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Os 15 grandes achados arqueológicos da última década em Lisboa
A reabilitação urbana tem impulsionado descobertas debaixo de terra, mas a comunicação dos achados ao grande público continua a meio gás. Porquê? “Os arqueólogos têm um grande defeito: falam arqueologuês”, resume Maria Catarina Coelho, arqueóloga e directora do departamento dos Bens Culturais da Direção Geral do Património Cultural – “Às vezes, é muito difícil fazermo-nos entender ao outro, que é apenas um simples curioso.” Mas a legislação, adianta, tem feito um esforço nesse sentido: “O regulamento de trabalhos arqueológicos que saiu em 2014 diz que uma das obrigações do director científico de uma escavação é dizer quais são os planos de divulgação pública que tem dos seus trabalhos. Um desses planos até pode ser abrir a escavação a uma visita em fase de obra.” E já se sabe que a receptividade do público é, geralmente, muito boa – como se comprovou na obra do Campo das Cebolas, que os lisboetas puderam visitar uma vez por semana. Mas nem sempre é fácil, quando se trata de uma empreitada privada. Muitas vezes, os arqueólogos ficam sujeitos à vontade do cliente, que prefere o silêncio perante os achados. Os cemitérios debaixo de condomínios ou empreendimentos turísticos são a combinação menos favorita, explica Miguel Lago, da Era-Arqueologia: “Ainda não houve capacidade de dar uma efectiva dimensão pública aos trabalhos arqueológicos que são feitos na cidade. E, no limite, é isso que dá sentido ao nosso trabalho.” Pela mão de vários arqueólogos, a Time Out fez uma viagem no
Lisboa vai ter 200 quilómetros de ciclovia
Chegar aos 200 quilómetros pedaláveis em Lisboa – a meta foi traçada no final de 2016 por José Sá Fernandes, vereador das Estruturas Verdes. Na altura, foram definidos seis eixos principais que atravessariam a cidade de uma ponta à outra: o Eixo Marginal, o Eixo BenficaBraço de Prata, o Eixo Alcântara-Luz, o Eixo Circular Exterior, o Eixo Central e o Eixo Olivais-Beato. À volta destes, seriam levantadas ciclovias complementares. Três anos depois, o tema vai voltar a ser o centro das atenções: em Março, a Câmara Municipal de Lisboa vai anunciar o plano de trabalhos da construção de ciclovias, que aumentará a rede de 90 quilómetros para (pelo menos) 200 quilómetros até 2021, divulgando informação relativa aos prazos e às características de cada ciclovia. Destacamos sete entre as dezenas de trajectos que vão mudar a mobilidade (e a vida) de Lisboa. Veja o mapa completo das ciclovias na plataforma da rede ciclável. Recomendado: Lisboa é a “capital da bicicleta” em 2021
Yoga para bebés em Lisboa. De pequenino se torce o corpinho
“Os bebés nascem yoguis, é algo que lhes é inato, nós só damos forma e continuidade.” É este o mote repetido por todos os centros onde os bebés, a partir dos 2 meses de vida, podem começar a torcer o corpinho. Os benefícios da práctica do yoga em tenra idade vão desde um sono mais regular e calmo até ao aumento do equilíbrio, coordenação e confiança – isto para lá do já esperado desenvolvimento muscular. Mas o pai que acompanha o seu rebento também fica a ganhar com as aulas, nas quais poderá aprender os princípios e as posturas do yoga, reduzir a ansiedade e aprofundar a relação com o filho. Dizemos-lhe onde encontrar aulas de yoga para bebés em Lisboa. Recomendado: Os melhores sítios para praticar yoga em Lisboa
Os melhores restaurantes para ir em família em Lisboa
Qualquer altura é boa para reunir os primos, tios, avós, sobrinhos ou enteados à volta de uma mesa. Ainda mais quando a reunião se faz de pretexto para uma boa jantarada – ou almoçarada. Leve os seus familiares para debaixo de um tecto onde eles não possam sacar do álbum de fotos e vasculhar passados de que não se quer lembrar e não deixe que as típicas discussões políticas provoquem indigestões. Poupamos-lhe trabalho e escolhemos alguns dos melhores restaurantes em Lisboa para juntar a família toda e fortaleça os laços à volta da mesa. Recomendado: O melhor da cozinha tradicional portuguesa em Lisboa
