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Luís Filipe Rodrigues

Luís Filipe Rodrigues

Editor

Desde que se juntou à equipa da Time Out Lisboa, em 2009, Luís Filipe Rodrigues editou as páginas de Noite, Música e Filmes, e assinou artigos em todas as restantes. Estudou cinema, fez rádio, leva o dia a ouvir música e ainda passa um discos de vez em quando.

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Articles (356)

SZA, Lana Del Rey e mais concertos a não perder no Primavera Sound

SZA, Lana Del Rey e mais concertos a não perder no Primavera Sound

Pode chamar-se Primavera Sound (Porto de apelido) e realizar-se na estação homónima, contudo, para a maioria e apesar da chuva que cai, é o primeiro grande festival de Verão nacional. E para o contingente indie costuma ser o melhor da época. É verdade que o cartaz português não tem o mesmo rasgo, nem a vontade de arriscar e educar os públicos que tornou o original de Barcelona especial. Todos os anos, há escolhas e lapsos que não se entendem – e as desculpas das “datas disponíveis” e dos cachês dos artistas não resistem ao escrutínio atento de quem conhece o meio. Ainda assim, não há outro festival como este em Portugal. SZA, American Football, Lana Del Rey e Joanna Sternberg são alguns dos artistas que fazemos mesmo questão de ver este ano. Recomendado: Os melhores festivais deste Verão

Tudo o que tem de saber sobre o Primavera Sound Porto 2024

Tudo o que tem de saber sobre o Primavera Sound Porto 2024

Pode chamar-se Primavera Sound (Porto de apelido) e realizar-se na estação homónima, contudo, para a maioria e apesar da chuva que cai, é o primeiro grande festival de Verão nacional. E para o contingente indie costuma ser o melhor da época. É verdade que o cartaz português não tem o mesmo rasgo, nem a vontade de arriscar e educar os públicos que tornou o original de Barcelona especial. Todos os anos, há escolhas e lapsos que não se entendem – e as desculpas das “datas disponíveis” e dos cachês dos artistas não resistem ao escrutínio atento de quem conhece o meio. Ainda assim, não há outro festival como este em Portugal. A edição deste ano realiza-se entre 6 e 8 de Junho, no Parque da Cidade, e o cartaz cobre um terreno musicalmente vasto. Da excelência r&b de SZA e do hip-hop de billy woods ao indie rock dos Mannequin Pussy e dos Blonde Redhead, o emo do midwest aperfeiçoado pelos American Football ou as canções lo-fi de Joanna Sternberg, passando pelo futurismo electrónico e latino de Arca e a voragem pop Lana Del Rey, a variedade é considerável – apesar do alinhamento pender para o alternativo. Mas focar demasiado os estilos e géneros musicais é um erro. Os gostos do público-alvo do Primavera são cada vez mais ecléticos. O que importa é que, ao longo destes dias, vão subir aos palcos montados no Parque da Cidade meia dúzia de nomes incontornáveis, em muitos casos já veteranos e escritos em letras gordas no topo do cartaz; mais uma porrada de artistas com apelo confirmado m

Conheça estes museus de arte contemporânea em Lisboa

Conheça estes museus de arte contemporânea em Lisboa

Não há muitos museus de arte contemporânea em Lisboa (e arredores), mas os que existem merecem uma visita. Além das colecções importantes (alguns guardam exemplares dos maiores nomes da arte contemporânea mundial), todos alimentam a programação com exposições temporárias que marcam a agenda cultural. Em Lisboa tanto pode ver artistas internacionais como os grandes portugueses. De Júlio Pomar a Andy Warhol, de José de Almada Negreiros a Marcel Duchamp, pode correr os mais variados estilos artísticos ao longo deste roteiro que aqui lhe traçamos pelos museus de arte contemporânea da cidade.  Recomendado: As novas obras de arte urbana em Lisboa

Taylor Swift, Troye Sivan e mais concertos em Lisboa em Maio

Taylor Swift, Troye Sivan e mais concertos em Lisboa em Maio

Há muitos concertos em Maio em Lisboa, mas destaca-se um. Falamos da aguardada estreia nacional de Taylor Swift – que já devia ter acontecido em 2020, mas foi cancelada pela razão que todos sabemos. Os bilhetes esgotaram-se num abir e fechar de olhos, mas os sortudos que conseguiram garantir lugar no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, nas noites de 24 e 25 de Maio, vão poder ver a maior estrela pop da actualidade em pico de forma, a revisitar toda a sua discografia. Os restantes mortais terão de se contentar com Dave Matthews Band, Troye Sivan ou Thirty Seconds to Mars, os outros astros que se vão avistar em Lisboa ao longo deste mês. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana

Bangers atrás de bangers. Os melhores discos de Taylor Swift

Bangers atrás de bangers. Os melhores discos de Taylor Swift

Num mundo cada vez mais atomizado e polarizado, em que escasseiam figuras com um apelo universal, Taylor Swift é uma das últimas estrelas pop que mantêm o brilho. A sua popularidade e os números de vendas e audiências já lhe garantiram um lugar nos anais da música pop, ao lado de lendas como Elvis Presley, Michael Jackson ou Madonna. O corpo de trabalho produzido até à data coloca-a, sem exagero, ao nível dos grandes tecedores de histórias e escritores de canções americanos, de Bob Dylan, de Leonard Cohen, de Lou Reed, de Bruce Springsteen. Os fãs veneram-na e estão dispostos a sacrificar tudo por ela, como se fosse a líder de um culto, mas poucos cultos tiveram tantos membros – tirando meia dúzia de ícones religiosos e Donald Trump, hoje, ninguém tem tantos e tão fervorosos devotos. Não surpreende que, no ano passado, a revista Time a tenha considerado a pessoa do ano; que seja o alvo de complexas teorias da conspiração e ciberataques; que os fiéis a Trump vejam nela uma ameaça existencial e à continuidade do seu projecto político. Quando lançou os primeiros e reluzentes discos de country-pop, na segunda metade dos anos zero, poucos imaginariam que um dia estaríamos aqui. Não obstante, ao longo dos últimos dez anos, nunca parou de reinventar-se, com a liberdade e convicção de quem sabe que o jogo está ganho à partida. E a sua marcha imperial (parafraseando a icónica expressão de Neil Tennant, dos Pet Shop Boys) não dá sinais de abrandar – mesmo quando dá passos em falso, tip

