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Os melhores jardins e parques em Sintra
Parta à descoberta dos melhores jardins e parques em Sintra, um trabalho que o ajudamos a fazer com todo o gosto. Há verde de todos os tipos: desde o parque no meio da vila, com vista para a serra de Sintra, aos parques e jardins românticos escondidos nas encostas da serra, obras-primas de arquitectos e paisagistas do século XIX, que foram mantidos e recuperados nos séculos seguintes. Mas também há o jardim francês, com as suas sebes de buxo milimetricamente aparadas, ou um mais robusto parque de merendas, se tudo o que precisa é só ouvir passarinhos refastelado à sombra das árvores. Recomendado: Os melhores passeios em Lisboa para fazer esta semana

Percurso da Vila Sassetti: descubra um jardim discreto e encantador
As referências ao Percurso Vila Sassetti são unânimes em dizer que é um segredo bem guardado, e é verdade. Liga o centro da vila aos caminhos do cimo da serra que levam ao Palácio da Pena e ao Castelo dos Mouros e só soubemos da sua existência porque reabriu ao público no passado dia 3 de Abril, depois de obras de recuperação de pavimentos, escadas e muretes em pedra. Fomos conhecê-lo. Parques de Sintra/DRVila Sassetti Da rua, avistamos o pequeno portão da propriedade, mas as flores vermelhas dos rododendros que espreitavam ao longo do topo do muro já denunciavam o jardim. Chegados à porta, enfrentamos uma parede de vários metros de altura e o início de uma escada que, adivinhamos, há-de seguir por ali acima. Cansados só de olhar para ela, avançamos uns passos reticentes – o suficiente para vermos à esquerda um caminho empedrado que, numa inclinação muito aceitável, se perde numa curva. É um pouco à frente dessa curva que surge a primeira cascata, os primeiros fetos arbóreos e, depois, cicas variadas, bromélias, palmeiras de leque e washingtónias, strelitzias nicolai, muitas strelitzias nicolai... Imaginamos como ficará o jardim quando estas plantas, também chamadas de bananeira selvagem, exibirem as suas grandes flores brancas, azuis e roxas a lembrar pássaros (por alguma razão "ave do paraíso" é outro dos seus nomes). O chão, a espaços, aparece salpicado de pétalas de diferentes cores das muitas cameleiras existentes. Já passou o auge da floração das camélias, mas agora
![Lisboa, cidade lilás: por todo o lado jacarandás [fotogaleria] Lisboa, cidade lilás: por todo o lado jacarandás [fotogaleria]](https://media.timeout.com/images/106008121/750/562/image.jpg)
Lisboa, cidade lilás: por todo o lado jacarandás [fotogaleria]
Propomos-lhe um passeio que é quase um jogo, para ir conhecer os jacarandás de Lisboa. É muito simples. Escolha um jacarandá e dirija-se a ele. Que copa linda, não é? Olhe em redor e procure outro, não vai ser difícil encontrar um. Vá até lá. O chão coberto de flores lilases. Pois. Olhe em volta à procura de outro. Ou olhe para as colinas da cidade e veja-os a espreitar por entre os telhados do casario e vá até lá. Pelo caminho há-de ver muitos mais. Vá saltitando de jacarandá em jacarandá. O jogo acaba quando os seus olhos estiverem saciados de lilás. Nós conseguimos ir do cruzamento da Barata Salgueiro com a Avenida da Liberdade até ao Palácio da Ajuda sempre a encontrá-los. E foi lá que começou a história dos jacarandás em Lisboa. Os jacarandás (Jacaranda mimosifolia) de Lisboa vieram do Brasil (o nome jacarandá tem origem no tupi-guarani), encomendados pelo botânico Félix de Avelar Brotero, o segundo director do Real Jardim Botânico da Ajuda, entre 1811 e 1828, no reinado de D. João V. A aclimatização das árvores foi muito bem sucedida e em breve começou a ser plantada nos jardins dos nobres – e mais tarde por toda a cidade. Os jacarandás podem atingir 200 anos de vida. É por isso que pode ainda encontrar dois dos originais no Jardim Botânico da Ajuda. Diz-se que são os últimos a florir na cidade. É ir lá comprovar. Recomendado: Os melhores parques e jardins em Lisboa

Mergulhe no 3D de 1900 nesta exposição de fotografia estereoscópica
“É sem dúvida uma oportunidade rara de o público em geral poder utilizar um visor destes", diz Sofia Castro. "Os especialistas em estereoscopia dizem que a ilusão de profundidade através de vidro translúcido é única", confirma Vítor Gens. "Por isso é que privilegiámos este visionamento assim, com estes visores históricos", remata Sofia. O ritmo a que falam revela o entusiasmo dos dois curadores da exposição "Jorge Marçal da Silva. A dimensão imersiva", recém-inaugurada no Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico. Arlei LimaVisor estereoscópico de mão Unis France c.1910 Além das 32 imagens que vai poder ver nos oito visores estereoscópicos das três primeiras décadas de 1900, os curadores preocuparam-se em encontrar outras formas de o público chegar ao 3D. "Há pessoas que não conseguem ver as imagens dos visores estereoscópicos ou os anaglifos, e há mesmo até quem se sinta maldisposto", diz Sofia, explicando que é um exercício difícil que se exige ao cérebro.Assim, ao fundo do corredor, vai poder ver anaglifos usando os conhecidos óculos de lentes vermelha e azul popularizados nos anos 1950, mas que, incrivelmente, foram pela primeira vez projectadas desta forma, em 1858, pelo luso-descendente Joseph de Almeida. São oito imagens impressas, mais 16 em televisor na sala ao lado. (Prepare-se para quase sentir o cheiro do cigarro do marinheiro que está a sair da escotilha de um submarino, tal é a ilusão de proximidade conseguida.) Arlei LimaExplicação do que é um anaglifo ao la