Cinco brasileiros que dão vida a Lisboa
Os números dizem que há cada vez mais brasileiros na cidade e a Time Out tem mostrado que há cada vez melhor Brasil em Lisboa. Desta vez, decidimos ir à procura daqueles que chegaram, há mais de uma década ou há uma dezena de meses, e que se deixaram ficar – pelo amor, pelo trabalho, pelo clima, pela música. Apaixonaram-se pela capital portuguesa e todos confessam que, num futuro próximo, voltar ao país-natal não é opção. Estes são apenas cinco dos muitos brasileiros que fazem mexer Lisboa. Recomendado: O Brasil cabe todo na Rua das Pretas
Cinco restaurantes com música ao vivo em Lisboa
Encher a barriga num bom restaurante ou apostar num concerto ao fim do dia? Ou, porque não, os dois? Espalhados por Lisboa, há vários restaurantes em que pode comer com música ao vivo – seja ao som de ritmos cabo-verdianos, embalados por uma bossa nova ou nostálgicos com as melodias dos anos 80 e 90. Para os melómanos que nem comer conseguem sem música ou para todos aqueles que gostam de colar memórias a uma banda sonora (ainda por cima, ao vivo), a Time Out escolheu cinco sítios em que pode comer e, ao mesmo tempo, assistir a um concerto em Lisboa. Recomendado: Os melhores bares com música ao vivo em Lisboa
Jamie Oliver e as avós italianas ensinam-lhe a fazer pasta
Já chegou a Portugal o novo livro de receitas de Jamie Oliver, que explora a cozinha italiana à boleia das matriarcas do país. Entretanto, no restaurante do chef britânico, em Lisboa, há oito novos petiscos. De um modo semelhante a Portugal, a comida ocupa um lugar central na vida dos italianos. São, na sua maioria, “bons garfos”, como Jamie Oliver os apelida e, sejam ricos ou pobres, “a comida simples, bonita e acessível é o mínimo exigido”. É à gastronomia deste país que o chef britânico dedica o seu último livro, “Jamie e a Cozinha Italiana”, acabado de editar pela Porto Editora. Foram dois anos passados a viajar por Itália, a querer desenterrar as origens da (tão reconfortante) cozinha típica, com a ajuda das matriarcas que lhe dão nome - as carinhosas nonnas. Mas a meta deste livro vai para lá da enumeração de técnicas e truques culinários. Outro valor mais alto se alevanta: impedir que as receitas e tradições mantidas pelas avós caiam no esquecimento. Nos últimos 25 anos, Jamie visitou várias vezes Itália e, com alguma preocupação, assistiu a uma rápida mudança na cultura gastronómica do país - culpa da modernização, da tecnologia, da vida vivida a correr. São poucos os que, no meio do frenesim diário, dedicam à comida o cuidado (e o amor) que as nonnas sempre lhe dedicaram. Jamie quis provar que essa não é uma missão impossível. Por isso, enfrentou o fogão com as senhoras que o dominam há mais de 50 anos e “roubou-lhes” alguns segredos. Mas a César o que é de César -
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O Brasil cabe todo na Rua das Pretas
Aos sábados, há festa no 18 do Príncipe Real. Fomos conhecer a tertúlia musical com mais sotaques de Lisboa. A cada sábado à noite, há um palacete no Príncipe Real que esconde uma rua dentro. Uma rua onde se samba e se canta o fado, onde o português se desdobra em sotaques e a música tem sede de vinho. Há cerca de dois anos que os lisboetas se podem passear pela Rua das Pretas, a tertúlia musical que Pierre Aderne criou há mais de uma década, no Rio de Janeiro. Ouve-se português do Brasil, inglês e francês a despontar por entre a música de Moreno Veloso, enquanto os copos são tingidos de tinto. E é em caixas de vinho, espalhadas pela sala e cobertas com pequenas almofadas, que a gente se senta e dá duas de letra. Já o sofá colorido e os bancos circundantes – “palco” daquele concerto intimista – vão sendo ocupados por uma quase-orquestra de cordas. Há várias guitarras, uma guitarra portuguesa, um contrabaixo e uma multitude de pequenos instrumentos – do pandeiro ao chocalho, do agogô à viola caipira – em cima de uma mesa de centro que quase transborda de vinho. “No final da noite, vão ser mais de nós aqui do que aí”, brinca Pierre, quando a multidão de músicos já está instalada. Fotografia: Mariana Valle Lima É com um assombroso a cappella de “Estranha forma de vida”, na voz de Joana Amendoeira, que a noite arranca. Só depois chega a fanfarra, que se faz sem amplificação – “Este é o tipo de música que fazemos longe dos palcos”, introduz Pierre, antes de cantar a sua “Vida d
