celebra a diversidade trazida pelos migrantes chega a Lisboa

Refugee Week: o festival que celebra a diversidade trazida pelos migrantes chega a Lisboa

Dois artistas – MoYah, rapper, forçado a fugir da guerra civil no país onde nasceu, Moçambique, e Carlota Matos, das artes performativas, portuguesa – conheceram-se no Reino Unido, país-berço da Refugee Week, o festival fundado em 1998 e que se tornou no maior do mundo com o objectivo de celebrar "o contributo, a criatividade e a resiliência dos refugiados e pessoas que procuram asilo". O tempo passou e, depois de terem começado a trabalhar juntos, surgiram a necessidade e a ideia. “Neste tempo em que a imigração é um assunto tão falado, começámos a perceber que, apesar de haver muito trabalho interessante e relevante em Portugal feito por comunidades migrantes, as pessoas não sabem umas das outras, as associações não comunicam assim tanto entre elas, não se conhecem”, conta a performer Carlota Matos. A dupla decidiu, então, trazer a Refugee Week para Portugal, com o objectivo de “ligar pessoas, artistas, associações e centros culturais”. Não pesa menos “a situação política e social” da actualidade, marcada pela insuficiência da resposta aos migrantes que todos os anos chegam a Portugal. “É preciso que as comunidades se conheçam”, insiste a organizadora, defendendo esse como o primeiro passo para uma melhor integração. Marcia ChandraRefugee Week no Reino Unido, em 2018 A arte e a comida foram, assim, os melhores meios que os organizadores encontraram para “juntar pessoas e quebrar estereótipos”, “sempre na óptica de celebrar”. “Quando se vêem tantas coisas negativas relativ
Queixas contra Carris aumentaram mais de 70% nos primeiros cinco meses do ano

Queixas contra Carris aumentaram mais de 70% nos primeiros cinco meses do ano

Entre Janeiro e Maio deste ano, o número de reclamações dirigido à Carris aumentou 70,4%, em comparação com os últimos cinco meses de 2024, demonstra uma análise recente a dados do Portal da Queixa. "As reclamações mantêm uma tendência crescente mensal, verificando-se um aumento de 162% no mês de Maio, quando comparado com Janeiro", pode ler-se no comunicado enviado às redacções. Os motivos de reclamação mais frequentes (38%) são os atrasos e o incumprimento de horários, mas também pesam os "relatos de má conduta e comportamento inadequado por parte dos motoristas", somando 19,3% das denúncias. Já 16,6% das queixas estão relacionadas com a qualidade geral do serviço prestado, nomeadamente com o conforto, lotação, frequência dos autocarros ou "insatisfação geral com a experiência do transporte", e 12% dos registos associam-se a problemas na cobrança e pagamentos. A maioria (55,8%) das queixas registadas nos primeiros cinco meses do ano foram apresentadas por mulheres e por pessoas entre os 25 e os 34 anos (30%). Ainda assim, os indicadores de desempenho da empresa de transportes no Portal da Queixa mostram um Índice de Satisfação de 71 pontos em 100, ou seja, “óptimo”, na avaliação dos consumidores.  Os trabalhadores da Carris estão em greve parcial até sexta-feira, dia 6 de Junho, e de 24 horas até ao dia 12 de Junho, véspera de Santo António. De acordo com declarações da empresa à agência Lusa, até às 11.00 do segundo dia de greve (3 de Junho), a adesão era de 4,4%. 🏡 Já
Da estação fluvial Sul e Sueste ao Liceu Camões. Há cinco novos prémios Valmor

Da estação fluvial Sul e Sueste ao Liceu Camões. Há cinco novos prémios Valmor

A Estação Sul e Sueste (junto ao Terreiro do Paço, de onde partem os barcos em direcção ao Barreiro), um prédio de habitação em Campo de Ourique (na Rua Francisco Metrass), o novo edifício do Instituto Universitário de Lisboa – Iscte, o Funicular da Graça e o Liceu Camões. São estes os vencedores dos Prémios Valmor e Municipal de Arquitectura, referentes ao período entre 2021 e 2024, anunciou esta terça-feira, 3 de Junho, a Câmara Municipal de Lisboa, numa cerimónia no MUDE – Museu do Design.  Já as menções honrosas foram para um edifício de habitação na Rua das Praças (Estrela), a Escola Básica do Parque das Nações, a ampliação de um prédio de habitação na Travessa de Santa Quitéria (Campo de Ourique), o conjunto habitacional no arruamento à Rua Isaac Rabin (Lumiar), o Parque Urbano Gonçalo Ribeiro Telles (Praça de Espanha) e a renovação do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Fotografia: Francisco Romão PereiraEstação Sul e Sueste Francisco Romão PereiraFunicular da Graça Olhando a autores, o grande vencedor do quadriénio, entre as 556 fichas de obras analisadas, é o atelier de João Pedro Falcão de Campos, pela autoria do edifício na Rua Francisco Metrass (2022) e pela reabilitação do Liceu Camões (2024). "Esta é a diversidade de Lisboa" "Vemos aqui edifícios para habitação, escolas, espaços verdes, museus, estações de transportes… Estão aqui edifícios que têm não só funções diferentes, como também estilos diferentes. E esta é a diversidade de Lisboa
Almada e Oeiras estudam ligação fluvial e vão apresentar proposta ao Governo