Abril Febril e outros concertos a não perder no Porto esta semana

Abril Febril e outros concertos a não perder no Porto esta semana

Todas as semanas, quase todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda. Siga as nossas dicas e sugestões para a agenda de concertos no Porto. Não se vai arrepender. Recomendado: As melhores peças de teatro para ver esta semana

Sons de Liberdade e mais concertos a não perder em Lisboa esta semana

Sons de Liberdade e mais concertos a não perder em Lisboa esta semana

Todas as semanas, quase todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda. Siga as nossas dicas e sugestões. Não se vai arrepender. Recomendado: Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa, de Taylor Swift a Karol G

Sons de Liberdade. JP Simões, Gisela João e B Fachada em discurso directo

Sons de Liberdade. JP Simões, Gisela João e B Fachada em discurso directo

O Estado Novo foi derrubado a 25 de Abril de 74. Para assinalar os 50 anos desse “dia inicial inteiro e limpo”, o Teatro Tivoli BBVA convidou um cantor que era uma criança quando se deu a revolução (JP Simões) e mais dois que ainda nem eram nascidos (Gisela João e B Fachada) para revisitarem canções de protesto e outras de autores que marcaram à época, entre quarta, 24, e sexta-feira, 26. A programação especial chama-se Sons da Liberdade. A Time Out desafiou os três a responderem às mesmas perguntas sobre este repertório, os seus significados e o seu peso. E a umas poucas questões mais específicas sobre estes concertos. Recomendado: Cantar Abril: uma dúzia de canções revolucionárias e de protesto

À beira do abismo, os Caveira desafiam-nos a ficar vivos. “Mais vivos”

À beira do abismo, os Caveira desafiam-nos a ficar vivos. “Mais vivos”

Pedro Gomes acompanha e molda o underground lisboeta – e, por arrasto, o português – há mais de duas décadas. Escreveu n’A puta da subjectividade e no Ípsilon, programou a ZDB, ajudou a fundar a Filho Único e a editora Príncipe, trabalhou com o Museu Berardo e com o MAAT, agenciou lendas do jazz internacional e outros músicos com vistas largas, tocou com muita gente. Começou e cansou-se de fazer um pouco de tudo. Só nunca desistiu da sua guitarra e da sua banda, os Caveira, que acabam de lançar “o primeiro álbum a sério”, ficar vivo, quase 20 anos depois das primeiras edições.  O título é todo um programa. Parece simples, não podia ser mais directo, todavia dá-se a outro tipo de leituras. “É o contrário de estar morto”, brinca Pedro Alves Sousa, um dos mais destacados saxofonistas e refrescantes compositores do jazz e das músicas exploratórias portuguesas, que se juntou a esta formação há uma década. “Para mim, é um testamento à resiliência”, acrescenta, agora mais a sério. Gomes, que deu o nome ao álbum, toma a palavra. “Para mim, é uma coisa bífida. Há uma leitura mais linear, uma questão de sobrevivência. Mas há outro aspecto, que me parece mais importante ainda. Que é a ideia de a coisa ficar mais intensa. Ficar mais vivo”, desenvolve. “Começar a sentir mais coisas. Com mais força. O ficar vivo para mim é isso. É uma coisa meio amplificadora.” No eixo da Caveira À primeira vista, os Caveira de 2024 – um quarteto com Gabriel Ferrandini (bateria), Pedro Alves Sousa (sax) e

Cantar Abril: uma dúzia de canções revolucionárias e de protesto

Cantar Abril: uma dúzia de canções revolucionárias e de protesto

Celebre o dia da Liberdade com um repertório à altura. Escolhemos algumas das mais marcantes canções revolucionárias portuguesas de antes (como a “Grândola, Vila Morena” de José Afonso ou a “Trova do Vento Que Passa”, pela voz de Adriano Correia de Oliveira) e imediatamente depois (no caso, por exemplo, de “A Cantiga É Uma Arma” do GAC) do 25 de Abril de 1974. Esta é a playlist perfeita para celebrar a liberdade e gritar “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais” à boca cheia. Recomendado: Festas de Abril. A revolução celebra-se já a partir deste sábado (e até Maio)

Cantar Abril: uma dúzia de canções revolucionárias e de protesto

Cantar Abril: uma dúzia de canções revolucionárias e de protesto

Celebre o dia da Liberdade com um repertório à altura. Escolhemos algumas das mais marcantes canções revolucionárias portuguesas de antes (como a “Grândola, Vila Morena” de José Afonso ou a “Trova do Vento Que Passa”, pela voz de Adriano Correia de Oliveira) e imediatamente depois (no caso, por exemplo, de “A Cantiga É Uma Arma” do GAC) do 25 de Abril de 1974. Esta é a playlist perfeita para celebrar a liberdade e gritar “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais” à boca cheia. Recomendado: Hard Club vai fazer uma “rave da liberdade” na madrugada do 25 de Abril

Kenny Berg & Co$tanza: “Somos uns sem vergonha na cara”

Kenny Berg & Co$tanza: “Somos uns sem vergonha na cara”

