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The Bad Batch - Terra sem Lei

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The Bad Batch - Terra Sem Lei
©DR
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A Time Out diz

Costuma dizer-se: “dava um braço e uma perna para ter isto ou aquilo”. Arlen (Suki Waterhouse), a heroína de The Bad Batch, realizado pela americano-iraniana Ana Lily Amirpour, autora do original filme indie de vampiros Uma Rapariga Regressa de Noite Sozinha a Casa, dá, contra vontade e literalmente, um braço e uma perna a uma culturista canibal nos primeiros dez minutos desta fita.

The Bad Batch passa-se nos EUA, num futuro próximo e distópico, onde os criminosos e outros elementos indesejáveis da sociedade são presos, numerados à força e depois escorraçados para uma zona inóspita do Texas, onde se formaram pelo menos duas comunidades: uma onde
 o canibalismo se vulgarizou, a outra mais organizada e tutelada por um líder carismático que tem um harém de reprodutoras que também zela pela sua segurança, e mantém a população mansa e satisfeita à custa de frases inspiradoras, ecstasy e raves.

Há uma alegoria político-social para ser minerada em The Bad Batch, ou então uma série
 B de exploitation como as dos anos 70 e 80 para ser glosada com muita acção, violência e humor negro. Só que Amirpour se fica pelas pelas referências óbvias e estéreis ao filme de ficção científica pós-apocalíptico e
 de terror canibal, ou ao western psicadélico, enquanto Keanu Reeves, Jason Momoa, Diego Luna e um Jim Carrey mudo passam à frente da câmara. Em vez de um upper, The Bad Batch é um somnífero.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Eurico de Barros
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