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Uma galeria dedicada exclusivamente à fotografia, criada para valorizar olhares únicos e contemporâneos sobre o comportamento, principalmente o carioca. Com esse propósito nasce a Casa Proeza, iniciativa da designer Eduarda Ballesteros, no coração do Centro do Rio.
“Temos ótimas galerias de arte na cidade, mas são poucas as voltadas exclusivamente para fotografia. E embora convivamos intensamente com imagens no dia a dia, por meio de celulares e redes sociais, senti que era necessário criar um espaço mais especial, mais solene, para a fotografia”, explica Eduarda. “Minha intenção é dar visibilidade a jovens artistas que trazem um olhar investigativo sobre comportamento e cidade, especialmente no contexto do Rio, mas sempre fugindo do óbvio ou do clichê.”

A Casa Proeza inaugura suas atividades com a exposição “Geografias do Corpo”, com curadoria de Gabriela Toledo. A mostra reúne 29 fotografias que exploram as relações entre corpo, cidade e linguagem. Estão presentes nomes consagrados como Alair Gomes (1921–1992) e Kurt Klagsbrunn (1918–2005), além de uma nova geração de fotógrafos cariocas, como Bá Rosalinski, Lucas Bori e Demian Jacob.
“A Gabriela trouxe muito embasamento para o projeto. Era fundamental começar com uma curadoria que desse peso à proposta da galeria”, reforça Eduarda.

Instalada em um sobrado de 1895 na Rua do Ouvidor, nº 26, a Casa Proeza foi totalmente reformada para se tornar um espaço multifuncional que une galeria de fotografia, estúdio de design, loja (com livros, peças de design e outros achados) e salão para eventos. O projeto arquitetônico é assinado por Bel Lobo, com decoração da equipe da Casa 90, do Cosme Velho, e móveis de Thomaz Saavedra.

As exposições terão duração de 12 semanas, e a curadoria seguirá aberta a propostas que ampliem o campo da fotografia como arte e linguagem. “Os mercados estão se reinventando, assim como a arte e o próprio centro do Rio. Não me vejo como uma galerista tradicional. A Casa Proeza é um ponto de encontro, um espaço fluido, que permite experiências mais livres com a arte”, diz Eduarda.
A Casa faz parte do programa Reviver Cultural, da Prefeitura, que está ajudando a reativar imóveis históricos do Centro com ocupações criativas. Um fôlego novo (e necessário) pra cidade.
Onde: Rua do Ouvidor, 26, Centro.