Companhia de Paulo Ribeiro retira espaço a artistas locais em Almada
Grupos artísticos de Almada contestam a ocupação da Casa da Juventude de Cacilhas pela companhia de dança de Paulo Ribeiro. Há discórdia no Ponto de Encontro, em Almada. Em causa está a criação da Casa da Dança, um projecto da Companhia Paulo Ribeiro centrado na dança contemporânea, que será instalado na Casa da Juventude de Cacilhas. O anúncio público da cedência de espaço municipal inquietou várias companhias de teatro e outras associações artísticas da cidade que, nas últimas três décadas, têm ocupado o espaço popularmente conhecido como Ponto de Encontro, com ensaios, espectáculos e workshops. O medo tem fundamentos. Apesar de, na última Assembleia Municipal, a vereadora Teodolinda Silveira afirmar que “a Casa da Dança é um conceito, não é uma casa”, o Protocolo de Colaboração celebrado entre a Câmara Municipal de Almada e a Companhia Paulo Ribeiro garante a “cedência da utilização, a título gratuito do espaço denominado Ponto de Encontro”. E nenhuma alínea assegura a co-habitação com as restantes associações que têm actividade nas três salas da casa da juventude em Cacilhas. Contactada pela Time Out, a autarquia afasta qualquer ideia de despejo: “Inicialmente, o projecto Casa da Dança irá utilizar o espaço numa vertente meramente administrativa”, ocupando apenas uma sala. No futuro, adianta-se, “o uso das outras duas salas” para “ensaios e acolhimentos de companhias internacionais” será feito “em consonância com a programação normal”. “A continuidade da actividade dess
Chegou a Lisboa um programa para reduzir a pegada hídrica
Instalar redutores de caudal em torneiras, autoclismos e chuveiros de várias escolas e centros comunitários de Lisboa e do Barreiro. É a missão do ECH2O-ÁGUA, projecto da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos que quer pôr miúdos e graúdos a pensar na pegada hídrica. A Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH) apresentou nesta sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, um projecto que pretende promover a adoção de práticas de consumo responsável e uso sustentável da água em ambiente escolar, residencial e profissional. Chama-se ECH2O-ÁGUA, é co-financiado pela AMI, pelo Instituto de Camões e pela União Europeia, e envolve várias escolas e centros comunitários do concelho de Lisboa e do Barreiro. Ao longo de ano e meio, a associação irá às comunidades com a missão de informar e sensibilizar sobre a importância do uso eficiente da água e instalar redutores de caudal em torneiras, autoclismos e chuveiros, fornecidos pelo parceiro All Aqua. Será, depois, feita uma análise da evolução mensal dos valores consumidos e calculada a pegada hídrica de cada instituição – comparando-a com a que existia antes do projecto. O projecto já arrancou em escolas do 1.º ciclo ao ensino secundário, centros comunitários e centros de dia. Pretende-se que, através das crianças e idosos, se chegue também às famílias e se estimule a mudança em várias casas do concelho de Lisboa e do Barreiro – a APHR equaciona chegar até 6000 pessoas, directa ou indirectamente. As instituições envolvida
Metro abre (novo) concurso para acabar obras em Arroios