Desde o final da década passada que Kenny Berg e Co$tanza vêm a deixar a sua marca no soundcloud e nas margens do hip-hop nacional. O primeiro, que garante chamar-se Ronaldo Rosas, é uma das figuras mais entusiasmantes a trabalhar no submundo do trap portuense. Miguel Costa, o segundo, esteve ligado à promotora lisboeta Maternidade e inspirou-se na linha verde do metro de Lisboa para, em 2019, gravar o álbum homónimo, que descreve como a “banda sonora de um videojogo que não existe”. Este ano, juntaram-se no EP cK, que apresentam ao vivo este sábado, 13 de Abril, no Ferro Bar. E já estão a pensar no segundo disco. O primeiro EP em conjunto é uma das boas surpresas deste ano. Cinco músicas sem gorduras nem tempo a perder condensadas num disco nocturno e afirmativo, confiançudo. Quinze intensos minutos de festa e roço ao longo dos quais o trap se transforma numa club music desconstruída e abrasiva, simultaneamente herdeira do eurodance e da hyperpop. Tem alguns pontos de contacto com “só + 1 vez”, uma das faixas da Co$tape de Co$tanza, com a voz de Kenny Berg, no entanto não é exactamente o que se esperaria de nenhum deles. Ainda bem. “Acho que ambos estávamos à procura de um tipo de estímulo que trouxesse algum desafio e ar fresco. Pelo menos eu estava mega-bloqueado”, começa a explicar o cantor e rapper do Porto, que desde o lançamento do primeiro álbum, Tinderland (2021), se tinha dedicado “mais a outras coisas como a pintura” – uma das suas obras integra a colecção municipa

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POSTMODERNIST GAMES: Dead Club

POSTMODERNIST GAMES: Dead Club

Primeira sessão dos Postmodernist Games da editora Russian Library no Desterro. O programa gira em torno de Glitterbug, derradeira obra completada por Derek Jarman, compilando filmes em Super 8 datados de 1971 a 1986 e capturados em jeito de diário visual. A sua exibição será acompanhada por uma instalação de vídeo de Marisa Tristão e Sebastião Bizarro, DJ sets de João Castro com Isabela Abate, e de Astrea, performances de Bruno Humberto e de Pedro Henrique, e um concerto dos Dead Club. O duo de Violeta Luz e João Silveira acaba de editar o single "I Need It", com uma versão da "Space Oddity" de David Bowie no lado B, e tem um novo EP na calha para o Outono. A sua música é um lânguido exorcismo synth-punk, com tanto de assombrado como de sedutor.

Lisboa Games Week

Lisboa Games Week

Três anos depois da última edição física, o Lisboa Games Week volta a ocupar os pavilhões da FIL, no Parque das Nações, entre 17 e 20 de Novembro. Ao longo destes quatro dias, no maior evento de videojogos do país, vai ser possível experimentar e conhecer novos títulos e plataformas de jogos, desde consolas e simuladores de realidade virtual a computadores e telemóveis; mas também experimentar máquinas de arcada vintage e consolas retro.  Os e-sports voltam a ser um dos principais focos da programação, com várias competições a disputarem-se no recinto. Continua também a haver espaço para o cosplay e a cultura pop, com espectáculos de wrestling, bancas de artistas independentes, merchandising e sessões de autógrafos. Há ainda conferências e uma aposta no serviço educativo, para levar os videojogos ao maior número de pessoas. E o maior número de pessoas à FIL.

Sortidos MIL

Sortidos MIL

Ainda falta mais de meio ano para a próxima edição do MIL. Mas, para assinalar o início das candidaturas de artistas para o festival de 2020, o Musicbox decidiu fazer uma espécie de MIL em ponto pequeno, com artistas emergentes do continente europeu. A primeira a subir ao palco, no sábado, será a harpista portuguesa Carolina Caramujo (na foto), que se encontra a gravar o primeiro álbum a solo, com lançamento previsto para Novembro. Segue-se a cantora e compositora indie catalã Núria Graham, que editou em 2017 o disco Does it Ring a Bell? por El Segell del Primavera. Depois é a vez de GENTS, duo dinamarquês de synthpop romântica e nostalgica, cujo novo álgum Humam Connection, deve sair a 11 de Outubro. O último concerto da noite é o de Kukla, cantora eslovena de turbo-pop. Depois há Dj sets de Dinamarca, que apesar do nome é chileno e vive na Suécia, e do português Progressivu.

Built To Spill

Built To Spill

Os Built to Spill ajudaram a definir e a expandir o som do indie rock americano nos anos 90. Liderados por Douglas G. Martsch, cantor, herói da guitarra, principal compositor e único membro permanente do grupo ao longo das décadas, gravaram temas que se tornaram clássicos da canção eléctrica americana e álbuns que mais parecem monumentos, cuja influência foi quase imediata e se continua a sentir. Discos como There’s Nothing Wrong With Love (1993) um disco de indie-pop de guitarras, áspero, conciso e com o coração na lapela, sem o qual os primeiros (e bons) trabalhos dos Death Cab For Cutie nunca teriam existido. Ou Perfect From Now On (1997), o terceiro álbum e o primeiro com o selo da multinacional Warner, com as suas canções paisagísticas e cordilheiras de guitarras que se confundiam com o mapa americano e nas quais escutávamos pontos de contacto com o que os contemporâneos Modest Mouse estavam a fazer. Ou Keep It Like A Secret (1999), o terceiro clássico consecutivo e combinação quase perfeita entre a abordagem mais directa do disco de 1993 com a epicidade do seu sucessor. É precisamente Keep It Like A Secret que ouviremos esta quarta-feira na Zé dos Bois, Um segredo mal guardado depois dos concertos de Oruã e Shaolin Soccer. Doug Martsch e companhia têm celebrado ao vivo os 20 anos do disco, e um dia antes de actuarem no NOS Primavera Sound trazem a Lisboa os segredos mal guardados que são as suas canções. Não faltará nenhuma. Desde clássicos indie efusivos como “The Plan