Os segredos da calçada em Lisboa
Cuidado onde põe os pés! É que pode estar a pisar uma flor, um barquinho, um relógio, uma estrela ou um trevo de quatro folhas. Chamam-se assinaturas a pequenos desenhos que não fazem parte do padrão oficial da calçada. São executados geralmente com grande rigor e numa escala mínima, e só existem por uma razão: o calceteiro decidiu fazê-los. São ilegais e anónimos, só os colegas de profissão sabem identificar quem os fez, seja pela técnica ou pelos temas. Como uma espécie de graffiti na pedra. Mostramos alguns destes segredos e avisamos: depois de ver o primeiro, vai começar a andar de olhos pregados no chão e a descobrir muitos mais. É viciante. Ora espreite a galeria aqui em cima. Recomendado: Monumentos de Lisboa: estátuas de A a bronze

Farinha, água, fermento natural e sal. Desta massa é feito o pão tradicional
“Este pão não tem porcarias.” Foi esta a frase mais repetida pelas dezenas de pessoas com quem falámos em mercados, padarias de bairro, mercearias e charcutarias por essa Lisboa fora. As “porcarias” a que se referem são aquela lista de ingredientes terminados em “ante” do pão industrial: emulsionante, melhorante, estabilizante, acidificante, espessante, antiaglomerante, corante, conservante, aromatizante e por aí fora. Catarina AlmeidaUma pequena amostra da grande variedade de pão tradicional do Pão Saloio, no Mercado de Alvalade Já o pão tradicional tem ingredientes que não estão escritos no rótulo: tem tempo, tem pessoas e o seu saber, tem as leveduras e bactérias que pairavam pelo ar enquanto a massa levedava e tem forno de alvenaria a lenha. São estes elementos invisíveis os principais responsáveis pelos paladares e texturas dos pães tradicionais que se fazem pelo país. E são também eles que fazem com que sejam de fácil digestão, realça Patrícia Santos, da Benfiqueijos. O mesmo já nos tinham dito na Papó’Pão, uma pequena padaria de Moscavide que surpreende pela variedade de pães tradicionais, ou na Mercearia Criativa, na Guerra Junqueiro, uma montra de produtos tradicionais que se orgulha de só vender os produtos de que gosta. Sabia que existe um Concurso Nacional de Pão Tradicional Português? É verdade, já vai na 11ª edição e só podem concorrer os pães que cumprem os rigorosos critérios estabelecidos para o modo de produção de cada tipo de pão pela Qualifica/CNEMA. Nes

Onde comprar pães tradicionais portugueses em Lisboa
Os mercados são, naturalmente, um local onde esperamos encontrar produtos tradicionais. Todos merecem visita, mas o de Alvalade, numa só banca (mega-banca), a do Pão Saloio, tem uma dúzia de pães tradicionais, e o de Benfica tem um delivery point, assegurado pela Junta de Freguesia, que permite levantar encomendas até às 20.00, contornando assim o problema do encerramento às 14.00. Além dos mercados, indicamos 14 padarias, charcutarias e mercearias, com todas as informações de que necessita: dia de entrega dos pães (que geralmente desaparecem em horas), preços*, moradas, horários e telefone e site, para poder fazer reservas (o que aconselhamos). Indicamos o produtor sempre que foi possível determiná-lo (Padaria Lalinense, O Conquistador, Gaspar & Fernandes, Mário José Mestre, etc). O pão de Mafra é omnipresente, pelo que não foi incluído (procure a certificação ou os ingredientes na embalagem, para saber o que está a comprar); também o pão de Rio Maior é frequente, mas feito em Mafra, pelo que recomendamos o autêntico, o da padaria Magirus, medalhada com Ouro nesta categoria. Recomendado: Farinha, água, fermento natural e sal. Desta massa é feito o pão tradicional. * Preços indicativos, recolhidos à data do levantamento de dados.

Um passeio pelo Jurássico no jardim das cicas do Botânico de Lisboa
A colecção de cicas é um dos ex-líbris do Jardim Botânico de Lisboa e agora, durante o Verão, as espécies exibem as suas inflorescências, de diferentes formas e cores, pelo que um passeio só para as ver é uma excelente ideia para um domingo, em que nem vai ter de pagar entrada (levante o bilhete até às 13.00 e pode usá-lo o dia todo, até às 20.00). Passe o temperamental portão automático da entrada (dica: o código de barras do bilhete é para cima, depois espere com paciência) e desça a rua principal. Do lado esquerdo estão os magníficos dragoeiros, agora em flor, e o jardim dos cactos. Guarde esta secção para um outro domingo e siga em frente até encontrar do lado direito a alameda das palmeiras (a diversidade de palmeiras, de todos os continentes, vale uma outra visita). Do lado direito desta alameda estende-se o jardim das cicadófitas. Uma placa explica-lhe o essencial sobre estas plantas primitivas que andam por cá há mais de 150 milhões de anos e hoje estão classificadas como vulneráveis ou em perigo de extinção nas regiões tropicais e subtropicais de onde são nativas. Felizmente dão-se particularmente bem no Jardim Botânico de Lisboa, o que permite manter esta colecção bastante variada. As cicadófitas são plantas dióicas, o que quer simplesmente dizer que há plantas masculinas e plantas femininas, e são gimnoespérmicas, que é a razão porque, em vez de flores e frutos, têm inflorescências, aquela espécie de pinhas (chamadas cones), umas femininas (com óvulos/ sementes), o

