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Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

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Grande é a vontade de Alana Mostachio

Grande é a vontade de Alana Mostachio

Chef ou cozinheira?Cozinheira. Actividade favorita quando não estás a cozinhar?Tenho várias. Gosto muito de estudar e ir para algum sítio, tipo mato mesmo. O melhor prato tipicamente português?Chanfana. Acho que é dos melhores pratos que eu já comi aqui. Tanto é que quando estive em Piódão e conheci a chanfana pela primeira vez, estive três dias a comer só chanfana para perceber qual é que era a melhor. Livro de cozinha favorito?The New Wildcrafted Cuisine, do Pascal Baudar. Se tiveres amigos de fora em Lisboa, onde é que os levas a jantar?Ramiro ou Velho Eurico, mas acho que o Ramiro é muito especial. É dos lugares onde mais gosto de ir. Eu tenho medo de andar de avião e toda a vez que vou viajar eu vou no Ramiro para me consolar e preparar. Assim, se eu morrer, tive uma boa última refeição. Se só pudesses fazer uma refeição por dia, qual é que seria?Não sei, gosto muito de borrego. O que é que não suportas comer?Não há nada que eu não goste de comer, mas de bebida não suporto café com açúcar. Para quem é que gostarias de cozinhar?Para a chef Nancy Silverton. E o que é que prepararias?Eu acho que faria um borrego com uma espécie de esparregado de urtigas, um prato que eu criei e sou super-fã. O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?O Prado. E não sendo em Lisboa, o Tua Madre, em Évora. Além de gostar muito da cozinha, Évora tem o seu charme e o restaurante é super-acolhedor. Qual foi o prato que mais dores de cabeça te deu?Sem dúvida o shawarma de aipo e ta

Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

No domingo, os brunches e almoços fartos, com folares e muitos ovos, não estão reservados a quem acredita em milagres. Apontamos-lhe as mesas que nem os ateus vão querer perder. Dos menus mais tradicionais, com perna de borrego e cabrito assado acabando nos folares e nas amêndoas, às reinterpretações mais livres, há várias opções, muitas delas perfeitas para um programa em família – e nem as famosas caças aos ovos foram esquecidas. Dê descanso à sua cozinha nesta quadra e escolha um destes restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa.  Recomendado: Três receitas de folar de Páscoa para fazer em casa

Sete ovos da Páscoa para oferecer

Sete ovos da Páscoa para oferecer

Não precisamos de desculpas para dar uma trinca num bom doce, mas nada como uma data especial para nos deliciarmos sem culpa. Na Páscoa, celebre-se o momento ou não, é difícil evitar os chocolates – ou os ovos da Páscoa, para sermos mais específicos. Dos supermercados às lojas especializadas, as opções são muitas, mas o que lhe sugerimos aqui são ovos fora da caixa. Bonitos e bons. Alguns são versões limitadas, sendo por isso um investimento. São presentes perfeitos e a gulodice que nos fará abrir uma excepção na contagem de calorias. Eis sete ovos da Páscoa perfeitos para oferecer. Recomendado: Nove sítios para comprar folar de Páscoa

Nove sítios para comprar folar de Páscoa

Nove sítios para comprar folar de Páscoa

O folar pode ser doce, pode ser salgado, pode ter ovo, pode não ter. E o que não falta em Lisboa são sítios para comprar folares de Páscoa, todos muito diferentes, até porque as receitas variam. O que importa é encontrar a opção que mais lhe agrada (a si e aos seus) e juntar a família à mesa num manjar pascal memorável (em que também não falte muito e bom chocolate). Na lista que se segue vai encontrar sugestões mais tradicionais e outras mais originais, que vão surpreender. Escolha o que escolher, não se esqueça é de encomendar com tempo.  Recomendado: Três receitas de folar de Páscoa para fazer em casa

Quatro sítios para comprar amêndoas em Lisboa

Quatro sítios para comprar amêndoas em Lisboa

A Páscoa pode ser uma celebração religiosa, mas é também um bom motivo para reunir a família e os amigos e deixar-se empanturrar com todas as doçuras da época. A par dos ovos de chocolate e dos folares (com ou sem ovo), as amêndoas estão por todo o lado nesta altura. É para açambarcar sem vergonha e comer todas as que quiser sem pensar na dieta. Afinal, dias não são dias e é tempo de celebrar. Dito isto, fizemos uma selecção dos sítios para comprar amêndoas em Lisboa. Para oferecer ou para servir em casa. Recomendado: Três receitas de folar de Páscoa para fazer em casa

