Aterro do Flamengo
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Os melhores programas para fazer no Aterro do Flamengo

Do aeroporto Santos Dumont à Praia de Botafogo: há muito o que aproveitar nesse pedaço do Rio, seja na terra, seja no mar

Lívia Breves
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É indiscutível: o Aterro do Flamengo é uma das partes mais bonitas e democráticas do Rio. E ele completa 60 anos cheio de pique: movimentado, com muitos eventos e, pela primeira vez em 40 anos, com a praia limpa e liberadíssima para banho.

Inaugurado em 1965, a ideia era ousada: aterrar um pedaço da Baía de Guanabara para ligar o aeroporto Santos Dumont à Copacabana. E isso com autopistas e jardins. Com projeto de Lota de Macedo Soares (foi ela que convenceu o então governador Carlos Lacerda a transformar um aterro em um jardim à beira-mar) e Affonso Reidy e paisagismo de Burle Marx foi tudo muito pensado para ser de uma beleza especial. O Aterro, visto de cima, tem formas de um barco, um peixe ou uma onda do mar, sabia?

Isso combinado com parque arborizado, vias largas, campos e quadras, pistas para skate, gramados... Aos fins de semana, é tomado por feiras, piqueniques, yoga ao ar livre, partidas de futebol, vôlei, tênis, além de corredores. Não acaba: tem ainda pista de skate, espaço para patinar e shows, festivais, passeios de barco, canoagem, restaurantes, blocos de carnaval, maratonas e muito mais.

10 programas para fazer no Aterro do Flamengo

1. Fazer um piquenique

Com extensos gramados sombreados por árvores e palmeiras, o Aterro do Flamengo é o cenário ideal para estender a canga, abrir um suco (ou uma cervejinha, quem sabe um vinho...), reunir os amigos ou relaxar com um bom livro. O parque, projetado por Burle Marx e embalado pela brisa do mar, oferece espaços perfeitos para uma pausa tranquila no meio da cidade.

As áreas próximas ao Palácio do Catete e ao MAM são especialmente disputadas, tanto pela vista quanto pela vibe.

No mais, é só chegar, escolher seu cantinho favorito e curtir o dia.

2. Curtir as praias de águas (agora) limpas

Pela primeira vez em décadas, a Praia do Flamengo está com 100% das águas próprias para banho, superando, inclusive, clássicos da Zona Sul como o Leblon. E o cenário é quase covardia: de um lado, o Pão de Açúcar emoldura a paisagem; do outro, os veleiros cruzam a Baía, aviões decolam e aterrissam no Santos Dumont e, ao fundo, avista-se Niterói. As águas são calmas, perfeitas para um mergulho tranquilo, e a areia é fina e clarinha.

Mais à esquerda, a Prainha da Glória virou outro point disputado, com direito a eventos animados como o Glorioso Bingo Dançante e até blocos de Carnaval fora de época.

A boa notícia não é passageira: o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tem feito testes frequentes e os boletins de balneabilidade confirmam que as águas limpas vieram para ficar. O motivo? Um avanço histórico: os 114 milhões de litros de esgoto que antes iam direto para a Baía de Guanabara agora estão sendo tratados.

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3. Remar com a vista do Pão de Açúcar

Imagina começar o dia deslizando sobre as águas calmas da Baía de Guanabara, com o Pão de Açúcar de um lado e o sol nascendo no horizonte e, por vezes, tartarugas e peixes passam ao lado. Essa é a vibe das aulas de canoa havaiana oferecidas pelo Clube Honu Va’a, na Praia do Flamengo.

As turmas rolam de segunda a sexta, bem cedinho (das 5h30 às 7h e das 7h às 8h30), sempre partindo ali no Posto 1. Tem aula experimental por R$60 e turmas fixas. 

Quem faz garante: vira um vício acordar se exercitando dessa uma maneira tão especial e com direito a mergulho no meio do trajeto.

4. Dançar com os tambores

Não é só o sol que esquenta o Aterro do Flamengo. Aos fins de semana e também durante a semana, o parque também vibra ao som dos tambores. Grupos como os Tambores de Olokun transformam o gramado em um palco aberto para batuques afro-brasileiros, danças e uma energia coletiva poderosa.

Os ensaios são abertos, gratuitos e costumam atrair uma galera. É só seguir o som e deixar o corpo entrar no ritmo.