Almada e Oeiras estudam ligação fluvial e vão apresentar proposta ao Governo

As câmaras de Oeiras e de Almada estão a estudar a possibilidade de criação de uma ligação fluvial entre a Trafaria e Algés, tanto com vista a "melhorar a ligação entre margens" como a "reduzir o tráfego rodoviário na Ponte 25 de Abril", comunicaram ambos os municípios.  Esta é também uma forma de "corresponder aos diferentes projectos de mobilidade previstos actualmente na Área Metropolitana de Lisboa (AML), nomeadamente, a expansão do Metro Sul do Tejo à Costa da Caparica e à Trafaria e, do lado de Oeiras, a extensão do elétrico 15 ao Jamor e o desenvolvimento do metro ligeiro de superfície LIOS (Linha Intermodal Ocidental Sustentável) que irá ligar Alcântara a Algés, com extensão à Reboleira (Município da Amadora) e ao Colégio Militar (Município de Lisboa)".  A reunião dos líderes dos executivos, Isaltino Morais e Inês de Medeiros, com a presidente da empresa de transportes Transtejo, Alexandra Carvalho, aconteceu esta segunda-feira, 2 de Junho. Nela, os dois municípios comprometeram-se a trabalhar em parceria no curto prazo, no sentido de elaborar uma proposta conjunta a apresentar à Área Metropolitana de Lisboa e ao Governo. Em Fevereiro, o ministro Miguel Pinto Luz anunciou a possibilidade de ligação entre estas duas localidades Oeiras e Almada, mas sob o rio, através de um túnel. No mês seguinte, o jornal Público noticiava que o Governo havia mandatado a IP – Infra-estruturas de Portugal e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes para entregarem “uma proposta fundam
Pavilhão de Portugal é o novo espaço de cultura e estudo da cidade. Fomos conhecê-lo

Pavilhão de Portugal é o novo espaço de cultura e estudo da cidade. Fomos conhecê-lo

Ainda se contavam contos na altura em que Álvaro Siza Vieira desenhou a magnífica pala, uma ideia meio telhado ao contrário, meio folha de papel assente em dois tijolos distantes. Perto de 4,5 milhões de contos (o equivalente a 22,5 milhões de euros), mais precisamente, foi quanto o Governo libertou para erguer junto ao Tejo o pavilhão que representaria Portugal no leque de nações da Expo. O que fazer dele no futuro, no entanto, nunca foi muito claro. Chegou a pensar-se em ali instalar a presidência do conselho de ministros ou um museu de arquitectura. Ganhou o vazio. “É inacreditável como um edifício destes, considerado uma das melhoras obras em betão do mundo, esteve todos estes anos ao abandono”, desabafa Joana Sousa, da comunicação da Universidade de Lisboa (UL, que gere o monumento desde 2015), enquanto guia a Time Out pelo espaço renovado. A reabilitação, cujo custo superou os 12 milhões de euros, ficou a cargo do atelier de Siza (como não poderia deixar de ser), pelo que o detalhe está todo lá. Desde a recuperação de madeiras e outros materiais originais até aos aparelhos de climatização subtis, em tom minimalista.   Rita ChantrePavilhão de Portugal No centro do pátio, à volta do qual se faz todo o edifício, resiste uma árvore, provavelmente com mais de 25 anos. “Tantas histórias teria ela para nos contar”, solta Joana Sousa.  10.000 metros quadrados, fora a pala Tudo cheira a novo nos 10.000 metros quadrados do Pavilhão. E o que é tudo? As salas multiusos do Centro
Restaurados, ponteiros do relógio do Arco da Rua Augusta voltam a girar

