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A Floresta das Almas Perdidas

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A Floresta das Almas Perdidas
©DR
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A Time Out diz

A seta indicando o caminho por baixo da palavra “suicídios” devia ser suficiente. Afinal é o segundo aviso do realizador à navegação, depois de ainda antes do genérico inicial se ver uma rapariga tristonha emborcar um frasquinho de veneno e deixar-se ir água abaixo. Contudo, logo a seguir, o encontro entre dois candidatos
a largar a vida naquela floresta, iniciando um diálogo de aparência estimulante, leva a pessoa ao engano.

José Pedro Lopes mostra, nesta sua primeira longa-metragem, estreada este ano no Fantasporto, ser um realizador inteligente, sensato na manipulação das imagens, capaz de escolher actores adequados (Jorge Mota e Daniela Love) aos papéis que lhes destina o argumento. O busílis está no argumento, iniciado como uma espécie
de farsa psicológica negra e,
por reviravolta tão manhosa quão previsível, vulgarizado, esvaindo-se como narrativa de perseguição e esfaqueamentos e mortes sortidas e gratuitas de um anjo tornado demónio, ou de um demónio disfarçado de anjo, tanto faz.

Por Rui Monteiro

Escrito por
Rui Monteiro

Detalhes da estreia

  • Duração:71 minutos
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