Ciclo Maternidade

Ciclo Maternidade

Vários artistas da Maternidade vão desfilar pelo palco do Auditório Municipal António Silva, no Cacém, entre sexta-feira e sábado: Filipe Sambado, Bejaflor, Catarina Branco, Aurora Pinho e Vaiapraia. O convite partiu do teatromosca, mas a promotora teve “carta branca” para fazer o que quisesse, garante o cantor e compositor Filipe Sambado. “Optámos por ter só concertos de bandas associadas à Maternidade porque nunca tocámos no Cacém. Nenhum de nós”, diz Rodrigo Araújo, vulgo Vaiapraia, outro dos mentores da agência. Desde finais de 2014 que a promotora Maternidade dá música a Lisboa e ao resto do país. Além de agenciar cantores como Luís Severo, Filipe Sambado e Vaiapraia, entre outros, teve durante muito tempo
uma mensalidade nas Damas, onde deu
a conhecer inúmeros e bons músicos independentes portugueses (chegou recentemente ao fim), e ao longo dos anos trouxe várias bandas estrangeiras a Portugal, em muitos casos pela primeira vez. No Ciclo Maternidade deste fim-de-semana, os concertos começam às quatro da tarde de sexta-feira, na estação ferroviária do Rossio, onde vai actuar a cantora/ compositora indie Catarina Branco, que editou o primeiro EP, ‘Tá Sol, este ano.
 O cantor e produtor de pop caseirinha e electrónica Bejaflor, que se estreou com um belo disco homónimo no ano passado, é o segundo a tocar, a partir das nove no Auditório Municipal António Silva. A noite termina com Filipe Sambado (na foto). “Naquele belo formato solo, muito comunicativo, de guitarra ao peito

Paião

Paião

João Pedro Coimbra, Nuno Figueiredo, Jorge Benvinda, Marlon e VIA são os Paião. E, como o nome sugere, interpretam canções escritas e cantadas por Carlos Paião, um dos maiores nomes da pop portuguesa da década de 80. Depois de um primeiro concerto, no ano passado, durante o Festival da Canção, e da edição de um CD, chamado apenas Paião, apresentam-se ao vivo no Capitólio.

José Pinhal Post-Mortem Experience/ Catarina Branco/ Sreya/ Japo

José Pinhal Post-Mortem Experience/ Catarina Branco/ Sreya/ Japo

Durante muito tempo, a Noite às Novas foi uma das bonitas noites (passe a redundância) da Zé dos Bois. Uma espécie de baile de debutantes em que artistas mais ou menos desconhecidos se davam a conhecer, e por onde ao longo dos anos passou uma legião de gente boa, de Norberto Lobo a Alek Rein ou a Sallim. Entretanto o nome caiu em desuso ali para os lados da rua da Barroca, apesar de a ZDB ter continuado a revelar novos valores e, ocasionalmente, até a juntá-los todos numa só sessão. É o que vai mais uma vez acontecer na sexta-feira. Porque, apesar de o velho nome não ser usado, a ideia é mais ou menos a mesma. Há a recriação do repertório de José Pinhal, nome mais ou menos desconhecido da música ligeira do Norte de Portugal, pela José Pinhal Post-Mortem Experience, que agrega músicos da Favela Discos e dos Equations, e recria o repertório do cantor com destreza e músculo, mas sem qualquer ironia. Pela primeira vez em Lisboa. Vai ouvir-se também a indie-pop caseirinha de Catarina Branco, que vai apresentar o EP de estreia acompanhada pela sua banda. E as canções pop fora do baralho e difíceis de compartimentar de Sreya, que já ouvimos em Lisboa em mais do que uma ocasião e cujo primeiro disco, Emocional, tem mão de Conan Osiris. Depois dos concertos, há um DJ set de JAPO, vulgo Menino da Mãe, vulgo Bernardo Bertrand, pronto para nos fazer dançar com a sua electrónica.

12 anos do Musicbox

12 anos do Musicbox

12 Anos. O número pode não ser redondo, mas não é por isso que o Musicbox não vai assinalar a data com a pompa do costume. As comemorações arrancam pelas 21.30 de quinta-feira, com a habitual entrega de presentes em forma de música gratuita. Neste caso, concertos de Pedro Mafama, cantor e produtor de uma música portuguesa difícil de delimitar, com tanto fado como hip-hop; do duo Môrus, de Alexandre Moniz e Jorge Barata; e dos Sunflowers (na foto), banda portuense de garage-punk com tensão psicadélica. Segue-se, à meia-noite e meia de quinta para sexta-feira, o ponto alto das festividades, a estreia em território nacional de Ms Nina, nome de proa do perreo espanhol, a trabalhar nos campos do trap e do reggaeton mais liberto e futurista. No país aqui ao lado, anda há uns anos a meter o público a dançar com a sua música sugestiva e abertamente sexualizada, mas positiva, questionando ideias heteronormativas de género e domínio. O regresso aos palcos dos Sensible Soccers, agora com uma nova formação, está marcado para sexta-feira. A banda portuguesa vai mostrar as novas composições a incluir num eventual sucessor de Villa Soledade, álbum de 2016 que sintetiza com mestria a vastidão electrónica, ensinamentos krautrock e a synthpop oitentista. Conhecendo o historial deles, o mais certo é vir aí coisa boa. Depois do concerto dos Sensible Soccers, na sexta-feira, a festa continua com Nuno Lopes, sem dúvida o melhor DJ português que também é um actor conhecido, e Dupplo, que é como que

Kiss/ Megadeth

Kiss/ Megadeth

Os Kiss são mais conhecidos do que a música que fazem. Gene Simmons, Paul Stanley e companhia – Tommy Thayer na guitarra e Eric Singer na bateria completam a actual formação, nos lugares e pinturas faciais dos históricos Ace Frehley e Peter Criss – andam nisto desde 1973 e são lendas do hard rock, todavia são mais as pessoas 
que reconhecem as suas caras maquilhadas, as vestes de cabedal e aquela língua do que as que conseguem trautear um par de canções deles. Parece estranho, mas é apenas o reflexo da maneira como a banda superou as limitações da sua música, de nicho, e se tornou uma instituição da cultura popular do Ocidente. Os autores de “I Was Made for Lovin’ You” (a mais conhecida canção dos Kiss, que nem sempre é tocada ao vivo) partilham o cartaz com os Megadeth, que garantiram ainda na década de 80 o seu lugar no pódio do thrash metal californiano e continuam aí para as curvas. Dystopia, de 2016, é o mais recente disco da banda de Dave Mustaine.