Há curiosas esculturas pelas fachadas e telhados de Alcântara
No início da Rua Maria Pia e no largo da Triste-Feia, há um mural e esculturas, e na Praça da Armada e Beco dos Contrabandistas, pelas fachadas e telhados vêem-se outras tantas personagens, de ar ora aventureiro, ora sonhador. O autor é Fulvietl, nome com que o arquitecto, ilustrador e escultor italiano Fulvio Capurso assina as suas obras. Fulvio é co-fundador do colectivo multidisciplinar BooksOnWall, sediado no Uruguai, que cria narrativas imersivas através da arte e da tecnologia em percursos urbanos, utilizando "realidade aumentada, que permite misturar digital e real". Helena Galvão Soares O BooksOnWall inclui tanto programadores (que desenvolveram uma app em software livre, para que o código possa ser usado por outros colectivos) como artistas e técnicos de várias áreas e fez a sua primeira experiência no Uruguai. Agora querem criar um novo conto num percurso urbano em Lisboa – as esculturas e mural de Fulvio são só o primeiro passo. No app que criaram há um mapa que geolocaliza os pontos onde estão as esculturas e os murais onde vemos as animações quando apontamos a câmara do telemóvel; entre os pontos, para não se perder o fio narrativo do conto, existe um áudio que a pessoa pode ouvir até encontrar outro objecto. "Neste momento a equipa no Uruguai está a melhorar a aplicação, para conseguir detectar a aproximação das pessoas a um determinado ponto e interagir com som, tipo: 'Pssst, olha aqui para cima!'", explica Fulvio. Helena Galvão Soares “Em Montevideu traba

Choveu – e finalmente os cogumelos começaram a aparecer em Monsanto
A espera foi recompensada: Monsanto está cheio de cogumelos. Sabia que já estão 157 espécies identificadas no Parque Florestal de Monsanto? Embrenhe-se pelos carreiros e vai ver as surpresas que o esperam. Siga as nossas dicas. Não domina os trilhos de Monsanto e tem medo de se perder naqueles 1000 hectares de floresta (sim, leu bem, mil)? Nada tema, para ver a maioria dos cogumelos da nossa fotogaleria, só precisa de ir até ao Parque do Calhau, nas traseiras do Palácio Marquês de Fronteira, e daí seguir para o pinhal junto ao Parque Recreativo da Serafina, ali mesmo ao lado. No Parque do Calhau, debaixo das copas de sobreiros e azinheiros, vai começar por encontrar os cogumelos que surgem a abrir caminho por entre o manto de folhas caídas. Vai ver um, outro, outro, e depois, à medida que souber onde procurar, dezenas deles. Helena Galvão Soares || Parque do Calhau, já com muitos cogumelos sob as copas das árvores Agora que já tem o olhar treinado, está na hora de sair deste montado e entrar por qualquer dos carreiros (quanto mais estreito e menos usado melhor) na direcção do Parque Recreativo da Serafina. Aqui a variedade de vegetação é maior e a de espécies de cogumelos também. Mude de carreiro, perca-se à vontade; seja por que caminho for, vai dar à Estrada da Serafina. Mantenha-se atento à folhagem no chão e aos troncos de árvores caídos. Viu um bolinha vermelha? Não é um cogumelo, são medronhos. Vai ver muitos, há imensos aqui no Outono. Helena Galvão Soares Na Estr

Flix, um artista em Lisboa com um passaporte muito carimbado
Fomos falar com Flix, um discreto artista venezuelano que agora chama casa a Lisboa, e descobrimos um currículo surpreendente, que passa pela Fundação Cartier e a Bienal de Veneza. Em 2009, Flix ganhou o primeiro prémio do Salón de Jóvenes da FIA, na Venezuela, quando não passava de um outsider, um artista de rua. Seis anos mais tarde, em 2015, também como artista emergente, representou a Venezuela na Bienal de Veneza, e em 2018 foi convidado para uma grande exposição da Fundação Cartier dedicada à geometria na América Latina, a “Southern Geometries, from Mexico to Patagonia”. Mas só a pouco e pouco nos contou tudo isto. Em Lisboa, a história de Flix começou em 2017: “Fui convidado pela Câmara Municipal para participar no festival Muro. Era para fazer só uma intervenção de duas semanas, mas como costumo trabalhar com a comunidade, acharam que era melhor fazer uma residência artística e então fiquei dois meses a trabalhar com o bairro das Salgadas, em Marvila. Daí saíram mais projectos e mais coisas, até que decidi ficar. Depois nasceu a minha filha, em Lisboa... Fiquei.” Flix || Marvila, Bairro das Salgadas (2017) Ficou, e a trabalhar com as comunidades dos bairros lisboetas. “A ligação com a comunidade é uma das coisas mais importantes do meu trabalho. Porque não estás só a fazer uma coisa decorativa, estás a envolver a comunidade, o que faz com que eles sejam os co-criadores. Eles transformam a sua realidade e a maneira de sentir e olhar o seu espaço. Estando envolvidos

