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Um quiosque à beira-mar com arquitetura geométrica e telhado espelhado
Reprodução/InstagramSamba do Orelhão rola toda quinta no Alalaô Kiosk

Os melhores sambas do Rio de Janeiro

Impossível vir para o berço do gênero e não aproveitar pelo menos uma noite mostrando o gingado no pé em um dos melhores sambas do Rio de Janeiro.

Renata Magalhães
Escrito por
Renata Magalhães
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Já dizia Dorival Caymmi: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é / Ou é ruim da cabeça ou doente do pé". O roteiro pela cidade maravilhosa inclui alguns programas obrigatórios e um deles é dar tudo de si em uma roda de samba. O Rio é considerado o berço do gênero pelo movimento que nasce com a chegada e a reunião de pessoas negras na chamada Pequena África. Neste espaço de valorização da cultura afro-brasileira, grandes nomes como Donga, João da Baiana, Tia Ciata e Pixinguinha se encontravam para cantar e compor. Por isso, a Pedra do Sal, com todo seu peso histórico, não poderia deixar de compor a lista de melhores sambas do Rio, ao lado de casas mais novas que já caíram no gosto do público. Veja só: 

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Os melhores sambas do Rio de Janeiro

  • Bares
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Se o bar abriu, pode apostar que por lá tem samba. Com um visual deslumbrante para a Zona Portuária, o varandão que recebe as rodas começa a ferver às 19.13, e tende a ficar lotado de gente cantando junto e mostrando o gingado no pé. Anote na agenda: quinta é dia de Sambarilove, sexta tem Peso na Balança, e sábado Marcelle Britto comanda uma apresentação só com mulheres, As Brabas do Samba. Aos domingos, a atração é variada. A cerveja é sempre gelada e os bolinhos (R$ 18 - R$ 35) são uma delícia. A entrada é gratuita.

  • Música
  • Brasileira

Um dos últimos quilombos urbanos do Rio, o Renascença Clube recebe, toda segunda (isso mesmo, para começar bem a semana), o músico e compositor Moacyr Luz com a roda de samba mais tradicional da cidade. O que era para ser um encontro no dia em que os músicos não costumam trabalhar virou uma festança para um público cativo e que não para de crescer. O repertório bem raiz mistura músicas autorais com clássicos que vão de Cartola a Zeca Pagodinho.

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  • Vendedores de rua

Na Praça do Samba Edson Cortes, recém-reformada pela Prefeitura e batizada em homenagem póstuma ao fundador do grupo Galocantô, oito rodas se alternam a cada domingo, sempre a partir das 14.00. É dia de Feira da Glória, então a boa é fazer as comprinhas logo cedo, curtir um almoço nas várias barraquinhas disponíveis e emendar no fervo que rola por lá, a céu aberto, até umas 22.00. Dentre os grupos estão Mesa da Diretoria e Gloriosa, mais famosinho.

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Aqui é sem dúvidas: tem samba de segunda a domingo. A programação (a partir de R$ 15) fixa conta com rodas lideradas por Arlindinho, filho de Arlindo Cruz, toda segunda; e o projeto Encontros Casuais, dos bambas Mosquito e Inácio Rios, sempre às quintas. Vale ficar de olho na agenda, que ainda costuma trazer o Grupo Arruda, o Galocantô, Moyseis Marques e Casuarina grandes nomes costumam se apresentar aos sábados. O tradicional bar é uma delícia (e as comidinhas também), reunindo sempre uma galera alto astral e variada, de jovens descolados à velha guarda. 

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Se a vontade de sextar urgir logo cedo, mande logo a pré nesse pé-sujo no comecinho da Lapa. Os eventos abertos costumam ter início às 16.00, com rodas de samba e grupos de pagode que tocam as músicas mais populares dos anos 90. A partir das 18.00, o local já está bem lotado e todas as cadeirinhas de praia perto da mureta pintada de mar ficam ocupadas. Mas quem vai pensar em sentar diante do fervo de um dos melhores sambas do Rio?

  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos

A Roda de Samba da Pedra do Sal acontece há mais de 16 anos toda segunda-feira, entre 19.00 e 23.00, no monumento histórico. Mas outros grupos também se apresentam por lá de sexta a domingo, a partir das 18.00, incluindo o Samba de Lei e o Samba da Alvorada. O legal é que o espaço foi berço do gênero por aqui, quando nomes como Donga, Tia Ciata, Pixinguinha e João da Baiana se mudaram para lá. Faça um passeio pela Pequena África e finalize com este fervo, que é de graça e hoje reúne um público mais jovem (e tem até DJ nos intervalos).

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  • Coisas para fazer

Esta é uma das rodas mais tradicionais do Rio, com tamanha importância que virou Patrimônio Cultural e Imaterial. Entenda: ela foi formada em 1961 a partir do encontro de jovens carnavalescos do bairro de Ramos, na Zona Norte. Desfilou dois anos por lá até migrar para o Centro, onde virou um fenômeno atraindo multidões (o que acontece até hoje nos dias de folia).