Meatbodies

Meatbodies

O nome de Chad Ubovich confunde-se com os Meatbodies, a banda que lidera e à qual já emprestou o nome. Confunde-se também com algum do melhor garage rock californiano dos últimos anos – antes dos Meatbodies, tocou na banda de Mikal Cronin e continua a acompanhar esse ícone garageiro que é Ty Segall, 
nos Fuzz. Mas concentremo-nos nos Meatbodies, que regressam ao MusicBox no sábado e no dia seguinte fazem das suas no festival Milhões de Festa. Editaram este ano Alice, álbum conceptual cuja lírica 
é indecifrável, mas cuja música não desilude: garage rock distorcido, com psicotrópicos à solta na corrente sanguínea. Tão violento como inspirador. Revigorante.

The Divine Comedy

The Divine Comedy

Entre os muitos que já tentaram fazer da música pop uma amálgama de ideias clássicas com sensibilidades modernas, poucos o conseguiram com a imaginação de Neil Hannon. A música dos seus Divine Comedy é um universo sumptuoso de pop orquestral enlaçada com destreza lírica. Mãos menos hábeis não saberiam conferir tanta elegância aos floreados teatrais que ornamentam a sua música, mas Neil Hannon é uma criatura rara, um compositor tão inteligente quanto galhofeiro. Foreverland, aventura-se no mundo romantizado da mundanidade, serpenteado por cordas e sopros. Louva a extraordinariedade dos quotidianos mais vulgares, pintados com referências históricas, melodias sensoriais, letras laboriosas e um coração pop sempre a palpitar. Com referências que vão desde Catarina, a Grande, à Legião Estrangeira Francesa, mas sem deixar de ser um álbum disfarçadamente autobiográfico sobre aquilo que vem depois do “felizes para sempre”. Mesmo quando escreve de forma mais dissimulada, autodepreciativa ou espirituosa, Neil Hannon só escreve canções de amor. É um romântico incurável, que se há-de fazer?

Huerco S.

Huerco S.

Desde o início da década passada que o produtor americano Brian Leeds edita música electrónica fantasmagórica e ambiental sob diferentes monikers – Huerco S. e Pendant são os mais conhecidos. Regressa à ZDB enquanto Huerco S. para apresentar Plonk, de 2022. Na primeira parte, George Silver apresenta o disco inocente indecente, também deste ano.

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Gisela João: “O crescimento da direita radical traz uma maior urgência ao que quero fazer”

Gisela João: “O crescimento da direita radical traz uma maior urgência ao que quero fazer”

Gisela João (1983) já tinha decidido passar o resto do ano a “cantar Abril”. Mas o que era para ser uma celebração dos 50 anos da revolução, depois dos resultados das últimas eleições legislativas e do crescimento de forças e discursos reaccionários no espaço público, ganhou outra importância. Reconhece que, agora, tem uma “maior responsabilidade”. Mas, a poucos dias de se atirar a este repertório no programa Sons da Liberdade do Teatro Tivoli BBVA, não parece muito preocupada. A fadista é uma de três artistas – a par de JP Simões e B Fachada – que a organização convidou para revisitar canções de protesto e outras de autores que associamos à revolução de 25 de Abril. A Time Out desafiou-os a responderem exactamente às mesmas perguntas sobre este repertório, os seus significados e peso. E a umas poucas questões mais específicas sobre estes concertos. Cinquenta anos depois do fim da ditadura, as pessoas continuam a rever-se nas canções de protesto da época. Porquê?As canções de protesto da época da ditadura ainda fazem tanto sucesso porque são como crónicas da nossa história. Elas contam as lutas, as dores e as vitórias de um povo que se recusou a ficar calado. É uma energia que, felizmente, continua a mover muita gente. O que achas apelativo nelas?O que acho mesmo fixe nessas canções é a autenticidade. São como uma bofetada de verdade na cara, sem rodeios nem floreados. É música que vem do coração, directa para a alma. Porque é que voltamos sempre a essas canções, mas nunca re

JP Simões: “Não creio que toda a gente se reveja nas canções de protesto que nasceram circa 1974”

JP Simões: “Não creio que toda a gente se reveja nas canções de protesto que nasceram circa 1974”

Noutro Abril, há cinco anos, JP Simões (1970) foi convidado a reinterpretar ao vivo as músicas de José Mário Branco. Não era a primeira vez que fazia seus os temas do cantor e compositor que nos abandonaria pouco depois, a 19 de Novembro de 2019, mas nunca lhes tinha dedicado tanto tempo. Desde então, deu por ele a voltar várias vezes àquele repertório. Até que decidiu gravá-lo. JP Sim​õ​es Canta José M​á​rio Branco, o resultado dessas gravações, foi editado em Fevereiro pela Omnichord e é apresentado esta quarta-feira, 24, no Teatro Tivoli BBVA, integrado no ciclo Sons da Liberdade. A organização convidou três artistas – seguem-se Gisela João, a 25, e B Fachada, a 26 – para revisitarem canções de protesto e outras de autores que associamos à revolução de 25 de Abril. A Time Out desafiou-os a responderem exactamente às mesmas perguntas sobre este repertório, os seus significados e peso. E a umas poucas questões mais específicas sobre estes concertos. Cinquenta anos depois do fim da ditadura, as pessoas continuam a rever-se nas canções de protesto da época. Porquê?Não creio que toda a gente, as pessoas como dizes, se reveja nas canções de protesto que nasceram circa 1974. Aliás, como estas últimas eleições o demonstraram, outras estéticas e protestos são também de vasto alcance e estão na ordem do dia. Acontece, creio, que em Abril elas renascem com as comemorações da revolução, porque foram, por um lado e de certo modo, a banda sonora que testemunhou a passagem entre dois mod

