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De estrela pop teen planetária, rica, casada e com dois filhos e senhora da sua vida pessoal e profissional, Britney Spears passou a celebridade problemática, perseguida pelos media e pelos paparazzi, divorciada e sem a guarda dos filhos, e posta pelos tribunais sob a tutela legal do pai, que até há pouco tempo controlava também a situação financeira da filha, e seus advogados. Uma situação que dura há 13 anos, com a qual a cantora não está confortável (se é que alguma vez esteve) e que tem tentado anular na lei. O documentário Framing Britney, em exibição no Odisseia, faz a crónica sucinta da meteórica ascensão e da aflitiva queda de Britney Spears, e da campanha que o seu exército de fãs tem feito para a sua “libertação”, aproveitando para questionar, através deste caso, os termos do mecanismo da custódia legal nos EUA. Framing Britney esteve para ser, no início, apenas sobre a cobertura mediática da vida privada da cantora. E o que acaba por sobressair aqui é precisamente a forma selvática, revoltante, desumana, como paparazzi, televisões e tablóides a assediaram sem descanso num período difícil da sua vida, influenciaram a opinião pública contra ela e ajudaram a contribuir para a problemática situação em que se encontra.