A Padaria Libanesa – a comida de rua de Beirute chegou a Lisboa
Em 2018, Jad e a família vieram pela primeira vez a Lisboa. “Gostámos do ambiente da cidade, as pessoas são simpáticas. E é uma cidade segura.” Gostaram tanto que voltaram no ano seguinte e em 2020 mudaram-se definitivamente para cá. Em Junho de 2021 abriam A Padaria Libanesa, um “negócio familiar” de que Jad é o jovem gestor. "Temos sempre as manouches mais tradicionais: a de za'atar e a de queijo", diz Jad. E o que vem a ser isso? As manouches são habitualmente apelidadas de "pizzas libanesas". Aqui a bola de massa de fermentação lenta é esticada à frente do cliente até se obter uma rodela de massa fina que é coberta com um recheio e vai brevemente ao forno, ali mesmo, na sala. O za'atar é uma popular mistura de tomilho, sementes de sésamo e azeite. Mariana Valle Lima No menu fixo, às manouches de za'atar (5€) e queijo (mozzarela e manteiga, salpicada com sementes de sésamo, 6€), juntam-se a taouk (de peito de frango marinado, 7€), a lahme bajeen, de carne picada, cebola, pimentas, alho, tomate, malagueta e especiarias (7€), a de espinafres (6€) e a harra, a picante, com malagueta, tomate, cebola, pimentos, queijo e hortelã seca (6€). Se tiver vontade de provar tudo e estiver com amigos, uma belíssima notícia: fazem manouches com metade de um recheio e a outra metade de outro. Mariana Valle Lima Como entrada, ou como petisco a meio da tarde (ou ao pequeno-almoço, se quiser uma experiência libanesa a rigor), pode pedir pães e acompanhamentos. Nos pães encontra pitas sim
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Parque da Pena
São 200 hectares de jardins e floresta em redor do emblemático Palácio da Pena. À primeira vista, até parece que se trata de autêntica floresta nativa, mas é uma paisagem desenhada, combinando o exotismo e imponência das espécies vegetais com o dramatismo das vistas dos picos a que os caminhos sinuosos nos conduzem. Isto enquanto se passa por grutas e ruínas falsas, lagos e fontes, tudo numa eloquente estética romântica.O interesse pela botânica de D. Fernando II, o responsável por isto tudo, trouxe para o parque espécies florestais nativas de todos os continentes, bem como uma colecção de camélias da China e Japão, que foram plantadas no Jardim das Camélias na década de 1840 e se tornaram o ex-líbris do Inverno de Sintra, estação em que deve visitar o parque para as ver. Uma visita completa ao parque é coisinha para umas três horas; se não tem todo esse tempo disponível, 1) vai lamentar; e 2) deixamos umas dicas.Escolha a entrada do Vale dos Lagos e percorra o caminho ao longo dos cinco lagos ligados por cascatas e rodeados de árvores e vegetação frondosa, até à Fonte dos Passarinhos, uma casa de fresco neomourisca de planta hexagonal e cúpula abobadada que amplifica o som da água que corre de uma pequena fonte. Nas vistas, a Cruz Alta é o ponto mais alto da serra, a 528 metros, e de lá avista Lisboa e Cascais, o oceano e a região saloia. Nos recantos, procure a Gruta do Monge, um antigo local de recolhimento. E não se vá embora sem passar pela Feteira da Rainha: é lá que va

Percurso Pedestre da Vila Sassetti
Em Abril de 2023 reabriu, após obras de recuperação de pavimentos, escadas e muretes, o Percurso Pedestre da Vila Sassetti, sinónimo da melhor forma de ir a pé do centro histórico de Sintra para o Palácio da Pena e Castelo dos Mouros. São 1850 metros de um caminho com alguma inclinação, mas sem dificuldade de maior, que poderá fazer em cerca de 45 minutos. Estamos num típico jardim romântico, da autoria de Luigi Manini, o mesmo arquitecto da Regaleira, o que deverá justificar uma estranha clareira com uma espécie de trono e cadeiral em pedra. O caminho serpenteia encosta acima, acompanhado por um curso de água que vamos vendo em cascatas e laguinhos até chegarmos à Vila Sassetti, um palácio inspirado nos châteaux da Lombardia. Neste primeiro troço conte com vegetação diversa e luxuriante: fetos arbóreos, cicas variadas, bromélias, palmeiras de leque, washingtónias, strelitzias nicolai, rododendros, camélias. Depois da vila, o percurso mimetiza mais a natureza selvagem, com mata, duas grutas e imponentes penedos. A Casa do Caseiro alberga uma cafetaria que deverá abrir brevemente, o parque possui instalações sanitárias e a entrada é livre, das 10.00 às 18.00.

Parque do Palácio de Monserrate
São 85 hectares que excedem as expectativas mais elevadas que se possa ter sobre paisagismo romântico. Talvez porque estamos em Sintra, onde espécies botânicas trazidas de todo o mundo se aclimataram exuberantemente. Talvez porque o desenho dos jardins, sempre mimetizando o natural, é cuidadosamente encenado, fruto do trabalho de arquitectos paisagistas, botânicos e jardineiros. Certo é que o conjunto destas circunstâncias fazem com que o Parque de Monserrate pertença à Rota Europeia de Jardins Históricos, que integra as Rotas Culturais do Conselho da Europa. Prepare-se para conhecer uma das maiores colecções botânicas existente em Portugal – só fetos são mais de 40 espécies, para lá dos fetos arbóreos, que pode ver no Vale dos Fetos –, com algumas árvores a atingirem portes consideráveis, como é o caso da Araucaria heterophylla, com 50 m, ou da Metrosideros robusta, que se encontra junto ao relvado, o primeiro em Portugal com sistema de rega, criado na segunda metade do século XIX. A vertente a Sul, chamada Jardim do México, foi estruturada em patamares e preenchida com vegetação de climas secos, como o pinheiro do méxico, iucas, cicas, agaves e dragoeiros. Conte ainda com um roseiral que foi restaurado e apresenta uma colecção de variedades históricas, o Jardim do Japão, onde se destacam os bambus e as camélias, e, claro uma falsa ruína, tão ao gosto romântico, de uma capela engolida pela vegetação e por uma árvore da borracha. Nas proximidades, há uma cascata construída c