B Fachada: “A igreja está mais perto da política do que a arte e a cultura”

B Fachada: “A igreja está mais perto da política do que a arte e a cultura”

Há mais de uma década que B Fachada (1984) estuda e reinterpreta as canções de José Afonso. Por volta de 2012, chegou a gravar um disco inteiro de versões que nunca viu a luz dia – mas ainda poderá “tirar dois ou três temas dessa sessão para pôr numa gravação maior do Zeca, se existir”. E vai voltar a cantá-las no encerramento do ciclo Sons de Liberdade do Teatro Tivoli, na sexta, 26. Fachada é o último dos três artistas que a organização convidou para revisitar canções de protesto e outras de autores que associamos à revolução de 25 de Abril – depois de JP Simões e Gisela João. A Time Out desafiou-os a responderem exactamente às mesmas perguntas sobre este repertório, os seus significados e peso. E a umas poucas questões mais específicas sobre estes concertos. Cinquenta anos depois do fim da ditadura, as pessoas continuam a rever-se nas canções de protesto da época. Porquê?Não sei se rever-se nas canções é a maneira mais certa de se pôr a questão, mas acho que as canções de protesto da época do fim da ditadura representam uma memória muito forte de um momento de sincronia colectiva, e de euforia colectiva também, depois da revolução. E a música, pela sua própria natureza, presta-se a ser fixadora desse sentimento de comunidade, de grupo, de base comum, de crença comum e de sincronia, muito forte. Provoca essa sensação de uma maneira muito intensa, e depois essa memória vai ecoando com o passar dos anos. E a verdade é que o fim da ditadura é um momento muito marcante para vár

Tudo o que tem de saber antes da estreia de Taylor Swift em Lisboa

Tudo o que tem de saber antes da estreia de Taylor Swift em Lisboa

Os concertos de Taylor Swift, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, são os mais aguardados de 2024. Não só por serem os primeiros que dá em Portugal, como porque “The Eras Tour” é uma extravagância multimédia que cobre toda a carreira da maior estrela pop da actualidade. Ou melhor, cobria. O álbum The Tortured Poets Department, editado esta sexta-feira, 19 de Abril, não se encontra representado em nenhum dos dez actos do espectáculo, cujo alinhamento se mantém praticamente inalterado desde o começo desta digressão, em Março do ano passado. Nada indica que vá mudar agora. Quando é que “The Eras Tour” passa por cá? A estreia nacional de Taylor Swift está agendada para sexta-feira, 24 de Maio, no Estádio do Sport Lisboa e Benfica. No dia seguinte volta a subir ao palco erguido no maior recinto desportivo do país. Não tem mais nenhum concerto marcado em Portugal, mas vai continuar em digressão. E há mais um par de datas na Península Ibérica, a 20 e 30 de Maio, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. A que horas sobe ao palco a Taylor Swift? Não se sabe ao certo. A única informação oficial é que as portas do estádio abrem às 16.00 e os Paramore tocam pelas 18.00. Por isso, é muito pouco provável que a cabeça de cartaz comece a cantar antes das 19.00. Talvez mais perto das 19.30. E prolonga-se depois por mais 200 minutos. Já não há mesmo bilhetes para Taylor Swift? Os ingressos esgotaram assim que foram colocados à venda a 12 de Julho. E a maior parte dos fãs ficou de mãos a abana

Regresso da Thug Unicorn a Lisboa, com o Dengo Club, adiado para Maio

Regresso da Thug Unicorn a Lisboa, com o Dengo Club, adiado para Maio

Depois de seis anos de ausência, Luísa Cativo e Supa reavivaram as noites Thug Unicorn no passado sábado, 13, no Hard Club (Porto), numa parceria com o Dengo Club de Saint Caboclo. E não podia ter corrido melhor. Estavam à espera de 400 pessoas e apareceram 600. Muitas mais ficaram à porta. O regresso a Lisboa estava agendado para este sábado, mas teve de ser adiado para 4 de Maio. O anúncio foi feito pelo Dengo Club, através do Instagram. "Devido a circunstâncias imprevistas, tomámos a difícil decisão de adiar a Y2K LX, originalmente marcada para sábado", escreveram naquela rede social. "Esta decisão não foi tomada de forma fácil; o clubbing em Portugal ainda não é reconhecido como cultural, e o governo dificulta imenso a realização de festas como a nossa." Contactado pela Time Out, Saint Caboclo explicou que a sala onde tinham pensado fazer a festa "não conseguiu assegurar as licenças necessárias". Ainda de acordo com o DJ e promotor, "quase todos os espaços em Lisboa estão a sofrer do mesmo". Particularmente os mais alternativos. Tocar no passado e no presente ao mesmo tempo O organizador prefere, porém, olhar para o lado positivo. O novo local, o Higher Ground, tem uma capacidade maior do que a sala secreta onde tinham pensado originalmente montar esta edição do Dengo Club. O que é bom, porque a maior parte dos bilhetes para a data original já estava vendida. Em Lisboa, esperam repetir o sucesso verificado no Porto, onde o Dengo Club nunca tinha recebido tanta gente. "E p