A empreitada está parada desde o início de Janeiro, altura em que o Metro de Lisboa rescindiu contrato com a construtora. O Metro de Lisboa lançou nesta segunda-feira um novo concurso para os trabalhos de reabilitação da estação de Arroios, na Linha Verde. A empreitada, recorda o Metro via comunicado, tem como objectivo “ampliar o cais da estação de 70 para 105 metros de forma a receber composições de seis carruagens” e “introduzir elevadores para acesso a pessoas de mobilidade condicionada”. As obras na estação de Arroios iniciaram-se em Julho de 2017. No início deste ano, foi anunciada a rescisão do contrato com o empreiteiro responsável que, segundo o vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, “foi incapaz de responder à proposta que entregou, à sua obrigação”. Inicialmente, previa-se que os trabalhos estivessem concluídos em Janeiro. O segundo prazo, estabelecido há um ano, já apontava para segundo semestre de 2019. Com a nova abertura de concurso público, não se sabe ao certo quando é que a empreitada terá fim. + Estação dos Olivais em obras até 2020 + Uma viagem pelos túneis fechados do Metro de Lisboa
CDS quer pólo empresarial e científico ligado ao mar em Lisboa
Reabilitar 125 mil metros quadrados na zona da Doca de Pedrouços e ali construir um pólo empresarial e científico ligado ao mar. A proposta centrista foi anunciada por Assunção Cristas nesta terça-feira, no Facebook. O Governo já tem um projecto semelhante aprovado. Num vídeo partilhado por Assunção Cristas no Facebook, a líder do CDS revela que o partido quer criar “uma verdadeira cidade do mar”, onde se juntem “organismos da administração” pública, “empresas que estão a nascer ligadas ao mar” e a “inovação e conhecimento que está a nas universidades” portuguesas. Com esse fim, o partido propõe “reabilitar 125 mil metros quadrados” na zona envolvente da Doca de Pedrouços, em Belém, e ali construir um pólo empresarial e científico ligado ao mar – “um pólo de desenvolvimento de ideias, de criação de bom emprego e de contribuição séria para os desafios globais actuais”. “Acredito que, numa altura em que o Reino Unido está a sair da União Europeia, em que o pilar atlântico da Europa fica um pouco mais desguarnecido, Portugal deve liderar a voz do mar em Bruxelas”, refere a presidente do CDS, e vereadora municipal, no vídeo publicado nesta terça-feira de manhã. A ideia não é nova: já constava no programa com que Assunção Cristas se candidatou à Câmara Municipal de Lisboa. “Desenvolveremos na Doca de Pedrouços (ou noutro local adequado), uma verdadeira 'cidade do mar', criando condições para aí reunir empresas (start-ups ou empresas mais desenvolvidas) nas várias áreas da econom
Obras na estação dos Olivais começam esta terça-feira
O Metro de Lisboa vai investir 3,5 milhões de euros na reabilitação da estação dos Olivais, da linha Vermelha. As obras iniciam-se a 26 de fevereiro e prevê-se que estejam concluídas em 2020. Pintura, limpeza profunda do chão, tecto e equipamentos, modernização das escadas e elevadores, tratamento de infiltrações e substituição da iluminação. São estes os trabalhos previstos no projecto de reabilitação da estação dos Olivais, que vai custar 3,5 milhões ao Metro de Lisboa. Como consequência, a partir desta terça-feira, os acessos ao cais e átrio da estação vão manter-se alternadamente encerrados – sendo sempre asseguradas, no entanto, a entrada e a saída da estação durante o horário de funcionamento do Metro. Os trabalhos nesta estação da linha Vermelha vão durar até ao final de Março de 2020. + Obras do Metro ameaçam património + Metro de Lisboa: obras em Arroios vão derrapar ainda mais
Obras do Metro ameaçam património
A linha circular promete desenterrar muitos pedaços de História. DGPC está atenta. O desbravar da frente ribeirinha de Lisboa, do Campo das Cebolas até Alcântara, é apontado de forma unânime, entre os especialistas, como o maior acontecimento arqueológico na cidade na última década. Maria Catarina Coelho, da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), explica que as intervenções feitas na área “estão a trazer à luz do dia do século XXI tudo aquilo que os cartógrafos ao longo das épocas quiseram deixar registado nos mapas e tudo aquilo que eles acharam que não valia a pena – docas, baluartes, estruturas de madeira e pedra, mas também o barco encalhado no cais.” No entanto, na Declaração de Impacte Ambiental relativa às obras da linha circular do Metro de Lisboa, a Agência Portuguesa do Ambiente alertou que os trabalhos de escavação ao longo da Avenida 24 de Julho, entre