Os melhores restaurantes em Copacabana (e arredores)

A vista da varanda deste sofisticado restaurante no sexto andar do hotel Fairmont Rio é da orla inteirinha de Copacabana. No salão, com piso de tacos e iluminação baixa, os comensais se espalham por mesas e sofás confortáveis para aproveitar a forte brasilidade no menu de Jérôme Dardillac. Em uma recente reformulação no cardápio, o chef mergulhou de vez nos sabores de cada canto do país. Bons exemplos são a panelinha de carne seca (R$75) e as beterrabas orgânicas (R$75) servidas com espuma de catupiry mineiro e tipos de mel para a entrada. Dos principais, a barriga de pirarucu grelhada (R$220, para compartilhar) e o risoto de moqueca de camarão (R$150) são apostas certeiras. A dica de ouro aqui é encerrar com uma seleção de queijos brasileiros de pequenos artesãos, servidos com compotas de frutas (R$70,00), um verdadeiro desbunde. Peça ajuda da atenciosa equipe para escolher um rótulo na extensa carta de vinhos.

Fundado há 23 anos, um dos melhores restaurantes italianos no Rio é fruto da parceria de um trio de maîtres – Antônio Salustiano, Cândido Alves e Valmir Pereira – com longa estrada por vários endereços da cidade. Não à toa, o elegante espaço no Leme virou referência em serviço e, recentemente, ganhou uma filial na Barra da Tijuca. A aposta é na gastronomia italiana, com foco no preparo de pescados. A experiência começa com a seleção de antepastos, como o delicioso Asparagi al Parmigiano (R$65), aspargos envoltos com presunto de parma, lascas de parmesão e manteiga trufada, mas as grandes estrelas são as massas frescas, a exemplo do gnocchi que leva o nome da casa, com ragu de linguiça artesanal, pimenta vermelha e fonduta de parmesão (R$89). Pedida certa, o Gamberoni Al Champagne (R$169) traz camarões VG flambados no champagne e noisette de maçã, acompanhados de arroz com passas.

Com o centenário do icônico hotel, o restaurante badalado à beira da piscina ganhou um cardápio especial, elaborado pelo chef João Melo, com opções como o Crocante de Lagosta com molho remoulade (R$95) e o Steak Tartar de avestruz defumado (R$130) de entrada. A salada de pato defumado (R$90), a moqueca de pirarucu e camarão (R$400, para duas pessoas) e a farce de galinha d'angola com trufas (R$135) são ótimos principais, enquanto as novas sobremesas reforçam a influência brasileira: o cuscuz de tapioca (R$45) e a torta basca de queijo canastra (R$50) são um deleite. 

Inspirada pela herança africana na gastronomia brasileira, a chef Andressa Cabral usa este pequeno e potente restaurante para revisitar clássicos em receitas com muito axé. A Carne de Onça (R$44), batidinha na ponta da faca, vem bem temperada, e casa bem com a nova larica que chegou por lá: palitinhos de polenta frita cobertos por bolonhesa de polvo, com uma chuva de bacon e queijo (R$ 39,00). Comida de terreiro, o frango com quiabo (R$46) é ótimo opção individual, assim como o picadinho de cabrito com arroz de brócolis e palha de aipim (R$55), enquanto a moqueca de frutos do mar (R$189) serve bem duas pessoas. Dica: às sextas tem uma feijoada (R$58) que é o pontapé perfeito para o fim de semana. Não saia de lá sem beber um Jorge Amado (R$28), drinque de maracujá, limão e cachaça Gabriela.

A simpática casa em Copacabana, com mesinhas espalhadas na calçada, é comandada por Marcos Sá, português que atravessou o Atlântico ainda bebê e por aqui ficou. Junto com ele, estão os sócios Pedro Freitas, seu conterrâneo, e Tony Campos. O cardápio começa com a seção Para Tascar, com itens como a Punheta de Bacalhau (R$36,90) e o Polvo à Carvalho (R$49,90), servido numa panelinha de cobre, com azeitonas pretas e chouriço português. Fazem sucesso também as Pataniscas (R$39,90) bem crocantes e o Atum à Moda Quer Alho (R$36,90). Há várias opções de charcutaria e queijos, além de refeições individuais como o Arroz de Pato (R$64,90) e a Carne de Porco Alentejana (R$ 59,90), feita com vôngole. Agora, aos sábados e domingos, também é servido almoço, sendo o Bacalhau à Lagareiro (R$ 109,90); à Gomes de Sá (R$ 109,90) e o à Tasca (R$ 199,90) alguns dos pratos mais pedidos. Para beber, muitos vinhos em taça (R$14,90) e drinques como caipirinha (R$19,90) e o Porto Tônico (R$24,90). 

