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Omakase do Naga privilegia a forma sem deixar de lado o conteúdo. Praxe da família que imprimiu na Barra o conceito de comer o peixe da forma correta

Formato de jantar é servido de segunda a quarta, num único horário, e para somente seis pessoas, no balcão. Com harmonização de saquê pode chegar a R$ 900

Bruno Calixto
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Bruno Calixto
Editor Time Out Rio de Janeiro
Olhe de boi japa entre a seleção de sashimis
Tomas Rangel | Olhe de boi japa entre a seleção de sashimis
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Segunda, terça e quarta-feira. Esses são os únicos dias que você tem para provar um dos omakases mais esperados no Rio, do Naga, no VillageMall, Barra da Tijuca. Desde 2013 de bons serviços prestados à gastronomia nipónica na cidade, a família Nagayama, de São Paulo, rendeu-se à demanda do público e passou a oferecer o formato em que o comensal só sabe o que vai na boca na hora do jantar. Sim, o serviço só está disponível no jantar, às 20h em ponto, e para seis afortunados que conseguirem reserva para lugar no balcão - dividido por uma barra preta, não impossibilitando que outros clientes frequentem a área mais nobre do salão de quase cem lugares. 

Para isso, uma das herdeiras do clã. Cecilia Nagayama, trouxe de São Paulo o japonês Hiko Sam (que não fala português), tratando como um exímio expert no assunto, com passagem por casas de gastronomia de altíssima qualidade em Osaka, no Japão (uma delas datada de 1877). E na hora do show entram em cena, com ele, dois medalhões de prata da casa: Michel Peres e Jeferson Kunata.

“O Naga é de cozinha contemporânea , porém de alma tradicional japonesa”, resume Sam, para tentar desenhar o que pensou para o menu.

Hiko sam no meio, veio de São Paulo montar e executar o omakase do Naga, ladeado por Michel Peres e Jeferson Kunata
Tomas RangelHiko sam no meio, veio de São Paulo montar e executar o omakase do Naga, ladeado por Michel Peres e Jeferson Kunata

São dele algumas das criações servidas em 16 etapas, sobretudo as quentes. Destaque para iguarias como a endivia com atum (e abacate com maionese de wassabi fresco) e a “caixinha de joias do mar” (flan de ovos com frutos do mar). 

E segue o baile com polvo “armadura de samurai” (o corte) com sumisso, olho de boi japonês, wagyu marmoreio A5 (o mais alto) envolvendo aspargos, misso vermelho originário de Nagoya, enguia com sancho (pimenta japa), centolla e fois gras com lichia, além de um vocabulário oriental de fazer salivar: karasumi, kimizu, takuan…

“Tudo o que um japonês bom deve ter, sutileza e qualidade”, declara Laura Landim, mineira que foi morar na Barra e, junto com a filha, encontrou no Naga o prazer de sair de casa para jantar.

O menu harmonizado com saquês premium sai por R$ 900, sendo R$ 600 só a comida. Quem toca o serviço da bebida é um outro expert Naga, Paulo Victor de Paulo, desde o primeiro dia da casa no Rio. De sorriso farto, começou como garçom e agora roda o salão como gerente. 

Entre suspiros, gemidos e brindes no alto, esse é mais um omakase para a coleção carioca, onde faz sentido desde a escolha do produto (tem barcos pescando exclusivamente para o Naga na costa carioca) até o time de mãos que irão executar as peças. Seja em que idioma for.

Onde: Naga. VillageMall (3º andar). Av. das Américas, 3900 - Barra.

Quando: seg a qua, 20h

Quanto: R$ 600 e R$ 900 (harmonizado com saquês premium.

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