Quinta da Ribafria
Nesta propriedade de 13 hectares, situada na várzea de Sintra, destaca-se o Solar, renascentista, mandado edificar em 1541, com o seu grande torreão de inspiração medieval. Frente ao edifício pode apreciar-se um jardim de buxo, à francesa, e uma imponente escadaria e estátuas de inspiração clássica, bem como um grande tanque/espelho de água e fonte manuelina. No lado esquerdo, estende-se o pomar, com um tanque de rega ao fundo. Nas traseiras, procure a cisterna, meia escondida, onde entrevemos na semi-obscuridade uma belíssima abóboda de cruzaria de ogivas, com arcos e colunas esverdeadas de musgo.O edifício está rodeado por bosques onde vai encontrar sequóias centenárias e outras árvores de porte notável, além do rio Colares, que por ali passa. E uma curiosa mãe de água/ capela/ casa de fresco setecentista, com painéis de azulejo azul e branco de cima a baixo representando cenas do quotidiano. Depois de apreciar o edificado, meta os pés ao caminho e vá desbravar os trilhos, que vale a pena. Seg-Dom 10.00-18.00 (Jan-Mar, Out-Dez),10.00-19.00 (Abr-Set). Entrada livre

100 Anos 100 Filmes – Centenário do Cinema de Animação Português
Esta exposição temporária resulta de uma colaboração da Monstra com a Cinemateca Portuguesa e comemora os 100 anos de animação portuguesa através de imagens e objectos de 100 filmes, distribuídos por três salas. Além de uma cronologia de imagens de filmes dividida por décadas, na sala central, destaque para cenários e personagens da primeira longa-metragem de animação stop motion (Os demónios do meu avô), as marionetas e adereços de E Se..., e um objecto artístico/mala de viagem da coleção de Regina Pessoa, com o storyboard e adereços de Tio Tomás, A Contabilidade dos Dias a que valerá a pena dedicar cinco minutos da sua atenção. Na sala da direita pode ver exemplos de animação clássica, desenhada à mão: seis desenhos de Estória do Gato e da Lua, de Pedro Serrazina, e outros tantos de O Pesadelo do António Maria (considerado a primeira animação portuguesa) ocupam os expositores centrais e nas paredes pode ver Abi Feijó e Servais Tiago, entre outros. Na sala da esquerda encontra prémios internacionais conquistados, objectos vários e um ecrã onde se sucedem breves excertos de animações do arquivo da Cinemateca e os já referidos cenários e personagens de Os demónios do meu avô, de Nuno Beato.

Chaos, stains and stupid feelings; a matress collection of longing for lovers + losers
Os colchões abandonados nas ruas da cidade inspiram o humor e a poesia de Anushka, uma artista alemã que se mudou há seis anos de Berlim para Portugal. Se não teve a sorte de ser surpreendido pelo humor desarmante de Anushka num qualquer colchão pela cidade, não perca esta primeira exposição individual da artista, na galeria Little Chelsea, onde encontra 34 fotografias (algumas das quais nunca publicadas) e, claro, instalações com colchões.

Echoes of Nature
Echoes of Nature apresenta vários trabalhos fotográficos e videográficos de Manuela Marques, realizados entre 2018 e 2022. A exposição reflecte sobre a paisagem e o meio natural, com um corpo de imagens proveniente de França, Portugal continental e Açores. Manuela Marques nasceu em Portugal, vive e trabalha em Paris e foi distinguida com o prémio BESPhoto em 2011.
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Jardins Abertos – Primavera 2023, a edição das cidades comestíveis
A alimentação é o tema eleito para esta edição dos Jardins Abertos da Primavera 2023, mantendo um rumo já traçado o ano passado com as interessantes e concorridas visitas às experiências do Instituto Superior Técnico, por exemplo. Dar a conhecer espaços de investigação e projectos comunitários em Lisboa que apresentam soluções criativas para desenvolver sistemas sustentáveis de produção de vegetais vai ser o grande foco. É nesse âmbito que vai poder visitar projectos comunitários fora da caixa, e com financiamentos públicos, como a Agrofloresta de Bela Flor, numa encosta de Campolide, onde decorrerá a oficina Ramos de Flores, Hortícolas e Aromáticas (sábados, 15.00) e a Horta Alto da Eira, perto de Sapadores, onde, aos sábados, haverá as oficinas Fabrico de Massa Mãe e Pão (15.00) e Confecção de Pizzas no Forno Comunitário (18.00), além de visitas guiadas (14.00 e 14.30) e até cinema (21.30). Yago BarbosaAgrofloresta da Bela Flor, Campolide Há ainda mais dois espaços preocupados com a produção urbana sustentável. Para conhecer o Permalab, um espaço informal de experimentação criado por um grupo de estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o melhor será fazer a oficina Da Semente ao Prato (domingos, 15.00-18.00). Leve luvas de jardinagem, recomendam eles. E para conhecer a startup Raiz Farm, que pretende desenvolver redes de hortas verticais pelos bairros das grandes cidades, rume ao Arroz Estúdios num dos sábados. Há visitas acompanhadas das 14.00 às 18

