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Sibyl

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A Time Out diz

Se Sibyl, a psicanalista interpretada por Virginie Effira no filme homónimo de Justine Triet, existisse na vida real, era liminarmente irradiada da respectiva Ordem pelo seu comportamento anti-ético. Não só canibaliza a vida de uma paciente, Margot (Adèle Exarchopolous), uma jovem actriz que a contactou em desespero, para escrever o enredo do seu livro, como se vai meter na rodagem do filme que ela está a fazer em Stromboli e acaba por dormir com Igor (Gaspard Ulliel), o actor principal, que engravidou Margot e a levou a abortar, e anda ao mesmo tempo com a realizadora. À vulgata dos filmes sobre triângulos amorosos, Sibyl junta um aglomerado de clichés dos filmes com psicanalistas, tudo mal misturado num enredo forçadíssimo, em que quase toda a gente, a começar pela protagonista, é vulnerável, insegura ou mal resolvida, não parando de se queixar, de chorar ou de se vitimizar; e Justine Triet, que não conhece o significado da palavra “subtileza”, não pára de sublinhar este rol de achaques a todo o pé de passada. É um filme presunçoso, desastrado e com espasmos de ridículo, uma francesada de digestão impossível.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Eurico de Barros

Detalhes da estreia

  • Duração:100 minutos
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