O 25 de Abril dá o mote para pensar nos Futuros da Liberdade na Ajuda

O 25 de Abril dá o mote para pensar nos Futuros da Liberdade na Ajuda

“Nunca foi tão importante celebrar o 25 de Abril como é hoje.” A frase tem sido repetida como um mantra ao longo dos últimos meses, ganhando maior intensidade à medida que as semanas se sucedem e as conquistas da revolução parecem cada vez mais ameaçadas. Quem a diz desta vez, numa tarde quente no Jardim da Parada, é Joana Krämer Horta, que pelo segundo ano consecutivo organiza o festival Futuros da Liberdade com Sofia Montanha e Henrique Loja, da Supermala. O programa desenrola-se em vários pontos do bairro da Ajuda entre esta quinta-feira, 18, e domingo, 21. Mas materializou-se pela primeira vez entre 27 e 29 de Abril do ano passado, entre a Rua das Gaivotas 6, que Joana programava na altura, e a galeria de Sofia e Henrique, a Mala. “Foi um evento piloto para que depois um festival pudesse crescer”, descreve agora Joana. “A partir daí foi possível fazermos a candidatura ao [programa] Arte pela Democracia, da DGARTES, e acabámos por ganhar esse apoio”, continua. “Este ano estamos com outra solidez.” E com um alinhamento mais extenso. Apesar de integrar as comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril e da democracia, o programa proposto por Joana Krämer Horta e a associação tenta evitar a armadilha da nostalgia. “Como diz o nome, a ideia é criarmos novos diálogos, novas formas de pensar sobre as liberdades”, desenvolve a programadora. “É importante olharmos para o passado, tratarmos no presente, para podermos encarar o futuro com vontade de desbravar caminho”. Por outras

O Sol da Caparica tem novos organizadores, mas o mesmo cartaz

O Sol da Caparica tem novos organizadores, mas o mesmo cartaz

Desde a sua génese que O Sol da Caparica leva uma data de artistas portugueses e mais uns quantos de outros países lusófonos, em Agosto, à Costa com que partilha o último nome. E vai continuar a contratar exactamente o mesmo tipo de músicos este ano, apesar de o Grupo Chiado ter deixado de organizar o festival e sido substituído por um consórcio que inclui o cantor André Sardet. No cartaz anunciado esta quarta-feira, destacam-se os Calema, L7nnon e Karetus, a 15 de Agosto. No segundo dia, 16, Diego Miranda e Rui Veloso são, por agora, os principais trunfos no programa. Xutos & Pontapés, Os Quatro e Meia e Insert Coin são os maiorais de 17. Por fim, no domingo, 18, está confirmado T-Rex, uma das maiores estrelas e talentos do trap nacional. Mas os nomes de MC Ryan e Padre Guilherme também estão escritos com letras gordas no cardápio. Vale igualmente a pena ouvir o rock suavemente psicadélico dos Ganso e o threesome percussivo dos Bateu Matou, a 16; a arqueologia popular portuguesa da José Pinhal Post-Mortem Experience, as rimas de Capicua e a música popular brasileira dos Gilsons, nobres descendentes de Gilberto Gil, a 17; ou, no último dia, a pop colorida de Cláudia Pascoal e o indie rock dos Linda Martini. E não só. Os ingressos para O Sol da Caparica já se encontram à venda. O bilhete diário custa 28€ e o passe geral sobe para 78,50€. Para o último dia do festival, dedicado como sempre às crianças, há ainda um bilhete especial à venda por 3€, que dá acesso ao recinto das 10

A liberdade está a passar por Marvila

A liberdade está a passar por Marvila

Pouco mais de 200 metros separam a taproom da Dois Corvos e o Fermentage Brewpub, na Rua Capitão Leitão, em Marvila. Nos últimos anos, habituámo-nos a circular entre estas e outras salas do bairro, para assistir a concertos e DJ sets, nas festas e arruadas do Lisbon Beer Dept. E a música vai voltar a sair à rua no sábado, 27, sob o mote de Marvila Livre. A entrada, essa, também é livre. Os 50 anos do 25 de Abril começam a ser celebrados (com dois dias de atraso), pelas 16.00, no Fermentage, que vai receber uma tertúlia literária. Alex Couto, Cláudia Lucas Chéu, João Miguel Fernandes e Maria Roque Martins vão conversar sobre o seu percurso, os desafios que o sector literário enfrenta e o que é, afinal, isso da liberdade. Segue-se, na Dois Corvos, a apresentação da Bloc Party, que tem nome de banda mas é uma sour IPA com goiaba e maracujá, acabada de fazer pelas duas cervejeiras. E volta-se ao Fermentage para um par de concertos: Iguana Garcia e Quelle Dead Gazelle, com pausa para jantar entre um e o outro. Pela noite dentro, entre as duas salas, vai ser possível ouvir DJ sets de Zarco, Cativo e Doce da Casa. Abril na Musa é sinónimo de festa e protesto As celebrações dos 50 do 25, na Musa de Marvila, começam logo na quarta-feira, 24, véspera de feriado. E não podiam começar melhor, com um concerto dos Sereias, banda maldita e magnífica que leva a liberdade do jazz para dentro de um rock ríspido, enquanto o poeta e cabeça-de-lista do PTCP/MRPP pelo Porto às últimas eleições, An

Festival dos Capuchos celebra as conquistas de Abril entre Maio e Junho

Festival dos Capuchos celebra as conquistas de Abril entre Maio e Junho

As celebrações dos 50 anos da revolução de 25 de Abril de 1974, em Almada, não se encontram circunscritas a um mês e contaminam outras propostas culturais do município. É o caso do histórico Festival de Música dos Capuchos, fundado em 1980 por José Adelino Tacanho e António Wagner Diniz e retomado, após uma longa ausência, em 2021, sob a direcção do pianista Filipe Pinto-Ribeiro. O concerto de abertura da quarta edição desta segunda vida do festival está marcado para 29 de Maio, no Convento dos Capuchos. O programa, que junta as Sinfonias n.º 5 e n.º 8 de Beethoven, vai ser interpretado pela Orchestre Consuelo parisiense, dirigida por Victor Julien-Laferrière. Segue-se, no fim do mês, uma homenagem a António Mega Ferreira, em que Filipe Pinto-Ribeiro toca Quadros de uma Exposição, de Mussorgsky, enquanto Filipa Leal e Pedro Lamares lêem textos do autor. Já no sábado, 1 de Junho, há um recital de piano de Elisabeth Leonskaja, que vai tocar peças de Mozart, Webern, Schubert e Beethoven. E pelas 18.00 domingo, 2, o festival muda-se do Convento dos Capuchos para o Teatro Municipal Joaquim Benite, onde o maestro Martim Sousa Tavares vai voltar a dirigir a ópera Na Colónia Penal, de Philip Glass, a partir do conto homónimo de Franz Kafka. Com encenação de Miguel Loureiro e movimento de Miguel Pereira. Só volta a ouvir-se música no Convento dos Capuchos às 21.00 de sexta-feira, 7, quando o Paganini Ensemble interpretar peças do autor que lhe dá o nome. Já no sábado, 8, pelas 18.00,