Quatro países disputam a final do Campeonato Mundial do Improviso no Coliseu este fim-de-semana
Depois da bem sucedida edição do ano passado, em que o Brasil foi a equipa vencedora – com os improvisadores Rafael Pimenta, da Porta dos Fundos, e Daniel Nascimento, do colectivo Barbixas –, o Campeonato Mundial de Improviso está de volta ao Coliseu. A edição de 2023 é disputada pelas selecções nacionais de Itália, México, Brasil e Portugal, com dois improvisadores por equipa. Como é habitual em espectáculos de teatro de improviso, é da plateia que vêm as palavras que servem de mote a cada cena de improviso, e é isso que torna cada espectáculo completamente único e irrepetível. No Campeonato Mundial, cada cena, de cinco minutos, põe em palco um par de países, representados por dois improvisadores cada, até que todas as equipas tenham defrontado as restantes e sido avaliadas pelo público e dois jurados. Um árbitro de apito em riste está em palco para fazer cumprir os tempos e as regras. A pontuação obtida passa para a noite seguinte, em que se disputa a eleição do Campeão do Mundo 2023 entre as duas equipas finalistas. Não se pense no entanto que a segunda noite é um desfile na avenida para a equipa com mais pontuação. Neste formato de comédia de improviso, as equipas podem jogar trunfos, como por exemplo trocar de pontuação com um adversário, se o público lhes der a vitória nessa ronda. Na edição do ano passado, o recurso às mais diversas jogadas permitidas pelas regras fez com que o suspense sobre o campeão se mantivesse até ao fim. O Campeonato Mundial de Improviso é uma

Oito obras de Álvaro Siza candidatas à Lista do Património Mundial da UNESCO
A candidatura de oito obras do arquitecto Álvaro Siza a Património Mundial da UNESCO foi submetida na passada quinta-feira, 6, segundo o director da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, João Pedro Xavier. Este é mais um passo do processo. A candidatura intitulada “Obras de Arquitetura de Álvaro Siza em Portugal” faz parte da lista indicativa do Património Mundial de Portugal desde 2016, uma lista de 18 projectos, agora reduzida para oito. Os oito projectos da actual candidatura são o edifício da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, a Piscina das Marés, a Casa de Chá da Boa Nova, o Museu de Serralves, o Bairro da Bouça, a Igreja do Marco de Canavezes e a Casa Alves Costa em Caminha, na região Norte, e o Pavilhão de Portugal, em Lisboa. João Pedro Xavier explicou à Lusa que a selecção dos oito projetos se justifica com o “facto de a maior parte deles já ser património” e pela “variedade tipológica ou funcional dos edifícios propostos”, mas que “a candidatura está preparada para as chamadas extensões futuras”, para que mais tarde possam vir a ser incluídas outras obras significativas, que já estão na lista indicativa, como é o caso do Bairro da Malagueira, em Évora, “mas também abrir para obras no estrangeiro”. + Convento dos Capuchos volta a ter visitas nocturnas para recriar a vida dos frades + Inspirada em Saramago, a comédia-concerto 'Em Duplicado' estreia em Lisboa

A animação portuguesa faz 100 anos e a Cinemateca faz a festa
É um ano em cheio para a animação portuguesa. Em 2023, a curta-metragem de animação Ice Merchants, de João Gonzalez, está nomeada para os Óscares, facto inédito no cinema português, e é o ano em que se celebram 100 anos sobre a estreia daquele que é considerado o mais antigo filme português de desenho animado, O Pesadelo de António Maria, de Joaquim Guerreiro. Aconteceu a 25 de Janeiro de 1923 no Éden-Teatro, nos Restauradores. Nesta quinta-feira, 2 de Fevereiro, a segunda sessão de celebração dos 100 anos do cinema de animação portuguesa, na Cinemateca Portuguesa, apresenta um conjunto de filmes centrados nos anos 90, de realizadores marcantes na renovação da animação nacional e responsáveis por a pôr no mapa do cinema de animação internacional. Às 18.00 de dia 2, tem início uma sessão de 51 minutos em que poderá ver Os Salteadores, de Abi Feijó, 1993 (15 min), Estória do Gato e da Lua, de Pedro Serrazina, 1995 (5 min), A Noite, de Regina Pessoa, 1999 (7 min), A Suspeita, de José Miguel Ribeiro, 1999 (18 min), Evasão‑Invasão, de Fernando Galrito, Joana Rebelo e Paulo Simões, 1986 (2 min) e Sopa Fria, CITEN-Colectivo, 2000 (4 min). Segue-se uma sessão de debate com Virgílio Almeida, Tentúgal, Pedro Serrazina, Fernando Galrito e João Antunes. Na sessão inaugural desta colaboração da Cinemateca Portuguesa com a MONSTRA – Festival de Cinema de Animação de Lisboa, a 5 de Janeiro, foi apresentada a primeira animação portuguesa, O Pesadelo de António Maria, uma sátira ao president

Os colchões de Anushka saltaram da rua para dentro de uma galeria
Os colchões abandonados nas ruas da cidade inspiram o humor e a poesia de Anushka, uma artista alemã que se mudou há seis anos de Berlim para Portugal, à boleia do projecto Workaway. O trabalho fotográfico que documenta os mais de 200 colchões em que escreveu as suas frases pode ser visto na exposição "Chaos, stains and stupid feelings; a matress collection of longing for lovers +losers", na galeria Little Chelsea. É lá que lhe fazemos a incontornável pergunta: porquê colchões? "Para mim são muito mais do que objectos onde só dormimos: fazemos sexo, sonhamos, vemos tv... Vê-los na rua tem qualquer coisa de constrangedor, porque normalmente pomos-lhe lençóis, cobrimo-los, e ninguém vê as nódoas, nem o suor, o sangue... as lágrimas! E de repente estão ali despidos, nus, na rua. É assim uma situação de exposição pública..." E o trabalho na rua também tem os seus momentos insólitos: "Algumas pessoas perguntam-me se não tenho medo dos percevejos... [gargalhadas]." Arlei Lima Mas e de onde vêm os colchões? "Normalmente, deixo os colchões onde os encontro, quando muito reenquadro um bocadinho. Não gosto de os tirar do sítio, porque o que escrevo neles tem a ver com o sítio onde estão. E também o aspecto do colchão. Até posso ter uma frase na cabeça mas não encaixa naquela situação. Às vezes encontro um colchão e penso: oh, meu deus, tenho que escrever uma coisa mesmo especial para este colchão!" Como aconteceu com o que encontrou à porta de um nightclub, ao lado de umas escadas il