As melhores escapadinhas por Portugal

As melhores escapadinhas por Portugal

Acabamos todos os anos a sonhar com o ano seguinte. Falta sempre tempo para tudo o que queremos fazer. Então, pegámos no calendário de 2024, assinalámos os feriados e fins-de-semana grandes que aí vêm, cruzámo-los com a agenda cultural de norte a sul e começámos a fazer planos para os aproveitar ao máximo noutras paragens, do Minho ao Algarve, com passagem pela Madeira e pelos Açores, em alojamentos novos, bonitos e confortáveis. São os caminhos mais rápidos para o chamado slow living, esse conceito sedutor mas fugidio. Depois destas escapadinhas por Portugal, voltaremos certamente muito mais felizes e disponíveis para as nossas cidades de sempre, possam elas perdoar-nos a infidelidade. Para escapadinhas que valem por dois, compre a Caixa 2por1 Deluxe da Time Out - 10 Grandes Hotéis de Portugal.  Recomendado:☀️ Há paraísos perto de Lisboa para explorar⛵️ 35 coisas para fazer na Comporta

A nova vida do Fifty Seconds, agora com Rui Silvestre

A nova vida do Fifty Seconds, agora com Rui Silvestre

Cinquenta segundos – o tempo da viagem de elevador – é quanto basta para perceber que o Fifty Seconds mudou. Não que o restaurante tenha realmente mudado, mas entre as caras conhecidas são muitas as novas. No ar, sente-se a energia de um novo ciclo, encabeçado por Rui Silvestre, que vindo do Vistas, no Algarve, ocupou o lugar de Martín Berasategui e Filipe Carvalho. Como tinha prometido, o chef está bem presente na sala. Ora recebe quem chega, ora finaliza algum prato ou acompanha o serviço. Talvez não vá ser sempre assim, mas por agora Rui Silvestre quer garantir que o arranque do restaurante, na sua segunda semana de portas (re)abertas, não descarrila nem desilude – e as expectativas são muitas. Arlei LimaO menu arranca com um cocktail finalizado na mesa Quem já esteve no Fifty Seconds, que em Fevereiro viu a sua estrela Michelin renovada, ao contrário do Vistas, que com a saída de Rui Silvestre perdeu a distinção, continuará a sentir o conforto de ter Rui Monteiro como chefe de sala e Marc Pinto como escanção, mas reparará também que há novas pessoas a fazer daquela a sua casa, como é o caso de José Marta, que subiu do Algarve para Lisboa para estar ao lado do chef. O menu é apenas um e tem como nome uma data: 1497, o ano da partida da expedição de Vasco da Gama, em direcção à Índia. Quando falou com a Time Out, duas semanas antes de abrir o restaurante, Rui Silvestre já antevia o caminho: “A parte da junção das especiarias com os produtos do mar vai continuar. A maior p

Restaurantes com estrela Michelin em Lisboa

Restaurantes com estrela Michelin em Lisboa

As expectativas estavam altas, mas ninguém arriscava grandes previsões, já que a Michelin se tornou perita em dar o inesperado – e foi assim que aconteceu. Na primeira gala do guia Michelin dedicado em exclusivo a Portugal, Vítor Matos foi o nome que se destacou ao conquistar as duas estrelas Michelin para o Antiqvvm, no Porto, e ainda uma estrela para o 2 Monkeys, que abriu em Lisboa, e que conta também com Francisco Quintas na chefia. Numa cerimónia apresentada por Catarina Furtado no NAU Salgados Palace & Congress Center da Guia, em Albufeira, João Sá (Sála), Rodrigo Castelo (Ó Balcão) e Octávio Freitas (Desarma) também conquistaram uma estrela. Francisco Quintas com 25 anos tornou-se no mais jovem chef a receber uma estrela Michelin em Portugal. Com a entrada do 2 Monkeys e do Sála e o encerramento do Eneko Lisboa, há agora 17 restaurantes com estrela Michelin em Lisboa. Recomendado: Opinião – O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres

As melhores happy hours em Lisboa

As melhores happy hours em Lisboa

Beber um copo ao fim do dia, depois do trabalho, pode tornar-se o hábito que precisamos e as happy hours são a desculpa perfeita. Nestas horas felizes, as imperiais passam a custar uma módica moedinha e os cocktails caem para metade do preço. Escolhendo bem, ainda encontra petiscos com preços reduzidos para acompanhar e esplanadas na cidade que não têm preço. É tempo de correr as happy hours em Lisboa.  Recomendado: 18 novas esplanadas em Lisboa para se por à fresca

Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Os melhores restaurantes em Lisboa até dez euros

