Novos bares e restaurantes para conhecer no Rio de Janeiro

A abertura do Suru Bar trouxe ainda mais movimentação para uma rua que está virando parada obrigatória na Lapa. O novo bar, com paredes verde e rosa que ostentam objetos afetivos e discos raros, é uma empreitada de Igor Renovato e Raí Mendes - dois especialistas em coquetelaria e boemia. Sendo assim, aposte em drinques como o Surupinga, com cachaça, jurupinga e frutas da estação; e o Surubeba, que leva Jurubeba, Cinzano e Cynar, ambos por R$14. O Muquira (R$22), com Campari e tônica de laranja, e o Becoza (R$24), com cachaça branca, Becosa, louro, limão e bitter, são outras ótimas pedidas. Criado pela chef Roberta Antonia, o cardápio promove uma mistura entre Rio e Belo Horizonte, cidade natal de Raí, e traz acepipes de balcão, incluindo torresmo, azeitonas temperadas, ovo de codorna, batata calabresa e mix de picles, bem como risole de língua (R$14), porção de pernil com farofa (R$45) e pão de queijo frito com melaço picante (R$27, com seis unidades). 

E vamos de mais novidade em Botafogo. O Fala Bar, com o slogan "papo furado e biricuticos", é outra casa que se inspira nos antigos botequins para atrair uma galera modernosa para as mesas que se espalham na calçada. A carta de drinques autorais traz o Faustino (R$31), grande sucesso com gin, infusão de frutas vermelhas, limão, xarope de maracujá e tônica da casa. O Coice de Mula (R$31) faz uma releitura do Moscow Mule, a Tortinha de Maçã (R$31) mistura vodka de canela com sour mix, xarope de maçã e especiarias, e o Tchai Nordestino (R$29) leva cachaça, suco de caju com curry, limão e xarope de pistache. Para não deixar a ressaca chegar, aposte nas laricas que incluem o pastelão (R$15) que pode ser de dois queijos, tomate com queijo ou carne assada com queijo, o clássico bolovo (R$12), a curiosa lasagna frita (R$39) e a coxinha no palito (R$32).

Em busca de um espaço para mostrar seu trabalho de autor, Pedro Coronha abriu esta casa com foco em bons produtos e uma comida saborosa e direta. Em um casarão de dois andares com uma agradável varanda, ele brinca com a mistura entre as culinárias nórdica, asiática e sul-americana. Dentre os pratos que saem da cozinha aberta, destaque para o Arroz de Corais (R$119), com polvo grelhado, pedaços de peixe, chorizo e aioli; para o Bourguignon de Bochecha de Porco (R$88), servido com purê de baroa, pancetta e mini legumes; e para o Tonarelli e Vieiras (R$139), feitas na brasa. De entrada, aposte no tartar de mignon com fritas (R$69) ou no vinagrete de polvo (R$67). Há um menu de almoço, servido de 12.00 às 16.00 durante a semana, com couvert e sorvete do dia. Uma das opções é o Ragout de Costela (R$88). As cartas de vinhos e drinques foram escolhas do próprio chef, enquanto o bar é comandado por Pamela Cavaleiro.

Em um casarão do início do século XX, o espaço se divide entre um restaurante no jardim e uma área interna reservada para o bar, onde são realizados vários eventos. A cozinha do chef Meguru Baba é baseada na Itália sem perder os toques asiáticos, como no tempurá de legumes com maionese de alga nori (R$26), no tempura de polvo e camarões (R$48) e na carne cruda com shoyu, gergelim, gema e chips de batata (R$38), ótimas opções para abrir o apetite. Dentre os principais, fazem sucesso o ravioli à carbonara (R$46), o gnocchi frito recheado com muçarela e molho bolognesa (R$42) e o risoni com paleta de cordeiro desfiada (R$58). Os drinques do premiado mixologista Tai Barbin vão de opções refrescantes à mais intensas, como o Duque de Milão (R$39), com blended scotch whisky, hortelã, limão siciliano e ginger beer, e o Silk Road (R$49), que leva rum envelhecido com fatwash de óleo de coco, amarodi angostura, licor de café e expresso.