Santos e o Cais do Sodré, podem ter impacte sobre o património arqueológico. Por esse motivo, Maria Catarina Coelho revela que a DGPC (que, por lei, faz parte das comissões de avaliação do impacte ambiental das obras na cidade) emitiu “um parecer musculado sobre as medidas que vão ter de ser tomadas na execução daquela obra”. Entre estas estão a realização de trabalhos prévios de diagnóstico, “uma equipa muito grande” de arqueólogos e a criação de uma estrutura para musealizar os achados mais significativos. Tudo isto “para salvaguardar os vestígios arqueológicos que já sabemos à partida que vamos encontrar”
Quase um terço das intervenções arqueológicas acontece em Lisboa
A reabilitação urbana está a mudar a face de Lisboa e tem desenterrado tesouros atrás de tesouros. Em 2016, metade das intervenções em território nacional foram na capital e nunca houve tantas empresas de arqueologia em acção na cidade como no ano passado. A Lisboa subterrânea é o tema de capa da revista desta semana. Os números não deixam dúvidas. Em solo nacional, é Lisboa que tem dado mais trabalho aos arqueólogos – em 2018, 29% das intervenções arqueológicas realizadas em Portugal aconteceram dentro das fronteiras da cidade. Não é um dado surpreendente, tendo em conta o cenário a que nos habituámos: edifícios rodeados de tapumes, máquinas de obras a passearem-se nas ruas e arqueólogos de coletes fluorescentes. Desde o final da crise financeira, em 2014, a reabilitação urbana ganhou novo fôlego na cidade. Ora, aumentando as obras que mexem no solo de Lisboa, obrigatoriamente aumentam as intervenções dos arqueólogos, contactados por quem reabilita ou constrói (pelo menos, sempre que a Câmara e a DGPC reconhecem sensibilidade arqueológica à zona intervencionada). Em 2012, houve 155 intervenções em Lisboa. Dois anos depois, o número subiu para 262. Em 2016 atingiu-se um pico, com 607 intervenções na cidade – quase metade das feitas em território nacional. Uma tendência de crescimento que o aparecimento de novas empresas de arqueologia em actividade na cidade corrobora. Em 2015, houve 15 empresas de arqueologia a actuar em Lisboa. Em 2018, foram 22. Miguel Lago, arqueólogo e
Palacete centenário na Lapa renovado e transformado em espaço cultural
Após meio ano de obras de reabilitação, o Palacete dos Condes de Monte Real vai abrir portas e acolher exposições, concertos e workshops. A inauguração é nesta quinta-feira. Plantado no início do século XX na Lapa, este palacete vai ganhar uma nova vida a partir desta quinta-feira – dia em que é inaugurado como espaço de “preservação e difusão das artes, cultura e música”. As palavras são de Emily Kuo Vong, a empresária chinesa que financiou a recuperação do edifício e ali vai instalar a sede da Federação Internacional de Música Coral (IFCM na sigla em inglês), até agora nos EUA. Apesar de não estar continuamente de portas abertas ao público, vão existir ocasiões em que Lisboa é convidada a entrar. Uma delas é aquando da World Choral Expo, um evento dedicado à música coral entre 27 de Julho e 1 de Agosto. Organizado pela IFCM – de que Emily é presidente –, o certame promete trazer à capital coristas, maestros e compositores de cerca de 80 países. Já há concertos planeados no salão daquele edifício e em igrejas, mas a grande maioria será no Teatro Nacional de São Carlos, que se fez parceiro da IFCM. E, em Novembro, também com a colaboração do TNSC, Emily vai levar a ópera Farewell My Concubine para dentro das portas do palacete. De resto, todos os meses existirão novas actividades, entre concertos, workshops e programas de intercâmbio cultural, assegura a investidora. Para já, o que está à vista é a exposição de 17 pinturas de autores portugueses, entre as quais estão obras d
Assembleia Municipal de Lisboa quer passes familiares para bicicletas