Já foi mais fácil encontrar restaurantes em Lisboa até dez euros e a culpa não é só do turismo ou dos tempos difíceis que o sector atravessa depois de dois anos intermitentes, uma guerra na Europa e uma inflação. Na maior parte das vezes, a qualidade paga-se, mas ainda há excepções. Comer fora não tem de ser uma extravagância e na cidade existem verdadeiros achados. Pense num prato rico, em comida saborosa e atendimento simpático – às vezes até familiar. Para encher a barriga sem esvaziar a carteira, este barato não lhe vai sair caro. Corremos a cidade em busca de pechinchas gastronómicas e reunimos aqui 15 restaurantes baratos onde poderá ser feliz com uma nota vermelha.  Recomendado: Os melhores restaurantes de petiscos em Lisboa

“Ir a um restaurante para não ver o chef é como ouvir os Rolling Stones sem o Mick Jagger”

“Ir a um restaurante para não ver o chef é como ouvir os Rolling Stones sem o Mick Jagger”

O segredo estava guardado e foi revelado esta quinta-feira no hotel Myriad, na Torre Vasco da Gama, onde fica o Fifty Seconds. Dias antes, entre preparações, Rui Silvestre falou com a Time Out sobre a pesada tarefa que tem em mãos: substituir Martín Berasategui, o chef espanhol com mais estrelas Michelin da Península Ibérica e que dava nome ao restaurante do Parque das Nações. Sem querer apagar os cinco anos de Berasategui no Fifty Seconds, diz-se preparado para começar uma nova história. Silvestre – que em 2015, quando tinha 29 anos, se tornou no mais jovem chef a conquistar uma estrela Michelin em Portugal, no Bon Bon, no Carvoeiro – promete uma nova experiência na cidade, com o seu cunho e uma grande presença também na sala. Está a prepará-la desde que anunciou a saída do Vistas no final do ano passado. Apesar de trazido uma equipa do restaurante algarvio, ressalva a importância de se manterem algumas caras conhecidas do Fifty Seconds, nomeadamente Rui Monteiro, chefe de sala, e Marc Pinto, sommelier.  Foi também no final do ano passado que se soube que o grupo Sana, que detém o Fifty Seconds, decidiu não renovar o contrato com Berasategui, levando também à saída de Filipe Carvalho, o chef executivo, que rumou entretanto ao Amorim Luxury Group. A aposta recai agora num nome nacional. No Vistas, restaurante de fine dining do resort de luxo Monte Rei, em Vila Nova de Cacela, Rui Silvestre conquistou a primeira estrela em 2019 e trabalhava, desde então, para a segunda, object

Dez restaurantes minhotos em Lisboa

Dez restaurantes minhotos em Lisboa

A restauração lisboeta é um viveiro de minhotos. A razão, de forma muito sintéctica, é esta: no grande êxodo rural, muitos foram os que viram na capital uma oportunidade de melhorar a vida, especialmente depois do 25 de Abril. Do Minho, trouxeram os saberes, as tradições e, acima de tudo, o receituário. Estes restaurantes minhotos em Lisboa sabem a casa, até para quem nunca pôs os pés no Minho (se é o seu caso, talvez esteja na altura de corrigir isso). p.s. — Como vai reparar pelas recomendações abaixo, são vários os restaurantes courenses na lista. Esta que vos escreve pede, desde já, desculpa. São as saudades de casa. Recomendado: Os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa

Listings and reviews (4)

FeelViana Hotel

FeelViana Hotel

O mar fica de um lado, o rio do outro e a montanha é a paisagem de fundo. No novo hotel de Viana do Castelo, há tanto de aventura e desporto, como de tranquilidade e paz. Parece antagónico, mas é mesmo verdade. No FeelViana Hotel, apetece tanto pegar numa bicicleta, ou numa prancha, como ficar na sala, ou no quarto, a ler uma revista. É o melhor dos dois mundos. As praias do Norte têm fama de serem frias e estarem sempre na mira do vento, mas há quem veja nisso uma mais-valia. Para qualquer praticante de kitesurf ou windsurf, a Praia do Cabedelo não é desconhecida. “É uma das melhores”, diz-nos José Sampaio, o CEO do hotel. E sabe do que fala: sempre passou férias na zona para poder exactamente aproveitar o que a praia lhe oferece. Natural de Guimarães, José Sampaio percebeu o potencial da zona e daquele espaço em específico, um pinhal com acesso à praia, mas também perto do rio, da montanha e do centro de Viana do Castelo. “Há melhor?” Na zona não havia, de facto, nada do género e no país, com estas condições, provavelmente também não. Não é de estranhar por isso que desde que abriu portas em Maio, este hotel tenha tido sempre uma taxa de ocupação acima da média na região.