Cruzamento entre o Mediterrâneo e o Japão, a nova cozinha contemporânea do chef Nao Hara abriu suas portas no Hotel Nacional. Grande parte dos peixes e frutos do mar chegam frescos por conta de uma parceria direta com pescadores locais. Sugestão do chef: começar com os camarões com shitake salteados no molho de ostra e abacaxi (R$40), o polvo ao balsâmico com palmito pupunha fresco assado (R$69) e o tartare de atum com snacks de nori (R$48), finalizado pelo garçom na mesa. Destaque também para o dyo de atum com foie gras e sorvete de shoyu e mel (R$48) e para as vieiras trufadas com raspa de limão siciliano (R$65). O filé mignon em crosta de ervas com arroz de cogumelos (R$98) e o penne salteado com creme de legumes e azeite de trufas (R$78) são boas escolhas dentre as refeições. A harmonização do menu fica por conta do sommelier de vinhos Dionísio Chaves que criou uma carta com 38 rótulos da América do Sul, Europa e Nova Zelândia.

Ao passar pela porta da loja na Tijuca, você pode até achar que se trata de uma casa de festas. Mas, apesar do fliperama, dos bichos de pelúcia e das paredes desenhadas com ursinhos carinhosos, trata-se de uma nova hamburgueria que abriu na cidade. O empreendedor é Lucas Diniz, pai de Santiago, que inspira o nome graças a sua devoção pelo prato. E não faltam opções inventadas pelo chef Victor Tomaz Januário, como o Adoleta (R$42,90), com creme de cheddar e peperoni; e o Bambolê (R$32,90), de frango com presunto frito. Todos podem virar combo por mais R$11,90 e ainda há opções para incrementar, tipo costela de porco desfiada (R$10) e cebola caramelizada (R$5). Como o nome indica, também tem churrasco no almoço: a costela bovina (R$109,90) serve duas pessoas e o Bife Ancho de Angus (R$59,90) vem com arroz, fritas, farofa e molho à campanha.

Quarta geração da família Troisgros, Thomas comanda essa casa que foi batizada com seu apelido de infância. A proposta é um restaurante contemporâneo nos moldes dos novos bistrôs parisienses, com ambiente descontraído e um bom custo-benefício. O menu de comida descomplicada deve ser compartilhado, como os guiozas de costela assada em molho ponzu (R$30) e a porção de coração de frango ao molho de ostra (R$46). Dentre os principais, para uma pessoa, destaque para o prime rib suíno à milanesa com salada de maionese e ovo cozido (R$88); e o arroz de costela com aïoli de pasta de gergelim (R$82). A torta basca com caramelo salgado (R$32) é um excelente encerramento. Vale avisar: no segundo andar, o chef vem preparando a abertura do Oiselle, que vai trabalhar com pouquíssimas mesas e menu fechado em 16 etapas.

No mesmo espaço do Assador, famoso restaurante de carnes no Aterro do Flamengo, o mais novo empreendimento do grupo investe em um cardápio mediterrâneo, assinado pelo chef Bruno Barros, que casa muito bem com a paisagem. Com vista para a Baía de Guanabara, a agradável varanda é uma excelente pedida para um almoço tardio ou drinques no fim da tarde. A croqueta de jamón (R$68, com seis unidades), a vieira em texturas (R$160) e a bruschetta de lagosta (R$140) podem servir como entradas ou petiscos para serem compartilhados. Dentre os pratos principais, destacam-se o Filé à Rossini, que vem com (R$210) ou sem (R$140) foie gras, e o Peixe do Dia Crostato (R$220). Há também várias opções de saladas (R$65-R$95), massas e risotos (R$88-R$124), como o Espaghetini (R$104) com molho de cogumelos e salsa de trufa. Da carta de drinques, peça o Azul da Cor do Mar (R$42), com vodca, lichia, abacaxi, água de coco, gengibre, curaçau blue e limão; e o Varadero (R$39), que leva sake, cranberry, framboesa, hortelã, limão e espuma de gengibre, ambos bem refrescantes. 