Inaugurado em julho de 2021, o restaurante peruano chega para marcar uma nova fase na história do Mercure Rio Boutique Hotel Copacabana, um dos melhores hotéis boutique no Rio. Com entrada independente e aberto ao público, o ambiente conta com amplo salão, varanda verde com vista para o calçadão e inserções artísticas do designer Thales Galves. Já o cardápio é assinado pelo chef Javier Beltran e está recheado de ceviches, desde o clássico até opções mais autorais, voltadas para o paladar do carioca. O Carretillero (R$55) vai com peixe branco com chicharrón de peixe e leite de tigre cremoso; enquanto o Nikkei (R$59) é feito com agridoce de atum, picles de rabanete, pepino japonês, molho ponzu e leite de tigre. Ficou na dúvida? Invista na degustação (R$135), que dá direito a quatro sabores. Há ainda saladas, petiscos e pratos quentes, em sua maioria com base de frutos do mar. Vale pedir a Croqueta Del Mar (R$66), feita de risoto de polvo e lula, para abrir o apetite e logo emendar no Tiradito Andino (R$ 58), carpaccio de salmão curado com tartar de cogumelos, molho de pimenta peruana e farofa de quinoa. Do bar, comandado pela bartender Thamiris de Oliveira, saem coquetéis clássicos, autorais e piscos especiais.

Ao fundo do salão, um pátio chama atenção com seu paredão verde. O jardim vertical confere um ar agradável ao restaurante do Hotel Emiliano, com uma entrada independente. Por lá, as técnicas francesas do chef Camilo Vanazzi ganham personalidade nos pratos que usam produtos brasileiros como protagonistas. Os comensais podem escolher entre o menu experiência (R$224) ou pedir separadamente entrada (R$115), prato (R$163) e sobremesa (R$83). Eis os destaques: para começar, a lagosta grelhada e as vieiras da Costa Verde; o polvo braseado e o coelho na mostarda são ótimos principais; e não há melhor encerramento do que a goiabada com queijo. O lugar também é conhecido por seu excelente brunch, servido aos sábados e domingos, de 12.00 às 16.00. 

Quando assumiu a operação do mais requintado restaurante do Copacabana Palace, Nello Cassese, diretor de culinária de todas as propriedades Belmond na América do Sul, conseguiu reavivar um brilho de outros tempos. Seu conhecimento técnico, junto a uma visão carregada de criatividade e ousadia, provê uma viagem de norte a sul pela Itália, explorando os melhores produtos da estação e os sabores de cada região. A casa, que sustenta uma estrela Michelin, trabalha apenas com dois menus degustação sob reserva. Um traz pratos que marcaram o caminho de sucesso percorrido pelo cozinheiro nestes quase dez anos (R$475), enquanto o outro aborda regiões da Itália (R$ 595). Estão lá o carpaccio de Wagyu, o bacalhau em lâminas de abobrinha e o ovo com creme de queijo maturado por 36 meses. Há ainda uma versão vegana (R$495), com foco em legumes orgânicos, que mantém toda a sofisticação. O fantástico salão com espelhos e lustres italianos, dá vista para a emblemática piscina do hotel, mas a experiência Mesa do Chef leva à uma imersão dentro da cozinha, para seletas seis pessoas.

Depois que chegou ao estrelado restaurante à beira da piscina do Copacabana Palace, o chef Alberto Morisawa (mais conhecido como Mori) deu uma revolucionada no cardápio. Agora, os comensais podem escolher entre duas opções de experiências Omakase, uma com 16 (R$535) e outra com 19 passos (R$635). Há opção de harmonização com sakes selecionados, por um adicional de R$550. Já o novo menu degustação, em versão tradicional (R$480) ou vegetariana (R$415), inclui Bluefin Tartar, atum bluefin, gema curada, ovas de tobiko e pimenta sriracha, além do Wagyu Sukiyaki, com carne wagyu, espinafre, tofu, cogumelo, cenoura e macarrão udon. Para fechar, uma novidade: sorvete de sake com nozes caramelizadas. Aqui, a harmonização custa R$450. Na seara à la carte, destaque para o Ebi Tempura (R$125), de camarão com molho tentsuyu, e o Red Curry Veg (R$110), curry vermelho, tofu frito, leite de coco, legumes e arroz gohan.