White Exclusive Suites & Villas

White Exclusive Suites & Villas

Verdade seja dita: não há quaisquer fotos que façam justiça ao White Exclusive Suites & Villas. Constatamos isso mal entramos neste novo hotel da ilha de São Miguel. A porta abre-se para nos receber e a primeira coisa que salta à vista é o mar. Umas portas largas em vidro, numa parede de pedra antiga, são o cartão de boas-vindas. De tal forma que nem fazemos o check-in. Pousamos as malas para seguir o caminho do mar e descobrimos então um terraço de suspirar: uma piscina que parece abraçar o Atlântico, espreguiçadeiras e mais sofás. Há nove suites e uma villa, que tem um terraço próprio com um jacuzzi, também ele em cima do mar. Não há quartos iguais, mas todos eles são espaçosos, equipados com uma kitchenette e, mais importante, todos virados para o mar. Os quartos do primeiro andar têm todos varanda, os que ficam em baixo têm um terraço enorme. O nome não é por acaso: todo o hotel – instalado num antigo solar que, raza a história, era uma casa de férias integrada numa propriedade de produção vinícola – é branco.

Taquería Patrón

Taquería Patrón

Chama-se Taquería Patron e abriu em Julho no espaço do antigo Etílico, bar que ficou famoso nos últimos anos pelas festas gay. Carlos Mañe veio de propósito do México para assumir a cozinha da Taquería Patron e a carta é toda da sua responsabilidade e como o nome indica, os tacos são a especialidade. Há de porco, vaca, frango. Ou, devíamos dizer cochinita, lomitos e pollo? Os preços rondam os 8 euros para um prato com três tacos. 

Dolce CampoReal

Dolce CampoReal

Três restaurantes, um bar, um spa, uma piscina interior e outra exterior (com um jacuzzi de água aquecida), um campo de golfe, campos de ténis e de futebol, um espaço de actividades para os miúdos, quartos espaçosos e até apartamentos. Sim, estamos a falar de um hotel de grandes dimensões, propício até a alguma confusão, mas não se assuste já porque há espaço para tudo e todos. “Conseguimos conciliar tudo”, garante Patrícia Silva, marketing manager do hotel, explicando que é habitual receberem grupos durante a semana e casais e famílias ao fim-de-semana.

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At Fortaleza do Guincho, it's the restaurant that adapts to the chef, not the other way around

At Fortaleza do Guincho, it's the restaurant that adapts to the chef, not the other way around

When Gil Fernandes hadn't even dreamed of being in the kitchen yet, Fortaleza do Guincho was awarded its first Michelin star, which it still holds today. That was back in 2001. Fast forward to 2024, Gil is now the face of the restaurant, which reopened this week after some much-needed renovation works. GONCALO F SANTOS The changes are immediately noticeable upon entering the five-star hotel, perched above the ocean, right on the Guincho road. Passing through the imposing door, there are now several inviting areas to linger. While there are limitations on what can be done due to its classification as a Public Interest Property, the increasing effort to keep up with the times is evident. What started as a small initial pause for maintenance ended up becoming a minor revolution that took ten weeks. "Since we were going to have to close for some room renovations – they all have new bathrooms –, we ended up taking the opportunity to do everything," says Petra Sauer, General Manager of Fortaleza do Guincho. ©DR With "everything," Petra also refers to the bar and, especially, the restaurant headed by Gil Fernandes. Inspired by the sea of Guincho that bathes the restaurant and delving into its history, the chef introduces himself through two tasting menus (145€-190€) where Portuguese flavors stand out, presented in a creative, dynamic, and technically skilled manner. Since taking on the role in 2018, following the departure of Miguel Rocha Vieira, at the time becoming the younges

Concurso para o melhor jovem chef do mundo passará por Lisboa

Concurso para o melhor jovem chef do mundo passará por Lisboa

Depois da vitória de Nelson Freitas no último ano, o concurso que aponta os holofotes a jovens chefs vai passar também por Lisboa. O local e a data ainda não foram divulgados, mas é certo que a fase regional do concurso San Pellegrino Young Chef Academy acontece na capital. A Time Out sabe que a organização local ficará a cargo das Edições do Gosto, de Paulo Amado, também responsável pelo Congresso de Cozinha, e que se espera o envolvimento de chefs de topo de Portugal e Espanha, de José Avillez a Quique Dacosta. Foi em Outubro de 2023 que Nelson Freitas, quando ainda estava no Fifty Seconds, ao lado de Filipe Carvalho, se tornou no primeiro português a vencer o título de melhor jovem chef do mundo – e por jovem entendem as regras abaixo de 30 anos. A grande final do concurso promovido pela San Pellegrino e que junta habitualmente cozinheiros de alguns dos melhores restaurantes do mundo aconteceu em Milão. Nelson Freitas destacou-se entre os 14 a concurso, já depois de ter conquistado a final ibérica, em Barcelona. Isto significava que o chef não estaria em Itália a representar apenas Portugal, mas Espanha também. O prato que o fez brilhar? Salmonete crocante, ouriço-do-mar e alho negro caseiro. DRO prato que deu a vitória a Nelson Freitas Dez candidatos em Lisboa Além da visibilidade conquistada, foi dada a oportunidade a Nelson Freitas (que entretanto saiu do Fifty Seconds para acompanhar Filipe Carvalho no novo JNcQUOI House) de estagiar no Central, restaurante de Virgil

