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Gebar é o boteco árabe do Novo Mercado São José e também ‘baú’ de família

Quibe de forno, mini kaftas, humus com tomates confit, linguicinhas de cordeiro e um PF árabe no almoço. Prove essas e outras receitas de origem libanesa

Bruno Calixto
Escrito por
Bruno Calixto
Editor Time Out Rio de Janeiro
PF
Ananda Neves | PF
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Uma ideia em família, um primno que virou chef, receitas que sobreviveram ao tempo e Renata Gebara no comando. A sócia do Brota, que num passado não muito distante capitaneou a ideia do case Void, está por trás do Gebar (o nome diz tudo), espécie de “boteco árabe” do moderno e revitalizado Mercadinho Mercado São José, em Laranjeiras. Renata sabe empreender, mas para coloca ro negócio de pé chamou o irmão Bili e os primos Bia e Gabriel Gebara - o jovem chef. autor de receitas que a avó (filha de libaneses) fazia nos almoços familiares aos sábados e que foram passando pelas gerações da família. Tdos eles participarma da confecção do cardápio, de um modo ´peculiar, fam,iliar e artesanal,. Como tudo que a Gebara põe a mão.

Quibe de forno, mini kaftas, humus com tomates confit, linguicinhas de cordeiro e um PF árabe no almoço de terça a sexta. Kaftas no espeto, quibe de bandeja, hummus, baba ganoush e muito mais… andam fazendo sucesso. O cardápio – ainda reduzido – trará em breve sanduíches, saladas e o clássico arroz com lentilhas servido com cebola frita.

“Queríamos buscar os gostos exatos nas nossas memórias, trazer aquilo que fosse verdadeiro para nós e nos levasse direto para aqueles almoços da nossa avó”, conta Renata, que emenda. “Ela usava muito bem a canela; o quibe de bandeja era cortado em losangos perfeitos e finalizado com manteiga, bem suculento; o tabule tinha mais hortelã e salsinha que o próprio trigo; os ataif, ela recheava com catupiry. Tudo isso trouxemos pro Gebar.” 

O hummus, por exemplo, brilha diferente com três variações além da tradicional: tomatinhos confit, manteiga de missô e carninha com castanha de baru, alternativa do Cerrado aos pinoli que sua avó usava.

Com curadoria da Junta Local, o Novo Mercado anda deixando com saudades a boemia que ali buscava um canto escuro e cheio de cerveja gelada para passar horas a perder de vista. Mas anda enchendo de orgulho quem torce por melhorias estruturais nas Laranjeiras, mesmo que sob a égide da gentrificação e um novo público que anda por ali, continua o mesmo. Cheio de afeto, só que agora com bons motivo para sentar à mesa e comer bem.

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