Restaurados, ponteiros do relógio do Arco da Rua Augusta voltam a girar

Esta quinta-feira, 29 de Maio, dois ponteiros históricos regressaram a casa, isto é, ao relógio do Arco da Rua Augusta. Retirados há cerca de três meses do local com a ajuda de uma grua e do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa, foram restaurados e, agora, este é "um relógio para durar décadas", sempre a funcionar, assegura Hermínio Nunes, o relojoeiro responsável pela intervenção. Para realizar a operação, foi preciso levar os ponteiros – o dos minutos mede 2,60 metros e o das horas 2,2 metros – para a oficina do relojoeiro, na Marinha Grande, onde foram desmontados. "O alumínio foi completamente substituído. Estava em muito mau estado, porque é um elemento poroso", explica o responsável por telefone, à Time Out, indicando a humidade vinda do rio Tejo como factor de desgaste. "Há dois ou três anos, soltou-se um pedaço de alumínio e uma turista foi entregá-lo", conta ainda Hermínio Nunes, demonstrando o estado de conservação da estrutura. Nuno Filipe Garrido (via Facebook)Recolocação do relógio Além da substituição integral do alumínio (os ponteiros são em cobre, mas contam com um reforço de alumínio), também o cobre em falta foi recolocado, "como no original". Nos últimos anos, a estrutura havia sofrido adulterações, como a substituição de alguns pedaços de cobre por ferro. Um relógio de humores Nem sempre, no entanto, o relógio do Arco da Rua Augusta funcionou à altura da encomenda. O aparelho – que chegou a esta rua central da Baixa na década de 1930 e teve, inc
Bairro Padre Cruz ganha mercado municipal renovado

Bairro Padre Cruz ganha mercado municipal renovado

Começou por ser uma vacaria, com alguns espaços de apoio às actividades agrícolas da zona, até que, nos anos de 1960, com a criação do Bairro Padre Cruz, foi convertido em mercado. Os anos mais recentes, porém, não foram de glória: "Todos nos lembramos que, a par da muita insalubridade, até no interior do mercado chovia", sublinha Fábio Sousa, o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, na página oficial do organismo. O mercado reabre renovado este sábado, dia 31 de Maio, às 10.00. A requalificação do mercado, orçada em 1,5 milhões de euros, tem a assinatura do gabinete de arquitectos REDO, que se preocupou em tornar o espaço mais amplo e com mais luz natural. “O projecto de requalificação propõe a recuperação da praça original do mercado, através da conservação e reforço estrutural das paredes principais do edificado e a demolição parcial do interior mais recente", pode ler-se na página do atelier. Assim, há uma zona de bancas fixas e outra "flexível", que permite "a adaptabilidade do espaço para outras actividades, como a criação de uma zona de restauração, um espaço de co-working e ainda uma zona dedicada a actividades didáticas”. DRImagem do projecto Com a reabilitação, nasce um novo piso superior, cujas lojas ficarão directamente ligadas ao terraço, a uma zona de esplanadas e canteiros com pequenas "hortas urbanas". Há, ainda, um pequeno auditório e um átrio coberto. DRMercado do Bairro da Boavista DRMercado do Bairro da Boavista "Após a entrega das chaves à c
Artistas há, mas faltava o Ponto Kultural. “Espaço de provocação” abre em Mem Martins

Artistas há, mas faltava o Ponto Kultural. “Espaço de provocação” abre em Mem Martins

Era um ponto que faltava à linha. O Ponto Kultural à Linha de Sintra, mais precisamente à freguesia de Algueirão-Mem Martins, uma das mais populosas do país, com quase 70 mil habitantes, e um vazio no que toca a lugares para fazer e aceder a música, cinema, artes plásticas. "Não existem espaços culturais na freguesia de Algueirão-Mem Martins. E, em Sintra, são limitados em termos de programação, também no sentido em que muitas vezes ela está feita com mais de um ano de antecedência. Se uma banda está a começar e quer dar um concerto em algum lado, um ano é muito. A banda pode já nem existir", explica Rodrigo Faria, agente cultural e coordenador do Ponto Kultural, espaço de criação e investigação artística que inaugura esta sexta-feira, dia 23 de Maio, em Mem Martins. As portas abrem às 18.00 e o evento conta com uma exposição de fotografia de Hugo Barros, sobre obairro onde cresceu, o Zambujal, e um DJ set com o colectivo RS Produções, da Rinchoa, que se move entre "sons urbanos, periféricos e afro-diaspóricos". Muita da produção cultural saída daquela que é a última freguesia da Linha antes de chegar a Sintra, e onde se estima que vivam à volta de 15 mil jovens, sobe aos palcos e entra em grandes salas de exposições. Mas sai, muitas vezes, de sótãos, garagens, estações e carruagens de comboio, das praças. Nada de errado com isso. Sai bem. Mas pode fazer-se mais. "Queremos que [o Ponto Kultural] seja um espaço que mostre que, criadas as condições, os artistas acabam por conse