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A fachada rosa, com janelas e portas azuis, já garante um clima de férias na Bahia. Assim como quadros de Iemanjá, carrancas, fotografias e um altar. O Salva Bar, que abriu este mês em Botafogo, é comandado pelo chef baiano Fabrício Chagas e, como ele conta, apresenta um cardápio que vai além do dendê. Tem muito do Recôncavo também. A carne de fumeiro, por exemplo, aparece recheando o croquete (R$ 49), o pastel (R$ 28) e também em um arroz que leva ainda polvo (polvo e carne de fumeiro em pedaços, refogados com tempero baiano, caldo de polvo e pomodoro da casa; R$ 94 e R$ 189 para duas pessoas).

“A proposta é apresentar uma Bahia profunda e afetiva, que vai do litoral ao sertão, com pratos que escapam do óbvio e mergulham em memórias de infância, técnicas autorais e ingredientes de origem”, explica o chef. “Exploro a cozinha baiana em camadas: do fogão da avó às releituras autorais, do acarajé clássico a receitas inspiradas no sertão, no mangue e na praia. Tudo sem folclore ou caricatura. Apenas afeto, técnica e identidade.”

No cardápio de entradinhas, há opções como o Cajáfish, um tiradito de pescado do dia com molho de cajá e azeite de pimenta doce (R$ 39); tartare de carne de sol com aioli de manteiga de garrafa, picles de maxixe e aipim frito (R$ 59); sandubinha de Acarajete Love (R$ 38, com dois); casquinha catada de siri com farofinha amarela (R$ 42); e caldinho de sururu (R$ 32).

Entre os principais, destaque para o bobó de camarão (R$ 182, para dois); o peixe frito da praia, empanado com fubá e servido com vinagrete de feijão-fradinho, farofa, arroz, saladinha e molho lambão (R$ 159, para dois); além das moquecas, em três versões: peixe, frutos do mar e vegana (de R$ 169 a R$ 199, para dois).

Na ala dos doces, há receitas assinadas por Helena, mãe do chef, como Lembranças da Infância, bolo de tapioca com creme de coco, queijo, calda toffee, sorvete de doce de leite e granola salgada (R$ 35); doce de banana com café, espuma de limão galego e sorvete de fior di latte (R$ 37); e sorvetes sazonais (R$ 35).

A casa tem três andares, além de mesinhas na calçada com cadeiras de praia. Cada piso tem um tema: o primeiro homenageia as praias da Bahia; o mezanino destaca a cultura ribeirinha e a história do povo que vive às margens do Rio São Francisco, em referência a Ibotirama, cidade natal do chef; já o terceiro andar é um terraço com clima de festa, sistema de som especial e piso com textura de areia. Por ali, uma programação de DJs anima o espaço, com curadoria do sócio carioca Gabriel Ferrari (do Quiosque Soga Beach).
A carta de drinques traz uma série de criações autorais, como o Quixaba (cachaça, cordial de acerola, tabasco e bitter de laranja; R$ 26), o Se Pique (vodca, vermute dry, cordial de abacaxi com coentro; R$ 22) e batidas de café, coco e mungunzá (de R$ 21 a R$ 26). Também há caipirinhas e soft drinques no menu.
Onde: Rua Visconde de Caravelas, 89. Botafogo