No Museu de Lisboa há mapas a levantar perguntas sobre as periferias de Lisboa
A exposição "Também estão no mapa?", concebida e coordenada por António Brito Guterres, investigador em estudos urbanos e dinamizador cultural, abre com o mapa de Mercator, o mapa-mundo que todos utilizamos, embora seja uma representação do globo profundamente distorcida, em que o hemisfério norte parece muito maior do que o de facto enorme continente africano (onde cabem China, Índia, EUA, os maiores países da Europa, mais Japão, Nova Zelândia, México...). É o ponto de partida para falar de centro e periferia, e de poder. "Como é que um mapa resgata ou rasura uma comunidade?", pergunta-se. "O local onde se habita determina, no contexto das políticas públicas em Portugal, o tipo de serviços de saúde, educação e demais interfaces de cidadania", diz o cartaz (e dizem as estatísticas). Num painel dedicado à mobilidade leve, um mapa apresenta a localização das docas das bicicletas municipais GIRA – e dá que pensar. Chelas, Beato, Ajuda, Leste da Penha de França, Bairro Padre Cruz, Lumiar... a maior parte dos bairros periféricos estão excluídos do mapa da mobilidade suave. HGS Nos mapas do painel sobre Crime, Média e Estigma aparecem a amarelo os locais em que, durante o ano de 2015, o Correio da Manhã noticiou um crime, devidamente confirmado pela polícia. A vermelho os locais com taxa de criminalidade mais elevada naquela área metropolitana. Os pontos não coincidem, os bairros onde o crime é notícia no Correio da Manhã não são os bairros onde a taxa de criminalidade é mais ele

Quer aprender a recuperar móveis antigos? Vá à Ripas, Oficina Criativa
“Grampos! Onde é que vocês estão...? Acusem-se!”, diz Guida, virada para uma série de caixotes cheios de materiais ainda por desempacotar. Guida Costa Santos tem uma boa-disposição contagiante e é a formadora dos workshops de recuperação de móveis que, a partir desta primeira semana de Junho, terão lugar no Ripas, Oficina Criativa, no edifício do Mercado da Ajuda. Os caixotes ainda estão por desempacotar porque foram os últimos a chegar, vindos da oficina/loja que Guida manteve durante 13 anos, perto do Mercado de Arroios, onde já tinha um projecto de reciclagem de móveis antigos e dava formação. A boa notícia para os lisboetas é que agora, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia da Ajuda, os workshops são gratuitos. Américo Simas – CML Tem tudo para ser uma parceria bem-sucedida. A CML está apostada em apoiar “uma política de redução de resíduos e de implementação de uma economia circular assente no aproveitamento de todos os materiais valorizáveis através de redesign”, lê-se no documento do lançamento da iniciativa. Trocado por miúdos, a CML quer dar uma nova vida aos “monstros” de madeira recuperáveis que os serviços de Higiene Urbana recolhem todos os dias das ruas de Lisboa. Já a Freguesia da Ajuda, também parceira, tem tudo a ganhar com este projecto-piloto para criação de uma rede de proximidade no seu território. Por outro lado, Guida procurava uma oficina bem maior do que a sua oficina, demasiado pequena para satisfazer todos os pedidos de

O Rossio na Betesga: As placas da Avenida de Madrid
Chamava-se Rua C, mas o Edital de 29 de Julho de 1948 veio acabar com esta cinzentice e deu-lhe o nome de Avenida de Madrid. Outras colegas cheias de sorte foram a Rua D2, que passou a Rua Cervantes, a F, que ganhou o nome de Edison e a B, baptizada como Vítor Hugo. Estas últimas terão ganho nomes de homens de grande prestígio internacional, mas foi a Avenida de Madrid que ganhou umas das placas de rua mais bonitas de Lisboa. São únicas na cidade e replicam o estilo das que, a partir dos anos 30, começaram a ser instaladas no centro histórico de Madrid, com pinturas alusivas à história de cada rua. Duarte DragoMonumento a Cervantes na Plaza de España As placas da avenida lisboeta, em azulejo pintado à mão e assinadas por R. Del Olmo, retratam monumentos madrilenos como a Puerta de Alcalá, o Monumento a Cervantes na Plaza de España, a Plaza Mayor e a Fonte de Cibeles. Conta-se no grupo de Facebook Vizinhos do Areeiro que as placas terão sido uma doação do Ayuntamento de Madrid e que terão sido inauguradas em meados dos anos 80, na presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa à época, Krus Abecasis, e de um representante espanhol. Duarte DragoEstátua de Felipe III na Plaza Mayor A memória dos lisboetas está de parabéns. De facto, o n.º 18 da Lisboa, revista municipal, de 1986, dá notícia de ter sido “descerrada uma nova placa toponímica” na Avenida de Madrid, na presença do presidente da CML e do alcaide de Madrid. Ficamos sem saber quando terão sido colocadas as r

O Rossio na Betesga: as cotas de Filipe Folque
Em diversas esquinas de Lisboa encontramos estas chapas, cravadas a três metros de altura, que nos dão a cota daquele ponto da rua em relação ao nível médio das águas do mar. Em 1856 o militar e matemático Filipe Folque dá início aos trabalhos de triangulação necessários para desenhar a Carta Topográfica de Lisboa, um documento de enorme importância, já que é essencial conhecer as cotas de nível para levar a cabo tarefas de obras públicas como o alinhamento de ruas e encanamento de água. Inês FélixRua Nova do Carvalho Folque pede depois a Fontes Pereira de Melo que mande fundir mil chapas com as cotas de nível gravadas e que as mande chumbar nas esquinas assinaladas na Carta. Entre as que sobreviveram até aos dias de hoje, a cota mais baixa que conhecemos está na Rua Nova do Carvalho (6,5 m) e a mais alta na Travessa de Cima dos Quartéis, em Campo de Ourique (102,7 m). Duarte DragoTravessa de Cima dos Quartéis Mas é bem possível que haja placas que batem estes recordes. Fica o desafio. + Lisboa vai ter uma semana dedicada aos cemitérios + O Pátio das Antigas: Quando a Avenida do Aeroporto não tinha nome