Nos anos 1970, ocupou uma sede permanente, onde desde então rola um pagodinho aos domingos, a partir das 17.00, frequentado por anônimos e famosos do naipe de Beth Carvalho e Jorge Aragão. Anote aí: todo terceiro domingo tem uma feijoada que reúne centenas de pessoas na quadra em Olaria.

  • Bares
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Com 15 anos de história na Lapa, depois de dar a volta por cima de um momento turbulento na pandemia, o Vaca Atolada é um daqueles botequins com garantia de fervo até de manhã. Tem roda de samba sempre que abre, mas bons conhecedores destacam a quinta como o melhor dia, com o grupo Alma de Sambista. De sexta em diante, a boa é chegar por lá no pós, para garantir a saideira ainda em ritmo de festa em um dos melhores sambas do Rio. A entrada é gratuita.

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  • Bares
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Em um dos bares mais antigos do Brasil, inaugurado em 1907, todo sábado é dia de curtir uma roda de samba daquelas bem tradicionais. A rua fica lotada com um público bem variado, que vai desde o povo mais velha guarda, com frequentadores assíduos do bar, até uma galera mais jovem, atraída pelo hype trazido por bares mais novos (e de comida boa), como o Labuta. Ou seja, excelente opção para ouvir música boa, comer bem e dar uma paquerada. Quem quiser estender, um pouco mais à frente, na Rua do Resende, todo primeiro sábado do mês tem baile charme.

  • Arte
  • Centros de artes

Toda quinta-feira tem: SIBC (como é carinhosamente chamado) na arena da Fundição Progresso. Formada por uma nova geração de sambistas da cidade, a roda dura horas e horas, apresentando um repertório clássico e alto astral. A entrada é gratuita até 21.30, hora que o som começa (depois dá para pagar meia entrada levando 1kg de alimento não perecível). O espaço fica lotado, sempre com um público mais jovem, que dança todas até de madrugada. A partir de R$ 20 (primeiro lote).

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  • Atracções
  • Praias

Música boa e uma vista privilegiada para a praia. Não tinha como a combinação não dar certo, por isso turistas e cariocas lotam o Alalaô Kiosk toda quinta-feira, a partir das 19.00, quando começa o Samba do Orelhão. No repertório, clássicos mais populares, como Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Beth Carvalho e outros. Chegue cedo para ver as exposições promovidas pelo espaço, antes da muvuca, e não deixe de experimentar um dos drinques para curtir o som de um dos melhores sambas do Rio. 

  • Coisas para fazer
  • Espaços para eventos

A casa na Penha é ponto de encontro para a Rede Carioca de Rodas de Samba, que desenvolve projetos com o objetivo de valorizar os sambistas e seus eventos como vetores de desenvolvimento social e econômico na cidade. Virou um importante espaço cultural e é reconhecido como um dos melhores da região, com rodas de samba bem raiz, daquelas de causar arrepios, e a programação traz sempre nomes tradicionais. 

Já passaram por lá Leci Brandão, Chrigor, Revelação, João Martins, Galocantô, Netinho de Paula e até a Velha Guarda da Portela. O espaço funciona todos os sábados e domingos, das 16.00 às 23.30, e a entrada varia entre R$15-R$ 30.

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  • Cafés/bares

Foi a música de qualidade que fez a fama local, especialmente o jazz comandado pelo baixista Ney Conceição às terças-feiras, desde 2014. Depois da pandemia, a programação se intensificou com rodas de samba às quintas, alternando a dupla Pedro Holanda e Elisa Addor com o Samba do Raphinha, sempre a partir das 19.00. É um ambiente despojado, com comida boa e ótimo para flertar. O couvert artístico custa R$ 15.

  • Música
  • Brasileira

Toda terça-feira, na Nova Gafieira (onde era a Estudantina), o Pagode da Garagem coloca todo mundo para dançar com clássicos à la Bezerra da Silva, Jovelina Pérola Negra e Cartola. A onda mais pop fica por conta de músicas do Fundo de Quintal, Martinho da Vila e até Djavan, além dos novos sambas que os compositores colocam ali para rodar. O evento, com entrada colaborativa, começa às 19.00; mas às 17.00 tem um churrasco para forrar o estômago antes dos baldes de cerveja Heineken (R$ 80) e das doses duplas de caipirinha (R$ 20).

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Bônus: Quadra de Escolas de Samba

As agremiações de Escolas de Samba do Rio têm quadras para os ensaios do grande espetáculo que é o desfile na Marquês de Sapucaí durante o Carnaval. Todas elas promovem eventos de sambas abertos ao público muitas com direito à feijoada, vale acompanhar nos sites e redes sociais. Eis as principais: Acadêmicos do Salgueiro, no Andaraí; Mangueira, na Mangueira (claro); Portela, em Madureira; Unidos da Tijuca, no Santo Cristo; e Unidos de Vila Isabel, em Vila Isabel. 

 

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