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Pop Aye

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Pop Aye
©DR
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A Time Out diz

Filmes sobre a crise da meia-idade, há-os para dar e vender. Mas de certeza que até a realizadora Kirsten Tan rodar Pop Aye, não havia nenhum que envolvesse um elefante.

Nesta sua longa-metragem de estreia, Tan conta a
história de Thana (Thaneth Warakulnukroh), um rico arquitecto de Bangkok em crise profissional (a sua opinião já não é tida em conta no gabinete onde trabalha e o edifício que ajudou a planear na juventude, e de que mais se orgulha, vai ser demolido) e conjugal (a mulher só pensa em compras e prefere um vibrador a ter relações sexuais com o marido). Um dia, Thana cruza-se , nas ruas da cidade, com o elefante com o qual cresceu quando era criança e pobre, no campo, o Pop Aye do título, assim baptizado porque ele estava a ver desenhos animados de Popeye, o Marinheiro, com a família, quando o elefantezinho foi encontrado junto à mãe morta.

O arquitecto compra o elefante ao dono e mete-se à estrada com ele, rumo à aldeia natal, para o ir mostrar ao tio, o seu único familiar sobrevivente. Thana e o elefante envolvem-se então em peripécias com um indigente filosófico, um par de polícias trapalhões, um travesti e uma prostituta de bar, enquanto a realizadora, recorrendo a flashbacks, nos vai informando sobre o passado do arquitecto.

No essencial, Pop Aye é mais uma história de angústia da meia-idade com a forma de road movie insólito, em que o elefante faz as vezes do proverbial carro de desporto descapotável. E tem os seus momentos, antes de se começar a repetir e não saber quando acabar.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Eurico de Barros

Detalhes da estreia

  • Duração:104 minutos
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