O realizador francês Luc Besson dá aqui a sua interpretação da história clássica de Bram Stoker, com Caleb Landry Jones como Drácula e Zoë Bleu num duplo papel, o de Maria, por quem o aristocrático vampiro se apaixona loucamente, e o da sua mulher, Elisabeta, morta no século XV durante a invasão dos otomanos. A história passa-se agora na Paris de finais do século XIX, e Besson explora a eterna busca por amor e a esperança de reencontrar a alma gémea através dos tempos, mais do que a componente de terror sobrenatural do livro de Stoker. Drácula é agora um anti-herói trágico e romântico, castigado por desafiar Deus, blasfemar e ter morto um bispo, há boas ideias (o ataque final do exército romeno ao castelo do vampiro) a coexistir com outras menos felizes (a busca pelo perfume irresistível), uma curiosa ambiência de banda desenhada ao longo de todo o filme (lembremos que o realizador já adaptou ao cinema as aventuras de Valerian e de Adèle Blanc-Sec), Christoph Waltz personifica um imperturbável padre caçador de vampiros que é a versão eclesiástica de Van Helsing, e o final é uma original surpresa.

Crítica
Drácula: Uma História de Amor
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