Há baptismos de vela e saídas de observação do ecossistema do estuário do Tejo este fim-de-semana
A associação Seawoman, através do programa Vela+, com o apoio do Porto de Lisboa, já habituou os lisboetas a domingos cheios de actividades de desporto inclusivo ligadas à vela durante a Semana Europeia do Desporto, mas este ano as iniciativas duram todo o fim-de-semana, e o sábado, 24, é o dia das grandes novidades. Logo pela manhã de sábado, das 10.00 às 12.00, no auditório da Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, vai ter lugar o Seminário Vela+ Ambiente sobre Alterações Climáticas e o Ecossistema do Estuário do Tejo, com a presença de Maria Santos, da Fundação Zero, Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e Anabela Cruces, da Universidade Lusófona. À tarde, pelas 15.00, é altura de partir à vela pelo rio e ver, compreender e apreciar aquilo de que se falou de manhã: o estuário do Tejo, o seu ecossistema, fauna e flora. O domingo, 25, é o dia dos baptismos de vela, na Doca de Santo Amaro, em Alcântara. Acha que talvez gostasse de fazer vela, mas não tem aquela certeza que o leva a dar o grande passo de se inscrever num curso? Escolha um dos três horários e vá tirar a prova dos noves. A bordo de um veleiro, durante uma hora, pode observar e participar nas manobras necessárias para conduzir este meio de transporte que literalmente se alimenta do ar. Sim, mais sustentável do que isto, é difícil. Antes ou depois da saída à vela, participe nas restantes actividades: workshop de nós, neurofitness, slalom em cadeira de rodas e sessões de actividad

Eléctricos e autocarros a reluzir história vão desfilar pela cidade
A Carris faz 150 anos a 18 de Setembro e no sábado, dia 17, às 11.00 e às 16.00, saem do museu eléctricos e autocarros históricos impecavelmente conservados, ao ponto de até a mecânica estar completamente operacional e poderem circular pela cidade. Entre as jóias da companhia que vão circular entre o Museu da Carris e a Praça da Figueira, pelo percurso do 15, vai poder ver os eléctricos T1, 283, 330, 444, 535 e 802, todos anteriores a 1940. Nos autocarros, as estrelas são o 301, de dois pisos, verde, modelo vindo de Londres a partir de 1947, e o 1001, que veio trazer a cor laranja a toda a frota, em substituição do verde, em 1975. DR O eléctrico aberto que vê na foto de abertura é o 283: é o único desse modelo na colecção e é quase um milagre que esteja no museu. Entrou ao serviço em 1902, foi suprimido na década de 60 e foi parar ao Parque Infantil do Alvito, onde ficou como atracção uns anos. Foi resgatado de lá pela Carris e restaurado com o aspecto que tinha em meados dos anos 40. Quando vir o número 444 a desfilar à sua frente, saiba que era conhecido por "São Luís" e foi o primeiro modelo de carro eléctrico fechado em Lisboa. Chegaram em 1901 e tinham tecto de madeira ornamentado, janelas de caixilhos envidraçados, cadeiras reversíveis forradas com tecido de palha entrançada e foram considerados de grande conforto. O cognome deve-se a terem sido fabricados pela St. Louis Car, uma companhia americana. Outro eléctrico que certamente não lhe passará despercebido é o

Primeira edição da Open House Arqueologia abre portas à história de Lisboa
O Museu de Lisboa – Teatro Romano organiza no fim-de-semana de 17 e 18 de Setembro o Open House Arqueologia, com visitas guiadas a onze locais habitualmente vedados ao público. Pela primeira vez, casas particulares, lojas e hotéis que têm estes tesouros no seu interior vão abrir as portas aos lisboetas, que assim vão poder ver vestígios arqueológicos romanos (como as termas públicas na Rua das Pedras Negras) e islâmicos (na Rua de São Mamede) e outros de séculos mais recentes, como uma casa seiscentista no largo da Sé ou uma rua do século XVII. As visitas são gratuitas, bastando inscrição através do mail reservas@museudelisboa.pt ou do telefone 21 581 8530. O programa completa, com locais, datas e horários é o seguinte. Vestígios dos séculos XVI e XVIIHotel Santiago Alfama, Rua de Santiago, 10-12 18 SET | 10h – 10h30 e 16h – 16h30 Fornos do século XIXHotel Memmo Alfama, Tv. Merceeiras, 27 17 e 18 SET | 11h30 – 12h e 15h – 15h30 Pavimento de um templo romano Casa particular, Rua da Saudade, 6 17 SET | 11h – 11h3018 SET | 15.30 – 16h Bancadas do Teatro RomanoR/C da Rua da Saudade, 26 17 SET | 12 – 12h3018 SET | 16h30 – 17h Sistema de escoamento hidráulico Museu do Aljube, Rua Augusto Rosa, 42 17 SET | 16.30 – 17h18 SET | 10.30 – 11h Torre da muralha medievalCasa particular, Rua de São Mamede 18 17 SET | 16h – 16h3018 SET| 12h – 12h30 Vestígios romanos, islâmicos e do século XVIII Casa particular, Rua de São Mamede, 917 SET | 15h30 – 16