Na Fortaleza do Guincho, é o restaurante que se adapta ao chef e não ao contrário

Na Fortaleza do Guincho, é o restaurante que se adapta ao chef e não ao contrário

Quando Gil Fernandes ainda nem se imaginava na cozinha, a Fortaleza do Guincho conquistava a primeira estrela Michelin, que mantém até hoje. Estávamos em 2001. Avançando para 2024, Gil é hoje a cara do restaurante, que reabriu esta semana, depois de umas desejadas obras de renovação. GONCALO F SANTOS As mudanças sentem-se logo à entrada do hotel de cinco estrelas, em cima do oceano, em plena estrada do Guincho. Passando a porta imponente, existem agora várias zonas que convidam a estar. É verdade que há um limite no que pode ser feito por se tratar de um edifício classificado como Imóvel de Interesse Público, mas é notório o esforço cada vez maior para acompanhar os tempos. Foi assim que uma pequena pausa inicial para manutenção acabou por se tornar numa pequena revolução que levou dez semanas. “Já que íamos ter de fechar para fazer umas obras nos quartos – têm todos casas de banho novas –, acabámos por aproveitar e fazer tudo”, diz Petra Sauer, directora-geral da Fortaleza do Guincho.  ©DR Com “tudo”, Petra refere-se também ao bar e, em especial, ao restaurante chefiado por Gil Fernandes. Inspirado pelo mar do Guincho que banha o restaurante e mergulhando na sua história, o chef dá-se a conhecer em dois menus de degustação (145€-190€) onde se destacam sabores bem portugueses, apresentados de forma criativa, dinâmica e cheia de técnica. Desde que assumiu o cargo em 2018, depois da saída de Miguel Rocha Vieira, na altura tornando-se no chef mais novo com uma estrela Michel

O Praia no Parque voltou a ter um sushi bar, mais descontraído e à imagem do seu novo chef

O Praia no Parque voltou a ter um sushi bar, mais descontraído e à imagem do seu novo chef

De barra japonesa a balcão ibérico a barra japonesa novamente. No Praia no Parque, a passagem de Lucas Azevedo foi de tal forma marcante que quando se tentou mudar, com a saída do chef, continuou a faltar alguma coisa. Apostou-se em petiscos e numa carta descomplicada, mas a saída de Paulo Alves do Kabuki, restaurante com uma estrela Michelin, não muito longe daqui, acabou por abrir espaço a uma mudança também no Parque Eduardo VII que decidiu voltar a criar um sushi bar. Só funciona ao almoço, de segunda a sexta-feira. Longe da refeição ritualista que Lucas Azevedo impunha, mas ainda assim focado na qualidade do produto, Paulo Alves não acusa pressão, até por saber bem o que faz.  Arlei Lima Sabe o peso do passado e respeita-o, mas não duvida de que se vive um tempo novo na barra do Praia no Parque – um tempo não só à sua imagem, como à imagem do restaurante, que ganhou fama pelas suas noites animadas. “Quero continuar o legado e a tradição que tem o Praia no Parque, mas com um menu mais descontraído. É um espelho do que sou”, diz Paulo Alves. “Não vou deixar de criar e de manter os standards elevados, mas quero que isto seja um sítio com boa onda”, continua o chef, que saiu do Kabuki no final do ano passado, no meio de um processo atribulado. Arlei LimaBarriga de atum com espuma de tomate, óleo de coentro e migas de pancetta É verdade que foi no restaurante japonês de fusão mediterrânica nas galerias do Ritz que Paulo Alves se deu a conhecer, mas antes disso o chef cont

