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Utoya, 22 de Julho

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Utoya, 22 de Julho
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A Time Out diz

3/5 estrelas

O massacre da ilha de Utoya, na Noruega, em 22 de julho de 2011, quando Anders Breivik, um militante de extrema-direita, atacou o acampamento de Verão da juventude do Partido Trabalhista, matando 77 pessoas e ferindo 110, deu origem a dois filmes muito diferentes. Em 22 de Julho, uma produção da Netflix, Paul Greengrass cobre, ao longo de duas horas e meia, todos os aspectos da história, trabalhando sobre um livro da jornalista Åsne Seierstad, que assinou o argumento com o realizador. Utoya, 22 de Julho, de Erik Poppe, está nos antípodas da fita de Greengrass, propondo uma abordagem totalmente diferente na forma e no fundo. Abrindo a fita com imagens de arquivo do atentado à bomba que Breivik fez primeiro em Oslo, Poppe não sai da ilha, centra-se numa única personagem, a jovem Kaja, por cujos olhos seguimos os acontecimentos, partilhando a sua confusão e o seu desespero, e filma tudo num só plano-sequência, mantendo a aflição e o suspense sempre vivos e não passando a hora e meia de duração. À eficácia junta-se a economia. Quanto a Breivik, aparece apenas duas vezes, e em silhueta.

Por Eurico de Barros

Escrito por
Eurico de Barros

Detalhes da estreia

  • Classificação:15
  • Data de estreia:sexta-feira 26 outubro 2018
  • Duração:90 minutos
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