O Monge e a Espingarda
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Crítica

O Monge e a Espingarda

3/5 estrelas

Uma comédia satírica leve, levezinha, sobre a chegada da democracia de modelo ocidental a um país budista remoto e inocente.

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A Time Out diz

Pawo Choyning Dorji, autor de Um Iaque na Sala de Aula (2019) assina esta fita ambientada no Butão, em 2006. O velho rei abdicou no filho, o país foi o último do mundo a ligar-se à Internet e à televisão, poucos anos antes, e vai agora transformar-se numa monarquia constitucional com eleições. Para ensinar as pessoas a votar nas próximas legislativas, as autoridades organizam uma simulação de eleições, mas aquelas, para as quais a religião é mais popular do que a política, não parecem convencidas. E há um venerando lama que pediu a um jovem discípulo que lhe arranjasse uma espingarda no dia das eleições. Espingarda essa que, por ser antiga e muito valiosa, é cobiçada por um rico coleccionador americano que veio ao Butão de propósito para a comprar. O fotógrafo e cineasta butanês realiza, em O Monge e a Espingarda, uma comédia satírica leve, levezinha, sempre discretamente sorridente, e a espaços um tudo nada simplista, sobre a chegada da democracia de modelo ocidental a um país budista remoto e inocente, que até aí vivia num regime de monarquia absoluta, os consequentes choques culturais, de mentalidade e religiosos, e o impacto da televisão e da Net – e dos rituais da política partidária – na vida dos seus compatriotas.

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