Na Mouraria, o Ciclo vem ensinar-nos a ter calma, comendo e bebendo bem

Na Mouraria, o Ciclo vem ensinar-nos a ter calma, comendo e bebendo bem

Um ciclo pode tanto ser uma série de acontecimentos que se sucedem numa ordem determinada, como um conjunto de espectáculos sobre um mesmo tema ou até parte de um fenómeno periódico durante um certo espaço de tempo. São tudo definições do dicionário que se poderiam aplicar também, de alguma forma, ao trabalho de José Maria Neves e Cláudia Abreu da Silva no restaurante que abriram na Mouraria em Fevereiro. O Ciclo é modesto em tamanho, mas ambicioso na missão que se propõe a cumprir: acompanhar o ritmo da natureza e o que esta tem de melhor para dar, sem pressas ou atalhos, prezando sempre a qualidade. Arlei Lima Há quem diga que é preciso uma aldeia para educar uma criança, mas para abrir um restaurante quando não se tem uma rede de apoio também não é diferente, especialmente num momento tão competitivo. “Comecei isto sem um estojo de ferramentas e acabei isto sem um estojo de ferramentas, mas trouxe muita gente com estojo de ferramentas para ajudar”, conta José Maria Neves. E foi assim desde o início. “Nós sempre tivemos a ambição de ter o nosso espaço, mas não tínhamos capacidade financeira. Surgiu a boa vontade de um grande amigo da minha mãe, o tio Domingos”, continua. “Se não fosse ele, não teríamos chegado a esta fase.” Arlei Lima Quem pôde ir acompanhando um pouco do percurso nas redes sociais, sabe que Domingos não foi a única ajuda. Sucederam-se os amigos, tantos do meio gastronómico, que ajudaram o casal a transformar um escritório num pequeno bistrô, onde já co

Pedro Pena Bastos recebe Marlene Vieira para jantar especial no Cura

Pedro Pena Bastos recebe Marlene Vieira para jantar especial no Cura

Depois de já o ter recebido no seu restaurante, é a vez de Marlene Vieira entrar na cozinha de Pedro Pena Bastos. Os dois chefs vão partilhar o protagonismo no Cura num jantar que pretende também assinalar o Dia Internacional da Mulher. O encontro está marcado para a próxima sexta-feira, dia 15. “O Dia Internacional da Mulher é também uma homenagem a todas as mulheres que, à frente ou nos bastidores dos tachos, trazem o melhor da gastronomia portuguesa às mesas do país”, assinala em comunicado o chef, explicando que o restaurante do Ritz, com uma estrela Michelin, quis marcar o momento dando destaque a uma mulher que se tem vindo a afirmar como poucas no meio. “Quisemos assinalar o mês da mulher, e organizar um jantar no Cura quase todo no feminino”, acresenta ainda Pedro Pena Bastos.  ©Mariana Valle Lima À frente do Marlene, do Zunzum Gastrobar e ainda com um espaço no Time Out Market, Marlene Vieira levará a sua assinatura para um menu de degustação de dez momentos (275€) que ficará marcado pelo uso dos melhores produtos, como é recorrente tanto na cozinha de um como de outro chef. O resultado será um jantar de sabor português, vincado pela técnica e conhecimento de Marlene Vieira e Pedro Pena Bastos. Para garantir lugar, o ideal é fazer a reserva prévia (restaurants.lisbon@fourseasons.com). O último turno é às 21.30. À chegada, todos serão brindados com uma taça de champanhe. + Opinião – O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres + Maior guia gastronómico espanhol també

Maior guia gastronómico espanhol também vem para Portugal

Maior guia gastronómico espanhol também vem para Portugal

Se dúvidas existissem sobre o momento gastronómico que Portugal vive, o interesse da Repsol em apostar num guia exclusivo para Portugal, depois de também a Michelin o ter feito, é disso a maior prova. À semelhança do que acontece com a Michelin, o Guia Repsol premeia anualmente os melhores restaurantes do país, enquanto promove diferentes roteiros. A marca até já chegou a estar em Portugal, mas sem nunca ter conseguido grande destaque. O objectivo agora é fazer tudo tal como acontece em Espanha, com inspectores recrutados por cá e uma gala para celebrar o meio. A correr bem, em 2025 há festa. A novidade foi revelada esta semana, quando uma pequena comitiva portuguesa, encabeçada pelos chefs João Rodrigues (Canalha), Rodrigo Castelo (Ó Balcão) e Vasco Coelho Santos (Euskalduna), e da qual a Time Out fez parte, viajou para Cartagena, em Espanha, para assistir à cerimónia de entrega dos “sóis” (ou soles) aos restaurantes que se destacaram este ano – Begoña Rodrigo, do La Salita, restaurante em Valência com uma estrela Michelin, e que em Setembro fez parte do cartaz do Chefs on Fire, foi a grande vendedora ao conquistar o único três soles da noite, a distinção máxima. “O Guia faz 45 anos este ano e festejamos não só o facto de termos acompanhado a gastronomia ao longo deste tempo, mas também o momento muito bom que o meio atravessa. E isso eu acho que é internacional e que em Portugal acontecerá o mesmo”, começa por dizer María Ritter, directora do Guia Repsol, numa breve convers

