A construção de redes contribui com a propagação de mensagens, mobilizando territórios e a sociedade em prol de uma agenda cada vez mais consciente e conectada com o futuro. Esta é a bandeira de edição 2025 da Virada Sustentável, o maior festival de sustentabilidade da América Latina, de volta ao Rio de Janeiro depois de cinco anos.
A programação, inteiramente gratuita, vai de 16 a 19 de outubro, em espaços como o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ), Museu de Cultura Afro-Brasileira da Pequena África (Muhcab), Galeria Scenarium, Solar dos Abacaxis, Parque Garota de Ipanema, Casa Clima e Sesc Rio.
Sempre em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, são 15 anos da marca que coleciona 55 edições realizadas em diversas cidades do país, promovendo conversas e experiências criativas e transformadoras para aproximar o público de temas como mudanças climáticas, consumo consciente e biodiversidade com uma mensagem (pro)positiva acerca da sustentabilidade.
O contexto é favorável aos cariocas, palco de grandes encontros importantes da agenda do clima como a Eco 92, conhecida também como Cúpula da Terra, e a Rio+20, que deu continuidade às discussões da Eco 92 em 2012, em outro período decisivo da agenda climática global, agora às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima de 2025 (COP30), prevista para novembro em Belém (PA).
Cinco destaques da programação
- Agenda de shows, que tem o cantor e compositor Zé Ibarra, ganhador do Grammy Latino com a banda Bala Desejo (sáb, dia 18/10, às 20h30, CCBB), além de Tanaka do Pife e Grupo, conjunto formado por pífano, sanfona, zabumba e triângulo com repertório regado a músicas autorais e releituras dos grandes mestres como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro. A ala musical segue no Parque Garota de Ipanema, uma programação focada na cultura regional, com Roda de Jongo do grupo Afrolaje Cultural, Maracatu de Baque Virado com os percussionistas e bailarinas do Rio Maracatu, com toadas de algumas Nações de Maracatu de Baque Virado de Recife, e o show da banda carioca de forró composta por musicistas femininas Tocaia. O encerramento será com a cantora Mãeana (dom, dia19/10, às 16h), cantando João Gilberto a João Gomes, misturando elementos do tropicalismo, da MPB e de referências ligadas ao universo feminino.
- A obra "Protagonismos – memória, orgulho e identidade" pretende iluminar e valorizar a memória dos antepassados e da cultura afro-brasileira, com a curadoria de Erika Monteiro, Phelipe Rezende e Stephanie Santana. No mesmo centro, haverá um seminário sobre a saúde do homem negro. A Feira Orobós será montada no Museu de Cultura Afro-Brasileira da Pequena África (Muhcab).
- O 2º Festival Favela Sustentável, na Fundição Progresso, com o foco no tema Favela no Centro das Soluções Climáticas, é produzido pela Rede Favela Sustentável, formada por mil integrantes, mobilizadores comunitários e aliados técnicos de mais de 300 favelas. Participarão desta edição mais de cem iniciativas de sustentabilidade de comunidades de favela de todo o Grande Rio. Neste momento também será lançada uma carta COP30 das favelas, em meio a apresentações culturais, rodas de conversa e oficinas.
- Mais de 30 especialistas e lideranças inspiradoras discutem mudanças climáticas em Fórum Virada Sustentável no CCBB, entre eles Thaysa Santos (16/10 às 14h), da Rede Favela Sustentável e gestora da Iniciativa Terra Afetiva, e Ivani Rosa da Silva, do Quilombo Cafundó Astrogilda (dia 16, às 11h).
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Uma leitura expandida das obras "A arte de guardar o sol", de Walter Steenbock, e de "Diálogos Regenerativos para Futuros Sustentáveis", de Fábio Scarano, da Bambual Editora, no Museu do Amanhã.
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