O japa, que nasceu em 2019 na Rua da Quitanda, bem no Centro, cresceu e se espalhou pela cidade, hoje com filiais na Zona Sul, em Niterói e na Barra da Tijuca. Na matriz, o rodízio custa R$129,90, com acréscimo de R$20 se o cliente optar pela versão premium. O buffet, servido de segunda a sexta, de 11.00 às 16.00, custa R$169,90 o quilo. O objetivo é oferecer produtos de qualidade com um bom custo-benefício. Há também um inventivo cardápio a la carte, com croqueta de lagostim (R$44, com quatro peças), atum na folha de harumaki com Foies Gras (R$59, com quatro unidades) e vieiras no ponzu de melão (R$59, com três unidades). Tem ainda risoto de lagostim (R$88), tornedor de mignon (R$91) e lamen (R$65).

Uma curiosidade: foi nesta icônica e tradicional casa que a Picanha Borboleta foi criada, na década de 1980, pelo chef Silva, que comanda até hoje a equipe de churrasqueiros. A capa de gordura em dobro e o marmoreio típico tornam a carne suculenta e macia. Ela e outros quase 40 cortes são oferecidos no rodízio (R$225): entram carnes nobres, como Cowboy Steak e Fran-Rack, bem como carnes de caça, como avestruz, codorna e picanha de pato. Opções de peixes e frutos do mar complementam o menu. A carta de bebidas conta com mais de 300 rótulos de vinho e 30 de cerveja. Para completar o deleite, o arquiteto Chicô Gouvêa assina o projeto arquitetônico do restaurante, com um requintado ambiente inspirado no estilo Art Déco, mostrando como a história da vida de Copacabana influenciou na construção da Churrascaria Palace.

Aberto em 1997 como uma deli de produtos importados, conhecida como Canadian Shop, o estabelecimento foi aos poucos se tornando um restaurante, antes de virar esta grande referência quando se fala em culinária árabe. Com dois andares e uma área externa, onde dá para ocupar as mesas em frente à Praça do Lido, oferece pratos com toques inovadores. O arroz com cordeiro (R$52) faz sucesso no menu executivo, servido de segunda a sexta, de 12.00 às 16.00. Para abrir o apetite, entradinhas como homus (R$26), coalhada seca (R$24) e babaganouch (R$26) são ótimas pedidas. Há opções de combinados para até 6 pessoas (R$425), além de sanduíches (R$23-37), saladas (R$27-R$29) e grelhados na brasa (R$62-R$139). Dos pratos especiais, a sugestão é a Moussaka (R$64), o arroz com lentilha e cordeiro (R$129) ou o falafel recheado (R$41).

Quem quiser conhecer o trabalho do restaurateur Menandro Rodrigues pode escolher entre as mesas na calçada, o omakase para um seleto grupo de oito pessoas ou o bem decorado salão no segundo andar, vai do estilo da programação escolhida. Os peixes frescos selecionados bem cedinho em um mercado de Niterói abastecem os combinados de sushi e sashimi com 19 (R$149) ou 38 peças (R$298), montados de acordo com o gosto do cliente. Há também os tradicionais, com 15 (R$69) ou 30 unidades (R$138), já estabelecidas. Se optar pela degustação, atente que ela é composta por 20 etapas (R$298), com tudo de melhor escolhido pelo chef, incluindo surpresas como a omelete tamagoyaki com enguia. Aproveite que Rodrigues é um sake expert e não deixe de pedir indicação para provar um dos mais de 50 rótulos oferecidos.

Uma ótima opção para mergulhar na gastronomia portuguesa é esta tradicional casa em Copacabana, que já chegou aos 70 anos. Depois de uma reforma que aumentou o espaço interno, mais mesas podem se deliciar com vários preparos de bacalhau, como o à Mário Soares (R$155), à Brás (R$145) ou Gomes de Sá (R$145). Há ainda filé de badejo (R$50), moqueca de peixe (R$120) e Mariscada (R$90), além de carnes especiais como cabrito (R$140) e coelho (R$95). De terça a sexta, vale investir no menu executivo, servido também no jantar. Não deixe de começar pelo bolinho de bacalhau (R$8), de excelente reputação na cidade.