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Clube dos Bilionários

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Clube dos Bilionários
©DRClube dos Bilionários de James Cox
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A Time Out diz

O único motivo de curiosidade de Clube dos Bilionários é a presença de Kevin Spacey num dos seus últimos papéis no cinema, antes de ser alvo das acusações de assédio sexual por vários homens,
 que o levaram a ser apagado digitalmente de Todo o Dinheiro do Mundo, de Ridley Scott, e substituído por Christopher Plummer. E conduziram ainda
 a Netflix a cancelar a exibição e
 a distribuição do filme Gore, de Michael Hoffman, onde Spacey personifica o escritor Gore Vidal (o actor foi também despedido da série House of Cards, produzida pela mesma Netflix).

Spacey interpreta aqui Ron Levin, um vigarista de alto coturno, com um estilo de vida milionário e íntimo de muitas celebridades, que nos anos 80 se envolveu em negócios fraudulentos com um grupo de meninos ricos de Beverly Hills,
 e teve um fim violento. Tendo
em conta o estatuto de pária de Kevin Spacey actualmente em Hollywood, e no meio artístico, poderá passar bastante tempo até o vermos outra vez no cinema.

Este filme de James Cox (Os Crimes de Wonderland) baseia-se em acontecimentos reais, e é o mais recente – e também muito tardio – de uma onda de títulos sobre os excessos e as práticas ilegais e imorais do mundo da finança, da década de 80 até à crise de 2008. E que teve como pontos altos fitas como O Dia Antes do Fim, de J.C. Chandor, O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, ou A Queda de Wall Street, de Adam McKay.

Só que Clube de Bilionários fica muito, mas muito longe de se poder medir com qualquer destas. Estamos em Los Angeles, em 1983. Dois jovens amigos ambiciosos, de famílias da classe média, Joe Hunt (Ansel Elgort) e Dean Carney (Taron Egerton), juntam um grupo de abastados
 e ociosos ex-colegas de escola e convencem-nos a investir num negócio de especulação em ouro que os transformará rapidamente em bilionários.

Seguem-se todos os lugares comuns e situações feitas deste tipo de filme, dos entusiasmos dissipadores ao desespero da falência iminente e à quebra
 de lealdades para salvar a pele.
 A realização é indiferente, as interpretações são indolentes e Clube de Bilionários não consegue registar na cotação do nosso interesse.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Eurico de Barros

Detalhes da estreia

  • Duração:108 minutos
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