A criação de uma conta familiar e a alteração da idade mínima legal para a utilização da rede Gira (dos 18 para os 16 anos) estão entre as medidas propostas pelos deputados municipais do PSD e aprovadas nesta terça-feira. “Uma modalidade de conta familiar” para a utilização do Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas. A ideia para a rede de bicicletas Gira foi apresentada por António Prôa, deputado do PSD, e aprovada em assembleia municipal nesta terça-feira. O objectivo, argumentou, é “ir no mesmo sentido do que vai acontecer, a partir de Abril, nos transportes públicos”. Os preços dos passes de transportes vão ser significativamente reduzidos. A partir de Abril, como explicou recentemente Fernando Medina em entrevista à Time Out, “60€ é quanto uma família pagará, no máximo, para andar de transporte público em Lisboa”. Entre as 12 medidas sugeridas pelo PSD – 11 delas aprovadas – para ajudar a melhorar o Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas, está ainda a alteração da idade mínima legal para a utilização da rede Gira para os 16 anos (em vez dos actuais 18 anos). No entanto, apesar da redução da idade mínima ter sido aprovada pela generalidade da assembleia (com abstenção do PCP e do PS), esta é uma questão que está, há algum tempo, a ser analisada pela câmara e pela EMEL, revelou Paula Marques, vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local, que esteve presente na sessão: “Neste momento, a apólice do seguro para o utilizador já abrange pessoas com 16 anos. A questã
Está a ser construída uma ponte ciclopedonal sobre a Calçada de Carriche
Trabalhos começaram nesta segunda-feira, 11 de Fevereiro, e duram até Novembro. A empreitada vai custar meio milhão de euros. A construção de uma ponte ciclopedonal sobre a Calçada de Carriche arrancou nesta segunda-feira, com a instalação e montagem dos estaleiros de apoio à obra, anunciou a autarquia em comunicado. Esta ponte, que se estima estar pronta em Novembro de 2019, “vai permitir a ligação pedonal e ciclável no âmbito do Corredor Verde Periférico de Lisboa – em implementação – entre o Parque Urbano do Vale da Ameixoeira existente a nascente, com os futuros Parques Urbanos do Aterro do Vale do Forno e da Encosta do Olival, no lado poente, a construir até 2020”. A obra tem um custo de meio milhão de euros e será financiada por verbas comunitárias, através do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do Município de Lisboa. O departamento de comunicação da câmara revelou ainda que “estão previstos para os meses de verão (Julho e Agosto) alguns condicionamentos à circulação automóvel”, mas não avançou, para já, com datas concretas. + Vai finalmente erguer-se uma ciclovia sobre o Vale de Alcântara
Maior parte dos azulejos históricos roubados em Odivelas foi recuperada
O Mosteiro de São Dinis e São Bernardo é, desde segunda-feira, da responsabilidade do município de Odivelas. Presidente da câmara anunciou que 80% dos 170 azulejos que foram roubados deste monumento nacional já foram recuperados e que a autarquia reforçou vigilância no local. Em Julho de 2017, num despacho publicado em Diário da República, o Governo já tinha aprovado a cedência de utilização do mosteiro pelo município de Odivelas, “com vista à sua requalificação e adaptação para instalação de serviços municipais e outros de utilidade pública”. Em contrapartida, a câmara comprometia-se a investir 16 milhões de euros (mais IVA) em obras de requalificação e a pagar uma renda mensal de 23 mil euros, anualmente actualizável. No entanto, só nesta segunda-feira, dia 14, é que o mosteiro passou oficialmente para as mãos da autarquia, que ficará responsável pelo monumento durante 50 anos. A transferência, oficializada com a assinatura de um acordo de cedência entre o município de Odivelas e o Ministério da Defesa, o proprietário, ocorre duas semanas após ter sido noticiado o furto de cerca de 170 azulejos do séc. XVII daquele monumento nacional desocupado desde 2015, quando o Instituto de Odivelas – escola tutelada pelo Exército e destinada a jovens do sexo feminino – se mudou para o Colégio Militar. No dia da assinatura do acordo, Hugo Martins, presidente da câmara, referiu que cerca de 80% dos 170 azulejos do século XVII que dali tinham sido furtados já foram recuperados e que a Câ