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O bondinho amarelo andando no trilho de Santa Teresa
Alexandre Macieira/RioTurO bondinho, que serve como transporte, se tornou uma famosa atração turística

72 horas perfeitas no Rio de Janeiro

De sexta a domingo, uma programação ideal para aproveitar o melhor da cidade

Renata Magalhães
Escrito por
Renata Magalhães
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Quer curtir o seu tempo no Rio da melhor maneira possível? Pois este roteiro deve ser a sua bíblia. Aqui há uma programação impecável, pensada para uma estadia de sexta a domingo, com o que a cidade tem de mais bacana. Há opções mais turísticas (clichês são clichês por um motivo), como o Cristo Redentor e a Praia de Copacabana, e também sugestões de fervos que vêm se consolidando na agenda dos cariocas. Quer comer bem? Temos sugestões. Dançar até de manhã? Também. E ainda sugerimos três hotéis perfeitos para o itinerário pensado, um deles até com piscina e spa, caso pinte uma folguinha.

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Dia 1

  • Museus
  • Arte e design

Na revitalizada Zona Portuária há alguns dos melhores museus da cidade. O Museu de Arte do Rio é composto por duas edificações: um prédio modernista, onde funciona uma escola de arte, e um palacete tombado, com oito salas expositivas. O acervo conta com mais de 20.000 itens que abastecem mostras de grande relevância cultural e o passeio começa pelo terraço, onde há uma vista linda. Já o Museu do Amanhã é o único museu do mundo a pensar o futuro e apresenta uma exposição fixa cheia de interatividade, que teve contribuição do MIT, do Google e da NASA.  

  • Bares
  • Bares

Eleito um dos melhores bares do mundo pela Time Out, o Bafo da Prainha foi um dos grandes responsáveis pela popularização do Largo de São Francisco, porta de entrada para a Pequena África. Nas mesas ao ar livre, protegidas por guarda-sóis, um público ávido pelo lifestyle carioca se reúne para aproveitar cerveja gelada e um churrasco no tambor de primeira. O cupim é a estrela da casa e abastece pratos como a Macarronese (R$89,90, para duas pessoas) e o arroz com bacon, ovo, tomate e alho (R$94,90, para duas pessoas), além de entradinhas como a porção de pastel (R$39,90, com seis unidades). Não dá para sair de lá sem experimentar as batidinhas (R$ 10,00), de maracujá, gengibre e goiaba.

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  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos

Em um passeio a pé, você consegue percorrer a “Pequena África”, uma área que engloba os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, na Região Portuária, porta de entrada dos negros escravizados no país. A área passou por uma revitalização e reúne uma pena de espaços culturais, além de bares e restaurantes com um clima delicioso. O Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, o Instituto de Pesquisas e Memórias dos Pretos Novos, a Casa da Tia Ciata e a Pedra do Sal merecem uma visita. 

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Inaugurada em 2019, a Yup Star é a maior roda gigante da América Latina. O circuito dura 20 minutos e chega até 88 metros de altura, de onde é possível ver a cidade por um outro ângulo. O cenário inclui o Cristo Redentor, o Porto Maravilha, o Museu do Amanhã e o Morro da Providência. Todo o caminho até lá pela Zona Portuária tem ciclovia e fazer esse trajeto de bike é uma delícia. Tem várias estações de aluguel das magrelas pela região. Ali do lado também tem o AquaRio, lar para mais de 3000 animais em exposição, incluindo piranhas, tubarões e peixes como o Nemo e a Dory, do filme. 

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  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos

Com o sol se pondo, vale subir uma pequena escadaria até o Morro da Conceição para fazer fotos no simpático local e ainda curtir um drinque no Café Tero. Nossa sugestão é o Carioca da Gema (R$25), que leva cachaça, abacaxi, xarope de amêndoas, mate e limão. Vale também experimentar os rótulos de vermute da casa (R$9), nas opções rosé, branco e tinto, enquanto a dose de glicose deve ficar por conta do bem-servido Tiramisú (R$19), um dos melhores do Rio. Aos sábados, depois das 17.00, uma roda de chorinho faz a trilha sonora por lá. 

  • Bares
  • Bares

À noite, uma aposta certeira é o Bar do Omar. Resultado da combinação entre ótimas rodas de samba, um ambiente gostoso e petiscos de primeira. No Morro do Pinto, ele conta com uma vista panorâmica para o Porto Maravilha e o público pode escolher entre dois ambientes: um onde rola o som e uma multidão mostra o gingado no pé, e outro para quem prefere sentar e conversar. Para acompanhar a cerveja gelada (R$12-R$20), que tal uma porção de bolinhos de queijo com costela (R$38, com seis unidades)? Ainda tem pastel de polvo, lula e camarão (R$21, com 3 unidades), calabresa acebolada (R$28) e jiló recheado (R$6), além de suculentos hambúrgueres (R$22-R$30).