Nascido no interior de Goiás, Fred Motta passou pelo Hotel Fasano antes de abrir sua própria casa em Botafogo, espaço de criação para diversos menus que combinam sabores e temperos variados. Sua culinária é baseada nos fundamentos das tradições francesa e japonesa, mas também revela influências da sua infância com a cozinha caipira, cheia de milho, frango e mandioca. Outro ponto forte são os pescados: uma vez por mês, o chef vai até Ilha Grande trazer itens frescos para o cardápio, que varia de acordo com os insumos. O Pargo (R$79) com pirão, legumes e salada; e o Chirachi (R$89), arroz de sushi com furikake com fatias de sashimi dos peixes especiais fazem bastante sucesso.

O clássico árabe paulista, aberto desde os anos 1950, virou uma extensa rede. Depois de um tempo operando apenas como delivery no Rio, ganhou uma casa para chamar de sua dentro do BarraShopping. O salão com sofás marrons e mesas redondas segue a mesma linha de decoração já conhecida, enquanto o diferencial nas bandas de cá é o forno em que os clientes podem ver o pão sírio sendo preparado na hora. No cardápio, as sugestões principais são o frango com arroz e amêndoas (R$68,60), o charutinho de repolho (R$65,80), a abobrinha recheada (R$59,40) e os bolinhos de falafel (R$69,40, com seis unidades). A coalhada seca (R$52,40) é uma ótima entrada. Para beber, os cariocas encontram com exclusividade o mate com limão siciliano (R$12,40) ou podem optar por um chope Heineken (R$14,40) bem gelado.

A casa é um dos poucos restaurantes de rua de comida japonesa na Barra da Tijuca. Em um cantinho charmoso do Jardim Oceânico, o chef Marcelo Yamasaki apresenta delícias como os sashimis especiais, servidos em quatro peças, de salmão trufado (R$43), atum com foie gras (R$69) e vieira (R$64); e as duplas de sushi de lagostim (R$51), lula (R$41) e enguia (R$80). Para começar, vale apostar nas ostras frescas ao molho ponzu com ovas de salmão (R$49), nas guiozas de lombo suíno ou camarão (R$33) e no tempurá de milho (R$31). Tanto a carta de sakes quanto de drinques não decepciona, com diversas opções. O sake da casa custa R$36 na taça de 120ml. 

Se à noite as atrações são as pizzas, pela manhã a padaria é um ótimo destino para brunch, seja na matriz, no Recreio, ou na filial recém-aberta em Botafogo. Sob o comando do casal Mariana Massena e Ricardo Rocha, a casa enriqueceu as ofertas do cardápio com Croissant Rock Street (R$25), sanduíche feito com fonduta de queijos, bacon caramelizado e ovos caipiras mexidos, e a Green Mimosa (R$32), versão da mimosa exclusiva criada na casa com uvas e maçã verde. A combinação é explosiva. Fazem sucesso também a versão de pão de queijo com gruyere (R$12, com três unidades), o iogurte grego fermentado na casa com frutas da estação e granola da casa (R$20) e a baguetinha recheada (R$30), de fermentação natural, com recheio de mix de queijos, azeitona azapa e verde, cebola roxa e um toque de orégano. Da confeitaria, comandada por chefs da Le Cordon Bleu, vale experimentar o quindim (R$17), bem laranjinha, e a crostata coberta de mussarela e creme de goiabada quente finalizada com Grana Padano (R$32). 

Dos mesmos donos do fenômeno Xepa Bar, o novo boteco revive uma rua de bastante valor afetivo para os antigos frequentadores de Botafogo. Com paredes desenhadas, o salão conta com uma cozinha aberta, cujo balcão é revestido por azulejos em tons de branco e azul, no melhor estilo daqueles bares que resistiram ao tempo. O cardápio é dividido entre beliscos brasileiros, como pastel de três queijos (R$14) e croqueta de mortadela e pistache (R$15), e opções para dividir, incluindo a couve-flor empanada (R$27), o bolinho de arroz com barriga de porco (R$26) e a coalhada seca com escabeche de jiló (R$25). Há ainda sanduíches de pernil e linguiça por R$29. A carta de drinques autorais traz opções criativas, nas receitas e nos nomes: o Transa (R$32) vem com Fireball, vodka, manga e maracujá, xarope de baunilha e cachaça envelhecida, e o Bacanal do Tim (R$32) leva gin, suco de melancia, sour mix, gengibre, limão e manjericão. 