A Microsoft ambiciona fazer de “cada ecrã uma Xbox”

A Microsoft ambiciona fazer de “cada ecrã uma Xbox”

É por causa da Microsoft, e em particular da sua Xbox, que os videojogos são o que são: um negócio multimilionário, que transcende e abafa todos os outros sectores culturais e disputa protagonismo com a indústria desportiva. Nada disto teria sido possível sem o trabalho pioneiro da Nintendo; nem a aposta em novas experiências imersivas e narrativas da Sony, que meteu os comandos nas mãos de um público mais velho. Não obstante, foi a entrada em cena da Xbox que, em 2001, deslocou o epicentro da indústria – dominada até então por empresas japonesas – para ocidente e cimentou o estatuto mainstream dos videojogos. Agora, a Microsoft pretende voltar a mudar as regras dos jogos, fazendo de “cada ecrã uma Xbox”, nas palavras Sarah Bond, a presidente da empresa. A ideia não é enfiar ou ligar uma consola – até agora, aquilo que a Xbox era para a maioria – a cada ecrã. A estratégia passa pela internet, que tornará possível, por um lado, o streaming de videojogos, tornando obsoletas as consolas que conhecemos, a médio prazo. Por outro lado, e no imediato, a solução consiste em adaptar e vender noutras plataformas os títulos que até agora eram exclusivos da Microsoft. Uma decisão polémica, contrariando a lógica que até agora regia o sector, em que cada fabricante de hardware tentava garantir o maior número e os melhores exclusivos, forçando os jogadores a comprar esta ou aquela máquina. E a Microsoft passou os últimos anos a absorver estúdios independentes para garantir que as Xboxes era

Festival holandês Verknipt muda-se para o Parque Eduardo VII em Abril

Festival holandês Verknipt muda-se para o Parque Eduardo VII em Abril

Desde 2012 que, nos Países Baixos, Verknipt é sinónimo de electrónica da pesada. Mas só no ano passado é que o festival de hard techno começou a internacionalizar-se. E está prestes a chegar a Lisboa. A primeira edição nacional realiza-se a 24 de Abril, no Pavilhão Carlos Lopes. "Era inevitável trazermos o Verknipt para Portugal, dado o enorme crescimento da cultura techno no país e a sua rica tradição na música electrónica", de acordo com o fundador Mer Hajbarati, citado em comunicado. "Escolher a véspera do feriado nacional de Portugal como data da nossa edição inaugural não poderia parecer mais apropriado," continua. O programa não se afasta um milímetro do techno mais pesado e visceral. O cabeça de cartaz é 6EJOU, que actua ao vivo. Além dele, vão passar por cá Alignment, CLTX, DIØN, OGUZ e Raxeller. O contingente nacional inclui Stëh e Madson Carpenter, num set back-to-back, bem como Ornella. Esta primeira edição portuguesa, que se vai prolongar pela noite dentro até às seis da manhã, tem o cunho dos responsáveis do festival Sound Waves, em parceria com os promotores holandeses. Em comunicado, a organização destaca, além da música, "a iluminação, lasers e ecrãs LED com efeitos visuais característicos" desta rave. Os bilhetes custam 46€ e encontram-se à venda online. Pavilhão Carlos Lopes (Parque Eduardo VII). 24 Abr (Qua). 20.00-06.00. 46€ Siga o novo canal da Time Out Lisboa no Whatsapp + Judeline é uma das grandes promessas da música espanhola. Estreia-se agora em Lisb

Judeline é uma das grandes promessas da música espanhola. Estreia-se agora em Lisboa

Judeline é uma das grandes promessas da música espanhola. Estreia-se agora em Lisboa

Judeline ainda não lançou o primeiro álbum, mas há cada vez mais gente convencida de que vai ser a próxima grande cena. Há uma semana, um dos maiores cantores de reggaetón, J Balvin, anunciou que ela ia acompanhá-lo e actuar nas primeiras partes da sua próxima digressão, que passa a 1 de Junho pelo Passeio Marítimo de Algés. No ano passado, Tainy, o super-produtor responsável pela reinvenção e o actual vigor do reggaetón e das músicas urbanas latinas, convidou-a para cantar em DATA, o primeiro álbum em nome próprio dele e um dos melhores de 2023. Pelo meio, a editora multinacional Interscope, da Universal, contratou-a e prepara-se para lançar o seu primeiro disco. E vamos ouvir as novas canções em primeira mão esta sexta-feira, 12, no Musicbox. Pedro Azevedo, o programador da sala do Cais do Sodré, é um dos convertidos. Atento há mais de uma década às mutações das músicas latinas, foi o primeiro a trazer a Portugal artistas espanhóis como C. Tangana, Bad Gyal ou, mais recente, Ralphie Choo – com quem Judeline partilha múltiplas referências. A jovem cantora, com 21 anos feitos já em Janeiro, é uma das suas grandes apostas para este semestre. Anda há meses a alertar para este concerto, porque acredita que vamos ouvir falar muito dela nos próximos anos. Aqui ao lado, há quem a compare a Rosalía, uma admiradora confessa do primeiro EP da andaluza, de la luz (2022). Apesar de útil, esta comparação é injusta, porque a inferioriza e, ao mesmo tempo, coloca um peso demasiado grande s