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  • Hotéis

Uma galeria de arte no térreo apresenta o trabalho de novos artistas, o que dá um ar diferenciado para o hotel (com várias obras de arte espalhadas também pelas paredes). É ideal para quem não abre mão de design, mas quer praticidade e funcionalidade, sem gastar muito. São apenas nove acomodações no formato de loft, com sofá-cama, área de estar, TV, banheiro privativo e cozinha com forno, microondas, geladeira e cafeteira. Não tem restaurante, então vale garantir umas comprinhas nos mercados próximos. 

Dia 2

  • Restaurantes
  • Cafés em parques

Para a refeição mais importante, a escolha é um lugar histórico, no Forte de Copacabana, com uma vista que contempla toda a orla. O novo menu implementado pelo chef Eduardo Araújo oferece opções de brunch com assinatura forte, como o Kalifa (R$56), com salmão e abacate, e o Volver (R$46), com ovos orgânicos, presunto ibérico e queijo canastra, ótimos para dar energia para o longo dia em frente. Drinques pela manhã são permitidos: tem a Mimosa da Casa (R$34), o Belini do Forte (R$34) e uma releitura do clássico Bloody Mary (R$48) que ganha molho de ostra e é finalizado com um camarão fresco. Imperdível.

  • Atracções
  • Praias

A digestão deve ser feita em uma leve caminhada pelo calçadão de pedras portuguesas que contorna a Praia de Copacabana. Há também uma ciclovia, para quem preferir alugar uma bicicleta. Famosa internacionalmente, a “princesinha do mar” recebe turistas de tudo quanto é canto, atrás de um clima sem igual. Não deixe de dar um mergulho para se reenergizar. Se quiser um refúgio da bagunça, vá até o Leme, com areias mais tranquilas, que reúnem uma galera mais descolada. Na Barraca do Rasta, com bandeiras nas cores do reggae, dá até para dar um tapa no visual e cortar o cabelo. 

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  • Atracções
  • Atracções turísticas

Uma mureta no bairro da Urca, com 1 km de extensão, que separa o asfalto da Baía de Guanabara, é um hypado ponto de encontro. O pôr de sol por lá é deslumbrante, com o Cristo Redentor (de novo ele) abençoando tudo de braços abertos. O fervo fica na altura do Bar Urca, onde é obrigatório pedir um pastel de camarão (R$11). Compre alguns cascos de cerveja (R$17-R$21), atravesse a rua, ache um espacinho e curta a brisa.

  • Atracções
  • Parques e jardins

Da Urca até o Flamengo há uma pista de ciclovia que contorna a Baía de Guanabara. Dá para alugar uma magrela e fazer o passeio até o Aterro, onde há quadras para a prática de esportes, espaços de lazer e o Museu de Arte Moderna. O cenário é belíssimo, com vista para o Pão de Açúcar, e conta com vários quiosques para bebericar água de coco ou tomar uma cervejinha. 

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  • Coisas para fazer

Não foi à toa que pegou o apelido de BotaSoho, em alusão ao bairro nova-iorquino lançador de tendências. Uma onda de bares e restaurantes de pegada hipster tomou Botafogo e fez de lá ponto de encontro para uma turma moderninha. Há pouso para quem quer aproveitar o melhor da gastronomia, como o italiano Sult e o gastrobar Botica, mas também tem destino para quem quer ver e ser visto, como o Calma. Drinques bons e baratos no Lemô e no Xepa, festinha estilo matinê no Quartinho Bar, rock e hambúrguer no Culto, batidinhas no Chanchada Bar e mais um monte de opções nos arredores para agradar idades e bolsos dos mais distintos. 

  • Música
  • Música ao vivo

Dê uma olhada na programação do Circo Voador, que costuma ter shows incríveis de artistas nacionais e internacionais. A curadoria é cuidadosa e diversa, alternando novos talentos com nomes consagrados da música. É um dos melhores lugares para ver uma apresentação ao vivo, com um público sempre interessante e engajado. Você não vai se arrepender.

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  • Bares

Guarde disposição, pois a ideia é encerrar a noite dançando todas em um espaço administrado por mulheres. O Bar Delas abriu em 2016 no entorno da charmosa Praça da Harmonia e se tornou um dos pontos mais fervidos da cidade, reunindo um público animado, moderninho e democrático, dos mais diferentes perfis. Sexta e sábado é dia de festa com DJs, que varam a noite tocando de tudo um pouco.

  • Hotéis

O cinco estrelas fica bem em frente à Praia de Botafogo e tem uma das melhores vistas no Rio, aberta para o Pão de Açúcar e as montanhas do Corcovado. A decoração é moderninha, com um novo conceito de design repleto de cores e muitas plantas. A melhor parte é o rooftop, com uma piscina bem embaixo do Cristo Redentor, e cheio de balanços e poltronas perfeitos para degustar os drinques do bar. Outro ponto positivo é a localização, já que fica pertinho da área conhecida como BotaSoho (em alusão ao bairro nova iorquino), cheia de estabelecimentos badalados.

