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Que tal ver uma exposição na Ilha Fiscal?

“Todas as Histórias se Perdem – Palavras do Passado”, de Mary Dutra, mistura arte, memória e, claro, uma travessia de escuna

Lívia Breves
Escrito por
Lívia Breves
Editora Time Out Rio de Janeiro
Exposição Todas as Histórias se Perdem – Palavras do Passado, da artista visual Mary Dutra
Divulgação
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Tem programa mais diferente do que pegar uma escuna e ir ver arte num castelinho no meio da Baía de Guanabara? Pois é exatamente isso que propõe “Todas as Histórias se Perdem – Palavras do Passado”, nova exposição da artista visual Mary Dutra, em cartaz até 1º de fevereiro de 2026 na Ilha Fiscal. A curadoria é de Fernanda Deminicis, e o cenário, convenhamos, já é uma obra à parte.

Exposição Todas as Histórias se Perdem – Palavras do Passado, da artista visual Mary Dutra
Divulgação

Dentro do icônico palácio verde, famoso pelo “último baile do Império”, Mary transforma as memórias da própria família em arte contemporânea. Ela parte dos escritos do bisavô, o poeta C. Paula Barros (1894–1955), e cria obras inéditas que misturam vídeo, poesia, documentos e áudio. É como se as palavras antigas ganhassem nova vida, em um diálogo delicado entre gerações. “Revisitar a história dele foi também revisitar a minha”, conta a artista. E não é força de expressão: a mostra atravessa quatro gerações de artistas brasileiros de Belém e do Rio, costurando literatura, música e artes visuais.

Exposição Todas as Histórias se Perdem – Palavras do Passado, da artista visual Mary Dutra
Divulgação

O bisavô, aliás, não era pouca coisa: parceiro de Villa-Lobos, tradutor das óperas “O Guarani” e “O Escravo”, e figura atuante na cena cultural da primeira metade do século XX. Mary usa esse legado como ponto de partida para falar sobre o que o tempo tenta apagar, e sobre como a arte pode resgatar o que parecia perdido.

Exposição Todas as Histórias se Perdem – Palavras do Passado, da artista visual Mary Dutra
Divulgação

Além da beleza do espaço e das obras, o passeio até a Ilha já vale por si só: o trajeto de escuna sai do Boulevard Olímpico e entrega vistas incríveis da cidade. Para quem vai com crianças, há ainda uma área com desenhos e livros para colorir.


Onde: Ilha Fiscal – acesso via escuna ou micro-ônibus
Quando: Até 1º de fevereiro de 2026
De quinta a domingo, saídas às 12h45, 14h15 e 15h30
Quanto: R$60 (inteira) / R$30 (meia) 
Ingressos aqui.

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