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Fondue com vinho branco? Na Casa Horto, Elaine de Oliveira diz que sim

Um dos preferidos da especialista é o Ribolla Gialla, do produtor brasileiro Villaggio Conti, em São Joaquim, Santa Catarina

Bruno Calixto
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Bruno Calixto
Editor Time Out Rio de Janeiro
Csa Horto: um blend especial de queijos, trufa em pó, legumes variados, pães, linguiça e tornedor de mignon
Divulgação | Csa Horto: um blend especial de queijos, trufa em pó, legumes variados, pães, linguiça e tornedor de mignon
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Segue aberta a temporada de fondue da Casa Horto. Enquanto estiver inverno, tem o clássico nas noites de quarta. Melhor: um blend especial de queijos, trufa em pó, legumes variados, pães, linguiça e tornedor de mignon, nas opções para duas (R$ 276) ou quatro pessoas (R$ 538). Melhor ainda, a sommeliére da casa, Elaine de Oliveira sugere vinhos impensáveis para a ocasião, não fosse essa numa cidade que ferve até mesmo no inverno.

“Sou do time que não abandona os vinhos brancos nem no inverno, pelo contrário! Quando o frio chega, só mudo de estilo: passo a preferir brancos mais estruturados, que enchem a boca, com personalidade e caráter no paladar.”

Para quem deseja seguir os passos da especialista, uma das sugestões é o vinho branco Ribeiro Santo Cimento (Dão, Portugal). Mas tem muitos outros...

“Um dos meus preferidos nessa época é o Ribolla Gialla, do produtor brasileiro Villaggio Conti, em São Joaquim, Santa Catarina. Ele fermenta em grandes tonéis de madeira e depois estagia também em madeira. O resultado é um branco elegante, com corpo, camadas e muita complexidade. Perfeito para pratos mais ricos ou para beber sozinho, devagar”, crava Elaine.

Elaine de Oliveira, especialista em vinhos, harmonizações na dose certa
DivulgaçãoElaine de Oliveira, especialista em vinhos, harmonizações na dose certa

Do lado português, a sommeliére sugere o Quinta das Cerejeiras Grande Reserva branco, da região de Óbidos, em Lisboa. “Ele é feito com Arinto, Fernão Pires e Chardonnay — e fermenta em barricas de carvalho, onde também estagia por 12 meses. Um vinho branco de inverno com todas as letras: aromático, profundo e extremamente gastronômico. Aquele tipo de vinho que conversa com o prato e com a gente também.”

E do Alentejo? Peça o Marquês de Borba Vinhas Velhas, do João Portugal Ramos, “um vinhaço!” Ele é feito com Arinto, Roupeiro, Antão Vaz e Alvarinho, e passa oito meses em barricas de carvalho francês e húngaro. “É untuoso, tem textura e entrega uma boca cheia, envolvente. Um branco que chega chegando, ideal para noites frias e pratos mais estruturados.”

E aqui vai uma dica de ouro de Elaine: vinhos brancos mais estruturados como esses não devem ser servidos muito gelados. “Quando o vinho está gelado demais, a gente perde aroma, perde sabor. O ideal é servir refrigerado, sim, mas com moderação — ali entre 10 e 12 graus costuma ser o ponto ideal.”

Na ala dos laranjas (feito de uva branca em contato com a casca), tem Era dos Ventos Peverella, feito no Brasil, na Serra Gaúcha pelo Luiz Henrique Zanini, “uma verdadeira obra de arte”. Produzido com a uva italiana peverella, típica da imigração italiana, ele macera com as cascas e entrega um vinho intenso, rústico na medida, cheio de textura e história. “Um laranja perfeito para o inverno.”

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