Dia 3

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Não há quem não conheça o Cristo Redentor. Escolhido como uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, ele já recebeu mais de 10 milhões de visitantes, sempre de braços abertos. Visitar a estátua e apreciar a vista incrível lá de cima faz parte do roteiro de quase todos que vêm à cidade, por isso eis aqui a dica de ouro: faça o passeio o mais cedo possível. O local está sempre apinhado de gente. 

É possível chegar de trem (ingresso dá direito a entrada e transporte ida e volta), que sai do Cosme Velho e faz um caminho com uma bela vista, ou de van, com embarque nas Paineiras, no Largo do Machado ou em Copacabana. Compre com antecedência, pois pode haver fila nos pontos. Outra opção é contratar uma agência de viagens para economizar tempo. 

  • Atracções
  • Parques e jardins

Do Centro de Visitantes Paineiras, local de desembarque na descida do Cristo, uma curta caminhada leva até fontes de água mineral e duchas naturais que formam “chuveirões” ao longo da Estrada do Redentor, perfeitos para refrescar dias mais quentes. Há algum tempo foi proibida a passagem de veículos por lá, por isso animais da fauna nativa vêm dando o ar da graça, como tatus e o gavião Carcará (mas lembre-se: não é para alimentá-los). O caminho também guarda mirantes com vistas belíssimas da Zona Sul, com a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias e o monumento natural das Ilhas Cagarras. 

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  • Compras
  • Vendedores de rua

Todo domingo, a maior feira livre da cidade ocupa a rua Augusto Severo e recebe mais de 150 expositores, apresentando mercadorias diversas que só podem ser encontradas por lá. Dá para comprar insumos de pequenos produtores, garimpar peças de brechó, encontrar vinis raros e ainda almoçar pratos típicos de outros países. A comida nigeriana da Cozinha da Latifa é um fenômeno, assim como o Ceviche de Harry. Outra dica de ouro: procure pela barraca do Pi Kombucha Tropical, que oferece a bebida em growlers por preços super em conta.

  • Atracções
  • Atracções turísticas

Andar por Santa Teresa é uma viagem no tempo. Bairro dos artesãos e dos artistas, um dos mais históricos da cidade, começou a ser ocupado no século XIX com casarões de estilo europeu, igrejas, ruelas e escadarias conservados até hoje. É destino certo para turistas pela vista que tem para a cidade. São vários os pontos que merecem destaque (e uma foto): desde a Escadaria Selarón até o Mirante do Rato Molhado, passando pelo Parque das Ruínas e a Chácara do Céu, além de tesouros menos conhecidos, como a Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

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  • Bares

Aos finais de semana, especialmente aos domingos, o Armazém São Thiago vira destino para uma trupe jovem e descolada que ocupa as calçadas com um copo de cerveja (R$13-R$19,50) na mão. Conhecido como "Bar do Gomez" pelos íntimos, o estabelecimento guarda ares de outros tempos, com mobiliário e utensílios da época da fundação. Para petiscar, boas pedidas são a Cenourinha de Porco (R$61,50, com nove unidades) e a Trouxinha do Mar (R$61,50, com doze unidades), de camarão e polvo, ambas com massa de pastel frita e bem sequinha. O bolinho de batata doce com carne seca e gorgonzola (R$13,50) e o de feijoada espanhola (R$13,50) também fazem sucesso. 

  • Atracções
  • Atracções turísticas

O bairro mais boêmio do Rio tem uma vida noturna agitadíssima, para todo o tipo de gosto. Não por acaso, o local é destino certo de turistas que querem ter uma experiência carioca bem raiz. Tem de tudo: clubes (inclusive adultos), casas de show e uma infinidade de bares, desde pé-sujíssimos até botecos mais arrumadinhos, com entrada paga e atrações ao vivo. É o lugar onde mais dá para sentir a energia do malandro pelas ruas e flanar por lá é uma das melhores coisas do Rio.

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  • Hotéis

Bem no meio da boemia da Lapa, um refúgio que aposta (e ganha) na mistura entre clássico e contemporâneo. Inaugurado em 2014, com inspiração na Bossa Nova e na cultura luso-brasileira, o belíssimo hotel de quatro estrelas tem 292 alojamentos divididos em duas alas: um antigo casarão do século XIX, com quartos charmosos e mobiliário palaciano, e uma torre de 13 andares com pegada mais moderna. Durante a estadia, dá para aproveitar a convidativa piscina que separa as duas construções, o bar de ares vintage em homenagem ao cantor Vinicius de Moraes e os serviços do Satsanga Spa, com ginásio, sala de massagem e hidromassagem. Outro ponto a favor é a localização, com fácil acesso a vários pontos turísticos e ao Aeroporto Santos Dumont.

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