Inspirada pelo Ofício e para ganhar nova vida, a Lota d’Ávila é agora a Lota Sea & Fire

Inspirada pelo Ofício e para ganhar nova vida, a Lota d’Ávila é agora a Lota Sea & Fire

Se mar e fogo são, à partida, contrastantes, na gastronomia não podiam combinar melhor. Hugo Candeias sabe-o bem, domina um e outro e ainda lhes consegue juntar uma pitada de animação. Essa é, pelo menos, a intenção na renovada Lota Sea & Fire, ex-Lota d’Ávila. O restaurante nasceu como uma marisqueira moderna, mas depressa se percebeu que o caminho não era por ali (e não foi apenas por causa da saída do chef Vasco Lello, pouco após a abertura). Seguindo a receita do Ofício, esta Lota é, agora, mais dinâmica e até gastronómica. Francisco Romão Pereira O problema de se pôr uma etiqueta a um restaurante é a possibilidade de comparações que isso pode imediatamente levantar. Se é uma marisqueira, apontam-se, logo, duas ou três que se conhecem e o caminho tende a ficar tortuoso ou, pelo menos, mais difícil. Foi o que aconteceu, de forma simples, à Lota d’Ávila, que abriu em Novembro de 2022. “A oferta que tínhamos era comparada com o Ramiro, com o Solar dos Presuntos, todos esses clássicos de Lisboa e quem aqui vinha dizia que [a Lota] era mais cara. Como é lógico, não temos a quantidade que nos permite negociar os preços de outra forma”, diz, de forma honesta, o chef. Hugo Candeias divide-se hoje entre a Lota Sea & Fire e o Ofício, à procura de que a primeira ganhe vida própria, como aconteceu no restaurante do Chiado, dos mesmos donos, o grupo Paradigma. “Em Junho, fizemos uma alteração de cartas para aquela que seria a Lota 2.0, mas já a pensar numa alteração futura e, durant

Com duas estrelas no Antiqvvm e uma no 2 Monkeys, Vítor Matos domina Gala Michelin

Com duas estrelas no Antiqvvm e uma no 2 Monkeys, Vítor Matos domina Gala Michelin

As expectativas estavam altas, mas ninguém arriscava grandes previsões, já que a Michelin se tornou perita em dar o inesperado. Na primeira gala do guia Michelin dedicado em exclusivo a Portugal, Vítor Matos foi o nome que se destacou ao conquistar as duas estrelas Michelin para o Antiqvvm, no Porto, e ainda uma estrela para o 2 Monkeys, que abriu em Lisboa, e que conta também com Francisco Quintas na chefia. Numa cerimónia apresentada por Catarina Furtado no NAU Salgados Palace & Congress Center da Guia, em Albufeira, João Sá (Sála), Rodrigo Castelo (Ó Balcão) e Octávio Freitas (Desarma) também conquistaram uma estrela. Francisco Quintas com 25 anos torna-se assim no mais jovem chef a receber uma estrela Michelin em Portugal. Na segunda vez em que subiu ao palco, para receber a segunda estrela para o Antiqvvm, a única novidade nesta categoria, Vítor Matos destacou como o seu restaurante "é uma escola", feita por uma equipa jovem que se tem vindo a renovar, e com uma "cozinha delicada e com profundidade de sabor". O objectivo, disse, é fazer com que "as pessoas não se esqueçam da experiência" à mesa. Rodrigo Castelo não escondeu que há muito procurava a estrela e que o caminho agora faz-se “melhorando todos os dias com humildade”, soltando um “viva ao Ribatejo”. Já João Sá contou que passou um ano desde que perguntou à equipa se o que queriam era a estrela. Tinha apenas três condições para isso: se se divertissem a fazê-lo, se fossem felizes nesse caminho, “sem obsessões e se

