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Drácula: O Despertar do Mal

  • Filmes
Dracula: Voyage of the Demeter
Photograph: Studiocanal
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A Time Out diz

O filme de André Ovredal é o primeiro inteiramente passado no navio que, no clássico livro de Bram Stoker. transporta o vampiro da Transilvânia para Londres.

O norueguês André Ovredal, autor de O Caçador de Trolls e A Autópsia de Jane Doe, dois óptimos filmes fantásticos, imagina em Drácula: O Despertar do Mal o que teria acontecido a bordo do navio Demeter, que no clássico de Bram Stoker transporta o vampiro e vários caixotes de terra do seu castelo da Transilvânia para Londres, baseando-se no capítulo da obra em que consta o diário de bordo do comandante do navio. Outros realizadores que levaram o livro de Stoker ao cinema (a começar por Murnau no seu Nosferatu) dedicaram parte dos seus filmes a este episódio, mas o de Ovredal é o primeiro inteiramente passado no navio. A ideia é muito boa, só que acaba sabotada, por um lado, pelo excesso de liberdades que o realizador toma com a história (nomeadamente, a introdução de várias personagens que não constam dela originalmente, uma das quais, o médico negro Clemens, é completamente inverosímil tendo em conta o contexto da época); e pelo outro, pelo escasso capital de suspense, aflição e terror que ele extrai da presença do vampiro a bordo e do massacre da tripulação por este (Ovredal pôs em paralelo Drácula: O Despertar do Mal e Alien – O 8.º Passageiro, mas a comparação só realça os escassos méritos do seu filme). E há ainda aquele ridículo e absurdo final “alternativo”, que funciona como uma estaca enfiada até ao fundo no coração das pretensões de Drácula: O Despertar do Mal.

Escrito por
Eurico de Barros
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