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5. Ver uma exposição no MAM

O MAM Rio é daqueles lugares que impressionam antes mesmo de entrar. Pudera: assim como o Aterro, ele foi projetado por Reidy e Carmen Portinho e é rodeado pelos jardins de Burle Marx. Do lado de dentro, há sempre uma boa exposição de arte contemporânea e moderna ocupando os amplos salões.

Aos fins de semana, o MAM também está com uma agenda animada, de performances, shows e feiras (de zines, de comida etc). 

Todos os dias, por entre os pilotis, sempre há pessoas fazendo aulas de dança, skate, patins, Tai Chi Chuan.

6. Assistir a um filme na Cinemateca do MAM

Recém-reformada e reaberta em março, com projeção 4K e sistema de som atualizado com tecnologia Dolby Atmos, a Cinemateca retorna com sua curadoria afiada que resgata clássicos, exibindo pérolas raras e abrindo espaço para mostras autorais e experimentais. 

Tem sessões com filmes restaurados, debates com diretores, retrospectivas temáticas e até exibições em película, para quem gosta da experiência completa.

Ali do lado, abriu a Cantina do MAM, perfeita para um brunch, café ou almoço. 

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7. Comer e beber gostoso

O Aterro do Flamengo não é só um dos maiores parques urbanos do mundo, mas também é cenário de duas experiências gastronômicas que unem paisagem de cartão-postal e comida de altíssimo nível.

No Assador, há um churrasco premium de frente pro Pão de Açúcar, em uma casa toda envidraçada para aproveitar o visual da Baía de Guanabara. O rodízio (R$256) serve mais de 30 cortes nobres, como tomahawk, bife de chorizo, assado de tira e denver steak. Ainda há opções à la carte, como o salmão com crosta de castanha de caju ou o camarão à provençal.

Coladinho, fica o Baleia Rio’s, focado na cozinha mediterrânea. Entre os destaques está o Peixe do Dia Crostato (R$220, para até 3 pessoas), assado inteiro sob uma camada de sal grosso e finalizado na mesa, em uma apresentação digna de espetáculo. Também vale provar o Ravioli de queijo de cabra com chutney de figo, nozes e mel trufado (R$108), um prato delicado e cheio de camadas de sabor. 

8. Conhecer o Museu Carmen Miranda

No coração do Aterro do Flamengo, escondido entre palmeiras e jardins, está um dos museus mais carismáticos (e subestimados!) do Rio: o Museu Carmen Miranda. Dedicado à trajetória da artista que conquistou Hollywood com seus turbantes, batons vermelhos e gingado inconfundível, o espaço é pequeno, mas transborda história, estilo e brasilidade.

O acervo reúne figurinos originais, sapatos, acessórios icônicos, vídeos, discos, fotos raras e objetos pessoais que ajudam a contar a vida e o legado de Carmen, a primeira estrela pop brasileira a fazer sucesso internacional, nos anos 1940. Para além da estética exuberante, o museu revela a artista visionária, que abriu caminho para gerações de performers e foi pioneira na representação da cultura brasileira no exterior.

Ideal para um passeio rápido e surpreendente, o museu também é um bom ponto de parada para quem caminha ou pedala pelo Aterro.

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9. Aproveitar um festival no Marina da Glória

O Marina é um ponto para quem quer curtir um festival, seja de música, de arte ou de gastronomia. Shows de grandes nomes passam por festivais como Queremos!, Festival de Inverno, Clássicos do Brasil e outros. A ArtRio acontece lá também. 

A dica é ficar de olho nas programações. Afinal, curtir um evento com a brisa na Baía é uma experiência gostosa. 

10. Olhar o Aterro do mar

Quer ver o aterro de um outro ângulo? Do mar, os cartões-postais ganham uma nova perspectiva: a Praia do Flamengo, a Prainha da Glória, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, o skyline da Urca, o Morro da Viúva... tudo parece mais cinematográfico com a brisa no rosto e uma água de coco (ou vinho) na mão.

Há opções para todos os estilos e bolsos: desde passeios coletivos em saveiros e escunas com paradas para mergulho, até roteiros privativos em veleiros ou lanchas, ideais para grupos de amigos ou uma comemoração especial. Alguns passeios incluem trilha sonora, petiscos e drinks a bordo. E há saídas em diferentes horários e o importante é pegar o fim de tarde, com pôr do sol e a cidade dourada refletida na Baía de Guanabara.

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