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Isabelle Huppert interpreta, neste filme de Jean-Paul Salomé, a sindicalista irlandesa Maureen Kearney, que foi intimidada e violentada por estranhos em sua casa, após denunciar em 2004 a existência de um contrato secreto com a China, que iria desmantelar a Areva, a grande empresa francesa estatal do sector nuclear com expressão europeia, lançar milhares de pessoas para o desemprego e transferir tecnologia para aquele país. Uma situação que se virou contra ela, já que a polícia, após uma investigação desleixada, a transformou de vítima em acusada de fabricação, e Kearney teve que defender o seu bom nome. Huppert é sempre boa, faça o que fizer (veja-se como caracteriza a personagem pela roupa que usa e o cuidado como se maquilha), mas não salva este thriller de “denúncia” arrumadinho de ser muito explicado e arrastado. Actriz e realizador já tinham feito antes o bem melhor Agente Haxe (2020).