Opinião: O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres

Opinião: O Guia Michelin (ainda) não é para mulheres

A notícia é, à partida, boa, mas só esta terça-feira vamos perceber o que significa realmente Portugal ter um Guia Michelin exclusivo. Não é expectável que, de repente, chovam estrelas. A Michelin fez saber que um guia dedicado ao nosso país não seria sinónimo de um maior número de inspectores portugueses – e o que se sabe é que por agora serão apenas um ou dois. Entre as apostas e as perguntas sem respostas, há duas que se repetem até à exaustão. Teremos, finalmente, um restaurante a conquistar a terceira estrela? E será que é desta que uma mulher consegue a estrela? É sobre esta última que me debruço, não fosse ela feita quase sempre com uma mulher em vista, apesar de haver outras igualmente destacadas: Marlene Vieira.  É verdade que a chef abriu o Marlene, em Abril de 2022, com esse objectivo. No entanto, é justo acrescentar à pressão de manter um restaurante ao mais alto nível o peso de representar as mulheres num sector em que a paridade não existe? Quem aponta Marlene Vieira à estrela fá-lo por lhe reconhecer o trabalho, espera-se – mas a que custo? Há até quem diga que será a primeira mulher a receber uma estrela Michelin em Portugal, o que só demonstra esquecimento. Antes de a gastronomia ser moda e de os cozinheiros serem transformados em estrelas de rock, Ilda Vinagre conseguiu chamar à atenção do Guia com um restaurante na Terrugem, o Bolota – a chef acabaria por sair pouco antes da estrela, em 1992. No ano seguinte, Maria Alice Marto conseguiu o feito para o Tia A

No Convento das Bernardas, A Travessa deu lugar a um restaurante de cozinha francesa

No Convento das Bernardas, A Travessa deu lugar a um restaurante de cozinha francesa

Do passado, resta a história. O chef, também. Não é o chef de sempre, mas conheceu a vida anterior do que é hoje o No Convento. Era aqui que ficava A Travessa, que ia buscar o nome à Travessa das Inglesinhas, onde primeiro se estabeleceu em 1978. O novo nome, porém, não podia ser mais explícito. Quem conheceu o histórico A Travessa, que ali morava há duas décadas, reconhecerá o espaço, que ocupa uma das alas do Convento das Bernardas, mas perceberá que está mais sofisticado (nem por isso mais solene). O ambiente é escuro, iluminado apenas por velas. Em breve, quando os dias ficarem mais longos e quentes, a esplanada ocupará os clautros.  Arlei Lima Esta é a mais recente aposta do Reîa Collective, fundado por Emil Stefkov e Sacha Gielbaum, proprietário também da Casa Reîa, na Costa da Caparica, e do Black Trumpet, que abriu pouco antes deste No Convento. À semelhança do que acontece nesses restaurantes, também aqui Pedro Henrique Lima é o chef executivo, embora a cozinha do No Convento esteja entregue ao chef residente João de Oliveira, que transitou d’A Travessa. “É engraçado que alguns clientes entram e só depois de estarem sentados é que se apercebem que há alguma coisa diferente. Havia muita curiosidade também dos próprios moradores em conhecer o espaço”, conta João de Oliveira. “A verdade é que o espaço precisava de um refresh”, admite o chef, que trabalhou quase três anos na cozinha d’A Travessa. E é isso que lhe permite dizer que o prato de bacalhau se mantém desde en

Henrique Sá Pessoa abre restaurante de marisco em Miami

Henrique Sá Pessoa abre restaurante de marisco em Miami

Foi nos Estados Unidos que estudou e tirou o curso de cozinha no Pennsylvania Institute of Culinary Arts e é aos Estados Unidos que o chef português regressa, desta vez para abrir um restaurante em Miami. Chama-se Sereia e já está a aceitar reservas. Com duas estrelas Michelin no Alma, em pleno Chiado, Henrique Sá Pessoa tem vindo a apostar nos últimos tempos na sua internacionalização, depois de ter aberto o ARCA em Amesterdão, em 2021, e o Joia em Londres, em 2023. Chiado, o restaurante que assina em Macau, também reabriu; e no Cairo, no Egipto, o chef foi ainda responsável por desenhar o conceito do Maré Social. A última novidade surge num país que conhece bem, os Estados Unidos, com um restaurante de marisco que abre a 1 de Março.  “Uma grande aventura em Miami”, anunciou o chef no Instagram. No site do restaurante localizado em Coconut Grove, lê-se que o Sereia “é um restaurante moderno, focado em marisco, inspirado na costa ibérica e nas viagens do chef Henrique Sá Pessoa e numa vida de experiência a trabalhar e a abrir alguns dos melhores restaurantes no mundo”. “O Sereia apresenta uma cozinha com profundidade, feita com os melhores ingredientes trabalhados com técnicas sofisticadas.” Apesar de as reservas já estarem abertas, a carta ainda não foi revelada, tendo sido divulgada apenas uma fotografia do que parece ser um arroz de carabineiro. Quem segue o trabalho do chef sabe que a costa é uma das suas grandes inspirações, sendo o menu “Costa a Costa” (185€) que serve