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Custa ver uma actriz como Diane Keaton, que já foi dirigida por realizadores como Woody Allen, Francis Ford Coppola, Richard Brooks ou George Roy Hill, penar por filmes como Nunca é Tarde para Amar, mais uma de muitas inanes comédias dramáticas para a terceira idade, esta inspirada num facto real. Keaton interpreta uma viúva americana que se envolve com um excêntrico inglês (Brendan Gleeson) que vive numa zona do parque londrino de Hampstead Heath e que trava uma luta solitária com os especuladores que o querem desalojar e construir prédios de luxo.
Escudado neste álibi de actualidade, o realizador Joel Hopkins limita-se a dar destaque a este muito improvável e senescente par. Diane Keaton desdobra-se em tiques da escola Annie Hall e Brendan Gleeson faz o número do velho extravagante e refilão mas charmoso, ambos em luta contra a ganância do mundo moderno, acompanhados por uma banda sonora de anúncio a iogurtes dietéticos.
Por Eurico de Barros