Metade do público que frequenta não é vegano e isso quer dizer muito sobre o cardápio que não conta com nenhum item de origem animal. Quem está na liderança do empreendimento é o chef Daniel Biron, também sócio do Teva, que está não só na lista de melhores restaurantes vegetarianos como também na de melhores restaurantes do Rio. Misto de café, padaria e delicatessen, o novo espaço em Copacabana oferece itens surpreendentes, cheios de sabor e propósito. O surpreendente Lox de Cenoura (R$34) traz uma cenoura marinada com cebola roxa, alcaparras e alga nori sobre um pão de fermentação natural e é destaque junto com a focaccia Caprese (R$20), com tomate cereja, muçarela Basi.co e pesto de manjericão. Não deixe de experimentar o croissant, que sozinho (R$12) já é uma delícia, mas recheado com manteiga Naveia, tofu mexido, queijo de castanha, muçarela Basi.co e Uai Tofu defumado(R$34) vira um acontecimento. Você jura de pés juntos que o pão de queijo (R$10) segue a receita tradicional, de tão fofinho que ele é. Há ainda almoço e jantar, com pratos feitos do dia e especiais da semana, além de opções fixas como o Salpicão Defumado (R$48) e o Risoto Caprese (R$68). De volta à seara de café e brunch, o Frappé de Caramelo (R$26) é escolha certa.

A parceria entre Menandro Rodrigues, do premiado restaurante Haru Sushi, e Elia Schramm, do concorrido Babbo Osteria, não poderia ser outra coisa que não sucesso. A dupla abriu um restaurante asiático em Ipanema (cujo nome significa seda, em chinês), em um casarão de dois andares. O clima é uma delícia, com decoração inspirada no teatro de sombras e vários objetos antigos espalhados, como louças e globos. O cardápio promove uma viagem para países como Coréia, Japão, Tailândia e Vietnã, com entradas como o Kimchi (R$28), uma acelga fermentada, o Yukhoe (R$62), um tartare de carne com gergelim, pera, gema e nori, e o Camarão Satay (R$68). Dá para pedir sushis e sashimis clássicos e especiais, ou partir direto para pratos como o Carbonara Si-Chou (R$74) ou o sofisticado Wagyu com Caviar (R$169). 

Depois do sucesso em Botafogo e no Norte Shopping, acaba de abrir mais um BistrOgro na Barra da Tijuca. Com pegada moderna e aconchegante, as casas são palco para prova das inventivas receitas do chef - todas à base de carne suína, sua especialidade. O cardápio vai de entradinhas (R$19,90) como o torresmo de barriga até o mini carpaccio de carne de sol com cura de 8 horas, passando ainda pelo brie empanado. Se ficar difícil escolher um sanduíche, mande ver na tábua (R$58,90) com versões pequeninas de todos os disponíveis. Aos sábados e domingos, a feijoada (R$58,90) é a grande estrela, enquanto durante a semana o parmegiana com bacon (R$58,90) faz sucesso. Até na hora de beber o tema se mantém: o Ogro Mule (R$29,90) vem com parma crocante. 

O tradicional Bar Lagoa, aberto em 1934 na Avenida Epitácio Pessoa, abriu sua primeira filial em um quiosque na orla de Ipanema. O cardápio é o mesmo, incluindo o famoso bife à milanesa com salada de batata (R$142), os salsichões branco ou vermelho (R$70, a porção), o steak tartar (R$120) e o chope reconhecidamente gelado (R$12). Enquanto a decoração mantém o mesmo estilo art déco do primeiro estabelecimento, os garçons deixam de lado a gravata para usar chapéus panamás, tudo a ver com o novo endereço.